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És a nossa Fé!

A canção do bandido

Na noite de 17 de Setembro de 2022 o Sporting perdeu com Boavista devido a um penalty ao minuto 83. Esgaio levanta o pé na área em disputa da bola e toca com a unha do pé no joanete de um jogador axadrezado que acto contínuo colapsa como se tivesse pisado uma mina. Vejam as imagens e digam lá se em mais algum lugar do universo conhecido isto seria falta.

Seis meses depois, na noite de 12 de Março de 2023, estando o Sporting a vencer tranquilamente o Boavista por 2x0, Trincão leva dentro da grande-área uma forte cotovelada nas costas que o projecta para a frente. Nada foi assinalado. Vejam as imagens e digam lá se é isto não era penalty em qualquer campo de futebol.

O denominador comum entre estes dois episódios é João Pinheiro, alegadamente árbitro de futebol. Que mais seria preciso para demonstrar que se trata de um canalha, com premeditadas más-intenções em relação ao Sporting?

Não há fartura que não dê em fome

Olhando de forma positiva é de assinalar que voltámos à famosa "eficácia" da época 20/21 que tanto intrigava a fauna bolística: 1 remate à baliza = 1 golo. É pena que o dito remate só tenha acontecido aos 94'.

Bem diz Amorim que a equipa está melhor do que então, no que respeita à criação de oportunidades. Parecem agora  ser em catadupa, lá isso parecem, o que só põe a nu um desastroso xG.

O próprio golo do Midtjylland foi um momento de melancolia: todos sentimos que se tivesse sido o guarda-redes deles a cometer tamanha gaffe, não haveria do nosso lado quem soubesse e ousasse um remate daqueles. 

Nas declarações pós-jogo Ugarte disse "falta-nos fome", ao passo que Pote se queixou da "falta de apoio emocional". Frases que definem na perfeição a diferença entre a atitude certa e a pose errada, entre como procurar a solução e como se afundar no problema.

Conselhos práticos a Artur Soares Dias

1) Coates, Ugarte, Inácio e Pedro Gonçalves receberão cartão amarelo antes da meia-hora de jogo, de preferência seguido de penalty. Qualquer pretexto servirá para atingir este objectivo.

2) Se Edwards fizer mais do que três fintas seguidas pode ser derrubado, seja como for, sem marcação de falta.

3) Avisar Pepe que ser-lhe-á marcada falta sobre Chermiti em caso de laceração com derramamento de sangue ou osso partido.

4) Monitorizar os movimentos de Otávio, Pêpê e Taremi. Se caírem no chão é porque houve falta. Se for na área do Sporting é penalty sem dúvida.

5) Avisar desde logo Bellerín que isto não é a Inglaterra, que respeite a autoridade e não se ponha com correrias, centros, fintas e outras veleidades.

6) Impedir que Morita faça mais do que dois desarmes em cada período de 5 minutos, para dar mais fluidez ao jogo.

7) No caso de persistir o empate ou mesmo, por falta de atenção do árbitro, a vitória do Sporting ao fim de 70' de jogo, compete ao árbitro encontrar motivo para expulsar um, ou vários, jogadores do Sporting.

8) Pedir calma a Sérgio Conceição se insultar alguém ou entrar de rompante em campo e expulsar Amorim se mandar alguma boca.

Houve circo em Leiria

1) Na linguagem dos bolólogos o fêquêpê é exímio em "dois momentos do jogo": o de de dar paulada à bruta, seja descaradamente seja à sorrelfa; e o de mergulhar ao mais ligeiro toque. "Definem" muito bem em ambas as "transições". Em face disto, com eles nunca há futebol, apenas um circo grotesco. Porque jogam assim? Simples: porque podem. Que bestas como Otávio ou Pepe tenham envergado a camisola da selecção diz muito do estado geral do futebol português, dos seus dirigentes e dos seus árbitros.

2) Definitivamente o problema do Sporting é Paulinho. Seria interessante saber qual é o xG dele nestes dois anos. Se comparado com a quantidade de golos marcados, talvez se verifiquem os números mais espantosos da Europa.

3) Para juntar insulto ao agravo, das claques leoninas foram atirados foguetes contra o banco do Sporting. Nenhum outro clube tem uma quinta coluna de provocadores a soldo dos inimigos como o Sporting. Tão habituais são estes vergonhosos incidentes que começa a ser legítimo levantar a suspeita de que esses bandidos actuam pelo menos com a complacência, se não mesmo com a conivência, das autoridades.

4) Aproveito para chamar à atenção da direcção do Sporting que tem menos de uma semana para vender ainda Ugarte, Morita e Edwards, os jogadores com mercado. O equilíbrio financeiro do clube atingirá a perfeição quando chegar a zero.

Como são diferentes os penaltis em Portugal

A lampionagem tem razão, a queda de Paulinho na área não foi penalty. Foi um penalty da treta como os que semana passada deram a vitória do slb contra o Portimonense e a derrota do Sporting na Madeira. São faltas que em toda a Europa só se marcam entre Badajoz e o Cabo da Roca. O que é verdadeiramente de admirar é: 1) o Artur Soares Dias ter marcado um penalty a favor do Sporting (tão contra a vontade que lhe deu uma raiva tremenda e desatou a marcar faltas e faltinhas à entrada da nossa área e a distribuir amarelos como se não houvesse amanhã, deserto para mandar um jogador do Sporting para a rua); 2) o VAR não ter feito vista grossa, como é seu hábito, havendo jogadores de verde e branco a levarem porrada; 3) ter sido marcado um penalty contra o slb na Luz, impertinência imperdoável.

O quadro geral

1) Este jogo começou a ser decidido na pré-época quando a saída de Palhinha, M. Nunes e Tabata é compensada apenas com Morita e um Sotiris que há-de vir a ser, mas não é. Resultado: no primeiro jogo de Janeiro o Sporting tem que alinhar com um rapaz inexperiente e sem rotinas - estavam à espera do quê?

2) Jovane é uma inexistência. Empandeirá-lo por 5 tostões agora em Janeiro era um acto de boa gestão (até Amorim se riu de nervos com aquele canto...)

3) Resumo da jornada: o SLB ganha 1-0 com um penalti manhoso. O FCP consegue empatar graças à expulsão manhosa de um casapiano. O Sporting leva com um árbitro da Ass. de Lisboa (de certeza adepto do Oriental) e perde com um penalti manhoso. É preciso fazer um desenho?

Tempo e paciência

No final do jogo, a uma capciosa pergunta do microfonista televisivo, querendo saber que presente de Natal desejava, Rúben Amorim, com a sua proverbial inteligência, desarmadilhou a questão - era "mais jogadores" que o patego procurava ouvir, a ver se dava questiúncula e manchetes - e pediu especificamente aos sócios "tempo e paciência."

O modelo de jogo que Amorim implantou é complexo, requer articulação, entrosamento, intensidade, vivacidade, grande disponibilidade e maior atenção, quer aos pormenores quer às ocasiões do jogo,  para que sejam aproveitadas instantaneamente. Ou seja, requer doses maciças de treino e de cultura táctica.

Já se devia ter percebido com o "caso Matheus Reis" que isto não se ganha depressa. Este ano temos - e se calhar já se pode dizer "tivemos" - o caso Trincão, que andou um pouco perdido em campo, longe do fulgor de outrora, e tem vindo ultimamente a aproximar-se do nível que dele se esperava. Era de tempo que ele precisava.

Tempo não foi o que Amorim usufruiu na pré-epoca, com as trocas e baldrocas de Matheus Nunes e Tabata, e paciência não foi o que alguns sócios lhe concederam no início do campeonato.

Tempo e paciência é o que faz falta a Essugo, Sotiris, Mateus Fernandes, Fatawu, Marsà, Israel para crescerem de pintainhos a galos de combate com esporão afiado. Se não lhos derem, não conseguirão cumprir o que prometem.

Tempo e paciência, todo o tempo e muita paciência é o que, por mim, ofereço a Rúben Amorim, sejam quais forem os resultados imediatos. Porque os resultado que eu quero ver são outros: uma equipa a crescer consistentemente, sempre competitiva, saia quem saia, entre quem entre. E isso, pelo que temos visto, Amorim tem fornecido. Os cegos e os parvos, os frustrados e o maldosos, sempre de dedinho esticado à procura da culpa, que se danem.

A época do Liverpool

Esta temporada do Liverpool está a ser uma decepção. Ontem perdeu em casa com o medíocre Leeds e à 12a jornada arrasta-se no 9o lugar, já a 16 pontos do líder Arsenal com tantas vitórias quanto empates e derrotas. Começa também a ser evidente que a compra de Darwin, por mais do dobro do preço de venda de Sané, além da dispensa de Origi a custo zero, um verdadeiro ponta-de-lança, não melhorou a equipa, pelo contrário. Fora estas pequenas alterações a formação do Liverpool é praticamente a mesma que dantes era um fenómeno de intensidade, eficácia e alegria, e agora parece desvitalizada e desorientada em campo.

Jurgen Klopp está a fazer a 6a época no Liverpool e vendo bem, se descontarmos a exuberância que o popularizou, o seu palmarés não é assombroso à frente de uma equipa que se credita como uma das melhores do mundo: 1 campeonato, uma taça e, sim, uma Liga dos Campeões.

Os adeptos e a direcção do Liverpool não são estúpidos nem alimentam tendências suicidas. De modo que não lhes passa pela cabeça pôr em causa o trabalho de Klopp. Confiam que melhores dias virão, tão bons como os que já tiveram, porque nada indica que isto não seja uma fase.

É invejável esta maturidade.

Amorim de génio

1) Então o Adán, coiso e tal, queriam a cabeça dele, estava velho, desatinado. Pois...

2) Mas, depois do golo, o mais extraordinário deste Sporting londrino foi a insanidade de Rúben Amorim, que decide pôr a creche em campo num jogo destes, com o resultado como estava. Pois eu acho que a loucura de Rúben foi o melhor que aconteceu ao Sporting este ano. Coragem, risco e confiança são qualidades de um treinador de gabarito. E a verdade é que os putos fizeram-se hoje homens. Ganhámos uma equipa renovada.

3) Nazinho, dorme sossegado, falhaste dois golos prováveis, escorregou-te a bola para os pés de Kane no que podia ter sido o 2-0 por milímetros, mas aceita isso como o princípio de uma longa história.

4 notas numa noite épica

1.
Gostava de saber quem na equipa técnica do Sporting tem a tarefa de analisar as equipas adversárias. Já se tinha visto contra os Francofortenses e agora ficou evidente contra os Spurs: chegou a dar a impressão que sabíamos mais sobre eles do que eles próprios. Em cima desta informação até parece fácil montar as dinâmicas adequadas e depois executa-las em campo. Parece, parece...

2.
Se Lloris não fosse um dos melhores guarda-redes do mundo não teria defendido aquela jogada cósmica de Edwards no final da primeira parte. Até a Rainha resssucitava caso tivesse sido golo.

3.
Houve momentos em que a disposição das equipas em campo era quase simétrica. Que terá passado pela cabeça de Conte ao ser vencido por um declarado émulo do seu futebol? É um caso em que o aprendiz de feiticeiro supera o mestre.

4.
Chego a ter pena de Arthur Gomes. Na primeira vez que enverga a camisola do Sporting, na primeira vez que se apresenta na Champions, na primeira vez que pega na bola, vai por ali fora prega uma cueca num defesa e outra no guarda-redes, e logo o Lloris, e marca um golo - quantas vezes isto pode acontecer numa vida? 

Águia depenada

Rubino Amorini armou a equipa à italiana antiga, a fazer ronha no vem-cá-vem e quando já nada se espera, um golpe cínico, aliás três. O minúsculo homem-que-não ri mostrou ser capaz de fintar uma defesa inteira de alemães pernaltas em cima de um guardanapo e no fim acabou por ser um jogo igual ao contra o Chaves mas exactamente ao contrário: em dois minutos demos cabo daquele que parecia estar por cima.

Ó senhores treinadores de bancada, que como os relógios parados conseguem ter razão duas vezes ao dia: pode-se dar a crise como suspensa, ou querem continuar a dizer como é que o Sporting devia alinhar?

Como é diferente a arbitragem em Portugal

João Palhinha já se notabilizou como o "rei dos desarmes" na Premier League. Em recentes declarações disse: "Aqui podes disputar a bola com maior intensidade, algo que sentia não ser possível em Portugal. Por vezes era extremamente difícil, pois ao mínimo toque vias cartão amarelo. Aqui é completamente diferentes."

À atenção dos bandalhos da arbitragem lusitana, como o parvalhão de ontem.

Estranhos fenómenos

Ao intervalo estava tudo tranquilo. Os 3+1 da frente criavam o vendaval que deles se esperava, deixando a cabeça dos defesas em água, e era só calibrar um pouco mais os remates que o golo haveria de aparecer. Só uma questão se mostrava intrigante, a defesa, estes mesmos jogadores que nos últimos dois anos saíam a jogar de pé para pé com toda a eficácia, pareciam inquietos e confusos; Neto estava em noite não e o próprio Coates alivia umas biqueiras sem nexo. Devido a tão estranho fenómeno tantas vezes o jogo não chegava onde devia. Mas o esclarecido Amorim substituiu Neto por M. Reis e tudo se resolveria como de costume.

Mas não.

Num lance de bola parada de manual sofre-se um golo tirado a papel químico do segundo em Braga. Depois de ver em casa a repetição repara-se que o central de marcação nem salta, até se encolhe! 3' depois o mesmo central, muito mal posicionado, rodopia para o lado contrário e abre uma avenida ao extremo do Chaves que cavalgou até à baliza. 

O que a seguir se passou nunca tinha acontecido desde que Amorim é treinador do Sporting, uma equipa totalmente desorientada, sem discernimento, a insistir no erro, que é que o que faz quem não sabe o que fazer.

Isto não tem nada a ver com tácticas ou equipa mal montada, ou falta de jogadores. É qualquer outra coisa da ordem do anímico. O que se passará?

Cerrar fileiras

Convido-vos a verem o resumo do pequeno Brentford contra o grande Man United. 
https://youtu.be/5t9WQHcy6dE 
Se o Sporting tivesse sofrido um destes 4 golos nas Antas o que prái não ia...

Da compostura do maduro Neto à aparente "despreocupação" (nas palavras de Amorim) de Pote todos os jogadores do Sporting têm exibido jogo após jogo empenho e ânimo em campo, independentemente dos resultados. O que é uma conquista de relevo, se nos lembramos dos Elias&cia. de um passado não tão remoto quanto isso.

Os jogadores do Sporting mostram também, com melhor ou pior execução, jogo após jogo, seja quem entre ou quem saia, discernimento e organização em campo, outra grande conquista recente para quem não esqueceu os tempos recentes das debilidades dinâmicas e desorientações tácticas de Peseiro, Silas, ou mesmo Keizer.

Parafraseando as memoráveis palavras de Nelson antes de Trafalgar, o Sporting espera que cada um cumpra o seu dever. Amorim e os jogadores estão a cumprir e só por má-fé e estupidez se dirá o contrário. A equipa está curta? Sim. Falta-lhe subir um degrau na qualidade individual, tal como no ano passado se havia subido com Sarabia em relação ao ano anterior? Sim. Mas nada disto deverá ser assacado a Amorim ou a quem joga. E no dia 1 de Setembro os sócios cá estarão para pedir contas se Amorim e a equipa se mostrarem desconfortáveis com as condições que lhes foram dadas para cumprirem os objectivos que lhes foram pedidos.

Por isso, flatulências opinativas, culpabilizações irresponsáveis, indignações de sofá, insurgências no abjecto anonimato dos teclados, e outros sintomas do proverbial masoquismo auto-destrutivo que têm infestado a cultura sportinguista, só tenho a dizer: ide ter com as vossas mãezinhas lá ao sítio onde elas trabalham, que vocês sabem muito bem qual é.

E dia 27 lá estarei em Alvalade para apoiar este Sporting brioso e destemido que Amorim tem posto em campo.

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