Para já, é indispensável que Frederico Varandas comunique com os sportinguistas. Ao falar a 1 de Fevereiro, logo após o Sporting ter vencido a Taça da Liga, abriu um precedente. Não faz qualquer sentido permanecer em silêncio agora.
Quando se quebram as regras, altera-se a linha de rumo. E nada volta a ser como era antes: há que enfrentar as consequências.
Ao romper o silêncio num momento bom, o presidente passou a ter a obrigação de falar também nos momentos maus. Não é compreensível que proceda de outra forma.
Diria que a realização da conferência de imprensa que anuncia, em nada impediria uma comunicação "física" ainda que breve, antes de o jogo de amanhã. Tratando-se o assunto em análise de "Comunicação" e atendendo a quem tenho por interlocutor: leio e aprendo.
Os órgãos dirigentes leoninos andam desaparecidos em combate. Nem o presidente do CD nem ninguém mais solta uma palavra. Beto não pode dizer nada? Nem o Hugo Viana? Nem um vice-presidente disponível? Não posso estar mais em desacordo.
O seco comunicado anuncia que o silêncio será rompido daqui a seis dias. Como se os sócios e adeptos não merecessem mais que isto. Nem mais cedo.
Até lá, ficamos entregues ao confrangedor deserto de ideias do técnico holandês e das suas frases vazias. Como esta, que aqui destaquei há oito dias: «We need to see what is going to happen.»
Queira perdoar, caro Pedro Correia, mas ao dia de hoje, a frase em apreço ganha renovada importância. Passou a ser a melhor forma de sintetizar o actual momento. Cá estaremos todos à espera para saber o que nos espera dia 22. Vamos ver o que sucede.