Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

És a nossa Fé!

Nós, há dez anos

 

Adelino Cunha: «Mudou. Visto daqui, parece-me que alguma coisa mudou. E, a ter mudado, mudou em pouco tempo. Pode ter sido pouco coisa a mudar, mas alguma coisa mudou. Vou tentar dizer melhor: alguma coisa está a mudar. Não quero falar do jogo com o Porto. Não quero falar do movimento basta. Não quero falar das reacções, das pressões, dos consicentes e dos subinconscientes. Não quero falar dos comunicados, das conferências de imprensa, dos velhos gagás e dos viscondes amofinados. Não quero: mas isto está a mudar, não está?»

 

João António: «O clube da fruta está inquieto. Deve ser por falta de um qualquer guarda Abel, ou de não ter dado nas "trombas" aos jornalistas já faz algum tempo.»

 

José da Xã: «Oceano, não sendo um primor em técnica, era um daqueles jogadores de que todos os treinadores gostavam: combativo. viril mas sempre correcto. Pedro Barbosa era senhor de uma técnica assaz invulgar e a quem só tiravam a bola recorrendo à falta.»

 

Ricardo Roque: «Se há tema onde abundam os bitaites é o futebol. E se à frente de muita gente estiver uma câmara de televisão, então a abundância é de tese de doutoramento, o que não é não é de estranhar pois somos um país de doutores. E de justiceiros, sendo que o Facebook neste campo veio dar uma boa ajuda. Até as revoluções se fazem com mais comodidade. E de treinadores... de bancada. Prosápia não falta, a maior parte das vezes a tomar a nuvem por Juno. Quanto à redondinha, é tempo de a chutar para a frente, para o golo e deixar de centrar a conversa nos fora de jogo milimétricos ou da dúvida da bola na mão ou da mão na bola.»

 

Eu: «Fico à espera de ler um dia destes, num órgão de informação especializado em futebol ou até num generalista, quanto é que os jogadores do nosso plantel já foram valorizados durante a gestão de Bruno de Carvalho.»

A voz do leitor

«Sem dramas e sem medos devemos encarar com confiança total as redes da nossa baliza ao jovem Franco Israel, pois sem sombra de dúvidas o jogo da Taça (Sporting-Benfica) foi elucidativo da sua qualidade para enfrentar com nervos de aço os desafios que nos esperam e ambicionamos ganhar.»

 

Tiago Oliveira, neste meu texto

Pódio: Gyökeres, Paulinho, Nuno Santos

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Boavista pelos três diários desportivos:

 

Gyökeres: 23

Paulinho: 21

Nuno Santos: 19

Morita: 17

Morten: 16

Daniel Bragança: 16

Diomande: 15

Trincão: 15

Coates: 15

Gonçalo Inácio: 14

Matheus Reis: 14

Geny: 14

Eduardo Quaresma: 12

Israel: 12

Esgaio: 6

Koba: 6

 

Os três jornais elegeram Gyökeres como melhor em campo.

Nós, há dez anos

 

Adelino Cunha: «Tendo Bruno de Carvalho dito o que havia para dizer sobre as arbitragens, falta só o Sporting acrescentar um dia destes que não quer mudar o sistema para que o sistema mude das garras do Porto para as garras Benfica, mas também não quer que mude das garras do Porto para as mãos do Sporting. Não é bom ganhar à Porto. Mesmo que seja para que os outros provem o que é perder à Sporting.»

 

Eu: «Deu gozo ganhar em campo ao tricampeão depois de tantos imbecis terem jurado que este Sporting não tinha plantel para superar o Porto. Mas esta vitória foi ainda mais saborosa por ter acontecido num jogo em que sete dos titulares da nossa equipa eram oriundos da formação leonina: Rui Patrício, Cédric Soares, Eric Dier, William Carvalho, Adrien Silva, André Martins e Carlos Mané. Cada um fala por si. Para mim, este é um dos motivos de maior orgulho.»

Rescaldo do jogo de ontem

clqud.jpg

Apoio inequívoco das claques em Alvalade após derrota em Bérgamo: assim é que é

 

Gostei

 

Da goleada ao Boavista. Cilindrámos a equipa portuense em Alvalade. Foi o segundo resultado mais volumoso do Sporting até agora no campeonato em curso: 6-1. Valeu não apenas pela avalanche de golos, cinco dos quais no segundo tempo, mas por toda a exibição da equipa tão bem orientada por Rúben Amorim. Demonstrando a reacção mais adequada após o nosso recente afastamento da Liga Europa.

 

De Gyökeres. O melhor em campo, para não variar. Verdadeiro motor da equipa: joga e faz jogar, sempre de pé no acelerador. Reforçou o comando da lista dos artilheiros do campeonato com mais três golos. Aos 45' (o golo da reviravolta, que já tardava), aos 68' e aos 79', este de penálti - convertido de modo exemplar. Quarto jogo consecutivo da Liga a marcar: já a meteu lá dentro 36 vezes no conjunto da temporada, 22 no campeonato. E também já protagonizou 14 assistências - ontem mais uma, com inegável classe, para o golo de Nuno Santos. Números extraordinários: o nosso jogador mais caro de sempre vale cada cêntimo que custou ao Sporting.

 

De Paulinho. Uma das suas melhores exibições de verde e branco. Desta vez bisou. Aos 54', marcando o segundo golo - correspondendo de forma exemplar a um cruzamento perfeito de Geny. E a poucos segundos do apito final, aos 90'+5, num cabeceamento sem mácula após a conversão de um canto. E ainda é dele, num centro muito bem medido, a assistência para o golo inicial.

 

De Nuno Santos. Ressurgiu após um período de relativo apagamento. Em boa hora Amorim apostou nele como titular na recepção ao Boavista. Sai deste embate que alguns consideravam difícil com saldo muito positivo: um golo, apontado aos 88', e duas assistências. Notável o passe vertical aos 68' a que Gyökeres deu a melhor sequência. E foi ele a bater o canto que proporcionou o golo final de Paulinho, selando o resultado.

 

De Daniel Bragança. Cumpre, sem dúvida, a sua melhor época ao serviço do Sporting. Ontem actuou durante toda a segunda parte - por troca com Morten, talvez o único que pareceu ressentir-se da derrota contra a Atalanta - e mostrou-se em excelente forma. Oportuníssimas recuperações aos 62' e aos 72' que logo originaram ataques perigosos. Exímio tecnicista, muito eficaz a movimentar-se entre linhas.

 

Do regresso de Morita. Ausente em Bérgamo, devido a uma indisposição que o reteve em Lisboa, voltou ao onze. E foi pedra fundamental deste dilatado triunfo leonino. Na visão de jogo, na capacidade de recuperar bolas, no perfeito domínio técnico demonstrado em cada lance. Consegue estar em acção em diversas zonas do terreno. É dos jogadores que mais procuram e mais merecem o título de campeão em Portugal.

 

Da nossa reviravolta. Tendo sofrido um golo a frio, logo aos 3', soubemos reagir com firmeza e determinação: quase não voltámos a deixar o Boavista aproximar-se da nossa baliza, Israel não chegou a fazer uma defesa digna desse nome e eles só conseguiram um canto aos 90'+3. Protagonizámos uma reacção quase asfixiante à turma boavisteira, que só pecou pela conversão tardia do nosso primeiro golo. Na segunda parte, sobretudo, chegámos a ser brilhantes. Com uma entrada fortíssima, sempre a carregar no acelerador. Deu gosto ver este Sporting imparável, nada fragilizado pelo desfecho da partida anterior, em solo italiano. 

 

Do apoio inequívoco das claques. Com aplausos, cânticos, incentivos de todo o género. E dísticos que não deixam lugar a dúvidas: estão cem por cento com os jogadores, estão cem por cento com a equipa técnica. É para isto que servem as claques. Assim merecem também elas o nosso aplauso.

 

De ver o Sporting marcar há 34 jornadas seguidas. Sempre a fazer golos, desde o campeonato anterior. Reforçamos a nossa posição no topo das equipas goleadoras. Basta comparar: temos mais 15 marcados do que o Benfica e mais 25 do que o FC Porto.

 

Do nosso desempenho global em casa para a Liga 2023/2024. Treze jogos, treze vitórias. Invictos em Alvalade.

 

De mantermos a liderança isolada. Agora com 65 pontos. Mesmo com um jogo em atraso - que, caso seja vencido, deixará o principal rival quatro pontos abaixo de nós. Prossegue a contagem decrescente para a conquista do troféu máximo do futebol português. Vamos lá chegar.

 

 

Não gostei

 

De sofrer tão cedo. Foi um banho de água fria em Alvalade, aquele disparo indefensável de Makouta. Desde 2015 que o Boavista não marcava no nosso estádio.

 

De outro golo na nossa baliza. Temos agora mais sete sofridos do que o FCP, mais quatro do que o SLB. Nada de grave, mas é um aspecto a melhorar.

 

De termos esperado 42 minutos para empatar. Só aconteceu aos 45': tardou em excesso. O 1-1 registado ao intervalo era muito lisonjeiro para o Boavista, que já merecia então estar a perder, até por mais de uma bola de diferença. Acabaríamos por acertar contas na segunda parte.

 

Da ausência de Pedro Gonçalves. Os colegas cumpriram bem a missão em campo, mas o melhor jogador português do Sporting faz sempre falta. Infelizmente ainda não sabemos quando poderá estar de volta: continua afastado devido à lesão muscular contraída em Itália.

 

Do horário do jogo. Voltamos ao mesmo: partida iniciada às 20.30, numa noite de domingo. Só dá jeito a quem não precisa de trabalhar e a quem nunca vai ao estádio - alguns nem sequer se dão ao incómodo de assistir às partidas pela televisão, espreitam os resumos mais tarde e já lhes basta. Para esses pode ser em qualquer dia e a qualquer hora.

2023/2024: marcadores dos nossos golos

image.jpg

 

Gyökeres 33 (Vizela, Vizela, Moreirense, Sturm Graz, Farense, Farense, Atalanta, Arouca, Farense, Farense, Farense, Benfica, Dumiense, Gil Vicente, Gil Vicente, Sturm Graz, FC Porto, Portimonense, Tondela, Tondela, Vizela, Vizela, Casa Pia, Casa Pia, União de Leiria, União de Leiria, Braga, Young Boys, Young Boys, Rio Ave, Benfica, Farense, Arouca)

Pedro Gonçalves 16 (Braga, Farense, Boavista, Raków, Raków, FC Porto, Estoril, Tondela, Tondela, Chaves, Casa Pia, União de Leiria, Moreirense, Benfica, Farense, Atalanta)

Paulinho 14 (Vizela, Casa Pia, Casa Pia, Famalicão, Rio Ave, Estrela da Amadora, Dumiense, Dumiense, Dumiense, Tondela, Portimonense, Chaves, Vizela, Atalanta)

Trincão 7 (Dumiense, Estoril, Chaves, Vizela, Casa Pia, Casa Pia, Braga)

Edwards 6 (Rio Ave, Olivais e Moscavide, Estrela da Amadora, Atalanta, Estoril, Estoril)

Coates 6 (Raków, Dumiense, Vizela, Casa Pia, Casa Pia, Rio Ave)

Nuno Santos 5 (Farense, Dumiense, Casa Pia, V. Guimarães, Braga)

Daniel Bragança 5 (Olivais e Moscavide, Estrela da Amadora, Tondela, Braga, Farense)

Gonçalo Inácio 4 (V. Guimarães, Sturm Graz, Sturm Graz, Young Boys)

Geny 4 (Olivais e Moscavide, Boavista, Casa Pia, Arouca)

Morten 3 (Moreirense, Rio Ave, Arouca)

Diomande 2 (Moreirense, Sturm Graz)

Morita 2 (Arouca, Moreirense)

Neto 1 (Dumiense)

Eduardo Quaresma 1 (Braga)

Pedro Tiba 1 (Gil Vicente, na própria baliza)

Pedro Álvaro 1 (Estoril, na própria baliza)

Amenda 1 (Young Boys, na própria baliza)

Nós, há dez anos

 

Alexandre Poço: «O Sporting foi William, foi Cédric, foi Slimani, foi Capel, foi Rojo e foram as inteligentes substituições de Leonardo Jardim. Merecemos ganhar de forma inequívoca. Reduzimos o Porto a uma equipa banal sem capacidade de atacar durante quase meia hora. A frieza da equipa após estar a ganhar é de louvar. Estivemos nós mais próximos do 2º do que eles do empate. Jogámos à Sporting e com ou sem golo manhoso, pelo domínio napoleónico na segunda parte, venceríamos de qualquer forma. Viva o Sporting!»

 

Duarte Fonseca: «Jogou o melhor meio campo do plantel (e do campeonato), com um impressionante William (só para ver aquele lance em que rodeado por 4 ou 5 jogadores do Porto saiu do meio deles com a bola controlada, valeu o preço do bilhete), com um incansável Adrien e com um brilhante André Martins. Continuo a dizer que a maioria dos adeptos não percebem a sua qualidade e o que dá ao jogo. Felizmente Leonardo Jardim percebe isso e de cada vez que ensaia algum modelo sem ele em campo arrepende-se e muda no jogo seguinte. Haverá algum médio em Portugal com a capacidade e qualidade de pressão de André Martins? Ontem foi simplesmente brilhante. Ainda conseguiu fazer o que nenhum dos nossos extremos consegue, um cruzamento impecável.»

 

Filipe Arede Nunes: «Se tivesse tempo, todos os dias escreveria um texto sobre o William Carvalho. Ele ainda não se foi embora e eu já tenho saudades deles. É um jogador inacreditável, o melhor jogador que vi formado no Sporting desde Cristiano Ronaldo sendo que Carvalho é, neste momento, mais influente na equipa do que Ronaldo alguma vez foi. Carvalho transpira classe, maturidade e tranquilidade.»

 

Luciano Amaral: «O Pedro Correia já salientou que há uma diferença entre um golo em fora-de-jogo e um golo precedido de fora-de-jogo, e que não é de somenos. Sem dúvida que ambos são irregulares, mas no caso do golo precedido de fora-de-jogo, o que acontece é que ainda há muito jogo antes de a bola entrar. Ou seja, se Martins falhasse o centro e Slimani a cabeçada seria mais uma jogada como tantas outras que acontecem em todos os jogos e que os árbitros não marcam e a que ninguém na realidade liga muito. Não foi o caso desta. Gostava de ver os portistas choramingões admitir que, apesar desta jogada, não mereciam melhor do que tiveram.»

 

Eu: «Consigo perceber o novo Calimero do Dragão. Há um ano, quando a anterior direcção do Sporting andava em amena sintonia com Pinto da Costa, seguíamos 30 pontos atrás do Porto no campeonato. Agora vamos nós cinco pontos à frente deles. Faz toda a diferença. Não é preciso arranjar mais nenhum motivo para explicar tanta pieguice azul e branca.»

A voz do leitor

«Qualquer adepto que gosta de futebol delicia-se com forma como o Sporting joga. Os jogadores têm um grau de cumplicidade notável com as ideias do seu treinador. Impressiona a forma como o Sporting pautou o ritmo do jogo, jogando pausadamente ou acelerando, de acordo com a sua decisão que, obviamente, convergia com as suas necessidades.»

 

António Goes de Andrade, neste meu texto

Prognósticos antes do jogo

Um jogo terminou há tão pouco tempo e já vem outro a caminho. Amanhã, a partir das 20.30, recebemos o Boavista. Outro embate determinante nesta caminhada que vamos fazendo a caminho do título. 

Na primeira volta fomos ao Bessa vencer por 2-0. Com golos de Geny e Pedro Gonçalves. Mais robusto foi o nosso triunfo em casa na época passada: três golos sem resposta

Agora como será? Aguardo os vossos prognósticos.

Nós, há dez anos

 

Edmundo Gonçalves: «Estava eu a levar com um consócio ao meu lado, a quem hoje saiu na rifa o Cédric (que não perdeu o duelo com um grande jogador, que é Quaresma) e a pensar com os meus botões que o André Martins estava já a mais no jogo, quando William Carvalho tirou do bolso um passe teleguiado para o mesmo André Martins, que correu uma dúzia de metros e fez uma assistência milimétrica para Slimani fazer o golo que nos daria uma vitória que matou um borrego já "carneiro". O André Martins fez-me "meter a viola no saco", mas o parceiro do lado lá continuou a sua cruzada anti-Cédric.»

 

Ricardo Roque: «Hoje não aconteceu o que vem sendo habitual. Não houve golo mal anulado e, ao que dizem, até terá havido benefício da posição em fora de jogo de André Martins no lance do golo de Slimani. Aos que justificam permanentemente o prejuízo do Sporting em vários jogos com o erro humano e que os árbitros se incluem nessa natureza, que justifiquem agora com o mesmo argumento o eventual mau julgamento na citada jogada - ressalvo, a ter acontecido.»

 

Eu: «[Slimani com] quatro jogos consecutivos a marcar: agarrou a titularidade e ninguém duvida que vai mantê-la. Voltou a ser decisivo ao marcar o golo solitário da vitória leonina - de cabeça, como é costume. Podia ter marcado mais: sempre muito combativo, deu contínuas dores de cabeça aos defesas centrais da equipa adversária. Saiu esgotado, aos 73', sob uma merecida ovação dos adeptos.»

A voz do leitor

«O Sporting não tem um presidente da federação desde o salazarista António Silva Resende (1983-1989), que não deixou saudades. Na liga tivemos João Aranha nos primórdios, Hermínio Loureiro, mais preocupado com a carreira política que outra coisa e fugazmente Luís Duque, idem-idem, aspas-aspas. No conselho de arbitragem e disciplina, que condicionam quase tudo, nem vale a pena falar, temos o idiota útil Fontelas Gomes, as eminências pardas João Ferreira (Benfica) e Paulo Costa (Porto) e na secção de classificações o vice-presidente Lucílio Baptista é que decide quem é promovido ou não. Vale a pena fazer um desenho?»

 

Carlos Falcão, neste texto do Pedro Oliveira

Pódio: Pedro Gonçalves, Morten, Bragança

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Atalanta-Sporting, da Liga Europa, pelos três diários desportivos:

 

Pedro Gonçalves: 18

Morten: 18

Daniel Bragança: 15

Gyökeres: 15

Israel: 15

Matheus Reis: 14

Eduardo Quaresma: 12

Esgaio: 12

Diomande: 12

Nuno Santos: 11

St. Juste: 11

Trincão: 11

Gonçalo Inácio: 11

Paulinho: 10

Geny: 10

Edwards: 10

 

A Bola elegeu Morten como melhor Leão em campo. O Jogo optou por Pedro Gonçalves. O Record escolheu Daniel Bragança.

Nós, há dez anos

 

Adelino Cunha: «Tendo Bruno de Carvalho dito o que havia para dizer sobre as arbitragens, falta só o Sporting acrescentar um dia destes que não quer mudar o sistema para que o sistema mude das garras do Porto para as garras Benfica, mas também não quer que mude das garras do Porto para as mãos do Sporting. Não é bom ganhar à Porto. Mesmo que seja para que os outros provem o que é perder à Sporting.»

 

Alexandre Poço: «Não há palavras, o melhor mesmo é ver o vídeo

 

Cristina Torrão: «Vi grande parte do segundo tempo, na RTP-internacional, liguei na fase em que o Marítimo quase chegava ao empate. Mas depois veio aquele golaço do Jefferson! O meu marido (alemão) adepto do Bayern, mas contagiado pelo vírus sportinguista, jubilou, entre exclamações de: «bonito golo» (schönes Tor). Sporting, queremos ver-te na Champions! Força Sporting!»

 

Diogo Agostinho: «Um Leão não se deixa derrubar por nada. E o nosso Mané estará em força no sábado, mesmo com capas encomendadas.»

 

Duarte Fonseca: «Ferguson é umas das personagens do mundo do futebol que mais interesse me desperta. A dedicação ao trabalho, a frontalidade que sempre transpareceu, a forma de liderar e a incrível capacidade para reinventar e motivar as suas equipas são as características que sempre admirei neste senhor. Aliando a estas características um humor corrosivo, tipicamente escocês, tenho todos os ingredientes para que o meu interesse por esta figura seja muito grande. Naturalmente, assim que saiu o livro da sua autobiografia não resisti e comprei por impulso. Nos últimos dias tenho-me deliciado com as histórias contadas no livro. Ontem cheguei ao capítulo dedicado a Cristiano Ronaldo, o qual começa da seguinte forma: “Cristiano Ronaldo foi o jogador mais dotado que treinei.”. Não pude deixar de sentir um orgulho enorme.»

 

Edmundo Gonçalves: «Estava eu a levar com um consócio ao meu lado, a quem hoje saiu na rifa o Cédric (que não perdeu o duelo com um grande jogador que é Quaresma) e a pensar com os meus botões que o André Martins estava já a mais no jogo, quando William Carvalho tirou do bolso um passe teleguiado para o mesmo André Martins, que correu uma dúzia de metros e fez uma assistência milimétrica para Slimani fazer o golo que nos daria uma vitória que matou um borrego já "carneiro". O André Martins fez-me "meter a viola no saco", mas o parceiro do lado lá continuou a sua cruzada anti-Cédric.»

 

Filipe Arede Nunes: «Grande Adrien, grande Jefferson, grande Mané e um treinador que merecerá, um destes dias, um texto a agradecer tudo o que tem feito pelo nosso clube. Destaque ainda para dois homens da equipa verde-rubra: Danilo (excelente jogador) e Derley (grande avançado). Para mim, era assegurar já a contratação destes dois tipos.»

 

Francisco Almeida Leite: «Não gosto de ver adeptos do SCP ficarem cativos num local inseguro.»

 

Francisco Melo: «Faleceu o empresário Manuel Barbosa. O empresário que fez de Secretário jogador do Real Madrid. Há poucos anos atrás, ao visitar o Estádio do Real Madrid, deparei-me na sala de troféus com um quadro gigante dispondo todos os jogadores que vestiram a camisola do Real, divididos por nacionalidade. Por Portugal, lá aparecia o craque Luís Figo acompanhado por... Secretário. Como é que foi possível o Real ter gasto uma fortuna num jogador como Secretário, perguntava-me até hoje... É que Carlos Secretário ficou para a história do futebol português por três razões, nenhuma delas relacionada com a sua qualidade futebolística. Pelo apelido esquisito, pela magnífica assistência para o Acosta, e por ter conseguido vestir a camisola do Real! Sobre a passagem pelo Real, vale a pena notar que anos mais tarde, num inquérito feito, Secretário foi considerado como o pior jogador que jogou pelos merengues.»

 

Frederico Dias de Jesus: «Mesmo com mais estrangeiros em campo, conseguimos que a nossa equipa tenha no 11 inicial cinco jogadores nacionais (e da formação). Pelo menos neste campo, já ganhámos o derby

 

Helena Ferro de Gouveia: «Como o personagem do poema de T. S. Eliot que media sua vida em colheres de café, os brasileiros podem medir a sua vida em Copas do Mundo. Meio a sério, meio a brincar dizem que o futebol foi inventado pelos brasileiros na Pré-História quando um pré-brasileiro fez um passe com o crânio de um inimigo. Bem, foram eles que inventaram a “pelada de rua” em que qualquer coisa vagamente esférica faz as vezes de bola, as balizas se erguem com os que estiver à mão, latas, tijolos ou até os irmãos mais novos, mesmo sob o voto de protesto dos mesmos, e a diversão dura até “mamãe” chamar, os vizinhos chamarem a polícia ou anoitecer.»

 

João António: «O clube da fruta está inquieto. Deve ser por falta de um qualquer guarda Abel, ou de não ter dado nas "trombas" aos jornalistas já faz algum tempo.»

 

João Távora: «Valendo-se de muito esforço e da férrea disciplina táctica que é marca de Jardim, o Sporting ontem cumpriu os serviços mínimos, que nos valeram três pontos. (...) O desacerto nos passes e transições era alarmante, mas a equipa redimiu-se reencontrando-se após o intervalo muito por via da substituição de Heldon por Matias e da deslocação de Mané para o lugar de extremo que libertou Wiliam Carvalho muito ofuscado até esta fase. Valeu o resultado e um bom ambiente nas bancadas - este Sporting, não sendo um fórmula 1, é o nosso: reconhece-se pela garra e acredito que o segundo lugar esta época ninguém nos tira.»

 

José da Xã: «Oceano, não sendo um primor em técnica, era um daqueles jogadores de que todos os treinadores gostavam: combativo. viril mas sempre correcto. Pedro Barbosa era senhor de uma técnica assaz invulgar e a quem só tiravam a bola recorrendo à falta.»

 

José Manuel Barroso: «Os grandes clubes portugueses são fazedores e vendedores de jogadores de qualidade, para os grandes campeonatos europeus - é a única forma de se aguentarem. No nosso caso, para além dos que virão do mercado externo, para reforçar a equipa a preço mais barato do que os que irão sair, temos o nosso viveiro da formação. Onde alguns jovens já estão na calha para ascenderem ao time principal. Vamos verter algumas lágrimas pelos que vão sair - decerto os que mais qualidade e potencialidades tiverem - e lamentar o facto. Mas o mundo rola e avança e o nosso clube também. E lá estaremos de novo no estádio, para aplaudir os que formarem o renovado grupo de trabalho. É a vida.»

 

José Navarro de Andrade: «Qual quê? Foram só uns flocos e uma folhas de papel de prata a cairem nos espectadores. Se tivesse ocorrido na horrível casa de banho, lá mais à frente, aí sim, seria um escândalo monumental: o estádio interdito por mais de um mês, exigências de responsabilização e demissão (só neste país poderia tal coisa acontecer e ficar impune, declarariam à puridade os manhas da vida); ainda agora estaria a TSF a fazer directos à porta do estádio com entrevistas alarmantes à protecção civil (confirmar-se-ia que estivemos por um triz à beira da hecatombe) e o jasus lamentaria que o efeito surpresa da táctica se desvanecera com o adiamento, por entre indirectas à falta de fair play. No mínimo.»

 

Luciano Amaral: «O Sporting é realmente um clube diferente: há dois anos, na mesma Liga Europa, também arrumámos o Manchester City (que é mais difícil do que o Tottenham) e o Sá Pinto não foi capaz de enfiar uma pera no treinador deles (ou sequer fazer gestos provocatórios). É preciso nível.»

 

Pedro Oliveira: «Acordei a pensar nisto, Fredy (Montero) Muñoz vai ser o primeiro jogador da História a marcar cinco golos num derby

 

Ricardo Roque: «Hoje não aconteceu o que vem sendo habitual. Não houve golo mal anulado e, ao que dizem, até terá havido benefício da posição em fora de jogo de André Martins no lance do golo de Slimani. Aos que justificam permanentemente o prejuízo do Sporting em vários jogos com o erro humano e que os árbitros se incluem nessa natureza, que justifiquem agora com o mesmo argumento o eventual mau julgamento na citada jogada - ressalvo, a ter acontecido.»

 

Rui Cerdeira Branco: «Isto num dia em que excecionalmente (e que a exceção se repita!) mais de 35 mil gritaram quatros vezes, em castelhano mas com sotaque argentino, pelo que os muito distraidos poderiam pensar ser a color del máximo rival (rival que tem uma cor que, como sabemos, não encontra tradução em qualquer outra língua do planeta, o famigerado encarnado). Ironias da bola, gratificações da globalização. Tudo por um clube que é mais do que de Portugal.»

 

Tiago Cabral: «Os coisos vão jogar a próxima eliminatória com o Az Alkmar. Mais do que ter sido contra esta equipa que o Sporting carimbou a passagem à sua última final europeia, este holandeses fazem-me sempre recordar Jorge Perestrelo.»

 

Eu: «Em entrevista ao jornal A Bola, José Couceiro acusava [há um ano] Bruno de Carvalho de fugir aos debates eleitorais excepto na última semana de campanha: "Quanto mais cedo fossem os debates mais poderíamos esclarecer os sportinguistas. Permitiria a confrontação salutar de ideias e havia mais tempo para tirar dúvidas. Quando se evita o confronto de ideias não se está a querer esclarecer os sócios quanto todas as nossas propostas." Regressado de Moçambique, onde se deslocou para falar com os sportinguistas ali radicados e sondar potenciais investidores no clube, Bruno de Carvalho deu-lhe réplica: "Os debates são espectáculos mediáticos e o Sporting tem de deixar de ser um circo. Eu queria um debate com os responsáveis financeiros das candidaturas, mas os outros não os têm."»

Quente & frio

 

Gostei muito do belo golo marcado por Pedro Gonçalves em Bérgamo. Foi ontem, aos 33', abrindo o marcador no jogo da segunda mão, após empate com muita sorte nossa em Alvalade (1-1) frente à turma italiana, sexta classificada no campeonato do seu país. Até aí tínhamos sabido fechar os caminhos para a nossa baliza, dando boa réplica à intensa pressão adversária sobre o portador da bola. O golo culminou exemplar lance colectivo em que intervieram Morten e Matheus Reis antes de Pedro Gonçalves pegar nela, fazer eficaz tabelinha com Gyökeres e isolar-se frente ao guarda-redes, encaminhando-a para o fundo da baliza. Sem vacilar, na primeira oportunidade da nossa equipa neste jogo. Décimo-quinta concretização com sucesso do nosso n.º 8 na época em curso, que promete ser a sua segunda mais goleadora de sempre. Infelizmente foi também esse o momento em que Pedro contraiu uma lesão - aparente rotura muscular - que o forçou a sair em lágrimas quando estava a ser o nosso melhor em campo. Talvez permaneça várias semanas afastado. Baixa preocupante nesta recta final da época.

 

Gostei de alguns jogadores nossos. Desde logo, Israel: a lesão de Adán acabou por dar oportunidade ao jovem guardão uruguaio, já internacional pelo seu país, para mostrar o que vale. Neste seu quinto jogo seguido como titular, confirmou os pergaminhos com boas defesas aos 3', 51', 70' e 77'. Nos dois que sofremos, infelizmente, pouco ou nada podia ter feito. Também gostei de Morten, que fechou como pôde os caminhos para a nossa baliza, recuperou várias bolas e ajudou a construir o golo. Boa nota igualmente para Daniel Bragança: rendeu Pedro Gonçalves aos 36' sem desequilibrar o nosso meio-campo, complementando a acção do dinamarquês, e ainda fez dois grandes passes para golo (visando Geny aos 84' e Paulinho aos 86'). Esteve ele próprio muito perto de marcar com um disparo forte, de longe, aos 70', para defesa incompleta de Musso: infelizmente nenhum colega compareceu nas imediações para a recarga. Nem sequer Gyökeres, bem policiado pelo seu compatriota Hien, seu colega na selecção sueca.

 

Gostei pouco de alguns passes longos, na fase de construção, que acabaram em pés italianos. Foi o caso do que viria a gerar o primeiro golo da Atalanta, no minuto inicial da segunda parte: Gonçalo Inácio tenta colocar a bola em Trincão, um dos colegas com menor intensidade colectiva na partida de ontem; um adversário antecipa-se e rouba-a, desencadeando um contra-ataque muito rápido em que vão falhando sucessivas tentativas de intercepção - desde logo do próprio Gonçalo, com Diomande aos papéis, St. Juste a falhar o corte no momento indicado e Esgaio ao segundo poste a marcar com os olhos. Lookman facturou à nossa custa. Doze minutos depois foi a vez de Scamacca fazer o mesmo, repetindo a proeza alcançada em Alvalade.

 

Não gostei do segundo golo sofrido, aos 58'. Novo naufrágio da nossa defesa, desprovida do seu comandante natural: Coates, por precaução física, ficou fora desta partida já a pensar na recepção do Sporting ao Boavista no domingo - menos de 72 horas após o apito final em Bérgamo, ficando assim por cumprir o período mínimo de intervalo para descanso recomendado entre dois jogos do calendário oficial. Esse segundo golo da Atalanta - numa partida em que não tivemos nenhum jogador castigado com cartões - acabaria por ditar a nossa eliminação. Saímos derrotados, caímos nos oitavos-de-final, dissemos adeus à Liga Europa.

 

Não gostei nada de ver dois jogadores falharem quatro golos nos dez minutos finais. Culpas repartidas por Edwards e Paulinho - sem surpresa, em qualquer dos casos. O inglês falha clamorosamente, trocando os pés, quando estava isolado frente a Musso (84') e consegue ter uma perdida ainda mais escandalosa, sem marcação e de novo com a baliza à sua mercê, disparando para as nuvens (90'). O n.º 20, que substituiu o apático Trincão aos 75', conseguiu entregar a bola ao guardião quando havia sido desmarcado de modo exemplar por Bragança (86') e cabecear na direcção errada, ao segundo poste, a dois metros da linha de golo (89'). Falta de mentalidade competitiva, falta de intensidade, falta de qualidade. Sobretudo no caso de Edwards: nem parecia estar em campo, tantas foram as vezes em que caiu sem ninguém lhe ter tocado, falhou passes fáceis, deixou fugir a bola, perdeu duelos por falta de comparência. Um descalabro. Não mereceu, nem de longe, ser titular nesta partida.

Adeus, Europa

Acabamos de dizer adeus à Liga Europa após derrota (1-2) frente à Atalanta, em Bérgamo. Mantém-se a tradição: continuamos sem vencer em Itália. 

Péssimas exibições de Edwards, Trincão e Paulinho. 

O melhor foi Pedro Gonçalves - como de algum modo antevi aqui. Infelizmente saiu com lesão aparentemente grave logo após ter marcado o nosso golo, aos 33'.

Nada a fazer: restam-nos as competições internas. Parabéns ao Benfica, que ao vencer o Rangers em Glasgow transita para os quartos da Liga Europa. 

Pedro Gonçalves

descarregar.jpg

 

Nas raras vezes em que ele não joga nota-se logo a diferença. Para pior. A ausência de Pedro Gonçalves evidencia a falta que este jogador - tão subvalorizado por vários adeptos - faz na dinâmica deste Sporting de Rúben Amorim.

Quando não está, nada funciona tão bem.

Ele é o criativo, é o desbloqueador, é o talentoso menos exuberante mas mais eficaz do onze titular. Já lhe devemos muito: só nesta época, 15 golos e 14 assistências. E no entanto continua a ser um pouco mal-amado pelo chamado "tribunal de Alvalade", que por vezes consegue ser bem injusto.

Como há meses venho escrevendo, considero-o sem favor o melhor jogador português do Sporting actual.

Nós, há dez anos

 

Adelino Cunha: «Concordo: o Benfica está imparável. Este ano, vão perder muitas mais finais, não é?»

 

Marta Spínola: «Eu já sei que estamos todos muito irritados com o Vasco Santos, que foi um incompetente sem descrição. Indiscutível. Também já sei que toda a gente tem também muito mais anos de Sporting e de (alegadamente) roubalheira que eu. E sou muitas vezes a que não percebe, "oh tu não percebes", dizem-me. E se calhar não, mas por isso falo do que e quando me apetece. E percebo que golo anulado após golo anulado a irritação cresça e o discernimento seja difícil. Percebo que se vá perdendo a paciência mas vejo que também a objectividade. O que eu não percebo é onde passou a ser preferível não se distinguirem as coisas e partir-se para a acusação generalizada. E o que isso nos trará de bom. Pior, a desresponsabilização total que isso traz ao discurso das pessoas.»

A voz do leitor

«O empate de Vila de Conde fica ligado a dois erros individuais que terão de ser resolvidos internamente. É crucial que Rúben Amorim utilize toda a sua perspicácia e pedagogia numa conversa particular com Adán e Nuno Santos. Sem dramas, sem imputações exageradas, mas com a determinação bastante para que a consciência profissional de cada um seja colocada no devido lugar. Uma vez resolvida a questão, é tempo de olhar em frente.»

 

António Goes de Andrade, neste meu texto

{ Blogue fundado em 2012. }

Siga o blog por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

 

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D