Via verde nas modalidades
Foi um fim de semana particularmente gostoso para quem no Sporting segue as principais modalidades de pavilhão, com vitórias esmagadoras frente a adversários poderosos mas que pouco puderam fazer para contrariar a superioridade das nossas equipas.
Começo pelas senhoras do voleibol que foram a Matosinhos derrotar por 3-0, com parciais de 9 e 10 pontos de diferença, o muito complicado Leixões com o qual tinham acabado de perder (e bem) a Supertaça. E sem dispor da líbero e capitã de equipa, Daniela Loureiro. Foi uma exibição brutal da equipa brilhantemente liderada por Rui Costa, com as habituais Alice Timm, Thais Bruzza, Jady Gerotto, Vanessa Paquete e Carolina Garcez e as contratações Ozge Kinasts (campeã turca muito experiente que vem duma paragem de carreira por maternidade) e Moara Santos.
Depois sigo para os senhores do futsal, que foram ao pavilhão da Luz, com um estranho e mal explicado piso, pôr o presidente local nervoso e a roer as unhas, e desforrar-se da muito mal perdida Supertaça. Foi uma vitória clara por 4-1, com uma equipa em reconstrução depois da saída (por diferentes motivos) de de três ou quatro jogadores consagrados, e que cada vez mais assenta na formação. Mais uma equipa brilhantemente liderada por Nuno Dias, talvez o melhor treinador de futsal do mundo.
Depois temos o andebol. Mais um brilhante treinador, Ricardo Costa, que transformou - com a grande ajuda dos seus dois filhos - a manta de retalhos que herdou num rolo compressor. Mais uma vitória por números "pornográficos": 46-23 ao FC Gaia. Uma equipa que merece ser feliz não apenas a nível nacional, mas também internacional.
Numa modalidade que acompanho menos, o hóquei em patins, fomos a Braga ganhar ao HC Braga por 3-1. Um treinador argentino, Alejandro Domínguez, "low-profile" que tem sabido conviver com uma equipa que já ganhou muita coisa e precisa demonstrar que tem capacidade de voltar a ganhar.
Enfim, o basquetebol. Um treinador, Pedro Nuno Monteiro, também ele "low-profile" e competente. Com uma equipa muito renovada em termos de norte-americanos, esmagou, para a Taça Hugo dos Santos, o Portimonense por 101-67.
Foi mesmo via verde nas modalidades (faltou apenas o voleibol masculino, que não jogou). Não é preciso termos um presidente-adepto sempre presente e aos pulos para que isso aconteça, basta haver liderança e competência a todos os níveis, que cada um saiba o que se espera dele como jogador e como pessoa, e que as equipas sintam que há sócios, adeptos e miudagem da formação sempre do lado deles, sempre a apoiá-los, sem exigências da treta nem comportamentos irresponsáveis e prejudiciais ao desempenho das equipas nos pavilhões.
SL