Venham mais 5, vírus
Tal como muitos que vão ler estas palavras comecei por ouvir futebol a cores, na minha imaginação, só muito mais tarde, a ver futebol ao vivo e a cores.
Na última quarta-feira fui fazer compras à Loja Verde, é triste, foi triste, ver as imediações do estádio sem barracas, sem "roulottes", sem torresmos e cerveja, que futebol é este?
O sacana do vírus naquele dia sabia que só podia atacar a partir das 21h30?
Hoje sabe que é às 20h00?
Estou a imaginar os vírus todos alinhadinhos, uns junto à Churrasqueira do Campo Grande, outros debaixo do viaduto de Telheiras, outros mais modernaços no McDonald's, a descerem pela rua do ciclista Trindade mas todos com o mesmo objectivo:
"Bora lá, apanhar os gajos no estádio, vão ficar todos cheios de covid que nem se aguentam"
(isto são os vírus a pensar)
É claro que os mesmos vírus se for um jogo no mesmo estádio organizado pela Federação já não se mobilizam para atacar os cidadãos.
O Zeca é que tinha razão:
"Se tem má pinta
Dá-lhe um apito e põe-no a andar
De espada à cinta, já crê que é rei"
(sobre as arbitragens)
"A bucha é dura, mais dura é a razão que a sustém, só nesta rusga não há lugar para os filhos da mãe".
Não há lugar para os filhos da mãe mas há lugar para os filhos da piiii! (calma, Pedro).
Alguém que me explique a razão pela qual podemos estar desmascarados em espaço fechado no 25 Abril (assembleia da república), podemos estar a comemorar o 1° de Maio "vamos lá cambada, todos à molhada" (dentro dos autocarros) e fora, com o faz de conta das distâncias, podemos ir assistir às anedotas do Bruno Nogueira, podemos ir ao Avante, à fórmula 1, enfim, podemos ir a todo lado, excepto ao futebol.
Os vírus este fim-de-semana e amanhã estão com um problema acrescido; não podem atravessar os concelhos para irem à bola.
Os vírus da covid podem não atacar mas os da arbitragem já começaram a fazer o trabalhinho ontem.
Caros árbitros e VAR, mais logo tentem estar afinados, prejudiquem-nos o antigo normal, não exagerem, não cheguem ao "novo normal".