Reedito abaixo o texto que publiquei no És a Nossa Féfaz hoje seis anos, quando Frederico Varandas foi eleito presidente do Sporting por decisão soberana dos sócios.
Nada tenho a mudar ao que escrevi então. Pelo contrário, reforço hoje as palavras que deixei aqui.
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Contados os votos num dia histórico no Sporting, confirma-se a vitória daquele que sempre me pareceuo candidatomais preparado. Aquele que conhece bem o desporto-rei, que serviu o clube como competente director clínico durante sete anos, que trabalhou no departamento de futebol leonino e foi ali o primeiro a avançar corajosamente contra o desvario carvalhista, rompendo sem ambiguidades com uma gestão caótica e danosa enquanto outros, cá fora, se resguardavam. Aquele que, com inegável desassombro, soube erguer a voz no momento certo proferindo a palavra "não".
Ganha por margem confortável, com cerca de 42,3% dos votos- superando em 5,5% o seu principal oponente nesta campanha, João Benedito, que se apressou a felicitá-lo com elegância e galhardia. Margem que lhe permitirá gerir este grande clube, concentrando todas as energias e todo o seu talento ao serviço da centenária instituição de utilidade pública que tanto amamos.
O mais difícil começa agora. Terá momentos muito complicados no percurso que vai seguir-se. Atravessará horas de extrema solidão. Conhecerá invejas e ingratidões, próprias da natureza humana. Com firmeza e tacto, deverá recompor os cacos a que o presidente destituído em 23 de Junho reduziu o Sporting.
Frederico Varandas conduzirá esta empreitada com sucesso, acredito. Para bem desta incomparável massa adepta que não desiste nem deserta mesmo com prolongados jejuns de títulos. Unir o Sporting - seu lema de campanha - é prioridade máxima do novo presidente. Do meu presidente.
Eu: «Quantos exemplares de jornal se venderam este Verão à conta da baliza do Sporting? Nunca saberemos. Sei, isso sim, queRui Patrícionão deixou de constituir uma obsessão para certa imprensa. Quando a baliza era o problema número 1, bem real, de outros clubes (estou a lembrar-me do Benfica, por exemplo), algumas manchetes preencheram-se com problemas imaginários. Dando o passo maior que a perna, como bem ilustra este título bombástico doRecordde14 de Junho, que nem admitia a dúvida: dava-nos a certeza. "Vagner eleito", berrava o jornal, garantindo que Marco Silva "já escolhera" o estorilense para nosso guarda-redes. Por sua vez, Patrício rumaria ao Mónaco sem olhar para trás. Eis o jornalismo imitando as telenovelas. Com muita emoção, paixões à solta, cenas dos próximos capítulos - e uma relação muito distanciada com a vida real.»
«[Em 2018], se alguém dissesse que esta seria a realidade do Sporting em meia dúzia de anos, seria considerado um aluado, que vive fora da realidade. Até aqueles de fé mais inabalável poderiam estar algo cépticos. (...) Para aqueles cuja fé era no Messias de cabedal foi um ultraje outra pessoa ter conseguido este tipo de sucesso, com outra forma de estar. Está mais que claro que não irão ultrapassar o trauma e farão parte do grupo dos marretas para quem está sempre tudo mal.»
Diziam que está "velho". Alguns, os mais imbecis, zurram isto desde o final da década passada.
Aos 39 anos, Cristiano Ronaldo continua a calar estes idiotas. Acaba de marcar mais um golo decisivo, outro golo que deu o triunfo à selecção nacional. Desta vez contra a da Escócia.
Aconteceu aos 88', repetindo-se o que sucedera na partida anterior, frente à da Croácia: cruzamento perfeito do nosso Nuno Mendes e o melhor do mundo a enfiá-la no sítio certo. Pouco antes, aos 82', já havia enviado duas vezes a bola aos ferros. E aos 77', num precioso toque de calcanhar, ofereceu de bandeja um golo que o rapaz Félix desperdiçou, bem ao seu estilo.
Para tingir ainda mais de verde a noite da Luz, o primeiro golo (54') resultou de um grande disparo de Bruno Fernandes. Que hoje celebra o 30.° aniversário. Foi ele a oferecer a prenda...
Seguimos invictos na campanha da Liga das Nações. Com CR7 igual a si próprio: soma e segue. São já 901 golos, 132 pela selecção.
Mais uma noite de pesadelo para a falange anti-Ronaldo: devem tomar doses reforçadas de pastilhas contra a azia. É a vida.
Edmundo Gonçalves: «Eu (e mais um ror de gente que acompanha a selecção), já tinha pensado, dito e escrito, que aquele grupo de jogadores sem o Ronaldo era assim uma coisa a raiar uma Finlândia, uma Islândia, enfim, uns gajos com pé frio. Ontem, mais uma vez, isso ficou provado! É claro para qualquer analfabeto futebolístico, que a Albânia (septuagésimo lugar do "ranking" da FIFA) nunca ganhará a Portugal! Mas ganhará com alguma facilidade à Finlândia! E à Islândia dará um baile de bola! Ora, foi o que aconteceu ontem.»
Filipe Moura: «É com pena que o digo, mas após o jogo de ontem Paulo Bento definitivamente não pode continuar à frente da seleção portuguesa. Não se espere que só com o afastamento do selecionador tudo passe a correr às mil maravilhas, mas claramente Bento não tem condições. O resultado de ontem é bem pior do que perder 4-0 com a Alemanha: é o pior que eu me lembro da seleção portuguesa.»
José da Xã: «A saída de Paulo Bento do comando da selecção, por muitos solicitada, incluindo eu próprio, jamais se consumará. Esta minha conclusão deve-se a uma questão que eu coloquei a mim mesmo: saindo Paulo Bento quem estará em condições de o substituir?»
Luciano Amaral: «Diz que a selecção não passa de uma montra de jogadores de Jorge Mendes e que eles jogam para se valorizarem. Não percebo. De cada vez que jogam pela selecção, é desvalorização garantida. Ouça, a continuar assim, o homem ainda se arruina.»
Eu: «Há metáforas mais infelizes que outras. A equiparação de jogadores profissionais de futebol a presas de caça, feita por jornalistas preguiçosos ou sem imaginação para elaborar títulos, é uma das mais lamentáveis que li neste defeso, onde o mau gosto foi nota dominante. Mas este até seria um problema menor se a informação fosse rigorosa. Ora nada disto sucedeu aqui: o jornal preferido do presidente do FC Porto, à falta de melhor notícia, entendeu estampar a31 de Maio, emletras garrafais, nada menos que isto:"Leão caça na América do Sul". Podia ter sido no Levante, na Terra Nova, na Papuásia ou na Conchinchina: fica a ideia que apontaram para o primeiro lugar do globo para onde estavam virados no momento de fechar o jornal.»
«2018 foi há seis anos. Vários activos do clube em debandada. Um presidente ferido de morte por se envolver em demasiadas frentes de guerra em simultâneo. O Sporting vinha de cinco anos em que de facto se reergueu e voltou a entrar nas contas, mas a forma como terminou ameaçava um regresso às trevas. Escapava ainda o objectivo máximo de nos sagrarmos campeões nacionais e nem Jorge Jesus logrou cumprir esse desígnio. 2015/16 foi o mais perto que estivemos. No arranque da época 2024/25, é difícil olhar para trás e não reconhecer que estamos muito melhor do que até os mais positivistas podiam esperar.»
Em Agosto e Setembro de 2018, durante a mais disputada e concorrida campanha eleitoral de sempre no Sporting, dedicámos quase um mês ao debate de ideias no És a Nossa Fécom a publicação de 25 textos de leitores, todos sócios do Clube.
Na nossa parte a abertura foi tanta, devo confessar, que apenas conheço pessoalmente um destes signatários. A escolha para publicação deveu-se em exclusivo ao mérito do que escreveram.
Seis anos depois, vale a pena recordar aqui esses textos que contribuíram para a elevação da campanha e para tornar ainda mais influente o nosso blogue no universo leonino:
«O Sporting não existe para formar homenzinhos. A Academia existe para formar jogadores e para os rentabilizar. Acontece que a Academia do Sporting o que tem feito é formar jogadores para os adversários se aproveitarem deles na plenitude deixando o Sporting a arder e a ver passar os campeonatos.»
«Como se pode passar a tão famosa "mística" sem haver um ídolo ou um farol que incentive e crie a ilusão em futuros e jovens craques? Não se pode. Por isso, o Sporting vive com a "mística" da formação e da "criação" de dois craques planetários que o foram mas com as camisolas de outros clubes. Isto tem de mudar: o futuro Presidente terá de tomar isso em conta.»
Mecanismos de consulta aos sócios. De Sol Carvalho.
«Deixo já daqui o repto para que no futuro se adopte com mais frequência mecanismos de consultas que não têm necessariamente de ser Assembleias Gerais. Consultas propriamente ditas, referendos e outros mecanismos podem ser estabelecidos, de uma forma simples e directa (inquéritos, por exemplo), ou usando tecnologias modernas (informatização de consultas que podem atingir os sócios em todo o mundo).»
«Não só maltratamos e cobramos mais aos jogadores saídos da Academia como não exigimos às direcções que, para comprarem o que se compra, mais vale termos profissionais a custo quase zero vindos de Alcochete. Permitimos esta suspeição de negociatas que não beneficiam o clube com a rotação de dezenas de jogadores de qualidade duvidosa.»
Cartilha para a formação da Academia do Sporting. De António Cruz.
«Todos os jovens atletas a ingressarem no clube deverão invariavelmente ter uma integração adequada à sua idade e gradual à medida que progridem de escalão como se fosse um plano de estudo com vista à aquisição dos saberes sportinguistas.»
«É costume dizer-se que "a história é feita pelos vencedores". Mas, independentemente do futuro próximo do clube do nosso coração, devemos ter atenção para não incorrer neste erro. O processo de cura do nosso clube não pode ser feito com divisões ou exílios. Tem que haver uma força unificadora entre os sportinguistas.»
«Desde que me lembro (e vão lá mais de cinco décadas), o Sporting é o clube das modalidades: do futebol como do ciclismo, do andebol como do ténis de mesa, da natação como do voleibol, do futsal como do bilhar… do Joaquim Agostinho, do Carlos Lopes, do Bessone, do Damas, (...) tantas e tantos que ostentaram e ostentam o mesmo emblema que Peyroteo e Francisco Stromp, Luís Figo e Cristiano Ronaldo.»
«Caso eu tivesse a oportunidade de implementar uma medida, a primeira coisa que fazia era investir numa app única do Sporting para aproximar o clube dos sócios, com incorporação de novas formas de pagamento de bilhetes/Loja Verde (MBWay,etc.); informação com resultados em directo das várias modalidades; informação actualizada sobre os jogos nomeadamente trânsito, tempo esperado para entrada no Estádio, etc.»
Elogios despropositados a Bruno de Carvalho. De Eduardo Gradiz.
«Quando BdC entrou no Sporting teve logo à cabeça aquilo de que mais nenhum outro presidente do clube usufruiu: 18 milhões do Rojo mais 12 milhões do Bruma. Arrancou com 30 milhões: nunca nenhum presidente leonino dispôs desta tesouraria. De todos os exercícios de Bruno de Carvalho, ao longo dos últimos cinco anos, apenas um foi positivo, em cerca de 30 milhões de euros.»
«Em quem votará Bettencourt? Em quem votará Dias da Cunha? Em quem votará Roquette? E em quem votará Santana Lopes? E em quem votará Sousa Cintra? Destes ex-presidentes importa alguma coisa porque são sócios de plenos direitos. (Soares Franco, sabemos que vota em Ricciardi).»
«Deixem lá de uma vez por todas de elogiar uma "brilhante" gestão desportiva que, na verdade, provou ao longo de cinco anos ser um verdadeiro fiasco. As maiores vendas que realizou, excepção feita a Slimani, foram as dos jogadores da formação e não jogadores contratados que tenham sido valorizados nos seus mandatos.»
«Quem trabalha na academia faz o seu trabalho e continuamos a formar e fornecer jogadores de altíssima qualidade. O problema acontece quando chegam aos seniores. Mas aqui já não é um problema da formação: passa a ser da estrutura profissional da SAD - e também dos adeptos. Sim, dos adeptos, que não perdoam a mínima falha a um jogador da casa.»
Voto por gestão desportiva ou voto por gestão financeira?DeDavid Gorjão.
«A nossa margem de erro é mínima. Não devemos errar, pelo que devemos escolher um Presidente que nos lidere à glória, que viva e respire futebol, mas que saiba construir uma equipa capaz de gerir esta tão grande instituição, que é o Sporting Clube de Portugal, a nossa grande paixão.»
«Vamos apostar na criação clara e definitiva de um organograma de gestão para o futebol do Sporting, que permitirá ao futebol profissional e de formação reduzir significativamente toda e qualquer falha, agilizando todo o futebol.»
«Não quero Velhos do Restelo, truculentos engravatados ou viajantes espaciais. É altura de olhar com seriedade para quem de facto se preocupa com o nosso Sporting. Muito embora o ecletismo seja o nosso estandarte, tudo se resume ao futebol. Ganhámos tudo nas amadoras, estamos saciados? Não, não chega: queremos o futebol!»
«Ao próximo Presidente e à sua equipa será exigida uma gestão profissional do Clube, nas mais diferentes áreas, desde logo na desportiva, mas também na vertente financeira, na comunicacional, nas áreas do marketing e comerciais, na gestão patrimonial. Uma gestão que tire o melhor partido do Digital, ou mesmo do Virtual (...), e aumente também a receita por essa via.»
«A construção do plantel principal não mais poderá ser feita em cima do joelho ou a comando dos interesses deste ou daquele agente FIFA. Claro que nem todas as contratações resultam, e isto é válido para qualquer clube do mundo, mas no Sporting oscouting anda muito atrás dos rivais, capazes de potenciar jovens estrangeiros enquanto em Alvalade se tenta tapar os Doumbia com a excepção Slimani.»
«Se as candidaturas à presidência do Sporting funcionarem apenas em prol de alguns bolsos, em interesse próprio, jogando com palavras ambíguas enquanto se afirmam em defesa do nosso clube, então serei um opositor em primeira linha. Pelo contrário, se existir alguém que o faça com um certo lirismo, pondo o Sporting acima de tudo, então estarei na primeira linha de defesa desse mesmo projecto.»
«Gostaria que fossem revistas as situações dos sócios com quotas de reformados que perderam o direito ao voto pela antiguidade que tinham. Há sócios com 50 anos de filiação só com três votos porque há dez ou vinte anos passaram a usufruir de reformas abaixo do ordenado mínimo nacional.»
«Dá-me confiança ver toda uma nova geração de leões a quererem liderar o Clube, principalmente quando essa nova geração defende princípios de ética e de rigor. São os princípios do Sporting - e estes nunca mudam. Temos, finalmente, de aprender a viver uns com os outros. Com ideias diferentes, escolhas diferentes, mas garantindo o nosso ADN e querendo todos o mesmo: a glória do nosso Sporting.»
«Aplauso para todas as candidaturas que pretendem que a formação do clube volte a ser o que foi vários anos atrás, sem o desinvestimento verificado recentemente. E, por outro lado, aplauso para todos quantos pretendem que as modalidades se mantenham na senda vencedora e com o investimento necessário mas racional.»
[O Sporting] precisa do tal Presidente com cultura e ADN do Sporting, com conhecimento profundo do Clube, mas com a coragem e a resiliência de ser capaz de, com coerência, frontalidade e isenção, enfrentar as duras batalhas internas, mas sobretudo externas, que o futuro nos reservará decerto.»
«Considero uma enorme mais valia, a todos os níveis, que o universo sportinguista possa pronunciar-se através de opiniões e sugestões, mesmo sem carácter vinculativo e que este mesmo universo possa ser representado num órgão consultivo do presidente e da sua direcção mas nunca num órgão electivo e sempre com elevado sentido de confidencialidade.»
Marketing como fonte geradora de receita.DeAndré Granado.
«A própria dinamização do site do Sporting com conteúdos atractivos, jogos (tipo liga fantasy) pode incrementar substancialmente o tráfego orgânico do site e incrementar também as receitas, uma vez que podemos ter uma plataforma de publicidade para outras marcas que queiram publicitar os seus produtos, estabelecendo novas formas de receitas e de parcerias comerciais.»
Eleições justas: proposta de novo modelo.DeCarlos Correia.
«Uma segunda volta traz problemas logísticos, de custos e de mobilização, dado necessitarmos no mínimo de marcar eleições em dois fins de semana consecutivos. (...) Os resultados podem não ser justos. O problema neste tipo de democracia é que, ao votarmos numa lista, estamos a tratar da mesma forma as listas em que não votamos. E não é tudo igual!»
Adelino Cunha: «Paulo Bento foi não competente, Fernando Gomes continuanão competente e o incompetente do médico devia ser claramente despedido. Com médicos destes, nem à Albânia ganhamos.»
Duarte Fonseca: «Paulo Bento continua a desvendar aos portugueses novos capítulos do manual completo da incompetência.»
Eu: «Em certas alturas a imprensa desportiva assemelha-se muito à imprensa cor-de-rosa. Até na escolha dos verbos utilizados para as manchetes. Uma das que mais me enterneceram neste defeso surgiu impressa na edição de28 de Junhodo imprescindível jornalA Bola."Luís Felipe - O lateral que encantou Jorge Jesus", rezava otítuloem caixa alta do matutino. Num estilo digno de fazer inveja àLuxou àCaras... Como sucede a qualquer derriço estival, no entanto, também este se eclipsou depressa. Do rubro encanto ao canto do cisne foi um curto passo. Luís Felipe, o homem da parangona, regressou ao Brasil: Jesusdispensou-odo plantel. Desta vez sem direito a manchete rubra e luzidia.»
«No Verão [de] 2018 a situação era o que era. A amnésia de alguns é estupenda. Eu estou com muita fé nesta equipa técnica e a ver vamos se será mais um ano de sucesso. A mim, o que ninguém me vai tirar, é a crença nesta equipa, como hei de acreditar daqui a dez anos noutro plantel leonino. Obviamente há altos e baixos, só que no universo leonino actual, apesar de tudo não ser perfeito, há muitíssimas razões de satisfação. Muitas mesmo...»
O futebol faz mover paixões e lega-nos memórias inesquecíveis devido à sua imparável força icónica. Pensei nisto ao ver ontem Cristiano Ronaldo marcar o golo oficial número 900 da sua longuíssima carreira como futebolista profissional. Foi no estádio da Luz, correspondendo da melhor maneira a um soberbo cruzamento de Nuno Mendes. Em posição frontal, sem deixar a bola tocar no chão.
Aconteceu aos 34 minutos do Portugal-Croácia, jogo inaugural da Liga das Nações que vencemos por 2-1. O primeiro havia sido marcado por Dalot logo aos 7', portanto aquele golo do melhor jogador do mundo revelou-se decisivo contra a excelente selecção croata, onde pontifica outro jogador fantástico: Luka Modric, que daqui a três dias festeja 39 anos - os mesmos que Ronaldo já tem.
Ao contrário do que se esperava, CR7 não celebrou o quase mítico n.º 900 - e o n.º 131 ao serviço da selecção nacional - com aquele seu salto que muitos tentam imitar nos relvados ou fora deles. Dirigiu-se a um dos cantos e ajoelhou. Como em prece de agradecimento por ter sido tão fadado com o dom do golo.
Permaneceu assim longos segundos, como se alheado da multidão que o ovacionava, até Bruno Fernandes ir ter com ele, fazendo sinal para que se levantasse. Então lá vimos o Ronaldo a que nos habituámos. Já quase quarentão mas exibindo ainda sorriso de criança cada vez que marca mais um golo. Como fazia em miúdo, quando jogava à bola na rua.
Querem um exemplo da magia do futebol? Pois é este mesmo.
Pedro Oliveira: «Tendo em conta que estamos a falar de miúdos sub-17, orientados por um técnico - Telmo Costa - que já conquistou vários títulos ao serviço do Sporting, tanto nos juniores como nos iniciados, parece-me que temos razões para estar optimistas... a ver vamos.»
Eu: «Usar demasiadas vezes a palavra "águia" em manchete tem os seus custos: parece sempre tratar-se da mesma notícia. Por vezes atéA Bolamuda de alvo zoológico. Neste caso optou pelo lobo,wolfem holandês. E dá um toque filosófico aotítulo garrafal:"Benfica pensa em Van Wolfswinkel", gritava o vetusto diário na sua edição de30 de Maio. Lá diz a regra cartesiana: se pensa, logo existe. Mas toda a regra admite excepção. Ei-la, estampada nesta primeira página que merece ser emoldurada. Gritou-se "aqui há Lobo", mas não se vislumbrou tal bicho nas imediações do Colombo. Odesmentidoda direcção encarnada surgiu nessa mesma manhã: afinal o SLB não pensava coisa alguma.»
«Temos um plantel mais valorizado [do] que o [do] Benfica (o nosso plantel vale mais de 30 milhões), mas o Benfica vai investir mais. Eles nos últimos cinco anos não têm investido em reforços, mas têm gasto ou desperdiçado milhões em aquisições - são coisas diferentes. Os sinais são evidentes, já estamos a descolar do Porto, estamos colados ao Benfica, agora só temos de aproveitar o momento conjuntural e estrutural dos nossos rivais para assumirmos a hegemonia do futebol português, e este bicampeonato será fundamental.»
Clássico em Alvalade: vingámos a derrota na Supertaça, deixámos o FCP a três pontos e em desvantagem competitiva, saltámos para o comando isolado do campeonato.
Tudo graças à vitória caseira por 2-0, com golos de Gyökeres e Geny, a 31 de Agosto.
Vencedores desta ronda de prognósticos? Os leitores Carlos Estanislau Alves, Leão 79 e Manuel Oliveira. Previram a vitória leonina e mencionaram o craque sueco como marcador de um dos golos.
Menção honrosa para o leitor Diogo Cruz: antecipou Gyökeres e Geny como carrascos da turma azul e branca, faltando-lhe apenas prever o 2-0 final (falhou por pouco ao indicar 2-1).
Enquanto decorria o Sporting-FC Porto que terminou com um triunfo leonino, pela marca registada no campeonato anterior (2-0), deixando agora a turma da Campanhã três pontos atrás de nós, o orfanato fervia de emoção. Não em apoio a Rúben Amorim e aos nossos jogadores, mas precisamente ao contrário.
Sem irem ao estádio, sem ao menos acompanharem o jogo pela televisão, fazendo-o apenas com recurso a espreitadelas ocasionais em sites piratas ou exibindo até alguma vaidade por nem assim acompanharem a partida.
Só uma coisa os motivava: rasgar a equipa. Cobrindo-se de ridículo, uma vez mais.
Passo a transcrever algumas das bojardas que bolçaram no ninho dos lacraus.
Corrigi uns tantos erros de português, apenas por respeito aos nossos leitores.
«Nuno Santos no banco... O Amorim este ano meteu na cabeça que vai jogar com 2 alas ofensivos... e muitos dos nossos problemas na transição defensiva devem-se a isso.»
«Não percebo porque joga o Geny no lugar do Nuno Santos…»
«O Araújo ficar na bancada e levarmos dois guarda-redes pró banco, é daquelas coisas que devia ser obrigatório explicar.»
«Acho que Quenda podia começar no banco.»
«O porto está com um andamento físico e de intensidade muito alto.»
«O meu maior receio, o nosso lado direito.»
«Péssima entrada em campo…»
«Tudo lento.»
«Estamos mal.»
«Nojento.»
«Jogo lento, previsivel, sem qualquer objectividade… Mas o que é isto?!?»
«Quando jogam com equipas melhores molham a cueca.»
«A ver jogar...»
«Gonçalo Inácio completamente atordoado… Nem sei quantos passes já falhou…»
«Este Gonçalo… cada vez pior.»
«O tal super experiente Inácio… treme sempre.»
«Meio campo não existe… Tal como previ antes do jogo…»
«trinconas e pote já tocaram na bola?!? gyokeres perdido…»
«O Trincão chega a ser cómico em jogos grandes…»
«Não ganha uma dividida, não acerta um passe.»
«Trincão nem um passe de 3 metros faz.»
«Aleijado de merda do Trincão.»
«Mas não é só ele. Aqueles centrais são uma aflição permanente.»
«O Diamonde já falhou quantas?»
«Os passes do Diomandè foi realmente o pior que fizenos no jogo. Pés de tijolo.»
«Fdx estes passes do Inácio e Diomande…»
«Geny muito mal na partida…»
«Continuo sem gostar de Z Geny.»
«Geny tem aquele problema tipo Mateus Reis, é um bocado burro.»
«Cata[m]o é do mais estúpido que pode haver!»
«O Pote arrasta-se.»
«15 minutos de… NADA…»
«Não fazem 3 passes seguidos …»
«Não há jogo interior… É só aquela merd@ do toque pró lado, circula pelos centrais…»
«É falhar, falhar, falhar...»
«Equipa completamente desligada. Já acordavam…»
«Faltou o bragança no miolo.»
«Eu tirava o Morita e metia o Bragança.»
«Que nojo que estas saídas de bola me metem…»
«Mais um remate do galeno e defesa do kovacevic… Não agarra uma bola…»
«Saídas do Sporting são contra ataques perigosos do porto.»
«Estava com espectativas [sic.] muitos altas para este jogo, hora de esvaziar o balão.»
«30′ fraquissimos...»
«Os primeiros 15-20′ são absolutamente vergonhosos…»
«O Vítor Bruno lê melhor o jogo que o Amorim…»
«Eu não percebo esta forma de jogar… Não aceito e repudio isto…»
«Só consegui ver o jogo aos soluços por mau stream… A segunda parte vejo no café…»
«Segunda parte de merda.»
«Não estou a ver o jogo, só a ouvir a antena 1.»
«O SCP continua a não explorar o jogo interior.»
«Eh pá…. O Amorim é um bocado cepo a gerir o jogo do banco.»
«Debast e Matheus Reis para jogo… amorinho tá todo borrado…»
«Deixa de ser medroso car@%$#!»
«Vivó o Amorinho. Vai fazer companhia ao Schmidt pá! Ah, espera, está direção de bananas não faz, porque falhou o ataque ao mercado, porque sabe que não sobrevive sem ele e porque a maioria que os suporta são carneirada.»
João Paulo Palha: «Esta grande atleta do Sporting foi uma excelente ginasta e numa época em que a modalidade, graças, em grande parte, a Reis Pinto, se afirmava como um pilar do clube, conseguiu ser, por três vezes consecutivas, campeã nacional individual, em 1979, 1980 e 1981, tendo estado presente, em representação de Portugal, nos Jogos Olímpicos de Moscovo. Em 1981, a sua importância como atleta do clube foi reconhecida com a atribuição de um Prémio Stromp, devendo salientar-se, ainda, que Avelina Alvarez constou do conjunto de 100 personalidades que fizeram parte da Comissão de Honra do Primeiro Centenário.»
Eu: «Certos jornalistas no turno de fecho da imprensa desportiva tornam-se especialistas emornitologia: quando chega a hora de escolher um cabeçalho vistoso para fecharem o jornal com mais rapidez, basta-lhes qualquer alusão a animais com penas. (...) Hoje é a vez de outra, muito semelhante: só muda a nacionalidade do futebolista, que neste caso é alemão, e uma fracção mínima do vocabulário:"Kramer alvo da águia", rezava amanchetede2 de Junhodo mais influente jornal com sede no Bairro Alto. TeriaChristoph Kramer, internacional do Bayer Leverkussen entretanto emprestado aoBorussia Mönchengladbach, estado com um pé quase no estribo da Luz? Parece que não. No mesmo dia, aliás, um comunicado do SLB apressava-se a deitar por terra a vibrante manchete, classificando-a de"notícia especulativa"e "sem qualquer sustentação". Certos clubes são como algumas crianças que recebem mimo a mais: quando menos se espera desatam a reclamar contra quem as leva ao colo.»
«Pedro Gonçalves nunca fez um jogo oficial pela selecção portuguesa (actuou em dois amigáveis, há mais de três anos, com Fernando Santos). Pote, sem margem para dúvidas, o melhor estrangeiro (“chaviano” nascido na República Autónoma de Vidago) a jogar em Portugal. Só há que naturalizá-lo para poder ser convocado pelo seleccionador Roberto Martinez e/ou Jorge Mendes!»
Gyökeres, imparável, adianta-se como rei dos artilheiros: à quarta jornada, já marcou sete golos
Foto: Luís Branca / Lusa
Para quem tivesse dúvidas, repetiu-se a dose: no campeonato passado recebemos o FC Porto e eles voltaram para a cidade de origem com dois golos sofridos na bagagem, sem nenhum marcado. Desta vez - sábado passado, dia 31 - repetiu-se a dose.
Quer isto dizer que mesmo desfalcado de três habituais titulares da época passada - Coates, Adán, Paulinho - o Sporting mantém o equilibrio de base, agora num onze mais jovem e com processos de aprendizagem mais rápidos. A dinâmica acentuou--se, os automatismos ganharam consistência, o modelo de Rúben Amorim tem vindo a ser aperfeiçoado com vantagem para a equipa.
Um dos ajustamentos relaciona-se com o desempenho dos alas, agora cada vez mais envolvidos no processo ofensivo. A manobra defensiva, no essencial, é assegurada por dobras dos centrais e o recuo esporádico de um médio, neste caso Morita e Morten alternando na missão. Que foi bem-sucedida.
Se este repetido 2-0 final peca é apenas por ser escasso face à superioridade leonina no primeiro clássico da Liga 2024/2025.
Após o quarto de hora inicial, em que as equipas se mediam e os azuis-e-brancos adiantaram muito as suas linhas para pressionar a nossa habitual saída com a bola dominada, o Sporting passou a dominar sem discussão. Na baliza portista, Diogo Costa tinha instruções para esticar ao máximo o jogo, despejando bolas longas. Equívoco logo tornado transparente à medida que o guardião titular da selecção nacional acabava por entregá-las à nossa defesa. A gente agradecia - e partia para o ataque rápido, alternando corredores. Aos 20 minutos da partida já invadíamos o meio-campo adversário de forma consistente. A estratégia de Vítor Bruno para nos ensanduichar no espaço central interior, aproveitando o facto de ter mais um elemento nesse sector, estava condenada ao fracasso.
Amorim soube ler melhor o jogo.
O que mais impressiona neste Sporting rejuvenescido que sonha com o primeiro bicampeonato em 70 anos é a sua dinâmica colectiva. Os sectores inteligam-se, as linhas de passe abrem-se com naturalidade, o ataque ao portador da bola é quase obsessivo.
Gonçalo Inácio (23 anos), Eduardo Quaresma (22 anos) e Diomande (20 anos) parecem jogar juntos há muito tempo. Tão jovens e já com tanta maturidade competitiva: só pode ser pela qualidade do treino. Haver bom balneário ajuda muito: esta é uma equipa que se movimenta em campo com manifesta alegria e um companheirismo raras vezes visto.
Quem pensa que futebol é só "pontapé para a frente" e vê-los correr que nem galgos, está redondamente enganado.
Merece destaque especial o trio da frente. Com os interiores actuando em regra de pé trocado: o canhoto Trincão na meia-direita, o dextro Pedro Gonçalves no lado oposto. Ambos movimentando-se bem entre linhas, sem posições rígidas: deve ser um pesadelo marcar estes nossos jogadores, o recurso à falta torna-se uma tentação.
Foi assim, na conversão dum castigo máximo, que chegámos ao primeiro golo. Já estavam decorridos 71 minutos, ficara para trás um empate a zero ao intervalo que sabia a pouco. Marcador? O suspeito do costume, Viktor Gyökeres. Fazia todo o sentido, até porque fora ele a sofrer a falta, por Otávio: o internacional sueco passou pelo brasileiro como faca por manteiga. É um dos melhores avançados da história do Sporting, aliando a técnica à força e a inteligência táctica à robustez.
Já marcou sete vezes nas primeiras quatro jornadas do campeonato. Quer ultrapassar a marca da Liga anterior, quando se sagrou rei dos artilheiros, com 29 golos - deixando a larga distância o bracarense Banza, com 21.
À medida que os portistas procuravam progredir no terreno, em busca do empate, desguarneciam as linhas recuadas. Com nula eficácia atacante: só criaram perigo duas vezes, atraves de Galeno, agora lateral esquerdo - o que diz muito da ineficácia ofensiva da equipa que deixámos a 18 pontos de distância no campeonato anterior.
Abriam-se novas oportunidades para o Sporting. Os mais de 46 mil espectadores presentes em Alvalade sentiam que o jogo não iria terminar com a vitória tangencial registada aos 90 minutos. O tempo extra iria ser aproveitado até ao último instante.
E assim foi. Aos 90'+3 Pedro Gonçalves tocou para Geny e o moçambicano partiu cheio de confiança, com ela dominada junto à linha direita para depois se chegar ao meio e daqui fuzilar as redes com o seu magnífico pé esquerdo. A bola voou, desenhando um arco para defesa impossível de Diogo Costa. Numa réplica do golaço que marcara ao Benfica a 6 de Abril - também em Alvalade, também no tempo extra, também em lance digno de levantar bancadas.
Assim seguimos no comando. Já isolados, à quarta ronda. Invictos: cada jogo, uma vitória. Com 14 marcados e apenas dois sofridos.
FC Porto segue três lugares abaixo. O irreconhecível Benfica, neste momento já sem treinador, na sétima posição e com menos cinco pontos.
O bicampeonato vai sendo construído, etapa após etapa. Estes jogadores insistem em ser felizes. E em tornar-nos felizes também.
Breve análise dos jogadores:
Vladan - Enfim, mostrou serviço: travou dois remates venenosos de Galeno, aos 41' e aos 60'. Menos bem a jogar com os pés.
Eduardo Quaresma - Com ocasionais lapsos, mas revelando a habitual entrega à luta. Nunca desiste dum lance. Exibe garra leonina.
Diomande - Nem parece ser tão jovem. Domínio no jogo aéreo, perfeita noção do espaço. Limpa tudo lá atrás. Atento às dobras dos companheiros.
Gonçalo Inácio - Talento inegável a defender: irrepreensível desarme a Iván Jaime (48'). E no passe longo, de que foi exemplo uma entrega a Gyökeres (50').
Quenda- Teve dois portistas a policiá-lo: Galeno e Pepê. Homenagem implícita ao mérito do talentoso ala direito, motivado e confiante.
Morten - Voltou de lesão, capitão da nau leonina. Útil, como sempre, no capítulo das recuperações (25', 28'). Isola Gyökeres com passe longo (69'): lance originou penálti.
Morita - Na casa das máquinas, ele é um operacional. No controlo do jogo, no passe preciso, na marcação ao adversário. Criando desequilibrios.
Geny - Ganhou o direito a ser titular. Tem alinhado à esquerda, mas mostra o seu melhor à direita. Assim foi, ao marcar o golo da confirmação (90'+3). Golaço.
Trincão - Activo na procura de espaço, abrindo linhas, baralhando marcações. Desta vez só esteve ausente dos golos. Podia ter marcado aos 17', 35' e 36'.
Pedro Gonçalves - Útil e criativo, como já nos habituou. Assistência para o golo de Geny. E vão três, em quatro rondas. Lidera a lista da Liga.
Gyökeres- Quatro jogos do campeonato, sete golos. Quer repetir a dose anterior, ou ampliá-la. Conquistou o penálti e converteu-o. Melhor em campo, de novo.
Matheus Reis - Rendeu Quenda aos 79', permitindo que Geny transitasse para o corredor direito. Reforçou a estabilidade da equipa.
Debast - Substituiu Eduardo Quaresma aos 79'. Exibe confiança. Neutralizou ataque portista aos 89'. Um corte que deu nas vistas aos 90'+2.
Daniel Bragança - Entrou aos 86', substituindo um fatigado Morten. Pouco tempo em campo, mas continua a ler bem o jogo, sempre de olhos na baliza.
Nuno Santos - Entrou aos 90', rendendo Trincão. Parece cada vez mais um extremo puro. Quase não teve tempo para se mostrar, mas ouviu muitos aplausos.
Adelino Cunha: «Mourinho quer valorizar a festa do Sporting quando jogar em Alvalade. Mourinho quer valorizar a festa do Sporting como o Sporting valoriza a festa no Casa Pia ou no Fofó. Mourinho quer valorizar a festaem Alvaladecomo os romanos valorizavam os cristãos quando os metiam no coliseu com os leões. É nisto que Mourinho também é muito bom: injecções de hiprocrisia. Foi assim que apareceu antes de um jogo contra o Sporting a dizer quem vier a seguir morre após ter perdido um jogo europeu com o Porto. Como se não soubesse quem vinha a seguir.»
Ricardo Roque: «Não sei o que se passa, mas passa-se qualquer coisa. Não é normal a jóia da coroa não gerar títulos na formação. Aconteceu o ano passado. Os diversos escalões somaram empates e derrotas inexplicáveis e este ano não se vislumbram melhorias. Antes pelo contrário. Ainda hoje os Juvenis perderam com o Real Massamá, na semana passada foi com o slb, os Juniores já perderam em Alcochete com o Estoril.»
Eu: «Há um lado quixotesco em certa imprensa que me enternece sempre. Tal como D. Quixote, que imaginava gigantes quando via moinhos, certos jornais no período do defeso vêem em cada jogador estrangeiro um excelente reforço para o Benfica. Foi logo nisso que pensei ao deparar com amanchetedo isentíssimo diário desportivoA Bola de19 de Agosto: garantia a diligente rapaziada da Travessa da Queimada que o internacional holandêsLeroy Fer, a quem alguns chamam o novoPatrick Vieira, estava"na mira das águias"para ocupar o lugar do lesionado Fesja. Talvez estivesse. Mas não de águias portuguesas: o médio defensivo do Norwich que actuou pela "laranja mecânica" no Mundial do Brasil bateu asas e voou para outras paragens, reforçando o plantel doQueens Park Rangers. Foi "benfiquista" durante duas horas e meia: nessa mesma fatídica manhã, aliás, a edição digital do jornal encarregava-se dedesmentirformalmente a capa da edição impressa. Ficou uma vaga por preencher. À falta do craque holandês, a Luz teve de contentar-se com André Almeida como médio defensivo. Quando as estrelas se tornam inacessíveis, restam sempre os pirilampos.»
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