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És a nossa Fé!

Virgílio Lopes e honestidade intelectual

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Foto: Paulo Calado/Record 

 

Já se sabe que cada um é como qual. Pessoalmente, muito gostei de saber que ainda há quem seja capaz de assumir as coisas como elas são: erra-se. Às vezes, nem poderemos falar em erro, já que no momento em que somos "obrigados" a fazer escolhas, a decidir, fazemo-lo com base nos indicadores de que dispomos. E os indicadores estão sempre em evolução. Afinam-se. Refinam-se. E, com isto, ajustam-se teorias sobre como fazer. Pelo menos, em teoria.

Serve o introito para dizer que fiquei contente por perceber que ainda é possível ler quem tenha a coragem de vir publicamente assumir as coisas como elas são: Nuno Mendes, há um par de anos, não era craque. Não exibia essas características distintivas. Se calhar, até terá estado na calha para ser dispensado. Vai daí, um dia, ainda ficamos todos a saber que só não recebeu guia de marcha, tendo estado iminente a assinatura da sua dispensa, por não haver defesa esquerdo alternativo e por ser um miúdo (vindo de uma família humilde) que não dava problemas. 

 

Seria bom que se aproveitasse a experiência de quem sabe (e a honestidade intelectual) para... refinar as práticas. E ousar reajustar teorias. Mas que o façamos fora da bolha que são os gabinetes e para além do risco calculado (protegido) que são as apresentações em PowerPoint, não raras vezes, meros espelhos dos manuais, que pouco esclarecem sobre como se faz, apenas apontam o que deve ser o resultado.

 

P.S. Alguém saberá dizer se o Manchester City está feliz com a cláusula de compra de Pedro Porro? 

P.S.2. Alguém reparou que na peça (do ano passado) do Jornal Sporting sobre os futuros craques que despontavam na Academia Sporting, não consta Dário Essugo?

P.S.3. E o FC Barcelona e Ansu Fati?

4 comentários

  • Imagem de perfil

    CAL 31.03.2021

    Caríssimo David Rodrigues,

    antes de mais, as minhas desculpas por não ter reagido aos seus comentários ao meu anterior texto. Era um comentário muito completo, que me fez pensar em várias questões, pus a hipótese de elaborar o texto que anda aqui como que em memória de trabalho há imenso tempo, que constituiria - também - uma espécie de resposta, acabei por nem começar e interpôs-se este texto, em grande medida, pela oportunidade ditada pela notícia que lhe dá mote. Pedia-lhe o favor de me dar o benefício da dúvida quando lhe digo que não foi por desconsideração ou desinteresse que deixei de responder.

    Foi, nesse comentário, uma enorme surpresa ver alguém defender que a formação, mesmo numa AFS deve ser paga. Se calhar, à excepção de alguns colaboradores Sporting colocados em cargos decisórios, mais ninguém (tirando o meu caro) o defende. :)

    Concordo com as ideias subjacentes, mas acho que há questões adjacentes aos resultados, ao número de miúdos que temos na equipa A que devem ser objecto de atenção.

    Saudações leoninas.
  • Imagem de perfil

    David Rodrigues 01.04.2021

    Não existe espaço para haver dúvidas da minha parte, reforçado em que acredito no que escreveu.

    Gosto muito do tema "Formação". Esta deveria ser a principal fonte de fornecimento de jogadores à equipa principal. Não advogo que este tipo de formação do Sporting deva ser paga pelos atletas, bem pelo contrário.

    Também existe outro tipo de formação disponibilizada pelo Sporting, que permite a jovens atletas sem jeito para serem futebolistas praticarem o seu desporto favorito, contra uma contrapartida monetária. Quanto mais jovens praticantes, mais sócios, mais receita para o nosso clube.

    Nos clubes ditos mais pequenos, isolados geograficamente, e com pouca capacidade financeira, o financiamento dos clubes para poderem competir nos campeonatos regionais, dos jovens praticantes, acaba por ser realizado pelos próprios jogadores. Neste clubes só existe um tipo de formação.

    Todos os cidadãos devem ter possibilidade de ter acesso a infraestruturas desportivas para a prática de um (ou mais) desporto. Aqui sim, a despesa tem que ser assumida pelos praticantes.

    O Sporting tem atletas a mais nos escalões juniores pertencentes aos quadros do clube?
    Esta pergunta tem o contexto de que o número de jogadores da formação do clube encalha num funil sendo reduzido a um pequeno número de jogadores que conseguem um lugar na equipa sénior do Sporting, Com a agravante de que o investimento na componente escolar é prejudicado.

    A esta problemática, junto que o açambarcar de jogadores reduz a capacidade dos clubes, com parcas capacidades financeiras, que gravitam geograficamente na preferia dos polos de formação do Sporting, reduz a cinzas a formação desses clubes.

    Julgo elencar o que a CAL quis evidenciar no seu texto do outro post.

    * Existem parcerias. Estas permitem um tipo de financiamento para os clubes mais pequenos.
    * Os jogadores que ficam retidos no funil podem, e devem, procurar esses clubes para terem a sua oportunidade.
    * Estes atletas não devem colocar de parte o investimento na componente letiva.

    O Sporting disponibiliza aos seus atletas meio de transporte (camionetas) para o percurso entre a academia e a escola.

    É uma questão de equilíbrio entre a procura e a oferta.
    Apenas isso. No saber adaptar está o ganho.

    Existe outra forma de olhar para esta equação.:
    Virem jogadores ao kilo, quase sempre de outros países, sabendo que a venda de 2 ou 3 jogadores compensa o investimento. Então com uma máquina de empresários por trás temos o negócio montado.
    Aqui garanto-lhe que a porta para os jovens talentos, na equipa principal, estão fechadas.

    Em contra partida, a nossa politica implementada na formação, permitiu às nossas equipas B e Sub-23 estarem bem recheadas de jogadores da formação. Os sub-23 até juvenis têm.

    A passagem de um jogador pela formação do Sporting é um marco na vida desse jogador que não mais esquecerá. Independentemente de conseguir chegar à equipa principal, ou não. É sempre uma mais valia.

    O nosso grande Mestre da Formação tem uma frase que define os princípios pelos quais uma Academia se deve pautar, orientar, formar.
    O nosso Treinador é um discípulo que se guia pelos princípios acima referidos.

    Não existem percursos imaculados. A existir discrepância entre o numero de jogadores jovens do Sporting e o preconizado, esta estrutura profissional do Sporting será a primeira a corrigir esse eventual "erro".

    Após um ano em que a pandemia torceu as voltas ao futebol, onde os mais "pecanitos" não têm espaço para jogar, o Sporting faz milagres colocando vários jogadores da formação na equipa principal e seleções nacionais. Isto não é para quem quer, é para quem sabe.

    O nosso Treinador sente as outras equipas do Sporting como um prolongamento da equipa principal.
    Estuda-as. Dá oportunidades. Sabe comunicar os valores, os ensinamentos. Faz um gestão exemplar.

    Temos um local e infraestruturas extraordinárias para dispor aos nossos formandos dos quadros do Sporting. Temos o mais importante: uma equipa à altura para gerir a formação e a academia.

    O meu sentir diz-me que estamos bem entregues neste capítulo. Mesmo muito bem.
    É assim que eu sinto.

    Saudações Leoninas
  • Imagem de perfil

    CAL 02.04.2021


    Gosto muito do tema "Formação". Esta deveria ser a principal fonte de fornecimento de jogadores à equipa principal. Concordamos, então.


    Não advogo que este tipo de formação do Sporting deva ser
    paga pelos atletas, bem pelo contrário.

    Fui eu que percebi mal, então. Fica o esclarecimento e as minhas desculpas.

    Também existe outro tipo de formação disponibilizada pelo Sporting, que permite a jovens atletas sem jeito para serem futebolistas praticarem o seu desporto favorito, contra uma contrapartida monetária. Quanto mais jovens praticantes, mais sócios, mais receita para o nosso clube.

    Refere-se às EAS?

    Nos clubes ditos mais pequenos, isolados geograficamente, e com pouca capacidade financeira, o financiamento dos clubes para poderem competir nos campeonatos regionais, dos jovens praticantes, acaba por ser realizado pelos próprios jogadores. Neste clubes só existe um tipo de formação.

    Tenho ideia de que há autarquias que comparticipam os custos associados.

    Todos os cidadãos devem ter possibilidade de ter acesso a infraestruturas desportivas para a prática de um (ou mais) desporto. Aqui sim, a despesa tem que ser assumida pelos praticantes.

    Directa ou indirectamente, por via dos impostos que pagam e que
    as autarquias canalizam para infra-estruturas e modalidades.

    O Sporting tem atletas a mais nos escalões juniores pertencentes aos quadros do clube?
    Esta pergunta tem o contexto de que o número de jogadores da formação do clube encalha num funil sendo reduzido a um pequeno número de jogadores que conseguem um lugar na equipa sénior do Sporting, Com a agravante de que o investimento na componente escolar é prejudicado.
    Objectivamente, não sei responder se terá. Seremos nós a ter 4 equipas de infantis? Não sei mesmo. Ainda que não sejamos admito como possibilidade que possamos ter.

    A esta problemática, junto que o açambarcar de jogadores reduz a capacidade dos clubes, com parcas capacidades financeiras, que gravitam geograficamente na preferia dos polos de formação do Sporting, reduz a cinzas a formação desses clubes.
    É a esta visão mais lata e suas consequências negativas que o texto de Vasco Samouco faz referência e que Clubes com a grandeza do Sporting Clube de Portugal têm de saber gerir de forma ponderada.


    Julgo elencar o que a CAL quis evidenciar no seu texto do outro post.

    * Existem parcerias. Estas permitem um tipo de financiamento para os clubes mais pequenos.

    * Os jogadores que ficam retidos no funil podem, e devem, procurar esses clubes para terem a sua oportunidade.

    * Estes atletas não devem colocar de parte o investimento na componente letiva.


    Diria que para quem está na AS, existe um acompanhamento personalizado de maneira a acautelar precisamente que a componente lectiva/escolar não é descurada. Fora da AS penso que também existe a preocupação em fomentar essa dimensão do desenvolvimento. Estou em crer que foi no Jornal Sporting que vi que alunos nossos estão nos Quadros de Honra das suas escolas.


    Existe outra forma de olhar para esta equação.:
    Virem jogadores ao kilo, quase sempre de outros países, sabendo que a venda de 2 ou 3 jogadores compensa o investimento. Então com uma máquina de empresários por trás temos o negócio montado.


    Aqui garanto-lhe que a porta para os jovens talentos, na equipa principal, estão fechadas.

    Concordo com o meu caro, e ainda lhe digo: ganhando o Sporting o campeonato, indo à Champions, aumentando a verba disponível para investimentos no plantel, ao nível de jogadores de créditos firmados e dos próprios vencimentos pagos que, por si só levarão a que alguns jogadores “mais influentes” mas “temporariamente apagados” queiram ter lugar na nossa equipa para terem montra e num clube onde, possivelmente, mais facilmente terão lugar directo. Jogadores? Leia empresários que os representam. E, com isto, vai aumentar a pressão sobre os nossos responsáveis. Espero que nos seja possível manter o rumo e que os jogadores da formação não percam espaço. Não é crítica antecipada a Frederico Varandas é perceber que são as dinâmicas próprias das diferentes realidades. Hoje vivemos uma, se tudo se mantiver, a partir de Maio de 2021, passaremos a viver outra.
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