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Com o “enterro do morto” concretizado ontem, pode enfim o Sporting encerrar mais uma questão importante decorrente do final conturbado da época passada e ganhar espaço e tempo para tratar do futuro.
É preciso começar por dizer que o agora “morto” foi cavando a sua “sepultura”. Foi com Bruno de Carvalho na presidência que tivemos ex-presidentes expulsos, foi com ele que tivemos órgãos sociais eleitos em lista conjunta, foi ele que referendou novos estatutos e regulamento disciplinar que facilitaram as expulsões, foi ele que discriminou e perseguiu sportinguistas, foi ele que hostilizou a estrutura do futebol profissional e traficou com as claques criando a situação que conduziu ao assalto terrorista a Alcochete, foi ele que criou esta seita arruaceira "Letal ao Sporting" que envergonha o clube. E “morre” sem ter a coragem de enfrentar os sócios, proclamando de longe a sua vergonha dos mesmos, a sua vergonha do clube, o clube não o merece, “adeus mãezinha vou partir”.
“Morreu” mesmo assim com 30% de votos a favor, numa coligação de voto de formação espontânea entre brunistas do Bruno, brunistas “de espírito, mas dispensam o maluco do Bruno”, ricciardistas, antivarandistas e ressabiados diversos. Se calhar deve aos presidentes dos órgãos sociais eleitos um score tão elevado, a Rogério Alves pela “legalice” da pergunta que não respeitava a resposta natural e confundiu alguma gente mais idosa ou menos atenta, a Baltazar Pinto pelas considerações escusadas na entrevista anterior e a Frederico Varandas pelo ódio visceral e incontrolável que alguns lhe têm por uma razão ou por outra.
Fica agora Bruno de Carvalho com o pai, a irmã e o ultra-advogado, todos eles mais papistas que o papa, e fica também com a Justiça para se entreter. Convém apenas não confundir a procuradora com Marta Soares nem o tribunal com um estúdio da TV, porque pode ter dissabores e depois vir a queixar-se da qualidade das instalações.
Fica agora também Frederico Varandas, fechados que foram os processos disciplinares, o empréstimo obrigacionista, a auditoria, o empréstimo de tesouraria, a parte mais substancial dos processos das rescisões, com a via aberta e a responsabilidade de levar o Sporting a novos horizontes, no futebol profissional e nas modalidades. Para isso precisa não digo da união dos sócios, porque a divisão existe e é incontornável, mas de paz e estabilidade porque sem isso tudo se torna muito complicado. Com Varandas, Benedito ou outro qualquer, o que está em causa é o NOSSO SPORTING.
No meu caso, estou mesmo farto de gastar cera com tão ruim defunto, e vou mas é fazer campanha para que o nosso capitão se mantenha, mesmo à custa de alguns milhões de euros. Porque confesso que sou... brunista. Mas do Bruno Fernandes.
SL