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És a nossa Fé!

Vinte anos sem Vitor Damas

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Começou por ser o cromo mais valioso da minha colecção de futebolistas, era eu miúdo. Depois ganhou consistência muito real como campeão pelo Sporting - aliás, bicampeão, tendo vencido o título mais cobiçado em 1970 e 1974. Ele - como Agostinho no ciclismo, Livramento no hóquei, Lopes no atletismo - contribuiu em larga medida para me tornar adepto deste clube que tem Portugal no nome.

Ele, o Damas. O dos gestos felinos. O das defesas impossíveis. O da elegância à prova de bala entre os postes. O guarda-redes por excelência, com 19 anos de Sporting, produto da formação leonina muito antes de haver Academia de Alcochete. Campeão de iniciados, campeão de juniores, campeão sénior.

Sportinguista de camisola e do coração. Sem deixar de respeitar os emblemas rivais - algo que hoje, para muitos, parece quase impossível. O que saiu para voltar - com a certeza de que devemos regressar sempre aos lugares onde fomos felizes. Tão respeitado pelos adversários que até Eusébio chorou copiosamente no dia triste do seu funeral.

Vítor Damas. Deixou-nos faz hoje vinte anos. Cedo de mais. É sempre demasiado cedo quando vemos partir os nossos ídolos, os nossos heróis, os nossos campeões. «Todas as mortes são prematuras», escreveu Jorge de Sena, ás da literatura que torcia não sei por que clube nem isso interessa.

Alguns craques que passaram pelo Sporting tornaram-se quase sinónimos desta centenária e gloriosa agremiação que une milhões de adeptos de todas as gerações nas mais remotas partes do globo. Peyroteo, Hilário, Yazalde, Jordão, Manuel Fernandes. E o grande, enorme, gigante Vítor Manuel Damas Afonso de Oliveira, nascido em 1947 e falecido a 13 de Setembro de 2003. Ainda com tantos sonhos por realizar, mas tendo cumprido o último: assistiu à inauguração do novo Estádio José Alvalade.

Está hoje perpetuado na porta n.º 1 e na baliza sul do estádio, também como nome de rua situada ali bem perto. Mas permanece imortalizado, sobretudo, na memória e nos afectos dos sportinguistas.

O cromo mais precioso da minha caderneta de miúdo. Jamais o esquecerei.

 

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