O campeão ser vulgarizado como foi pelo terceiro classificado da liga, que ficou a 18 pontos da liderança, é detestável. E isto escrevo, não como desabafo, mas como wishful thinking. Traduzo (e não apenas do inglês):Eu desejo que o destestar perder seja um dos sentimentos dominantes da equipa na época 2024/2025. Temporada que eu espero tenha começado a ser preparada imediatamente a seguir ao apito final no Jamor.
E por perder entenda-se não ganhar os desafios e embates para os quais temos mais do que qualidade e argumentos para vencer.
Este ano fomos campeões. Para o ano seremos bicampeões, vencedores da Supertaça, Taça de Portugal e com um percursos vitorioso na Europa.
Foi isto que Amorim disse aos jogadores ainda no balneário. Foi isto que os jogadores disseram uns aos outros antes de partirem de férias.
Campeões já o éramos. O Sporting é há décadas campeão. O que arrepia e sempre arrepiará é o reforço da certeza da grandeza do nosso clube que é fora de série, especial. Único. É de estirpe rara o Sporting.
A nossa grandeza não se mede pelos títulos conquistados. Pelas taças levantadas. A nossa grandeza é conferida pela militância, pela entrega, pela crença, pela nossa fé no Sporting e no sportinguismo, o de cada um e o de nós todos. Essa tantas vez cantada força brutal.
Extraordinário como o aparentemente redundante lema fundacional do clube inscreve toda a nossa genética: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.
E que gloriosa noite a que vivemos, a que se viveu no Marquês. Iluminada pela claríssima evidência de que o gigante adormecido acordou. De infindável alegria e orgulho, a noite, a festa de campeão, a consagração do dono do trono, do rei do futebol nacional, foi arrebatadora, mas, ao mesmo tempo - é assim a beleza de tudo o que é complexo e profundo -, a noite glorificante nem por isso foi menos conciliadora, apaziguadora, serena. Natural. Afinal, campeões já o éramos. O Sporting é há décadas e décadas e décadas campeão. É um dos grandes de Portugal, dizem alguns, eu digo que é o maior.
Só uma grande, imensa força identitária como a nossa resistiria a tantas frustrações, sonhos gorados, roubos e corrupção, atentados constantes à verdade desportiva. Só um gigante como nós sobrevive, poderia sobreviver, a anos e anos de quases. Quase vencedor. Quase campeão. Época atrás de época.
Só o Sporting Clube de Portugal era capaz de aguentar as imemoriais campanhas de apoucamento da nossa grandeza lançadas por históricos rivais e pretendentes a sê-lo, sem perder a noção de que o passado não é museu mas sim identidade, capital, património, herança, legado. E não nos apoucaram porque o Sporting somos nós! Fiéis depositários de glórias antigas. Temos sido nós os portadores dessa tocha. Nunca a apagámos e sempre a alimentámos. Um clube com adeptos como nós é eterno.
E que festa tão bonita. Inesquecível. Que sintonia entre nós, guardiães do emblema, entre nós que nos abraçámos uns aos outros, com uns e outros cantámos e nos emocionámos, forças da mesma raiz, em plena harmonia com eles, leões ao serviço do Leão.
Tenho 50 anos e nunca vi o nosso Sporting Clube de Portugal tão poderoso. Tão unido. Com um rumo tão claro. Gerido pelas pessoas certas. Nunca vi o Sporting tão bem presidido e dirigido. Com tanto amor-próprio, assertivo, sempre dando-se ao respeito. Tudo conquistando por direito e observando o seus deveres. Um Sporting verdadeiramente leonino.
Fã de Rúben Amorim, o artífice de uma equipa demolidora, temida, respeitada, elogiada, exemplar; o obreiro, afinal, de uma verdadeira equipa feita de entrega, na qual as peças sabem o que é a responsabilidade, o compromisso, a humildade, a capacidade de sacrifício e de trabalho; a Rúben Amorim serei para sempre grato, mas ao presidente Frederico Varandas também.
Sem o nosso presidente não teríamos aqui chegado. Foi este Varandas quem trouxe Amorim, contra quase tudo e contra quase todos. Estava certo. Certíssimo. Viu o que muito poucos viram. Vislumbrou o sucesso por chegar. E estava certo. Certíssimo. Líder de gestos medidos, liberto de humores ou vaidades vãs, a presidência tem-na exercido com determinação.
Também ele porta-estandarte da imensa importância, valor e responsabilidade que o clube tem para e com a sociedade nacional, a liderança de Varandas é também ela inspiradora. Exemplo disso foi-nos dado ontem quando, a desafio do nosso Paulinho, Varandas recusou discursar, optou por dar o palco aos heróis que marcam golos e evitam que os soframos. Que nos fazem vibrar. O presidente podia ter falado, eu gostaria que o tivesse feito, mas optou pelo silêncio. Liderou pelo exemplo. Sportinguista, militante, humilde, grato, rendido à grandeza do Sporting, festejou como nós. Que grande, grande clube.
O gigante adormecido acordou. Voltaremos ao Marquês muitas e muitas mais vezes. Muitas! Cimeiro. Rei. Já lá está, sempre esteve e estará o leão.
Pimba. Toma. Pumba. Vai buscar! Jogo a jogo se constrói o campeão. E nós em 29 embates, vencemos 25. Ainda faltam cinco jornadas para o fim do campeonato e já marcámos 84 golos, o que dá mais 19 do que o Benfica e mais 31 do que o FC Porto (obrigado pelo levantamento, Pedro Correia). Tudo somado, estamos a três vitórias de voltarmos a ser os reis do futebol português.
Qual fogo de artifício, qual quê? Sabemo-lo nós e todos aqueles que já atiram foguetes. Não há triunfalismo, há orgulho, há alegria, há felicidade de se ser do Sporting. É assim na mó de baixo, é claro que tem de ser assim quando se está na mó de cima, já com uma mão no mais desejado e sonhado título do futebol português. Temos argumentos atrás de argumentos que podemos invocar para sustentar a convicção de que levantaremos a taça de campeão.
Dos 50 anos de existência que tenho, terei 48 de Sporting. Faço a conta a partir do momento em que comecei a dizer palavras intencionalmente e Sporting foi seguramente uma delas. Primeiro por identidade paterna, depois porque associada a grandeza acumulada de vitórias e campeonatos conquistados pelo emblema que nos move.
Dito isto, acrescento que - e é essa a partilha que hoje aqui me traz - nestes 48 anos não me lembro de ver uma equipa do Sporting tão boa. Tão equipa. Tão equipa grande. Grande. Temos a maior e melhor de todas as equipas que compõem as competições nacionais, com o destaque para a Liga. E têmo-lo de longe. As manifestações dessa dimensão têm sido dadas desde o arranque da época. Uma equipa fantástica, como nenhuma outra do Sporting me fez vibrar, festejar, ter orgulho e tanto gostar de ver jogar, até hoje. Admito que tenha havido outras. Falo por mim. Como esta força leonina comandada por Rúben Amorim eu nunca vi.
Uma equipa tão fantástica como a época que estamos a fazer e faremos até ao fim, campeões.
À nuclear, electromagnética e gravitacional, para dar alguns exemplos, a essas potências da natureza, temos de juntar a Força Sporting.
Vendavais de golos. Vitórias esmagadoras. Um tornado que se abate sobre o campo adversário. Alvalade em erupção. Tem sido assim desde o arranque da época. E tem vindo em crescendo, comprovando que somos a melhor equipa de futebol portuguesa da actualidade, com o melhor ponta-de-lança (também ele o melhor jogador da presente temporada), apoiado pelo melhor meio campo, os melhores alas, todos eles sustentados pelos melhores centrais do campeonato. Por isso lideramos isolados a Liga.
Jamais trocaria o nosso onze tipo por qualquer dos outros (convenhamos que no caso do SLB esse nem existe). E para aqueles que apontam o dedo às nossas segundas linhas, ao nosso banco, tenho a convicção que o temos à altura das encomendas. Convicção, aliás, corroborada pelas mais de duas dezenas de jornadas já realizadas e que tantas e tantas vezes foram vencidas com e por aqueles que saíram do banco. Esse castelo regido pelo maior dos reis do futebol português de hoje: Rúben Amorim. O melhor treinador a actuar em Portugal.
Dito isto, como os melhores adeptos que continuamos a ser no panaroma nacional, gritemos e exultemos: Nós acreditamos em vocês! Vamos ser campeões!
Apesar do título sei bem que se cá ainda estivesse o grandíssimo Torga, da pena dele nada sairia sobre os ditos que este postal titulam e Famalicão conspurcaram. Simplesmente, porque nada acrescentam à nossa existência. E menos ainda ao Sporting e ao sportinguismo.
Que dor, caneco. Que estafermo de coisa dolorosa. Primeiro porque perdemos. Segundo porque a derrota teve muita culpa nossa. Nossa! Lamentavelmente não me é possível sequer arranjar um bode expiatório do apito (e lamento-o porque apesar de fraco consolo, porventura, se considerasse ter havido falhas graves de Artur Soares Dias, hoje estaria menos desconsolado), mas, na verdade, não encontro na arbitragem qualquer justificação para a mágoa que aqui venho carpir.
Uma equipa que se bate leoninamente durante uma segunda parte praticamente toda com apenas 10, virtuosamente segurando bem a vitória, muitas vezes, podendo até consolidá-la - e tudo isso no estádio do rival, silenciando o tão propalado "inferno"-, uma equipa que faz isto, uma equipa do Sporting que faz isto, não pode perder o jogo em apenas dois minutos fatídicos de um prolongamento. Não pode!
Vivendo o pesadelo que estou, a catarse impunha-se.
Dito isto, à Loja Verde online já encomendei um Casaco Tricolor Acolchoado. Não será por mim e pela falta do meu apoio que a equipa perderá mais pontos. E a Alvalade, faça chuva ou sol, calor ou frio (venha de lá a encomenda!), continuarei a ir e o Sporting apoiar. O campeonato está longe do fim. E é no fim que se fazem as contas. Dependemos apenas de nós para sermos campeões.
Por mim, Luís Godinho ia já passar uma temporada num centro de treinos de rugby. Primeiro como jogador, e isto na esperança de que levando como umas frutas passasse, finalmente, a saber como elas moem e doem nos jogadores de verdade - aqueles que não são dados ao teatro barato. Logo a seguir, e por um imenso rol de razões (as mais recentes dadas no último sábado em Faro), porque era imperioso que aprendesse como se ganham as insígnias de juiz do World Rugby para saber dar-se ao respeito como árbitro de futebol.
Assistir ao campeonato do mundo de rugby tem sido um bálsamo. Seja ao nível da seriedade dos jogadores e das equipas, juntos cultores da entreajuda, valentia, galhardia em campo; seja-o no que diz respeito às arbitragens.
No futebol muito há a aprender com a entrega dos jogadores de rugby e, mais do que isso, com a honestidade daqueles que compõem a equipa de 15: levam efectivamente pancada e não rebolam, não procuram sangue na orelha, na testa, na bochecha, como fazem os mariolas da bola que logo se contorcem no relvado como se acometidos por uma cólica renal aguda de cada vez que levam um encosto, um ligeiríssimo raspão na pele.
No segundo capítulo deste comparativo, o da arbitragem, a diferença da prática do apito entre as duas modalidades é abissal.
No rugby ouvimos o árbitro, cordial, a explicar aos jogadores (e a todos nós) as decisões que toma, as mesmas sentenças que partilha com o vídeo-árbitro que avalia o lance à vista de todos, no estádio e em casa, explicando alto e bom som para ouvirmos o que decide. E, finalmente, vemos os jogadores a acatarem a deliberação sem protesto. De resto quando o fazem a equipa adversária avança 10 metros no campo, o que para um jogo que passa pela conquista de terreno diz tudo da importância de respeitar as leis do jogo.
Fã e adepto fervoroso das nossas equipas todas, a começar pela equipa principal de futebol, não tenho dúvida que o denominado desporto-rei tem muito, mesmo muito, a aprender com o rugby que, julgo, através do que aqui enunciei, destrona o futebol na justiça e verdade desportivas, o que também o torna muitas vezes mais apaixonante.
Os "inas" do título pertencem ao tratamento medicamentoso dos transtornos bipolares, os mesmos cuja falta no balneário do SCP ou na dieta dos jogadores nos quilhou em dezenas de jogos. Em suma, em toda a época.
O jogo de ontem foi isso mesmo: uma caricatura da temporada 2022/2023. Dos primeiros 45 minutros para os segundos 45 minutos passámos, mais uma vez, do 8 ao 80.
Na primeira parte fomos dominadores, jogámos com equipa junta, coesa, cortando todos os caminhos ao adversário, sempre numa vertigem ofensiva que resultou em dois golos, e que até poderiam ter sido quatro.
Em resumo, nos primeiros 45 minutos jogámos como grandes que somos, em busca do único resultado que a isso se ajusta: a vitória.
A segunda parte foi simplesmente deprimente. Ou se preferirmos foi uma depressão bipolar. Estado psicótico que - consultando várias bulas- para ser debelado e controlado não implica qualquer prelecção do treinador ao intervalo mas tão só que os nossos jogassem pelo seguro e prevenindo a reincidência no padrão do alto, altíssimo ao baixo, chão, emborcassem quetiapina, cariprazina ou lurasidona isoladamente ou, lá está, a combinação de fluoxetina e olanzapina.
Tudo espremido, tenho esperança e fé que para o ano vamos jogar a esmagadora maioria das vezes como fizemos ontem na primeira parte do jogo, durante a qual esmagámos e vulgarizámos o advservário.
Antes de repetir a repetição feita nas últimas horas, semanas, meses, e adnauseam; não começo o postal por bater no ceguinho, não repito que nos falta um matador, um gajo que precise de meia oportunidade para marcar dois golos. Tantos o repetiram, já: equipas tivemos com avançados assim.
Repito, sim, aquilo que sempre aqui me traz e que é, simplesmente, repetir os votos de devoção ao Sporting.
Na bancada, ontem, fi-lo do princípio ao fim do desafio. Alvalade estava estrondoso. A rebentar de alma leonina. Uma moldura humana que destruía as repetidas e estafadas previsões derrotistas.
E isto, a par da aposta no enorme Amorim, é aquilo que temos de repetir na próxima época. E sempre.
As análises às fraquezas e falhas do plantel estão feitas, repetidamente feitas, as exigências declaradas, mas, meus caros, mais do que isso, o nosso papel, grandioso papel, diga-se, é o de puxar pelos nossos. Querer ganhar sempre, claro, mas acreditando, alimentando a nossa grandeza. Alvalade, ontem, foi esse castelo. E as muralhas mantêm-se intactas, mesmo que nas "guerras" desta temporada tenhamos levado mais que dado.
Todos o sabemos - antes dos erros e más escolhas de quem decide os destinos das nossas cores -, a repetição maior de todas será sempre o nosso sportinguismo.
Conto já os dias para repetir a presença no nosso estádio electrizante, repleto de sportinguistas convictos de que podemos ganhar, esteja quem estiver do outro lado.
3 da manhã e o sono não chegava. A glória leonina em Londres assim o ditava.
"Monumental". Nunca concordei tanto com um título de A Bola. Foi mesmo.
Monumental na qualidade de jogo. Na superioridade imposta ao adversário na segunda parte. Monumental pela aposta do grande timoneiro Rúben Amorim em miúdos que demonstram já uma maturidade monumental.
Pôr a jogar Diomande no lugar do líder e capitão Coates foi admirável. Terá sido enorme a confiança para todos os que alinharam conferida pela percepção que terá tido a equipa da liderança de Amorim. A confiança que gera confiança.
Um circulo virtuoso replicado na troca de Paulinho por Chermiti. Na entrada de Essugo para robustecer o meio campo desfalcado do portento Ugarte.
Foi essa mesma confiança que levou à obra-prima, à obra de arte de Pedro Gonçalves. Também ela fonte de confiança para toda a equipa. Para todo o universo sportinguista.
Épico. Histórico. Glorioso. Ficaríamos o resto da temporada a adjectivar um jogo que nos faz sonhar com a glória final.
Joguemos nós como jogámos ontem todos os desafios que temos pela frente na Liga Europa e a passagem pelo Emirates terá sido "apenas" uma etapa ganha até à conquista do título europeu.
Confiança total nesta equipa, neste treinador, nesta direcção.
Certeza que temos tudo para reptir o que ontem mostrámos ao mundo do futebol. Que somos e seremos, como aspirava o nosso fundador, tão grandes como os maiores da Europa.
Impressionante a quantidade de jogadores que estão neste mundial de futebol e que vestem ou já vestiram a nossa camisola. E tantos, mas muitos, mesmo, são grandes craques. Na equipa das Quinas perde-se a conta aos que connosco foram campeões nacionais ou que na nossa academia se formaram e aprenderam a ser o que hoje são. Com Ronaldo, claro, a encabeçar a longuíssima lista. E noutras selecções também encontramos quem vista ou tenha vestido a verde e branca.
Também por aqui se vê a nossa grandeza. O clube sempre teve jogadores de nível mundial. Jogadores de selecção. Pena, isso, sim, que nem com todos eles tenhamos conseguido a glória que todos ambicionávamos.
No entanto, acredito, um clube com esta histórica capacidade de formação e captação de talentos só pode fazer-nos esperar o melhor para o futuro.
Pois, então, confesso que o fatídico embate com os alemães teve também o condão de revelar que o meu optimismo numa temporada, pelo menos remediada, não é afinal inabalável: a coisa finou-se na terça-feira à noite.
Na última possibilidade que alguns e muito ruidosos tiveram para assobiar o hino da LC (diga-se até que se calhar estão contentes, já que este ano não o assobiam mais e pelo andar da carruagem para o ano também ficarão sem pio); mas dizia, na despedida da liga milionária a equipa deixou em campo a sua própria caricatura: incapacidade de ganhar, de reagir perante a adversidade, de ampliar a vantagem, de sequer a segurar; mostrou-se capturada pela desorganização, ditada por más opções tácticas, como a saída de Edwards, para a entrada da regular nulidade Trincão, mais a gritante falta de opções goleadoras.
Tudo somado, o jogo com os alemães ofereceu-nos novo choque com a dolorosa realidade de que esta será mais uma época inglória. "Rais'parta" para isto que parece sina.
Li com gosto (como sempre) o texto de Pedro Boucherie Mendes, e desta vez reajo. Pela simples razão de que penso que apesar do acima escrito, ao contrário do que escreve o meu homónimo não concordo que estejamos obrigados a ver um qualquer árabe carregado de petrodólares como dono do nosso emblema para que o mesmo tenha força na Europa. O Benfica e o Porto dão-me razão.
O Sporting, parece-me, está obrigado a apostar no recrutamento de pérolas, tem de melhorar sempre o "scouting" para as equipas das camadas jovens, a Academia tem de dar as melhores condições aos potenciais talentos, é para o Sporting que eles têm de querer ir.
Quanto ao presente, fine-se a teimosia do grande Amorim e contrate-se um goleador, um matador, um jogador que não precise de muito para marcar.
Enfim, dêem-nos razões para este pessimismo finar, antes que nele finemos.
Chamem-lhe profissão de fé (a ver pelo nome do blog seria até o mais apropriado), mas estando nós em todas as competições e em todas elas com possibilidade de ganhar, acredito que vamos festejar conquistas esta época.
Nem tudo o que Amorim disse é criticável pela negativa.
Da conferência de imprensa pós-pesadelo Marselha guardo a máxima: "Nós somos bons nestes momentos. Quando está tudo muito difícil, eu sei que esta equipa pode dar a volta. Nós vamos dar a volta."
Com tanta prova dada do exímio líder que é e do seu contagiante espirito ganhador, Rúben Amorim, apesar desta sucessão de maus resultados, continua a inspirar-me confiança que com ele ao comando sairemos vitoriosos. Estou ainda muito longe de acreditar no contrário.
Chegado ao trabalho, de sorriso rasgado, logo procurei os leões. Somos muitos! Apesar disso quis o destino que a primeira reacção à gloriosa vitória leonina de ontem contra o Tottenham me chegasse vinda de um benfiquista. A coisa foi proferida num misto de bazófia, ressabiamento, inveja:
- Todos pavões! Rotulou-nos.
- Orgulhosos, pá. Orgulhosos e muito.
De rajada fiz-lhe o desenho: pavões seria sinal de que nos consideramos por direito os maiores, os melhores, os naturais vencedores de qualquer desafio; já sentirmos orgulho no clube que é o nosso é fruto do júbilo com a vitória que contrariou a esmagadora maioria das casas de apostas e que foi inteira, absoluta, indiscutivelmente justa, também porque assente numa verdadeira equipa guiada por um líder humilde, consciente das fraquezas e das forças do conjunto de jogadores que orienta e que neles incute o espírito ganhador que a todos contagia. Do rectângulo de jogo a todos os cantos do mundo onde há sportinguistas. Cada vez mais orgulhosos de o sermos.
Apoiante fervoroso de qualquer equipa do Sporting, fã da qualidade técnica-táctica de Rúben Amorim, da sua inteligência e liderança; admirador da gestão de Frederico Varandas, que lidera o clube sem ruído e, manifestamente, com rumo, capaz de criar núcleos coesos e equipas que tão bem representam o nosso emblema; sendo eu tudo isto e mais ainda no que ao Sporting diz respeito, findos os 90 e tal minutos jogados em Frankfurt, dei por mim olhando para o espelho e dizendo: Ó homem de pouca fé!
Confesso, esperava que os nossos fizessem boa figura na Alemanha, mas não acreditava que pudesse ser tão boa, tão superiormente melhor que a do adversário. Fomos categoricamente melhores. E isso deve-se à belíssima equipa que temos, à inteligência técnica-táctica de Amorim e à sua fortíssima liderança e, claro, à Direcção que em boa hora o contratou e tem conseguido contratar os jogadores que ele quer, e que mais uma vez, e desta vez de forma indiscutível, aspiracional e inspiradora, nos fazem sonhar e, sobretudo, acreditar que a Liga dos Campeões é o nosso palco nas competições externas e que por cá seremos campeões.
Obrigado, equipa por esta jornada europeia histórica que, tenho a certeza, marcará a viragem de toda a época para glórias futuras.
{ Blogue fundado em 2012. }
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