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És a nossa Fé!

Obrigado, Pedro, grande leão

Meu caro Pedro Correia, tenho de começar por agradecer-te, e de coração cheio, o convite que me fizeste para entrar no plantel do És a Nossa Fé. Foram anos em que (como cantamos emocionados no estádio) fui tentando fazer o que podia pelo nosso Sporting. Uma oportunidade inesquecível esta que me deste: a de viver o sportinguismo activamente.

Dito isto, lanço-me no aplauso a ti.

O universo leonino deve-te imensíssimo, Pedro. Foste tudo! Presidente, jogador carregador de pianos, criativo, repentista, o nove, até de Paulinho fizeste, uma e outra vez, arrumando o balneário. E sempre, Pedro, mas sempre, honraste a braçadeira de capitão. Inteligente, abnegado, maestro de equipa, um pêndulo no posicionamento público das hostes leoninas. Foi uma honra fazer parte desta equipa que com tanto brio e dedicação capitaneaste.

Ainda não participava no És a Nossa e já há muito me perguntava onde ias tu buscar tanta entrega ao blogue, não recebendo disso nada em troca que não o cumprimento do teu enorme e inesgotável sentido de missão leonina. O das boas causas, totalmente alinhado com os valores do nosso emblema, dos quais tu és a confirmação da sua verdade.

Tenho muito pena ver desaparecer o espaço que fundaste, mas percebo muito bem das tuas razões. A primeira delas o não quereres mais. A vida é feita de ciclos. Não há como combatê-lo. E se houve marca distintiva tua foi a da integridade. Sempre estiveste inteiro nas posições assumidas e defendidas e festejadas. Por isso mesmo a falta de reconhecimento da Direcção custa a aceitar. Contribuíste para a afirmação do Sporting dos anos mais recentes. Afinal, quando fundaste o blogue, o que era o clube no que toca a vitórias e orgulho das proezas conquistadas naquele tempo? Agora é fácil fazê-lo, mas tu fomentaste esse percurso, antecipaste-o. És por direito um construtor da obra que hoje vivemos, a da recuperação definitiva da nossa grandeza.

Caro e muito estimado Pedro, aqui te deixo um muito grande e leonino abraço. E umas calorosas saudações leoninas, que és mesmo do Sporting Clube de Portugal.

Felicidade a dobrar

Que maravilha de tempos estes. Que imenso orgulho leonino. Nunca será excessivo dizer o óbvio. Podemos mesmo e devemos, até, repetir vezes e mais vezes e mais vezes: Somos campeões, bicampeões, detentores da Taça de Portugal no ano de novo título de campeão, a última dessas saborosas proezas conquistada 23 depois da anterior dobradinha ganha por nós.

O Sporting está no lugar cimeiro do futebol português com todo o mérito e com toda a justiça. Temos a melhor equipa, o melhor onze, o melhor treinador, o melhor avançado, o melhor meio-campo, os melhores centrais, o melhor ataque e a melhor defesa. E temos a melhor Direcção.

Frederico Varandas é agora o Presidente mais titulado da história do Sporting. Conquistou nove títulos. E vale a pena elencá-los aqui: três  campeonatos nacionais, duas Taças de Portugal, 3 Taças da Liga, uma Supertaça. É obra!!

Além da competência da gestão, da humildade que teve em emendar o erro João Pereira, de novo arrojo na contratação de um treinador que tinha ainda que provar aos olhos de todos da capacidade que Varandas lhe viu; o nosso presidente tem acertado na palavra. O discurso na Câmara de Lisboa pela ocasião da celebração do título de campeão nacional de futebol é disso bom exemplo. Palavras que encarnaram os valores do Sporting. Equilibrado, construtivo, sem tibieza e com ambição, Frederico Varandas falou muito bem para dentro e para fora do clube. O elogio que fez a Rui Borges foi um grande e notável momento que comprova que o sucesso, seja ele qual for, tem de passar pelo reconhecimento do valor dos que fazem uma equipa. É isso um líder.

Na mesma linha do que aqui escrevo, a dos valores leoninos, gostava que o clube apertasse Matheus Reis e que disso soubéssemos publicamente. As declarações que por aí circulam num vídeo registado na festa de ontem mancham o nosso emblema. A não expulsão de Matheus Reis foi um grosseiro erro de arbitragem, como tantos outros que ao longo de décadas nos prejudicaram. Se os criticámos, e com razão, não podemos nem devemos ser complacentes com este. Menos ainda com as declarações de Matheus Reis que se vangloria de um acto anti-desportivo e que ao fazê-lo confirma que foi anti-desportivo. O Sporting não é isso.

Dito isto, venha o tricampeonato. Temos tudo para voltarmos ao Marquês no ano que vem.

No grande Sporting Clube de Portugal, cuja a grandeza foi definitivamente restaurada, acredito sempre. A diferença é que, hoje, acredito mais que nunca!  

 

Um dilema e uma arrebatadora convicção

Divido-me entre chegar ao estádio às 18h ou às 18h30 de hoje. Uma e outra opção, sei-o bem, não aceleram o relógio, mas - vejam lá!-, se vou passar a noite em claro então que a passe rodeado de verde e branco, logo ali, junto ao templo leonino. 

Venha o jogo. Venham o orgulho, a alegria e a sorte de ser do Sporting. Venha a festa. Cresça o nervo bom, alimentado na confiança inabalável nesta equipa fantástica, a composição do melhor colectivo porque o mais imbuído de espírito de grupo, de corpo e de união que alguma vez vi de leão ao peito.

A certeza é que a alma para te apoiar, grande Sporting, é infinita, renovada de geração em geração. A convicção é a de que, juntos, vamos ser  bicampeões.

O teu lugar, Grande Sporting, é em primeiro até ao fim

Estivemos anos arredados disto. Somos campeões e vamos jogar para sermos bicampeões. Maravilhoso. E nova e arrebatadora demonstração de grandeza leonina. Só um grande clube, um clube grande como o nosso passa por isto. A história fazêmo-lá nós. Venha o caneco e a festa no Marquês, magnífico e mágico Sporting 💚 Em primeiro até ao fim!

Explosão de alegria

A vitória sobre o Gil Vicente foi das proezas mais emocionantes que já vivi em Alvalade. Uma explosão de alegria aumentada pela montanha russa de emoções que o jogo proporcionou.

A corrente de emoção percorreu todo o universo leonino. As conversas, as partilhas que hoje fomos e vamos fazendo e ouvindo, confirmam-no. 

A vitória contra o Gil Vicente, porque tínhamos de a ter, é ainda para mim a certeza de que seremos campeões. A nossa equipa merece ser campeã. Quer ser campeã. Tem tudo para ser campeã. E vai ser campeã. O Sporting vai ser bicampeão. 

Ano de dobradinha

Vai ser uma época épica. É nisto que acredito. Cada vez mais.

E devo confessar que a crença e a fé nesta equipa não as reforço apenas com a qualidade de jogo que apresentámos, sobretudo, nos últimos dois desafios, nos quais a fome de vencer, a intensidade, a reacção à perda da bola, a velocidade e a concretização, todas juntas, levaram a um controlo e domínio que rapidamente ditaram a vitória; mas, dizia, não é só por causa disto. Esta confiança que tenho na conquista da dobradinha tem também agora alimento nas declarações do presidente Frederico Varandas.

Comigo os jogadores podem contar para os empurrar para a frente rumo ao bicampeonato e à conquista da Taça de Portugal. Vai ser um ano épico.

Da estaleca

O futebolês é curto para aqui carpir a imensa mágoa que a filial minhota do SLB me impôs ontem em nossa casa. Para desabafar as frustrações causadas pelo desgraçado jogo contra o Braga só serve a língua portuguesa e dela, sobretudo, a palavra estaleca. 

|lé|
(es·ta·le·ca)

nome feminino

1. Energia ou capacidade para determinada actividade (ex.: a função exige muita estaleca profissionalele tem estaleca 
suficiente para aguentar a pressão). = ÂNIMODISPOSIÇÃOVIGOR.
 
À definição retirada do dicionário, acrescento eu: tudo aquilo que nos faltou na segunda parte do jogo de ontem.  A nós, os jogadores que vestiram a nossa camisola e, acima de todos, a Rui Borges.
 
É imperdoável permitir que o adversário tome conta do jogo como o Braga tomou nos segundos 45 minutos. É intolerável a passividade do nosso treinador para contrariar o ascendente do adversário, como aconteceu. Os de Braga jogam bem à bola e gostam de a ter, crescem no jogo quando estão em posse e nós, vejam bem!, tão generosa e altruisticamente - talvez para fazer jus à máxima de que somos um clube diferente nos valores-proporcionámos isso mesmo, estendemos, relvado fora, uma enorme passadeira vermelha (que foi de Alvalade até à Sé de Braga, passando por Carnide e pelo enorme cesto das molas que por lá há). 
 
Rui Borges esteve mal durante o jogo e muito mal na conferência de imprensa.
 
Primeiro porque viu um jogo que mais ninguém viu. Entre outras pérolas de desajuste com a realidade afirmou que a partida esteve sempre controlada. E segundo porque atacou os jogadores. De Harder, quando questionado porque colocou tão tarde o dinamarquês (entrou aos 89 minutos), partilhou que o avançado é "trapalhão" e "não acrescenta nada aos jogos". Não se diz! Não se faz! Sobre o meio-campo queixou-se da falta de Pedro Gonçalves e de Morita "jogadores que sabem tratar a bola", "que sabem contemporizar o jogo" e "acelerá-lo". São desculpas de mau pagador e uma constragedora falta de humildade por parte de Borges. Há quantas jornadas não temos Pedro Gonçalves? E Morita que mais parece um interruptor? 
 
Jogos como o de ontem, infelizmente, já nos tiraram pontos de mais. Jogos que começámos a ganhar, para depois adormecermos até ao nível do ronco fundo, só interrompido no momento em que perdemos o controlo das operações. E tudo isto revestido de refinada ironia já que quando a tragédia acontece o que a equipa busca (por opções tácticas e estratégicas) é apenas e só controlar e gerir o resultado. Matar o jogo, ganhar categoricamente, ser dominador e controlador ao longo dos 90 minutos conta-se, talvez, pelos dedos de uma mão (e a de Lula da Silva).
 
Já aqui escrevi que Rui Borges pensa como se estivesse ainda num clube pequeno. O jogo de ontem comprova-o. 
 
A equipa, os jogadores, nunca tive nem tenho dúvida que tenha estaleca para conquistar o campeonato (a maioria já o fez, é inclusive campeã em título), mas de Rui Borges começam a ser muitos os jogos que me fazem duvidar da estaleca de ganhador.  
 
Posto isto, para cima deles, todos. Temos seis finais para ganhar. Ganhar. Ganhar rumo ao bicampeonato. 
 

Jogar à equipa pequena

Inadmissível o padrão táctico e estratégico que temos seguido jogo atrás de jogo.  Rui Borges, vezes de mais, tem mentalidade de equipa pequena. 

Para quê entrar na segunda parte a defender o resultado?!?!? Isso acontecia ou teria de acontecer (consoante os prismas) no Mirandela, no Académco de Viseu, no Académico de Coimbra, no Vilafranquense ou no Mafra, por onde Borges passou. Passou! Repito. Passado. Tem de ficar no passado.

No presente, Rui Borges lidera o campeão nacional, líder da época 2024/2025, e com tudo para ser bicampeão. Esse espírito urge que o treinador o tenha.

Equipa grande mata o jogo até matá-lo. 2 - 0 é sempre um resultado em aberto. É proibitivo defendê-lo!

Muito frustrante para nós e com certeza para os jogadores. Dois pontos para o galheiro porque, mais uma vez, não fizemos jogo de campeão. 

Bem-vindo, Rui Borges

Aqui defendi a solução João Pereira. Era a escolha da Direcção, a mesma que tantas alegrias nos deu e, acredito, dará. Por horror à instabilidade resisti à mudança que desde cedo me soou imposta e à lei de chicote. Fui por isso crítico dos profetas da desgraça, que desde a primeira a hora assinaram a certidão de óbito do ex-treinador.

Na televisão, nas rádios, em podcasts, páginas de jornais, todos se repetiam numa vertigem de sentença de morte alimentada numa verdade absoluta contra à qual, confesso, me insurgi. Exasperado com os tempos em que vivemos nos quais deixou de haver espera, benefício da dúvida. Pergunto-me até que ponto este caldo cultural, distribuído e vivido ao ritmo de picareta (e picaretas falantes é o que há mais para aí), pergunto-me até que ponto isto contribuiu para o insucesso.


Mas, sim, a ineficiência, ineficácia e errância da ex-equipa técnica imperavam. Só os tolos não reconhecem a necessidade de acertar o passo. E mudar. 

Partimos para nova etapa. Constato mas não sublinho as diferenças de sistema e modelo de jogo que o nosso novo timoneiro preconiza face ao que a equipa adoptou no reinado Amorim e na fulminante passagem de JP, nem valorizo hoje o que isso poderá implicar na recuperação da equipa ganhadora. Agora só me interessa a fé no emblema. 

Domingo 29, às 20h30, lá estarei no templo leonino rumo à liderança do campeonato. Camisola listada verde e branca vestida, cachecol no ar, o mundo sabe que entoado, vibrado e esperançado, lado a lado com milhares no estádio e milhões mundo fora, darei os primeiros passos de uma nova caminhada à conquista do bi-campeonato. 

Prova de vida

O jogo de ontem foi enorme prova de vida. Acredito que é daquelas vitórias que podem levar a viragem definitivamente ganhadora. Não é só o meu avassalador optimismo que o diz. São os factos. Ganhámos contra tudo e todos (até contra nós, e falo dos jogadores, não dos adeptos). Sublinho isto porque as minhas expectativas nunca as confirmei e a equipa, jogo a jogo, foi dando mostras da orfandade provocada pela partida de Amorim. Desde a primeira hora que esperei dos jogadores resistência, sabedoria e maturidade necessárias para superarem a perda de um norte que os guiou a tantas glórias. Não tem sido assim. Ontem, finalmente, foi. Fomos justíssimos vencedores. Contra tudo e todos.

Até aqui e daqui para a frente, as lesões são para mim o maior dos obstáculos. Faltam-nos peças-chave para a segurança, controlo e domínio dos jogos. E isso não há novo treinador que resolva.

Ontem batemos com toda a justiça a quarta melhor equipa do campeonato que 15 dias antes nos tinha batido em casa. Ainda que tímida e periclitante, a curva da equipa JP tem sido de ascensão. Melhoramos de jogo para jogo. A ida a Barcelos vai confirmá-lo. Depois venha o Benfica, que connosco líderes treme. E Alvalade é fortaleza! Vivó Sporting

Profetas da desgraça, chega de terem razão

Tudo visto, ouvido e lido concluo que muitos sportinguistas disputam hoje um campeonato paralelo. Uma competição cujo vencedor ou vencedores (porque os competidores são muitos e não um emblema só), os vencedores, dizia, não serão quem marcará mais golos ou menos sofrerá, nem tão pouco aqueles que puserem em campo o mais apropriado sistema e o mais letal modelo de jogo. Não, nada disso.

O concurso tem por título: Eu avisei. Um aviso, diga-se em abono de muitos alarmistas e alarmantes leões, lançado desde a primeira hora. Uma fervorosa crença na descrença. Uma furiosa oposição à solução João Pereira, rápida e fulminantemente disseminada, publicitada e defendida com garras e dentes (que os leões não têm unhas). Uma profecia da desgraça que jogo após jogo tem sido realizada. E, portanto, tudo somado, levantará a taça do referido concurso quem dentro do universo leonino e de todo o palco mediático tiver razão e mais vezes tenha avisado que João Pereira é um perdedor.

Aqui chegado, peço-vos, sff, não espumem de indignação. Não rasguem as vestes! Lá porque os coloquei nesta posição também sei que não desejam derrotas do Sporting. Não torcem pelo adversário. Tenho a certreza e a convicção de que a esmagadora maioria dos sportinguistas que na descrita atitude incluo são tão sportinguistas quanto eu. A diferença que há entre nós é esta: entre o realismo e o pessimismo escolho o optimismo. 

O coro profético da hecatombe a chegar, primeiro, e do Apocalipse concretizado, depois, rejeito-o e condeno-o.

Estou totalmente em linha com as declarações de Frederico Varandas: "Sabem quando é que o Sporting será gerido de fora para dentro? Nunca." 

E alinho-me porque, infelizmente, salta-me à vista que muitos sportinguistas querem com a solução João Pereira comprovar a "incompetência", a "estupidez" ou a "falta de liderança" do presidente leonino. 

Tal como Varandas, devido à idade que temos, puxei por um Sporting que durante décadas não teve rumo, tinha uma liderança titubeante, errónea e errática, permanentemente sujeita a pressões externas. Sendo a pior delas, não o consabido sistema, mas sim a pressão que era feita dentro do clube e pelos do clube. 

Hoje em Brugge, acredito que o "franzino" não será um problema para o Sporting. E que vingará no e com futebol. Refilão? Isso estou a ser eu agora, mas convicto que João Pereira refilou com os jogadores e que os pôs na linha. Lembrou-lhes que são homens feitos e que a orfandade não lhes assiste. Continuam a ser jogadores do Sporting Clube de Portugal.   

Cabeça fria

Não tendo o clube podido amararrar e prender Rúben Amorim numa masmorra de Alvalade, umas vezes, na academia de Alcochete, outras, libertando-o apenas para os treinos e idas ao banco; a saída do Sporting daquele grande fazedor de vitórias era inevitável. Perante isso, a interrogação que se colocou à Direcção (o que fazer?) é exactamente a mesma que se coloca hoje.

Eu concordo com a resposta dada. E faço-o com perguntas: Quem teríamos ido buscar? Que bons treinadores, e repito bons, que bons treinadores havia ou há disponíveis no mercado já com as competições em andamento?

João Pereira era e é uma escolha óbvia. Mesmo que os primeiros resultados dêem razão a quem pense o contrário, João Pereira parece-me a solução acertada. Bem sei que contra os factos (3 jogos, duas derrotas e uma vitória) é difícil apresentar argumentos que corroborem a tese aqui defendida. No entanto, permaneço convicto que ao contratarmos um novo treinador os riscos de insucesso seriam ainda maiores. A decisão a ser tomada, como muitos pedem, acredito, podia não ser mais do que uma chicotada psicológica. Estéril. 

O modelo de jogo seguido por João Pereira tem sido o mesmo que o antecessor aplicava, o sistema também. Os jogadores não deixaram de saber jogar à bola. Falta liderança? Sim!  E essa ausência de comando será sempre imputável em primeira instância ao treinador, claro que sim. Mas como estamos a falar de homens feitos e não de órfãos desvalidos, João Pereira não está sozinho nas responsabilidades do mau futebol praticado, da falta de raça, empenho, intensidade e vontade de ganhar. 

Fulo e, até indigando, com o que jogámos este sábado com o Santa Clara, confesso que não aplaudi a equipa no final do jogo. Não porque não acredite na equipa ou porque tenha deixado de a apoiar, nada disso. O silêncio usei-o para sinalizar e reforçar a ausência de razões para aplauso. Os jogadores não podem ser apaparicados depois da figura que fizeram. E o mesmo é válido para a equipa técnica. Não devemos assobiá-los, mas, seguramente, não temos de aplaudi-los quando jogam tão pouco!    

Do treinador, aos jogadores, Presidente e estrutura do futebol, este é um momento para líderes. E, julgo, também nós sportinguistas, parte activa da abstracta massa adepta, temos de ter cabeça fria. 

Do mal o menos: desabituámo-nos das derrotas. Habituámo-nos a ganhar. E não só. Hoje, temos como hábito a coesão dum clube que tem sabido conquistar a aquilo que se propõe conquistar.  

Atropelados mas vivos

Saído da primeira sessão de fisioterapia, tenho a dizer-vos: Somos uns abençoados! Não é para todos sermos atropelados por um comboio e continuarmos vivos. Amassados, totalmente, mas vivos.

Uma sobrevivência que se afirma, talvez, porque no íntimo de cada leão haja a convicção de que não soubemos, por culpa própria, sair da linha que o Arsenal nos impôs - durante toda a primeira parte testemunhei-a do meu lugar no estádio, alinhado que estou com o limite da grande área: uma cerca inglesa apoiada numa linha de 4, coesa, agressiva, intensa, sempre capaz de destruir-nos e aos nossos tíbios ensejos ou fragilíssimos laivos de vontade de sair a jogar.

Uma desgraça tanto maior quando a intensidade dos bifes, que nos fizeram em picado, foi proporcional à moleza, displiscência e descrença leoninas. Na primeira parte jogámos sem personalidade e sem atitude. E isso para mim é o mais incompreensível.

Concordo com quem defende que o Marcus Sornas Edwards é vezes de mais um jogador a menos, que Matheus Reis deveria ter jogado de início, que Catamo devia ter entrado mais cedo, mas, repito, para mim foi a atitude da equipa que nos tramou. Incapazes de responder ao fortíssimo Arsenal - diga-se - que cedo nos encostou às cordas, intimidámo-nos, amedontrámo-nos. E com medo nunca se ganha.

Leio e oiço que João Pereira é líder, competitivo, exigente e que muito sabe de táctica e estratégia. De futebol, em suma. Ora sabendo que os nossos jogadores já deram provas que bastem de que também eles são vencedores, ganhadores e campeões; sábado lá estarei, seguro que daremos a resposta que se impõe, ganhando ao Santa Clara. Pondo na linha os espíritos mais derrotistas e descrentes na força deste Sporting.

Detestar perder

O campeão ser vulgarizado como foi pelo terceiro classificado da liga, que ficou a 18 pontos da liderança, é detestável. E isto escrevo, não como desabafo, mas como wishful thinking. Traduzo (e não apenas do inglês): Eu desejo que o destestar perder seja um dos sentimentos dominantes da equipa na época 2024/2025. Temporada que eu espero tenha começado a ser preparada imediatamente a seguir ao apito final no Jamor. 

E por perder entenda-se não ganhar os desafios e embates para os quais temos mais do que qualidade e argumentos para vencer. 

Este ano fomos campeões. Para o ano seremos bicampeões, vencedores da Supertaça, Taça de Portugal e com um percursos vitorioso na Europa. 

Foi isto que Amorim disse aos jogadores ainda no balneário. Foi isto que os jogadores disseram uns aos outros antes de partirem de férias.

Inesquecível

Campeões já o éramos. O Sporting é há décadas campeão. O que arrepia e sempre arrepiará é o reforço da certeza da grandeza do nosso clube que é fora de série, especial. Único. É de estirpe rara o Sporting.

A nossa grandeza não se mede pelos títulos conquistados. Pelas taças levantadas. A nossa grandeza é conferida pela militância, pela entrega, pela crença, pela nossa fé no Sporting e no sportinguismo, o de cada um e o de nós todos. Essa tantas vez cantada força brutal.

Extraordinário como o aparentemente redundante lema fundacional do clube inscreve toda a nossa genética: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.

E que gloriosa noite a que vivemos, a que se viveu no Marquês. Iluminada pela claríssima evidência de que o gigante adormecido acordou. De infindável alegria e orgulho, a noite, a festa de campeão, a consagração do dono do trono, do rei do futebol nacional, foi arrebatadora, mas, ao mesmo tempo - é assim a beleza de tudo o que é complexo e profundo -, a noite glorificante nem por isso foi menos conciliadora, apaziguadora, serena. Natural. Afinal, campeões já o éramos. O Sporting é há décadas e décadas e décadas campeão. É um dos grandes de Portugal, dizem alguns, eu digo que é o maior. 

Só uma grande, imensa força identitária como a nossa resistiria a tantas frustrações, sonhos gorados, roubos e corrupção, atentados constantes à verdade desportiva. Só um gigante como nós sobrevive, poderia sobreviver, a anos e anos de quases. Quase vencedor. Quase campeão. Época atrás de época.

Só o Sporting Clube de Portugal era capaz de aguentar as imemoriais campanhas de apoucamento da nossa grandeza lançadas por históricos rivais e pretendentes a sê-lo, sem perder a noção de que o passado não é museu mas sim identidade, capital, património, herança, legado. E não nos apoucaram porque o Sporting somos nós! Fiéis depositários de glórias antigas. Temos sido nós os portadores dessa tocha. Nunca a apagámos e sempre a alimentámos. Um clube com adeptos como nós é eterno.          

E que festa tão bonita. Inesquecível. Que sintonia entre nós, guardiães do emblema, entre nós que nos abraçámos uns aos outros, com uns e outros cantámos e nos emocionámos, forças da mesma raiz, em plena harmonia com eles, leões ao serviço do Leão. 

Tenho 50 anos e nunca vi o nosso Sporting Clube de Portugal tão poderoso. Tão unido. Com um rumo tão claro. Gerido pelas pessoas certas. Nunca vi o Sporting tão bem presidido e dirigido. Com tanto amor-próprio, assertivo, sempre dando-se ao respeito. Tudo conquistando por direito e observando o seus deveres. Um Sporting verdadeiramente leonino.

Fã de Rúben Amorim, o artífice de uma equipa demolidora, temida, respeitada, elogiada, exemplar; o obreiro, afinal, de uma verdadeira equipa feita de entrega, na qual as peças sabem o que é a responsabilidade, o compromisso, a humildade, a capacidade de sacrifício e de trabalho; a Rúben Amorim serei para sempre grato, mas ao presidente Frederico Varandas também.

Sem o nosso presidente não teríamos aqui chegado. Foi este Varandas quem trouxe Amorim, contra quase tudo e contra quase todos. Estava certo. Certíssimo. Viu o que muito poucos viram. Vislumbrou o sucesso por chegar. E estava certo. Certíssimo. Líder de gestos medidos, liberto de humores ou vaidades vãs, a presidência tem-na exercido com determinação.

Também ele porta-estandarte da imensa importância, valor e responsabilidade que o clube tem para e com a sociedade nacional, a liderança de Varandas é também ela inspiradora. Exemplo disso foi-nos dado ontem quando, a desafio do nosso Paulinho, Varandas recusou discursar, optou por dar o palco aos heróis que marcam golos e evitam que os soframos. Que nos fazem vibrar. O presidente podia ter falado, eu gostaria que o tivesse feito, mas optou pelo silêncio. Liderou pelo exemplo. Sportinguista, militante, humilde, grato, rendido à grandeza do Sporting, festejou como nós. Que grande, grande clube.

O gigante adormecido acordou. Voltaremos ao Marquês muitas e muitas mais vezes. Muitas! Cimeiro. Rei. Já lá está, sempre esteve e estará o leão.    

CAMPEÕES

NÃO É MAIS SONHO, É REAL. SPORTING CLUBE DE PORTUGAL É CAMPEÃO NACIONAL.

PARABÉNS AOS NOSSOS HERÓIS. AO ENORME RÚBEN AMORIM, AO MAGNÍFICO PLANTEL, A TODA A ESTRUTURA, AO PRESIDENTE VARANDAS E, CLARO, A TODOS NÓS LEÕES.

OS MELHORES GANHARAM. OS MELHORES SOMOS NÓS SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

{ Blogue fundado em 2012. }

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