«Em nenhum país que conhecemos o futebol feminino se compara ao masculino. As jogadoras gostariam de ter os mesmos ordenados e outras benesses que os seus colegas usufruem nos clubes, mas essa diferença vai continuar a existir durante bastante tempo, pois as receitas são nulas e se não houver patrocinadores a suportar parte das despesas, não se vislumbra que a situação se altere.»
«É preciso dizê-lo com todas as letras: esta gente não são adeptos de coisa nenhuma, mas sim criminosos e devem ser tratados como tais, e por isso merecem ser expulsos de sócios (se realmente o forem) e acima de tudo, depois de identificados, ser banidos de vez dos estádios de futebol sem qualquer tipo de complacência. A tolerância zero com a violência gratuita nos estádios ou fora deles deve ser uma bandeira dos clubes e um imperativo nacional.»
Queiram ou não queiram as araras tontas das pantalhas, teimem ou não teimem os derrotistas militantes, é impossível negar os factos quando eles se tornam óbvios.
Eis um facto: Portugal tem hoje uma das cinco melhores selecções de futebol do mundo (quatro da Europa, uma do continente americano). E acabamos de vencer duas delas, o que nos abre excelentes perspectivas para o próximo Mundial.
Preferiam o tempo das "vitórias morais" quando jogávamos como nunca e perdíamos como sempre? Azarinho: habituem-se. E tentem encontrar novos alvos para aliviar as frustrações.
«Este é o momento certo de questionar os critérios para a eleição do Bola de Ouro. Não sei se vai haver outro tão cedo. Se não é agora, dificilmente o vai ser no futuro. Um defesa lateral, por mais que se esforce, não tem hipóteses de almejar tão prestigiada distinção. Uma injustiça, claro. Devia ter o mesmo direito de qualquer outro. (...) Nuno Mendes integra a equipa que se sagrou campeã europeia, integra a selecção que venceu a Liga das Nações. Foi o melhor jogador da meia-final, foi o melhor jogador da final. Marcou um golo na final e construiu a jogada para o outro. O que mais se pode exigir? Espero que a justiça seja feita, que Nuno Mendes quebre os preconceitos instalados e receba tão honrosa distinção.»
Fantástica actuação do nosso Quenda ontem pela selecção sub-21 na goleada à Polónia (5-0) no grupo C do Campeonato da Europa.
O jovem avançado leonino marcou o primeiro golo aos 16' numa excelente desmarcação a passe do bracarense Roger. Foi dele também o segundo: golaço marcado de pé direito aos 24'.
Não satisfeito com isto, ainda serviu Henrique Araújo no terceiro (30'), numa assistência perfeita após temporizar, e ajudou a construir o quarto, marcado por Paulo Bernardo (41').
Excelente exibição, excelente resultado.
O onze português contou com outro leão (João Muniz) e mais dois formados na Academia de Alcochete (Chico Lamba e Nazinho).
A melhor do mundo, ninguém dúvida.
Próximo jogo: terça-feira, contra a Geórgia. Lideramos o grupo C após empate 0-0 com a França na ronda inicial. Mantemos a baliza em branco até agora.
«Uma palavra para o Ronaldo: 40 anos, 900-e-não-sei-quantos golos e ainda chora quando vence com a nossa selecção. Não sei como há gente que não o admira. Tivéssemos todos a competência e o comprometimento nas nossas profissões que o Ronaldo tem na dele e aposto que Portugal seria um país muito melhor. Continuo sem gostar do "Ruca" mas é certo que ele ganhou e vou ter que enfiar a viola no saco.»
É um legado inigualável: Aurélio Pereira descobriu-os a todos e trouxe-os para a formação leonina. Dois foram Bola de Ouro, outro foi Bola de Prata. Dez sagraram-se campeões europeus ao serviço da selecção nacional.
«O rosto deste nosso grande momento tem um nome: Frederico Varandas. Sem ele nada disto teria sido possível. Por exemplo, quando Amorim bateu com a porta todos tememos o pior, mas a estrutura de Frederico Varandas, no meio do "vendaval" ou daquela unidade hospitalar móvel, com o comandante doutor Varandas na proa, soube levar o barco a bom porto. Portanto, mais de 80% desta "dobradinha" é de Frederico Varandas.»
«Há uma excepção: Ronaldo. Caraças, o fulano tem 40 anos, já não corre, só atrapalha, todos sabem que têm de o anular, e... golo. Pá, foi só encostar. Pois, 45% estariam um passo à frente e encostavam em fora-de-jogo, outros 45% estariam um passo atrasados e não chegavam à bola... E repararam no salto em suspensão que quase deu golo de cabeça?»
Por mais birras que alguém possa ensaiar, por mais "notícias" que apareçam plantadas nos jornais, Viktor Gyökeres não sairá do Sporting por 60 milhões + 10. Isto quando mantém ligação contratual com o clube por mais três anos e depois da época extraordinária que protagonizou (melhor marcador da Liga portuguesa, segundo melhor artilheiro europeu, melhor marcador da Liga das Nações, autor de 97 golos em dois anos de leão ao peito).
Alguém faça o favor de avisar o "empresário" do craque, que parece andar nervoso: tire o cavalinho da chuva.
«Os jornais deveriam poder assumir a suas linhas editoriais e as suas preferências. É olhar para Espanha. Todos sabem de que "cor" são os principais jornais desportivos. Noutros países as linhas políticas de determinados jornais (como em França) são perfeitamente definidas. Ninguém morre por isso. É mais transparente. E toda a gente sabe ao que vai.»
A violência tem de ser sempre condenada, com toda a veemência. Sem «mas», sem «portantos», sem «todavias». Sem virar a cara para o lado.
Fez bem a administração liderada por Frederico Varandas em expressar o repúdio pelo inadmissível acto de barbárie ontem ocorrido no Lumiar que originou pelo menos quatro feridos (um em estado grave), a destruição de um veículo e tentativas de destruição de outros. Aparentemente como vingança pela derrota leonina no jogo decisivo, frente ao FCP que afastou o Sporting da final do campeonato nacional de hóquei em patins.
Dizer-se que são «ajustes de contas entre membros de claques» não serve de atenuante para actos intoleráveis. O desporto não é isto. A vida em sociedade não é isto. O «amor ao emblema» nada tem a ver com isto.
«Houve opções estratégicas erradas [na final da Liga das Nações].»
«Houve muitas falhas.»
«Portugal não acertou.»
«Erros catastróficos.»
«O problema da selecção está na arrumação dos jogadores.»
«Portugal nunca teve capacidade para sair com qualidade.»
«Não há revigoramento da selecção.»
«Vários jogadores estiveram muito abaixo...»
«Nunca houve uma filosofia de jogo.»
«Portugal não conseguiu, mais uma vez, impor o seu estilo de jogo.»
«Neste percurso Portugal apresentou um futebol por vezes medíocre e até muito mau.»
«A Espanha teve sempre a iniciativa.»
«Por acaso as coisas correram bem.»
«Conquistar um troféu não é sinal de competência.»
«Roberto Martínez fez quase tudo mal.»
«O fim de Ronaldo está a chegar.»
Pérolas de palradores na TV minutos após a selecção nacional conquistar a Liga das Nações, na épica final contra a Espanha, anterior detentora deste título e actual campeã da Europa. Há 21 anos que não vencíamos os espanhóis em jogos oficiais. Na meia-final, eliminámos a Alemanha, que jogava em casa: o nosso anterior triunfo ali havia sido em 1985.
«[Harder é] grande ponta-de-lança. O golo de cabeça que marcou na final da Taça é digno dos que CR7 marca e faz correr mundo. De elevação, de qualidade técnica, de determinação no gesto e de colocação, E não foi por acaso que já havia tentado antes exactamente para o mesmo lado e que o guarda-redes do Benfica agarrou. Um grande avançado que desconfio não vai chegar aos 26 anos em Alvalade.»
«Espanha perdeu ontem nos penáltis contra Portugal depois de uma noite discreta, simbolizada por Lamine Yamal, desaparecido durante os 105 minutos em que jogou. Essa versão cinzenta de Espanha podia ter vencido a partida, mas o ímpeto de Portugal, selecção muito mais insaciável do que a espanhola, levou o embate para os penáltis.»
AS, Héctor Martínez:
«Cristiano esteve sempre disponível, multiplicou-se em desmarcações e lutou umas vezes com Huijsen e outras com Le Normand. Contra eles não conseguiu, mas sim com Cucurella, que se mostrou demasiado ingénuo para despachar uma bola que saltou na pequena área. Cristiano puxou dos galões e empurrou suavemente o lateral do Chelsea, incapaz de impedir o remate do gigante do Funchal. Outro golo na algibeira, nove em oito jogos desta Liga das Nações.»
Marca, José Félix Díaz:
«Nuno Mendes foi um perigo constante. No ataque, além de marcar, atordoou a defesa espanhola. Ninguém conseguiu travá-lo, mas seria injusto apontar culpas a Mingueza sem mencionar Lamine no capítulo das marcações pois não auxiliou o lateral e foi por aí que Espanha começou a quebrar-se. O lateral do PSG participou no empate e soube ler perfeitamente quando e onde atacar.»
El País, David Álvarez:
«Nuno Mendes voltou a construir a resposta pelo flanco esquerdo, que devia proteger de Lamine. Até que se inverteram as posições e o português fugiu ao espanhol com um passe rápido. Escapou, cruzou e Cristiano Ronaldo surgiu junto ao segundo poste para empatar. O avançado, a lenda, tinha passado o jogo a flutuar, entrando e saindo do fora-de-jogo como se fosse vaporoso, até avistar uma presa e caçá-la: "tac", ao primeiro toque.»
ABC, José Carlos Carabias:
«Dois anos e dois meses depois, a selecção [espanhola] morde o pó do chão. Perde um jogo e a final da Liga das Nações lutando para ganhar, sem virar a cara, ambiciosa. Mas é inferior a Portugal, aos seus jovens talentos, ao seu futebol de alta-roda.»
«O ano termina muito bem para nós mas acaba muito mal para o futebol português, graças à irresponsabilidade, insensatez e mau perder dos dirigentes do maior clube de Portugal. Eles são grandes mas é das orelhas.»
Hoje há um motivo extra para celebrar: a conquista da segunda Liga das Nações pela selecção portuguesa. Com enormes profissionais formados no Sporting - destaco o eterno capitão Cristiano Ronaldo, com 138 golos marcados pela equipa das quinas (um contra a Alemanha na meia-final, outro contra a Espanha na final de Munique) e para Nuno Mendes, considerado o melhor jogador do torneio e já apontado como melhor ala esquerdo a nível mundial. Sem surpresa para quem viu esta final: o ex-ala do Sporting venceu cinco dos nove duelos com Lamine Yamal, seu antagonista directo.
Terceiro título da selecção em nove anos. Mas o mais saboroso continua a ser o primeiro: o Europeu de 2016. Disputado na épica final em Paris contra a selecção anfitriã - com aquele inesquecível golo de Éder enquanto CR7, lesionado logo no início da partida, ia dando instruções aos seus colegas do lado de fora.
É com um travo de nostalgia que vou escrevendo. Daí ter escolhido, para culminar estes festejos, uma bebida que muito aprecio mas raramente provo: Berneroy XO, calvados de suprema qualidade. Aguardente de maçã produzida exclusivamente na Normandia a partir da destilação de sidra e tornada emblema desta região no norte de França. Guardada para momentos de grande celebração.
Como este agora.
{ Blogue fundado em 2012. }
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