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És a nossa Fé!

Manuel Fernandes

Acabo de saber que o eterno capitão Manuel Fernandes (05-jun-1951 - 27-jun-2024), meu ídolo de criança, foi jogar e marcar golos para outro campeonato... 

Manuel_Fernandes.jpg

Todos nós que o vimos jogar estamos tristes por esta mudança de campeonato, mas felizes por o ter visto marcar os golos que marcou com a camisola que sempre amou.

Então e o Braga?

Acho Robert Martínez bastante coerente na convocatória que fez e que agora foi anunciada para o Euro-2024.

Convocou os jogadores, que jogam no Campeonato Nacional, de acordo com a classificação desse mesmo campeonato. Assim, 

o Sporting, por ter ficado em Primeiro teve direito a um jogador convocado;

o Benfica por ter ficado em segundo teve direito a dois jogadores convocados;

o Porto por ter ficado em terceiro teve direito a três jogadores convocados.

 

Fica a pergunta: porque não teve o Braga, quarto classificado, quatro jogadores convocados?

Acho uma injustiça para o clube minhoto.

Recordar Balakov

Geny.jpg

Como muito bem recorda o jornal “A Bola”, «o golo muito madrugador de Geny Catamo, com apenas 45 segundos de jogo disputados no dérbi de Alvalade, não foi o mais rápido de sempre na história dos confrontos entre Sporting e Benfica.

Esse registo ainda pertence ao búlgaro Krassimir Balakov, que, a 17 de outubro de 1992, marcou logo aos 12 segundos do encontro com as águias.»

Outro record está igualmente por bater, o de Manuel Fernandes que detém o maior números de golos marcados num só jogo, neste dérbi eterno: 4.

Núcleo do Sporting do Mondego

Realizou-se no passado domingo (25 fev.) o almoço comemorativo do 25.º aniversário do Núcleo do Sporting do Mondego. Deixo a todos os seus associados, na pessoa do presidente da direção – Sr. Mário Reis -, os meus parabéns. Um agradecimento, igualmente especial, ao presidente da Junta da União de Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades - Sr. Jorge Veloso -, pelo apoio que sempre prestou a este Núcleo.

20240225_150812.jpg

Viva o Sporting!

Organização de eventos desportivos

Depois de termos assistido, na época 2021/2022, no Estádio do Dragão um "elemento de colete azul" ter agredido o jogador Matheus Reis, constatamos na última jornada, neste mesmo estádio, a um episódio caricato: o equipamento VAR foi ligado a uma tomada de corrente eléctrica... desligada. Fica a pergunta:

Terá o FCPorto capacidade para organizar eventos desportivos?

Estranheza...

... por ver ausentes na lista de convocados, para os próximos jogos da seeção nacional, os jogadores Pedro Gonçalves e Paulinho, o actual melhor marcador da Liga.

Apetece recordar Maria Teresa Horta: 

"(...)
quando a estranheza lúdica
dos anjos
são dos dilemas os próprios

vendavais"

 

Horta, Maria Teresa – Estranhezas. Lisboa: Dom Quixote, 2018. p. 260

Benfiquite

Todos sabemos que o jornal desportivo sofre de uma doença grave (não, não estou a falar dos subsídios de Natal que terão ficado em atraso) – esta já é bastante grave, mas falo de outra doença tão grave e mais visível a todos: a benfiquite.

Ao ler o título da notícia de que o hoquista leonino Chana «bicampeão do Mundo já tem memorial em Alcabideche» fiquei curioso e ‘cliquei’ para ver a notícia.

(…)

Fiquei estupefacto…

abola_chana.jpg

… alguém, de uma geração mais nova, que não conheça esta lenda do hóquei em patins mundial, ao ver a foto que ilustra a notícia fica com que ideia: Chana é o jogador que conduz a bola ou o que o observa?

 

Lamentável…

“Se fosse com o Benfica ou com o FC Porto,

queria ver se ele tinha força para fazer o que fez», atira, em referência à decisão do árbitro”, diz o presidente do clube que ontem foi nosso adversário, referindo-se ao golo (e que bonito golo) anulado à sua equipa.

 

Concordo com ele.

Se o nosso adversário de ontem fosse um destes dois clubes, qualquer árbitro português iria, naturalmente, prejudicar o Sporting e beneficiar uma dessa equipas.

Alguém duvida?

Eu não!

Mártires de Marrocos

P-M.jpg

Não, não me refiro aos jogadores que ontem defrontaram e foram eliminados por Marrocos.

Refiro-me a outros, àqueles que tiveram alguma importância no Portugal medieval e que a propósito do jogo de ontem me vieram à memória.

Na hagiologia portuguesa foi relevante o culto aos Mártires de Marrocos, nomeadamente na região de Coimbra e no Mosteiro de Santa Cruz (o local onde verdadeiramente se pode dizer a frase salazarenta que consta no Castelo de Guimarães: “Aqui nasceu Portugal” – mas isso é história de outros quinhendros).

 

Mas quem eram estes Mártires?

Eram frades franciscanos enviados por Francisco de Assis em 1219 para a conversão dos muçulmanos e que se chamavam Beraldo, Oto, Pedro, Adjuto, Acúrsio e Vidal. Reza a história que este último, por ter adoecido, não chegou a entrar na Península Ibérica, pelo que não terá ascendido ao panteão católico da santidade. Os restantes chegaram a Coimbra, então a capital do Reino (dizem os mais coimbrinhas que continua a ser capital de jure) onde foram recebidos pela rainha Urraca (esposa do rei Gordo ou Gafo: Afonso II). Daí avançaram para sul, passando por Alenquer (não, não foram visitar a “Sãozinha de Alenquer”, essa só apareceria muito mais tarde na catolicidade popular portuguesa), onde foram acolhidos pela piedosa Sancha, irmã do rei que, por palavras reais, basicamente lhes disse para terem juízo.

Prosseguiram e chegaram a Marrocos, onde foram acolhidos por Pedro, não era o Apóstolo, era um homónimo irmão do rei de Portugal, que aí se encontrava por estar “às avessas” com o seu real irmão. Este repetiu-lhes as palavras de sua irmã, porém os frades fizeram ouvidos de mercador (neste caso mercador de almas) e continuaram na missão a que se propunham e iniciaram as pregações. É bem de ver que sofreram alguns reveses, os quais o infante português ia, como podia, livrando. Mas eles continuavam na sua prosélita missão, até o chefe-maior lá sítio – miramolim de seu ofício – se aborreceu e os mandou prender, julgando-os demover da sua missão. Em vão...

Assim que foram soltos, como pessoas cientes da sua razão, teimosos dizem outros, pregaram em praça pública que, como se está a adivinhar, não foi uma atitude muito ajuizada. Foram maltratados e levados, novamente ao chefe-maior lá sítio – miramolim de seu ofício – que se sentiu enfurecido face ao "pelo na venta" das respostas que estes frades lhe iam dando. E assim, talvez para não os ouvir mais, achou que seria melhor que ficassem sem cabeça. Assim o fez.

Os seus corpos foram recolhido pelo tal irmão do rei português, que acompanhado por um crúzio (não, não é o bolo), João Roberto de seu nome, trouxeram os restos mortais de volta para Coimbra. Conta a história que o local de destino seria a Sé, porém um milagre aconteceu: a mula que os levava fincou pé à porta do Mosteiro e, como uma mula teimosa, daí não saiu enquanto as suas portas não se abriram. Por aí ficaram… Bem, algumas ossadas foram mudadas para outros sítios, coitados dos santos católicos que têm os seus ossos espalhados por vários sítios.

 

Porém, isto não é o fim da história… claro que o culto a estes mártires faz-se em toda a cristandade, porém, como disse no início, foi em Portugal e em particular na região de Coimbra que foi mais relevante, estando hoje, contudo, esquecidos.

Dizia que não é o fim da história, pois estiveram na origem de um outro fenómeno: o do português mais conhecido de sempre em todo o mundo. Não, não se trata de Cristiano Ronaldo. Há um português mais conhecido, se bem que os italianos o queiram nacionalizar (um pouco à semelhança dos espanhóis quando Cristiano Ronaldo jogava no Real Madrid).

 

O episódio da chegada dos restos mortais destes frades a Coimbra e o seu exemplo foi motivo de inspiração a um cónego que estava, por esta altura, no Mosteiro de Santa Cruz: Fernando de seu nome e Bulhões de apelido. Este cónego resolveu abandonar este mosteiro, o seu nome e seguir o exemplo destes frades. Abraçou a Ordem dos Frades Menores, recém-instalada nos arrabaldes de Coimbra e aí tomou o nome de António.

 

O resto da história, a história de Santo António penso que conhecem…

 

Leitura complementar

Texto de Nélson Correia Borges, publicado no Correio de Coimbra n.º 4769, de 09-Jan-2020 e republicado no blog À cerca de Coimbra em 14-Jan-2020

{ Blogue fundado em 2012. }

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