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És a nossa Fé!

Vamos de férias

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Será este o meu último postal no "És a Nossa Fé".

Quero partilhar com os sportinguistas que fizeram o favor de ler aquilo que fui botando por aqui, um sentimento de dever cumprido, em resposta ao desafio que um dia o chefe Pedro Correia me lançou: Saltar da bancada dos comentadores para dentro das quatro linhas. Modéstia à parte e com as oscilações de forma naturais durante as épocas, creio que o meu simples contributo tornou este espaço ainda que de união fervorosamente sportinguista, mais eclético, porque cada cabeça sua sentença e como aqui nunca foi coartada a liberdade de cada um dos  autores, cada um de nós, dando o seu melhor da forma que melhor entendeu, foi à sua maneira uma mais-valia para o blogue e logo para o Sporting.

Leitor do blogue desde a primeira hora, parece que foi ontem que isto começou. As honras por estes catorze anos tão rápidos e plenos de vida sportinguista só têm um destinatário, a pessoa que diariamente, sem falhar, como um relógio suíço, não faltou no "batente", a alma deste "Fé", Pedro Correia. Não terá sido tão fácil e tão rápido para o nosso "chefe de redacção" como para todos os outros. A sua militância sportinguista merece todo o nosso apreço e enorme aplauso. Pena que quem dirigiu/dirige o clube enquanto o blogue esteve activo, não tenha tido uma palavra de apreço pelo canal sportinguista mais visitado na blogosfera mas obviamente isso não diminui a elevada importância do blogue, antes quem, injustamente, não o valorizou.

Não haveria melhor forma de encerrar um ciclo que estando o nosso Sporting na mó de cima.

Quem sabe amanhã ou depois a gente não regressa? Com a mesma força, com os mesmos objectivos, com o mesmo amor ao Sporting Clube de Portugal. Assim o clube precise da nossa voz. 

Por agora é um adeus.

Viva o Sporting!

O campeonato "do Mundo" de clubes

Esta aposta da FIFA na alteração ao quadro competitivo do "mundial de clubes", passando do formato de um reduzido grupo composto pelos vencedores das taças continentais para um campeonato composto por clubes de todos os continentes escolhidos creio que pela sua posição no ranking por confederação, ao invés de privilegiar a competitividade, teve por único objectivo a questão financeira.

Está-lhe a sair furada a aposta, já que até agora apenas cerca de metade dos lugares disponíveis foi ocupado.

Há várias razões para que isto se verifique:

A qualidade do futebol praticado tem sido pouco mais que medíocre;

Uma boa parte dos clubes não têm qualidade para participar numa competição com o estatuto que esta quer ter, os neo-zelandeses que defrontaram Bayern e Benfica tiveram de meter férias nos seus empregos para irem participar no torneio, p.e.;

A ausência de alguns tubarões do futebol mundial, Barcelona, Liverpool e Manchester United, que, mesmo não estando bem, arrastam multidões;

A sobrecarga de jogos que os jogadores dos clubes europeus têm nas pernas, com os campeonatos já terminados e a pedirem férias com urgência em contraponto com os sul-americanos que estão com os campeonatos a decorrer, ainda que no Brasil o número de jogos seja equivalente;

As condições climatéricas, que têm obrigado ao adiamento do início ou interrupção dos jogos por questões de segurança de atletas e público.

E para quem vê em casa, a fraca qualidade das transmissões televisivas, feitas por profissionais que claramente não têm rotinas de realização de jogos de futebol. Como novidade e apenas como isso, porque não tem sido explorada, a câmara do árbitro.

Já assisti a muitos jogos e sinceramente, quanto aos clubes portugueses participantes, não se nota grande diferença para os restantes, excepção feita, pelo que vi, para Manchester City, Bayern, Botafogo e até o Flamengo. O clube do Messi tem sido levado ao colo, até com o FCPorto, e é um sério candidato a vencer este "arranjinho" da FIFA.

Se lá colocassem os vencedores dos respectivos campeonatos, se calhar a coisa teria mais interesse, mas eles é que sabem.

Ainda a violência

Fui habituando os leitores do "Fé" a escrever coisas resultado de alguma ponderação e amadurecimento, raramente publiquei aqui reagindo a quente. Podem os leitores concordar ou não com o que escrevo, mas em regra penso muito bem aquilo que publico.

Vou então tentar dissertar sobre a violência, neste caso no desporto e a propósito de uma situação grave, mais uma, eventualmente ligada a um acontecimento desportivo, para o caso um Sporting vs Porto em hóquei em patins, cujo resultado, do jogo, para o caso é irrelevante. Todos sabem e viram as imagens, não quero publicitar mais o acontecimento.

Esteve bem o presidente do Sporting ao demarcar-se a ele e ao clube de um crime perpretado por alguém que se diz sportinguista e que poderia ter terminado numa tragédia.

O presidente Frederico Varandas disse mais, disse que os clubes precisam do apoio do Estado para resolver esta chaga que alastra à volta do desporto. Concordo com ele, não deixando de acrescentar que há gente nestes grupos a quem o Sporting já deveria ter colocado um par de patins (já que estamos a falar de hóquei) expulsando-os de sócios, se o forem, e impedindo-os de frequentar os nossos recintos desportivos, o estádio e o pavilhão e, por razão evidente, a academia. No entanto, a maior fatia de responsabilidade não cabe ao Sporting e aos outros clubes, a responsabilidade maior é das autoridades que já deveriam ter tomado medidas sérias para impedir que situações destas aconteçam. E não é preciso inventar nada, basta copiar o que se fez e continua a fazer em Inglaterra, onde só assiste a acontecimentos desportivos quem ama o desporto. É chato ter as esquadras à volta dos estádios e pavilhões cheias de traficantes, energúmenos, gente violenta que só se desloca aos jogos para destilar ódio e tratar dos seus negócios escuros? Talvez, mas não pode ser o Sporting ou os outros clubes a responsabilizar-se pela ordem pública, porque todos sabemos que se não houver controlo policial dentro dos estádios só não entra um tanque de guerra. Se calhar porque ainda ninguém tentou.

Claro que repudio o que aconteceu. Mesmo que os atingidos sejam do mesmo calibre e fossem capazes de fazer o mesmo ou ainda pior, a violência é outro departamento, não é desporto, é um assunto do foro exclusivo do governo do país, do ministério da administração interna através das polícias, daquela coisa da juventude e desporto que já teve tantos a dirigi-la e nunca fez nada de relevante neste capítulo, e da Assembléia da República que terá de legislar em conformidade. E às federações, quanto a distúrbios dentro dos recintos, mas deixem-se das multas, que só lesam os clubes, vos enchem os cofres e não resolvem nada, no próximo jogo lá estarão eles outra vez, com a pirotecnia, com os assobios de very-light, com as macacadas. Juntem-se, as federações e o governo e a AR, e peguem o toiro pelos cornos, assumam que a obrigação de acabar com a desbunda é vossa, não obriguem os presidentes (alguns, alguns) a virem dar a cara em acontecimentos cuja responsabilidade maior não é sua nem dos seus clubes.

Tenham vergonha na cara, senhores governantes. Acabem de uma vez por todas com uma doença que pode matar o nosso desporto e os clubes. A responsabilidade será vossa!

Faço consultas

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Confirmados os meus dotes de vidente e adivinho encartado (se se lembram apresentei antecipadamente aqui as minhas desculpas ao nosso Pedro Porro), informo que abrirei ainda antes das férias consultório nas especialidades acima referidas.

Não se admirem se eu em vez de usar uma bola de cristal use um calhau fossilizado, há por aí muitos, aqui na praia são em barda mas é preciso saber procurá-los e nas televisões são às carradas com a vantagem de que estão à mão de semear.

Ou até que se eu para adivinhar o futuro dos "pacientes" possa usar uma técnica alternativa, troque os percebes por lapas, ou assim, afinal o que eles quererão saber são os números do euromilhões, ou se o Félix vem para o Benfica, interessa-lhes lá saber as voltas que eu dou para lá chegar.

É como eu em relação à selecção e ao treinador Roberto Martínez. Ele foi contratado para ganhar títulos, ganhou, parece-me que os meios serão irrelevantes, considerando que os objectivos são atingidos. Se eu gosto ou não da "linha" que ele escala, das substituições que ele faz, dos jogadores que ele convoca, pouco interessa se ele no fim ganhar o jogo.

Ainda ontem vi um caceteiro encartado, na CMTV (na habitual ronda pelos vários canais), Rodolfo Reis de seu nome, a chamar burro a Roberto Martínez treinador vencedor da Liga das Nações. Este bem pode vir às minhas consultas, que será fácil adivinhar-lhe o futuro: Cinco tostões de kompensan para os dez tostões de tintol.

Nesta final quero destacar o colectivo, todos se bateram muito bem, fazendo sobressair as individualidades. Nuno Mendes confirmando-se como um jogador de excepção (o treinador espanhol às tantas teve que meter a carne toda no assador naquele lado, Porro inclusive, e foi como se nada se tivesse passado), Cristiano Ronaldo contrariando os marrecos que o dão a cada jogo como morto e enterrado (adoro quando dizem "ah, marcou porque estava à mama", como se "estar à mama" fosse fácil), marcou dois golos decisivos e Diogo Costa que desta vez nos deu mais uma alegria, ele que já tinha um feito semelhante (superior, vá) ao defender três penalidades numa meia-final.

Para terminar, quero apenas informar-vos que o consultório será ali à frente, na Praia de São Lourenço.

Bandeira azul.

Numa rocha qualquer.

 

PS: Já me esquecia: Pedro Gonçalves, Gonçalo Inácio, Francisco Trincão e Rui Silva há duas semans que não celebravam um título... 

Desculpa lá, Pedro

Num jogo de loucos, esta noite, a Espanha "goleou" a França por 5-4, conseguindo o lugar vago na final da Liga das Nações a disputar no próximo Domingo.

O nosso Pedro Porro fez uma excelente exibição ao seu melhor nível, ainda assim tendo cometido um penalti num pequeno deslize.

Afigura-se-me uma final electrizante, num confronto entre alguns dos melhores jogadores da Europa.

Tanto se me dá que o Martinez invente como não, que a gente não gosta dele (pelo menos é o que se lê) mas o que é certo é que os rapazes vão mostrando resultados. Isto não é uma antecipação de uma vitória, é a constatação de que apesar dos pesares, "o espanhol" tem conseguido levar a água ao nosso moínho.

E tu, Porro, a malta gosta muito de ti mas desculpa lá, desta vez o caneco tem que ser nosso, a bem ou Yamal!

Para as virgens ofendidas.

Ou como tudo é relativo.

Noventa e três ou cinco minutos de jogo de uma final que "estava ganha".

Uma equipa que jogou melhor, que foi mais perigosa durante esse tempo todo, mas que não deixou de nos últimos 15 minutos convocar o médico para dentro de campo, num queimar de tempo raramente visto.

O árbitro e bem, compensou o tempo das substituições e o tempo da treta.

E então aos noventa e três ou noventa e cinco, um jogador encarnado atira-se para cima da bola escondendo-a com o corpo e o árbitro, como lhe competia, marcou falta ao infractor. Já bastava o escambau de sonecas nos quinze minutos antes dos noventa. E ali naquela molhada, querendo jogar rápido, Maxi Araújo tenta afastar o dorminhoco e dá-lhe um chega p'ra lá. Nada comparado ao murro que Pedro Gonçalves sofreu de Di Maria, que já está inscrito no rol dos esquecimentos, mas bom, considere-se uma chapada. O Matheus Reis, na tentativa de sacar a bola que estava refém do adversário, investe com a perna com um vigor algo acima do necessário, pareceu-me. Como a física é tramada, o rapaz não consegue sustentar-se muito tempo com as duas pernas no ar, se não tiver outro apoio de jeito e na descida pisou, recuso-me a aceitar que foi propositado, inadvertidamente a cabeça do jogador do Benfica. Repare-se que foi visível não haver qualquer marca na face do jogador atingido, não foi um pisão, os pitons deixam marca, sobretudo numa zona sensível como aquela.

E o jogo seguiu, sem qualquer reclamação do soneca, dos colegas do soneca, nem do seu treinador. Estava quase no papo, pudera! Tivessem eles ganho o jogo, o roupeiro traria as camisolas comemorativas, os jogadores comemorariam muito justamente o feito, o Lage escondia a cremalheira e o reizinho tinha a reeleição mais ao alcance, se calhar o Di Maria ainda ficava mais um ano, porque não teria calçado nesta final e este lance ficaria num canto da história, com a importância que realmente teve, isto é, nenhuma.

Mas esta jogada só é importante porque cinco minutos depois, mais coisa menos coisa, o mais melhor bom a seguir ao Félix, o menino de oiro do Seixal, Renato "Rastafari" Sanches (porque o mais melhor defesa do Mundo a arredores, o Silva, se ficou nas covas e não fez a falta táctica que se lhe exigia), comete uma falta imperdoável sobre Gyokeres e oferece não só um penalti que poderia levar o jogo para prolongamento, mas tendo ele sido convertido, deu uma injecção de alento àqueles que estavam até aí na mó de baixo. A partir daí o jogo é outro completamente diferente (é consultar as estatísticas) e não vale trazer aqui a estória do Harder e do Otamendi, que fez o favor de provocar o primeiro amarelo ao miúdo numa jogada "a la Otamendi", pensando que o chavalo se intimidava. Cagou-lhe o cão no carreiro!

No prolongamento e como é da história, quem estava em baixo ganhou um alento suplementar e quem estava já a pensar em festejar caiu animicamente, faz parte.

Como nos diziam sempre que a gente perdia, "quem ganha ganha sempre bem" e a gente comia e calava, que remédio, "desporto é desporto" e esses chavões do costume. Ontem ganhámos nós, eles que fiquem com a vitória moral nos 99 minutos, que a nós fica-nos muito bem a vitória nos últimos 30.

O Matheus? Ao Matheus depois disto, só lhe falta uma comenda (uma Grã-Cruz da Ordem de qualquer coisa) e um lugar de sub-capitão da selecção do Brasil. E jogar até aos quarenta e um anos. Vocês sabem de quem é que eu estou a falar.

 

Em Agosto há mais.

 

Adenda: Posteriormente assisti a um vídeo onde alguns elementos da equipa, junto ao autocarro, homenageiam um poster de Matheus Reis, dizendo qualquer coisa como "até pisamos cabeças". Acho gravíssimo que: 1- A situação tivesse acontecido; 2- Acontecendo tivesse sido divulgada.

Exige-se uma tomada de posição do clube sobre este assunto, uma coisa é um momento do jogo onde há uma situação que não deveria ter acontecido, outra é publicar na conta oficial do clube imagens que me parecem atentatórias no mínimo do fair play exigível ao Sporting.

As imagens foram entretanto retiradas, mas não invalida nada do que escrevi atrás.

Odeio dobradinha

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Não é treta, odeio mesmo dobradinha.

Só de pensar que aquilo é o estômago duma desgraçada de uma vaca, com aqueles entrefolhos todos, dá-me a volta ao dito, ao meu delicado estômago.

Marcham os feijões, que hoje fazem um jeitaço para o foguetário, que eu cá sou contra pirotecnia aparvalhada, sou pelo natural e orgânico.

Eu é mais pipis, vá-se lá saber porquê. Ou se calhar sei, vai daí é porque são as miudezas de galináceos e agora que acabamos de os depenar mais uma vez, iam que nem ginjas.

No entanto para que não fiquem dúvidas, da dobradinha conquistada hoje gosto tanto que até me lambuzo todo.

 

Ah! Em Agosto há mais.

 

Nota: Lampiões ressabiados vão pastar para outro lado, sff.

A propósito de escumalha

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Desculpem os dois fiéis leitores que fazem o favor de ler o que por aqui vou escrevendo, mas o tempo não me tem deixado vir aqui prosar para "vocemecêses" e porque a tarefa a que me propus tem sido faraónica e até agora nada, nem sinal, nem uma imagem, nem sequer ao vivo vislumbrei uma alminha que me comentou imensas vezes com a garantia de que apareceria no Marquês com um colar de alheiras ao pescoço, não vos tenho dado a devida atenção. Tem sido um visionar de imagens que até já estou com os olhos trocados.

Bom, enquanto não encontro o amante dos emblemáticos enchidos de Mirandela, serve este para homenagear o, por ora, mais importante nativo daquela cidade transmontana, o nosso grande treinador Rui Borges, que espero encontrar um dia destes numa qualquer taberna, para degustarmos uma alheirazinha de caça e um tinto do bom. Para mal dos pecados de algumas enxofradas, que parece não apreciarem enchidos.

Domingo há mais!

Obrigado também ao meu pai*

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Ainda eu não era um projecto de gente (faltavam cinco anos para os meus pais darem aquela cambalhota monumental ) quando o Sporting foi bi-campeão (53/54).

Quis o destino que fosse vivo para vivenciar a repetição de tão notável feito.

E o primeiro telefonema que recebi foi de quem? Do meu pai! 88 anos de sportinguismo militante, que não perde um jogo lá na colectividade "Os Quatro Unidos", na nossa terra, em Tomar. Terra de muitos e bons sportinguistas.

Vamos ao TRI?

É que ele às vezes há coisas...

 

E parabéns a nós todos, meu amigo José da Xã.

Ca nervos

thumbs.web.sapo.1.webpFoto: Grafislab

O golo madrugador, excelente por acaso, condicionou o jogo durante todo o restante tempo da partida.

Vendo-se a ganhar quase antes do apito inicial "assoprado" pelo incompetente João Dinheiro, que consegue fazer o pleno de críticas, de ambos os lados portanto, o Sporting ficou confortável e começou a jogar num bloco baixo, esperando a iniciativa do Benfica, que foi praticamente inconsequente. Na primeira parte Rui Silva foi chamado a intervir e até fez uma defesa do outro Mundo, mas o homem dos encarnados estava deslocado.

O Sporting marcou aquele golo e poderia ter dilatado o marcador, não fora o senhor do apito ter-nos escamoteado uma clara grande penalidade cometida sobre Pedro Gonçalves e que teria como consequência a expulsão de Otamendi, que já tinha no pecúlio um amarelo. Nem Dinheiro nem VAR se dignaram sequer rever as imagens.

De seguida está mais uma justificação para o facto de não haver árbitros tugas nas grandes competições: Em qualquer lugar do Mundo onde se joga à bola e em particular na sua pátria, onde se diz que os apitadores lusos deveriam ir beber, aquilo que Dinheiro viu nunca foi falta e o segundo mataria o jogo e o campeonato.

Na segunda parte a toada foi a mesma, mas com uma ineficácia gritante da nossa ala direita recuada e do abandonado Gyokeres e o golo do empate adivinhava-se, até que aconteceu, num slalom incrívelmente permitido, pela direita após uma das muitas escorregadelas de Catamo, que foi mal não exclusivamente seu.

Apesar de tudo correu bem. Poderia ter corrido muito bem, mas não correu mal.

As aspirações continuam intactas, falta mais uma final que os rapazes irão enfrentar com toda a confiança e fome de vencer. Como diz o "Chefe" Pedro Correia abaixo, está quase.

 

Nota: Amanhã é possível que não responda a eventuais comentários, já que irei cumprir uma obrigação cívica, que é a de fazer parte de uma mesa de voto que servirá concidadãos que por várias razões terão de exercer os seus direito e dever cívicos antecipadamente, de modo que das sete às dezanove e qualquer coisa, estarei ao serviço da comunidade e não os lerei nem aprovarei.

Lá se foi a mala!

6931d3b3-7f17-4753-8ecc-c4e5f6f68d85.jpgFoto: Miguel Nunes (A Bola)

Diz, na entrevista rápida a seguir ao jogo brilhantemente vencido pelo Sporting, o treinador do Gil Vicente com uma azia visível e indisfarçável, depois de ter estado na frente do marcador durante cerca de uma hora e sem ter qualquer oportunidade de golo:

- O Sporting foi feliz.

É certo que se alguém se pode sentir feliz é ele próprio, que aproveitou uma paragem cerebral de Ste Juste e se viu a ganhar aos 20 minutos sem nada ter feito para isso.

E durante uma hora limitou-se a defender com uma camioneta de jogadores dentro da área, como aliás tinha avisado antes do jogo: "Gyokeres não se pára apenas com um jogador" e vai de meter no mínimo sete ou oito dentro da área, considerando, pelo que o ouvi dizer no final, que fez um grande jogo. Ora um gajo que treina uma equipa e nada faz para ganhar um jogo e diz que o adversário, que, mal ou bem (mais mal que bem, mas esses são outros quinhentos), tudo fez para vencer foi feliz, ou é hipócrita ou não quer ver o óbvio.

Raios, sabia-lhe tão bem o lugar de treinador na equipa B do seu clube, evitava ter de andar com a mala às costas a saltitar de-clube-em-clube. Que azar.

Calma, fé e confiança

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Como estamos na época pascal e temos certamente crentes a visitar o blogue, do título deste postal faz parte a palavra FÉ, que em concomitância é também a palavra que define este blogue. Não custa nada apelar a uma crença, que quando a gente se vê em apertos, somos todos crentes e essa é uma verdade universal e insofismável.

Eu prefiro confiança, é menos abstracto e reflecte aquilo que sinto para estas derradeiras quatro jornadas.

Invoco a calma, porque nada ainda está conseguido, apesar de a candeia que vai à frente alumiar duas vezes, ainda que logo atrás venha um lampião que até mora na Luz.

E ontem foi dado mais um passinho em direcção ao Marquês. Sem espinhas, sem motivo para dúvidas, com uma limpeza digna do mais competente cantoneiro, ou duma daquelas imigrantes que se levanta de madrugada num bairro degradado para limpar com esmero um qualquer edifício de escritórios, sem ter a certeza se quando voltar não terá a barraca onde (sobre)vive deitada abaixo.

Esboroou-se a narrativa do penalti, do lance duvidoso, da má prestação do árbitro. Quero dizer que Fábio Veríssimo me deixa sempre de pé atrás, mas hoje, talvez por intervenção da divina providência, a sua actuação não teve qualquer interferência no resultado, tendo até deixado jogar e tendo uma elogiosa atitude de desprendimento, ao prescindir de ser o elemento mais focado em campo. Muito bem, pena que fora dos dias santos não seja bem assim.

Ontem tivemos uma actuação plena de competência, firmeza, objectividade e foco e quarenta e cinco mil a apoiar, sem foguetório o que é de saudar e como mereceria Mestre Aurélio, que tanto apoiou as claques e tanto lhes pediu que tivessem tino.

Faltam quatro vitórias para o êxtase. Três se uma delas for no estádio da Luz. Há que acreditar. E à cautela, ter fé, que como disse lá atrás, em hora de aperto, vale tudo.

Quero deixar uma palavra a/sobre Pedro Gonçalves: Aquilo sob a sua batuta é outro andamento.

Nem um, para amostra

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Mais uma vez corridos a osso, os extraordinários árbitros portugueses estarão ausentes de mais uma competição importante, desta vez do Mundial de Clubes, como já haviam estado ausentes do último Mundial de selecções. Cá p'ra mim tem a ver com as maravilhosas actuações que vão rubricando por esses campos fora e tomando decisões como as deste acima retratado, Cláudio Pereira, que consegue expulsar um jogador, Conrad Harder, porque o rapaz comemorou a vitória com um "Yeah, de forma provocatória", segundo o "estudante" árbitro. Certamente não cursará línguas e literaturas modernas, porque saberia que essa é uma corriqueira expressão inglesa usada universalmente. Levasse ele uma cabeçada e tudo estaria dentro da normalidade.

Vai acontecer certamente o recurso para o TAD, que terá efeitos nulos já que a decisão virá lá para o final de Maio.

A talhe de foice e por falarmos em TAD, o Sporting recorreu do castigo aplicado ao presidente Frederico Varandas para aquele tribunal, após ter sido castigado com 51 dias, salvo erro, por declarações sobre arbitragem numa entrevista à SportingTV. Estamos ansiosos para saber qual o castigo que vai ser aplicado ao princepezinho que arremeteu mais uma vez túnel adentro, confrontando o árbitro do jogo com o Arouca, onde perderam a liderança do campeonato depois de se deixarem empatar nos descontos.

Que falta de vergonha

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O Pedro Oliveira, com a sua verve e humor característicos, já publicou abaixo sobre este assunto, que desenhou como uma coboiada e não podia ter mais razão.

Então não é que depois da vergonha do jogo da primeira volta em Alvalade, com o gamanço de dois penáltis, assumidos pelo conselho de arbitragem (CA) como "eram mesmo penáltis, o árbitro errou", este mesmo CA nomeia para o jogo da segunda volta o mesmo árbitro?

"Das duas, três", ou o CA, que acho que é composto por outras pessoas, pretende dar uma segunda oportunidade ao árbitro para fazer desta vez uma actuação isenta de erros crassos, o que se saúda, ou pretende dar a entender que o que se passou na primeira volta não foi suficientemente grave para impedir que o árbitro passe por esta prova e que o clube prejudicado pode estar descansado que desta vez será diferente. Não será, o fantasma da suspeição vai pairar neste jogo e esta não é a melhor forma de defender o árbitro, ele próprio irá estar condicionado pela péssima actuação no jogo de Alvalade. Na hipótese, plausível porém fora de cogitação, de o árbitro se enganar a nosso favor, que dirão os adversários directos? "Claudio Pereira errou para compensar os erros do jogo de Alvalade". Pouco avisada esta nomeação, para ser simpático com o CA. O árbitro estará a ser altamente escrutinado, o Sporting estará de pé atrás com a sua actuação, o Santa Clara temerá que o árbitro queira compensar os erros que cometeu em seu favor, desta vez em favor do Sporting e o adversário directo, se houver um qualquer deslize a nosso favor, apontará o dedo a erros propositados. Era escusado!

Claudio Pereira apresenta-se, aos 38 anos de idade, como "estudante". Nada contra quem queira ir sempre aprendendo. Espero que tenha aprendido com a merda que fez na primeira volta e seja, desta vez, isento.

Um post em forma de assim

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Era gajo para escrever um post.

É melhor não.

Ou talvez sim; Ou assim, assim, que lixe. Lá vai:

Era previsível que isto um dia acontecesse e se querem a minha opinião, antes a sete jogos do fim que no último, que aí é que Almeirim não teria produção que chegasse, do seu fruto mais célebre.

Chegámos aqui órfãos de um treinador, seguidos de uma aposta kamikaze do presidente em alguém que provavelmente nunca será treinador de jeito e que demorou a ser descartado e seguidos ainda da contratação de um outro, rapaz simpático, que provavelmente não voltará a passar de clubes de meio da tabela. "É o que é", parafraseando Rui Borges, mas poderia ter sido melhor, se houvesse algum arrojo na substituição de Amorim. Foi o que foi.

Chegámos aqui também com imensas feridas, i.e. gente em barda na enfermaria. E graças à teimosia do presidente em apenas contratar um guarda-redes, excelente é verdade, no mercado de Inverno, chegámos à gyokeresdependência que até ontem disfarçou os equívocos na "armação" da equipa, por falta de efectivos às vezes e por falta de arrojo outras. Foi a diferença entre um rato velho, Carvalhal, que não tinha nada a perder e um novato que tinha o primeiro lugar em risco, um jogou para ganhar, o outro, vendo-se a ganhar, confiou nas arrancadas do sueco e muita fé em Deus, tanta que deixou um dinamarquês no banco que poderia ter feito a diferença, talvez por ser viking e o seu deus ser outro, vá-se lá saber. Ora o sueco ontem resolveu jogar sozinho e a coisa correu mal, tal como correu mal ao Trincão que se acha com o mesmo estatuto e ambos os dois poderiam ter sentenciado o jogo, não fosse olharem apenas para a sua pilinha. Também ficámos sem saber se as mudanças "lá atrás" foram pensadas para ganhar ou para não perder, é que trocar o Geny pelo Maxi para este fazer a ala, foi não só estúpido (já não tinha sido grande coisa o moçambicano naquele posto), como fatal, já que a auto-estrada por onde passou o bólide que fez o cruzamento para o golo do empate foi aberta pelo sul-americano. Claro que o central de marcação ao avançado, Diomande, poderia ter saído do chão e talvez tivesse cortado o lance, mas o rapaz tem o cu pesado e isso dá muita canseira.

Com o resultado de ontem, as coisas acalmarão. Pote já não fará falta e vai finalmente ser deixado em paz, Morita pode, com calma e com toda a paciência de japonês que é semelhante à de qualquer chinês, explicar a Varandas o que é um kamikaze e o Daniel Bragança pode finalmente fazer aquele alisamento japonês que o Morita, outra vez, tanto lhe recomenda e tratar da sua lesão enquanto troca umas larachas com a menina do salão. O Nuno Santos pode passar pela vidraria "Mil Espelhos" e saber o orçamento para a marquise nova e o puto Simões pode deixar as canadianas e ficar no ginásio até às férias grandes.

Nada está perdido, claro. É ganhar todos os seis jogos até final e isso implica ganhar em casa do rival directo. Caramba, se o Farense, mesmo com as linhas enviesadas, quase lá ganhou...

E como há que justificar a foto que encima este post que o não é, esperemos que o Leão não fique sem dentes entretanto e possa fazer o resto do campeonato a rasgar.

 

Nota: Na imagem um dente-de-leão, para quem não seja versado em botânica e coisas.

{ Blogue fundado em 2012. }

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