Nunca o treinador arruaceiro e batoteiro que apenas ganhou o que ganhou a coberto do sistema mafioso do FCPorto e andou na emboscada e no roubo da carteira ao nosso presidente seria opção para o Sporting Clube de Portugal.
Não interessa qual foi a sua juventude, quantos filhos empregou ou deixou de empregar, mas tudo aquilo que faz questão de representar enquanto treinador do FC Porto é mesmo aquilo que mete nojo e nada tem a ver com o Sporting Clube de Portugal.
Se anda a queixar-se dos Carmos ou dos Portugais que lhe dão a engolir, que se queixe também dos Pinheiros e dos Soares Dias que sem eles não era nada, nem falando daquele senhor baixinho que se senta ao lado dele no banco e apenas serve para ameaçar os árbitros sobre as consequências que vão ter se não embarcarem nas palhaçadas do Otávio e do Taremi.
Não anda satisfeito no Porto? Os super dragões assaltam o carro para bater no filho que ele lá meteu? Paciência.
Que vá para longe, para a Arábia ou para a Malásia, mas para o Sporting, NUNCA!!!
Segundo um artigo d´A Bola de 12/03/2023, com base nos dados acima fornecidos pelo Sporting, a corrente temporada demonstra a melhor média de bilhética por jogo (gamebox e ingressos) dos últimos anos, 41,3 mil bilhetes vendidos e que corresponde uma assistência de 29,7 mil adeptos.
No outro domingo, a uma hora imprópria para consumo, o Sporting recebeu o Boavista e foi anunciada a presença de cerca de 27,5 mil espectadores no estádio, na linha da média referida. Já o Sporting-Arsenal contou com 36 mil expectadores, bastante acima da média, como seria de supor.
Os números acima demonstram ainda que existe um diferencial variável que pode ultrapassar os 10 mil entre uma coisa e outra, que corresponde a sócios e adeptos com título adquirido que acabam por faltar seja qual for o motivo.
Do que ouvi num podcast a um responsável da anterior direcção, José Ribeiro, os números anunciados nessa altura eram de bilhética, sem controlo pela Liga ou por outra entidade, e a ideia era promover a ideia dum estádio cheio, um ambiente de festa em que quem não tivesse ido se sentisse na obrigação de ir, e facilitador de patrocínios e outros negócios corporativos. Mas a questão é que, e eu estava lá como estou agora, mesmo com as cadeiras "Taveira" entretanto mudadas, só um cego não via que os números anunciados muitas vezes não batiam certo com as presenças. Nesse podcast, ouvi também falar da possibilidade de reconversão da zona de adeptos visitantes para convidar núcleos a vir a Alvalade em excursões apoiadas pelo clube.
O primeiro factor de ocupação dum estádio será sempre o desempenho da equipa. Estivesse o Sporting à frente do campeonato e teríamos sempre o estádio (quase) cheio apesar de tudo o resto. Ainda hoje ouvi a história dum avô orgulhoso que vai levar as netas "inglesas" ao próximo jogo em Alvalade, exigência delas em visita a Lisboa pela repercussão que a vitória do Sporting teve com o Arsenal teve em Londres e no colégio delas. Portanto, se o estádio não está mais composto o primeiro responsável é Rúben Amorim.
Mas qualquer um que vá agora a Alvalade percebe a existência de duas zonas especiais de adeptos, delimitadas, com acessos próprios, que não se podem reconfigurar jogo a jogo. Uma para visitantes, outra para as claques do Sporting. Dado que as duas grandes claques se recusam a ir para lá, e os clubes pequenos não trazem adeptos em número significativo, uma parte substancial do estádio (cerca de 5 mil dos 50 mil disponíveis) está nesses jogos praticamente vazio, como esteve no Sporting-Boavista. Portanto nesse jogo as restantes bancadas estiveram a 60% da lotação. A mim, que estive lá, pareceu-me que foi mais ou menos isso.
Por outro lado, como as duas claques, depois dalguns confrontos entre elas, se foram albergar em duas bancadas opostas, e entreter-se a rebentar petardos, a acender tochas, a cantar insultos para os clubes adversários e para a Liga e a exibir tarjas ofensivas até para a polícia, o que além das sucessivas multas ao clube já deu origem a uma carga policial musculada, as portas afectas a essas bancadas obrigaram a processos de revista mais intensos e demorados (ainda hoje se fala no descalçar dos sapatos que muito ofendeu alguns). O que com certeza obrigou a alguns a mudar de sector do estádio para não estar misturado com aquela gente e desmotivou outros a ir, porque levar com uma tocha ou um bastão policial não agrada a ninguém. E andar a cheirar substâncias esquisitas, só a alguns.
Assim, de repente, temos uma boa parte da assistência de Alvalade comprometida directa ou indirectamente devida às claques. Pelo que os segundos responsáveis são elas próprias.
Depois, e só depois, temos o resto. Os horários dos jogos, o preço dos bilhetes, a falta duma plataforma de revenda, a acessibilidade ao estádio (neste momento uma verdadeira miséria dadas as obras do metro, da nova urbanização e dos desvarios ciclopédicos do Medina), a experiência de utilização dentro do estádio, o gosto ou desgosto que possa merecer o presidente, etc.
Portanto, para o estádio encher duas coisas são necessárias: a equipa a ganhar e o problema com as claques (que os dois rivais souberam não ter) ultrapassado.
Foi mesmo uma grande noite do Sporting em Londres, que deixou pelo caminho mais do que justamente o lider da Premier League. E se havia alguém que merecia isso, chama-se Rúben Amorim. O melhor treinador do Sporting desde há muitos, muitos, muitos anos.
Com Diomande a fazer excelentemente o papel de Coates, com um 3-4-3 muito bem equilibrado defensiva e ofensivamente, o Sporting foi superior ao Arsenal durante os 90 minutos. Recuperámos a desvantagem criada por um lance infeliz de Esgaio num lance genial de Pote (um daqueles que marcam a carreira dum jogador, quando for velhinho ainda vai ter toda a gente a lembrá-lo daquele golo que marcou em Londres contra o Arsenal), e apenas a noite muito infeliz de Edwards fez com que a eliminatória não ficasse resolvida. Depois veio o prolongamento, o cansaço começou a imperar, os que entraram não fizeram esquecer os titulares, e foi mesmo preciso um grande Adán para nos levar aos penáltis.
E nos penáltis foi o mesmo Adán que defendeu um enquanto St. Juste, Esgaio, Inácio, Arthur e Nuno Santos não falharam.
Hoje estiveram em campo St. Juste, Diomande, Trincão, Chermiti, Arthur e Tanlongo, todos novidades de Amorim para esta época. Foram eles, com os outros "mais antigos" na A, que construíram esta grande vitória. E se alguns foram muitas vezes menosprezados internamente, hoje todos temos de perceber que existe um scouting que selecciona, um Amorim que escolhe, e um presidente que "banca" as escolhas e não se arma em iluminado. Só assim existem decisões difíceis que se revelam fantásticas. Como fantástica foi a contratação do próprio Amorim.
Quando falo em aquisições fantásticas falo em St. Juste e Diomande. O holandês é um defesa assombroso, extremamente veloz e muito efectivo quando sobe no terreno, pena só ter podido chutar com o pé que tinha mais à mão. Diomande é um colosso no centro da defesa. De repente com esses dois, Inácio, Coates e Matheus Reis, ficámos com uma super-defesa. Quem diria pelo que foi o a primeira metade da temporada...
Dos outros destaco Esgaio, que depois dum lance infeliz que custou o golo contrário, soube reencontrar-se e fazer um resto de jogo em grande, penálti incluido; Ugarte, que mais uma vez foi um leão indomável em campo; e o genial Pote, mais uma vez fora da sua posição, numa missão de grande sacrifício e que mesmo assim marcou o golo da sua vida. Também Adán, que merecia uma noite assim.
Grande vitória de Rúben Amorim, que continua a pôr os olhos no chão e a não olhar para os penáltis. Onde estão hoje aqueles exigentes da treta que andaram a acenar os lenços em Alvalade?
E agora? Há festejar, depois treinar, pois há que ganhar ao Santa Clara e ao Gil Vicente, quando o campeonato recomeçar. E logo se vê o resto.
Foi um dos melhores dias de sempre na Academia de Alcochete. Na presença dos altos responsáveis pelo futebol do Sporting (Frederico Varandas, Hugo Viana e Tomaz Morais), de muitos jovens dos escalões de formação e do mestre Aurélio Pereira, do seleccionador nacional Roberto Martínez e adjuntos, os nossos sub19 demonstraram uma enorme superioridade face à equipa congénere do Liverpool e assim conquistaram o acesso à final four da Youth League.
O resultado final de 1-0 reflecte pouco o que passou em campo. Esta equipa, tal como a principal, marca muito pouco para as oportunidades que constrói. Rodrigo Ribeiro e Afonso Moreira destacaram-se no desperdício.
Se calhar com o Liverpool aconteceu o mesmo, porque cada vez mais se trata duma metodologia comum, mas do Sporting estiveram fora alguns dos melhores desta idade, como Travassos (lesão), Essugo, Mateus Fernandes, Fatawu e Chermiti. E se me perguntassem, pelo que vi hoje, qual o jogador do Liverpool que teria lugar na melhor equipa de sub19 do Sporting, ficava-me pelo capitão médio defensivo e por um defesa central.
Com o Sporting em 4-3-3 existiram três jogadores que se destacaram e todos no eixo central. Callai muito seguro na baliza embora falhando alguns lançamentos ao pé, Marco Cruz (melhor em campo), que parece um clone de Ugarte até fisicamente, assume todo o controlo do meio-campo e por ali passa pouco ou nada, e Rodrigo Ribeiro, cujas movimentações são semelhantes às de Chermiti e de Paulinho. O que, além das diferenças óbvias entre o 3-4-3 e o 4-3-3, faz supor que existe uma ideia clara do que se pretende em determinadas posições.
Os restantes também estiveram bem. Gonçalo Esteves anda a tentar reencontrar-se depois da desilusão que teve no Estoril. Gilberto Batista tenta que a concentração dure os 90 minutos. Muniz, muito certinho, teve um corte assombroso. Muito certinhos também David Monteiro e Marquêz (médio ofensivo), este com uma intervenção decisiva no golo. Samuel Justo é um intuitivo de momentos onde desequilibra. Os dois pontas, Afonso Moreira e Diogo Cabral, sempre acutilantes.
Em vez de andarem a coleccionar derrotas na equipa B e nos sub23, não podiam antes estar concentrados no título nacional de juniores desta época? Podiam, mas não seria a mesma coisa.
A esta hora em que posso escrever já muito se disse da partida de ontem em Alvalade, pelo que me vou resumir a comentar o desempenho dos actores mais relevantes no que se assistiu.
Mas antes vou dizer uma coisa que cada vez mais me parece relevante. Muitos dos que comentam e opinam não vão aos jogos e assim não conseguem perceber muito do que se passou em campo. Funcionam apenas pelo que a TV mostra e outros dizem relativamente ao assunto. Isso explica muita opinião descabida e muitos ódios de estimação que alguns têm com um ou outro jogador. Não indo não fazem nem ideia do que o jogador realmente vale, porque muito do que ele faz dentro do campo não passa na TV, sendo que quem lá vai e os segue muitas vezes se surpreende com os que eles afinal conseguem fazer ou não.
Mas vou então entrar no comentário do tal desempenho:
1. Treinador Rúben Amorim. Entre a teimosia e a determinação vai uma pequena distância, no fundo são os resultados que decidem. E o 3-4-3 de Amorim mais uma vez demonstrou a sua valia em termos de controlo do jogo, de criação de oportunidades sem as consentir ao adversário. Mas também o pivot ofensivo de referência mostrou que o ataque móvel não interessa ao Sporting: ataca mais e marca menos e defende muito pior. A conclusão que eu tiro é que entre as ilusões de uns e os maus desempenhos doutros o Sporting hipotecou muito do que tinha a ganhar esta época.
2. Equipa. Do onze inicial àquele que finalizou a partida notou-se uma grande cumplicidade e entreajuda dentro do campo, sem baratas tontas descomprometidas com o resultado que não percebem o que andam ali a fazer, ou em crise de identidade. E com os mais novos Israel, Diomande, Ugarte, Tanlongo e Chermiti a demonstrarem que aquilo afinal não é assim tão complicado para quem quiser lá chegar. E há outros no banco e na B com imenso potencial a aguardar oportunidade. E uma grande evolução de quase todos ao longo da época.
3. Jogadores. Nuno Santos é um caso à parte, entre o génio e o louco. Ontem marcou o golo da sua carreira, e sendo assim o que ficou por marcar em Arouca fica definitivamente esquecido. Diomande é um caso à parte e não digo mais nada, n´A Bola fala-se em substituir o (vou poupar os adjectivos) Pepe depois de naturalizado na Selecção Nacional. Esgaio é o tal pé frio que tem de ir a Fátima. Se aquela bola baixasse mais um nadinha, mais a assistência para o golo, competiria com o Nuno Santos para o melhor em campo. O adiantamento de Pedro Gonçalves, além de golos e assistências, possibilita um triângulo móvel no miolo com Morita e Ugarte que muito valoriza o modelo de jogo da equipa.
4. Árbitro. Não sei se recebe e quanto pelo coração pelo Benfica e pelos favores pelo Porto, ou outra coisa qualquer, mas a verdade é que já não falando doutras épocas e dos três penaltis de Coates sobre Taremi, João Pinheiro foi determinante no ano passado para a vitória do campeonato pelo Porto, ao convencer o árbitro Hugo Miguel (e ele levou quase 5 minutos a convencer-se) a assinalar penálti favoravel ao Braga em Alvalade a abrir a 2.ª parte, quando o Sporting vencia por 1-0, e a expulsar Coates no clássico do Dragão. Ontem a sua arbitragem foi mais uma vez um nojo, mostrando amarelos pelos gritos teatrais dos jogadores do Boavista e fazendo vista grossa a uma carga para penálti e expulsão mais que evidente sobre Trincão. Aqui estou completamente contra a política do nosso presidente e do diálogo construtivo com Fontelas Gomes, acho que é mesmo caso para um pedido de veto a João Pinheiro acompanhado dum relatório exaustivo das decisões erradas que nos custaram pontos e títulos. Não tem condições para apitar o Sporting, isso é evidente. Na Grécia e na Europa parece que só fez porcaria ultimamente. Que vá apitar os Benfica-Porto que há muitos, iniciados incluidos.
5. Claque, no caso Juveleo. Desculpem lá, mas com o Sporting em luta com Porto e Braga pelo segundo lugar, trocarem os cânticos pelo Sporting pelos cânticos contra o Benfica, e fecharem os olhos ao lance para penálti que ocorreu à vossa frente continuando nas cantorias e no espectáculo piroténico como se nada fosse (ao contrário do jogo com o Arsenal), só demonstram que andam a correr em pista própria, sem qualquer respeito pelos interesses do clube a que pertencem.
E assim, comparando com a primeira volta, vamos com mais 8 pontos, e é por aí que temos mesmo de ir. Ganhando todos os jogos até ao final o terceiro lugar é quase certo e o segundo se calhar também. E com isso o acesso directo à Champions do próximo ano.
O Sporting Clube de Portugal não vive apenas do futebol nem do desporto masculino. Os últimos dias proporcionaram vitórias importantes das nossas leoas que nos enchem de orgulho:
Atletismo - Auriol Diogno (ouro) e Patrícia Mamona (bronze) nos Europeus de pista coberta.
Râguebi Feminino - Campeã Nacional, 15-12 na final contra o Benfica.
Voleibol Feminino - Taça de Portugal, 3-2 contra a AJM FCPorto.
Não podia perder esta final da Taça de Portugal no pavilhão de Viana do Castelo até porque no ano passado estava na zona e desloquei-me lá para ver a equipa ser ingloriamente derrotada na meia final contra o V. Guimarães, a que se seguiram derrotas com o Leixões que nos puseram fora da final do campeonato.
Foi um jogo emocionante, com alterações constantes na liderança dos sets que tornavam o desfecho imprevisível. O Sporting ganhou na "negra" por 15-12 depois da sequência 1-0, 1-1, 1-2, 2-2.
Contra o adversário com mais orçamento de Portugal que conta com duas estrangeiras muito fortes tecnica e fisicamente, foi preciso muita raça e espírito de sacrifício para dar a volta a dificuldades que pareciam inultrapassáveis. Alguns reforços do ano habitualmente suplentes, Fernanda (México), Martinelli (Argentina ex-V.Guimarães) e Rafa (Brasil) excederam-se, ajudando as titulares Daniela Pereira (Espinho, 5ªEpoca), Vanessa Paquete (Espinho, 4º), Bárbara Gomes (Porto, 2ª), Figueiras (Porto, 1ª), Thais Bruzza (Brasil, 3ª), Aline Timm (Brasil, 3ª) e Jady Geroto (Brasil, 2º).
Esta grande vitória deve-se em primeiro lugar ao excelente trabalho do treinador Rui Pedro Costa que conseguiu construir uma equipa que é uma verdadeira família e que tem uma capacidade de luta incrível, brilhantemente liderada pela capitã Dani e com uma leoa indomável e incansável sempre em campo, que é a Bruzza. Isto numa modalidade cuja força está a norte, e onde é sempre complicado e caro recrutar as melhores jogadoras portuguesas daquela zona.
Esforço, dedicação, devoção e glória. Esta equipa é o exemplo disso.
Mas também da importância da estabilidade a todos os níveis. Da directiva protagonizada pelo Miguel Afonso, da técnica pelo Rui Pedro Costa, da do plantel e da sua capitã Daniela Loureiro, todos os projectos precisam de tempo para se desenvolverem e terem sucesso. A pressa e a exigência da treta são pragas a evitar a todo o custo.
PS: E em masculinos o Sporting perdeu 0-3 com o Benfica. Aqui tudo diferente, o treinador acabou de chegar, o capitão tem dois anos de casa e não tem a liderança em campo da Daniela, o plantel sem uma base portuguesa forte e uma equipa um pouco desligada na quadra que se afunda na dificuldade. Sem hipóteses contra o campeão das últimas épocas, bem estruturado, liderado e muito experiente, e vai ser muito difícil contra os açorianos na meia-final do Campeonato.
O Sporting empatou ontem com o lider destacado da Premier League num jogo digno da Champions, mesmo com uma arbitragem que não se mostrou ao nível das equipas em campo.
Sem Ugarte como tampão da defesa, o Sporting entrou bem e esteve muito competente a defender a sua baliza da posse de bola contrária e a lançar contra-ataques perigosos. Logo a abrir Pedro Gonçalves tem uma oportunidade clara de golo desperdiçada por visar o lado errado da baliza. Dum canto bem marcado por Fábio Vieira, com Adán obstruído com contacto e Matheus Reis agarrado, resulta o golo do Arsenal, o que o colocou mais confortável no jogo, mas o Sporting não se desorientou e empatou noutro canto.
Na segunda parte o Arsenal carregou no acelerador e o jogo partiu-se com oportunidades para ambas as equipas. Foi o Sporting o primeiro a marcar por Paulinho num belo lance colectivo e poucos minutos depois tivemos a sequência fatal para o Sporting: Paulinho falha isolado tentando o mais difícil, e logo a seguir Pedro Gonçalves sofre falta não assinalada e do remate inofensivo surge o desvio involuntário de Morita para golo.
Depois vêm uns minutos complicados que poderiam ter dado golo ao Arsenal, mas a equipa soube-se reencontrar-se com as substituições e o empate final acaba por ser justo face às oportunidades de um e doutro lado.
Vendo jogar o Sporting contra Man.City, Tottenham e Arsenal, para já com 1V, 3E, 1D nos jogos disputados, não é difícil antecipar que um dia destes Rúben Amorim esteja a treinar um grande inglês, com muitos princípios de jogo em comum e competência para explorar os pontos mais fracos dos adversários. Espero é que fique mais uns tempos, porque é o melhor treinador do Sporting desde há muitos, muitos anos.
Melhor em campo? O recuperado St.Juste, o que só prova que é preciso dar tempo aos jogadores que chegam ao Sporting. Chegar, ver e vencer é apenas para alguns especiais. Depois dele, Adán, Inácio e Pedro Gonçalves, este no melhor desempenho a médio que lhe vi fazer.
E agora? Ganhar em Londres, nem que seja nas grandes penalidades. Mesmo sem Coates e Morita.
As claques estiveram muitíssimo bem, o que não é de admirar, sempre a apoiar a equipa sem pirotecnia nem petardos. Os chefes querem ir passear a Londres também, e já se esqueceram das aldrabices proferidas sobre os incidentes na Dinamarca e do "Sporting Comunicados de Portugal". Mas a porcaria segue dentro de momentos, se calhar já na recepção ao Boavista.
Não existe um Sportinguista que não tenha um imenso gozo com as vitórias contra o rival do outro lado da 2.ª circular. Ontem tivemos direito a dose dupla no pavilhão João Rocha.
No voleibol feminino vencemos o Vilacondense e ficámos apurados para a Final Four da modalidade em vez do Benfica, que mesmo vencendo nos Açores com o Clube K ficou de fora. Vamos defrontar o sempre difícil Leixões que vencemos em casa mas que nos derrotou fora.
Como também no voleibol masculino ficámos apurados para a Final Four, indo defrontar nesse caso os açorianos do Fonte do Bastardo, somos o único clube que conseguiu o duplo apuramento.
No basquetebol, e apesar duma arbitragem a inclinar o campo para o outro lado, com um dos árbitros a esquecer a cor do equipamento que tinha vestido, conseguimos reverter um resultado desfavorável a poucos minutos do fim e vencemos por 86-82. Com esta vitória bem difícil num jogo tremendo de emoção seguimos no primeiro lugar na fase final do campeonato.
No caminho para o pavilhão encontrei o nosso pivot norueguês do andebol que também ia ver o dérbi do basquetebol, o Vag, um tipo muito simpático, inteligente e focado, à semelhança do guarda-redes argentino Leonel Maciel, que falou duma equipa de jovens de imenso talento na luta pelo título nacional e pela vitória nas outras competições. O scouting do andebol está mesmo a acertar: é com estrangeiros deste calibre a complementar os miúdos portugueses que podemos aspirar a grandes feitos. Dizem que para o ano vamos ter de volta o Portela e o Frade, vamos ver se se confirma.
Foi um Sporting muito competente que no batatal de Portimão, frente a uma equipa que defendia de forma bem compacta e com onze, conseguiu uma vitória que só o dia negro de Pedro Gonçalves no que respeita ao golo complicou.
No primeiro tempo o Sporting controlou, temporizou, e... desperdiçou. O Portimonense não teve qualquer oportunidade. Uma defesa muito certinha com Diomande a demonstrar que ali (como no Fatawu) há ouro, Ugarte e Morita a fazerem uma bela dupla, e lá na frente três máquinas de desperdício, independentemente do esforço que tiveram. Adán na primeira parte foi espectador. Foram cinco ou seis oportunidades desperdiçadas só à conta do Pote, incluindo um penálti. Valeu apenas a assistência para o golo de Paulinho.
No segundo tempo o Sporting deixou a temporização e foi para cima do Portimonense depressa e em força. As ocasiões de golo foram-se sucedendo e desperdiçando. A entrada de Paulinho para o lado de Chermiti desestabilizou a defesa contrária e dum lance de ressace o Pote encontrou Paulinho livre para desviar o centro e marcar.
O Portimonense enfim meteu toda a carne do assador e tentou marcar, mas foi mais intenção que outra coisa.
Melhor em campo? Diomande, um craque, imperial a defender, não falha um passe, lança em profundidade com classe.
E agora? Continuamos com cinco pontos a mais nesta segunda volta relativamente à primeira, considerando apenas os mesmos adversários. Tivemos mais uma vitória sem sofrer golos, estamos a fazer o que compete, esperamos que os rivais falhem nos seus propósitos,
Mais um dia muito triste para os verdes por fora e azuis por dentro que por aqui passam como as moscas no piquenique..
O Sporting hoje goleou o Ajax com um onze em que muitos andam na Liga 3 a ver o que custa o futebol profissional, a aprender com erros que custam golos e causam derrotas. Alguns têm uns fogachos na A para perceberem o que há pela frente, todos garantidos do ponto de vista contratual. O futuro é deles. Do Fatawu é de certeza. Dum lado ou doutro do campo está encontrado o novo Nuno Mendes.
O Porto lá lutou em Liverpool. Conseguiu levar aquilo a penáltis, depois parece que quando bastava marcar para ganhar, o puto parece que exagerou na dose de exigência e atitude e não acertou na baliza. Acontece. Acabaram os penáltis e veio o prolongamento, batalha campal, dois expulsos do lado do Porto e... apenas um do lado do Liverpool. E aí é que me indignei... Só um??? Perderam nas expulsões também? E os 3M€ serviram para quê? Quando é que a academia do Porto é inaugurada afinal?
E pronto, Sporting-Liverpool em Alcochete a não perder. Eu vou lá estar.
Depois do comparativo com os rivais com base nos resultados dos últimos encontros no futebol e nas modalidades, trago aqui os resultados financeiros comunicados à CMVM referentes ao primeiro semestre:
Sporting +47,5M€
Porto -9 M€
Benfica -13,3M€
Estes números valem o que valem. São os desempenhos desportivos que permitem sustentar os lucros das SADs, mas os do Sporting reflectem duas coisas:
1. O trabalho brilhante de Rúben Amorim na valorização de activos. Foram as vendas de Palhinha e Matheus Nunes para a Premier League que permitiram estes números.
2. A prioridade dada por Frederico Varandas neste primeiro ano do segundo mandato à reestruturação financeira relativamente ao reforço da equipa. Sem dúvida um grande risco, com reflexos evidentes no desempenho da equipa e no bom ambiente em Alvalade.
Foi duma forma competente e eficaz que o Sporting derrotou o Estoril, poucos dias depois da Dinamarca e de Chaves, e beneficiando das derrotas de Porto e Braga se aproxima dos lugares de acesso à Champions.
Competente e eficaz porque conseguiu colocar sempre o Estoril junto à sua área, num desgaste permanente de basculações defensivas que tornava difícil partir para o contra-ataque em boas condições, e calmamente foi criando oportunidades de marcar, embora falhando no último passe ou remate.
A chave para a vitória foi a ala direita, com St. Juste, Bellerín e Edwards a combinar bem e a criar movimentos inesperados para o adversário. Dum deles surgiu o golo de Bellerín em posição central.
Depois dum princípio de jogo a claudicar, Trincao abriu o livro e marcou um golo à Messi.
E com esse golo o jogo ficou resolvido. Vieram as substituições, veio a anarquia táctica e o desperdício.
Foi a terceira vitória consecutiva com poucos dias de intervalo e viagens pelo meio, grande rotação de jogadores, muitos golos marcados e poucos sofridos. A ideia que fica é dum plantel mais forte e equilibrado, o que deixa boas perspectivas para o resto da época.
Melhor em campo? Trincão pelo grande golo e segunda parte.
E agora? Ir ganhar a Portimão, conto lá estar. Depois logo se vê.
Não houve ópera em Herning, nem era isso que se pretendia. Importava era ganhar para o Sporting estar presente no sorteio de amanhã e focar-se no próximo jogo da 1.ª Liga, já na segunda-feira. Ganhámos tranquilamente por 4-0, Mateus Fernandes e Tanlongo tiveram mais uma oportunidade de mostrar serviço, pena apenas a quezília em que se envolveu Ugarte e que lhe custou o amarelo.
O Sporting foi mais competente do que os dinamarqueses do Midtjylland em todos os capítulos do jogo, desde logo nos pontapés de canto de onde surgiu o primeiro golo, depois da expulsão do jogador contrário mais competente ficou e se sofreu alguma coisa foi pelo desempenho muito fraco de Morita primeiro e de Mateus depois no meio.campo, na tal posição 8 que continua sem dono.
Pedro Gonçalves voltou ao seu lugar e a deslumbrar. Marcou dois golos e dois outros remates com selo de golo esbarraram nos defensores e guarda-redes contrário. De longe o melhor em campo.
Depois dele, Adán e os três defesas estiveram muito bem, excepto numa falha de Coates que Esgaio conseguiu neutralizar, com um St.Juste que demonstrou bem a qualidade que determinou a sua aquisição, oxalá os problemas físicos tenham passado de vez.
Mais uma óptima arbitragem. Que diferença de postura e de entendimento dos lances relativamente aos medíocres árbitros APAF que temos cá por casa. Vai ter nota negativa pelos medíocres ex-árbitros APAF especialistas de arbitragem nos jornais de amanhã.
Outra grande vitória de Rúben Amorim e da rotação de jogadores que está a fazer nesta fase da temporada, dando oportunidades a muitos que as podem aproveitar e passar para outros patamares de rendimento. Diomande, St.Juste, Bellerín, Fatawu, Arthur e Chermiti estão de facto a acrescentar valor ao plantel, sendo alternativas válidas a jogadores que melhor ou pior foram protagonistas na primeira parte da época.
PS: O sorteio dos oitavos de final da Liga Europa está marcado para amanhã as 11h00, na sede da UEFA, em Nyon, na Suíça. Os jogos serão disputados a 9 e 16 de Março. O Sporting irá defrontar uma das seguintes equipas:
Arsenal (ING)
Real Betis (ESP)
Real Sociedad(ESP)
Fenerbahçe (TUR)
Ferencváros (HUN)
Friburgo (ALE)
Feyenoord (HOL)
Union Saint-Gilloise (BEL)
Por mim preferia a Real Sociedad para vingar a derrota doutros tempos.
Há cerca de um mês falava aqui dos confrontos com os rivais nas diferentes modalidades e das diferenças de orçamentos, importa agora actualizar os números apresentados.
Os resultados mais recentes das nossas equipas com os rivais são os seguintes:
Futebol Masculino: Sporting 1 - Porto 2
Sub23: Benfica 3 - Sporting 2
Sub19: Benfica 1 - Sporting 2
Sub17: Sporting 4 - Porto 2
Sub15: Ainda não se realizaram na Fase Final
Futebol Feminino: Sporting 2 - Benfica 4
Basquetebol: Sporting 97 - Porto 84
Futsal: Sporting 6 - Benfica 4
Hóquei: Sporting 5 - Benfica 1
Andebol: Benfica 27 - Sporting 27
Voleibol: Sporting 2 - Benfica 3
Voleibol Feminino: Benfica 0 - Sporting 3 (19/02)
Então, nos últimos 11 dérbis/clássicos das modalidades/escalões mais importantes o Sporting ganhou 6.
Isto com o apoio das bancadas por parte de sócios e adeptos a deixar muito a desejar pelos motivos que conhecemos.
O onze com que o Sporting entrou em campo parecia uma resposta de Rúben Amorim e da equipa ao comentário de Abel Xavier uns dias antes na TV, onde dizia: "Os jogadores de peso do Sporting não têm correspondido." E assim entraram hoje em campo Adán, Coates, Nuno Santos, Trincão e Paulinho, que esta época têm deixado a desejar em termos dos deslizes que cometem em campo e da influência ou liderança que demonstram no seio da equipa.
Por outro lado, mais uma vez, Amorim teimou em Pedro Gonçalves a 8, e se ainda o tivemos a médio nos início da partida, com um amarelo escusado por uma entrada por detrás já depois de termos ficado em vantagem no marcador, ficámos sem ele, passámos a jogar quase em 3-3-4. Com isso o Chaves subiu no terreno, conseguiu lances perigosos e marcou um golo consentido por Adán, depois duma enorme defesa do nosso guarda-redes num lance em que Coates foi facilmente batido.
Já tinha falado dos deslizes de Adán e Coates nesta época?
A segunda parte foi toda nossa. O Chaves encostou atrás e Pedro Gonçalves pôde fazer o que faz melhor, marcou o segundo golo e sofreu um penálti. Que devia ter convertido, porque o que fez em Alvalade devia ter repetido em Chaves. Teria sido talvez um "hat trick" que o valorizava e valorizava o Sporting. Obviamente nada contra Chermiti, como nada haveria contra Esgaio se tivesse falhado em Alvalade, mas são coisas que não fazem nenhum sentido em alta competição profissional.
O jogo não acabou sem que o Chaves tivesse chegado ao 3-2 num brinde do Nuno Santos, que ainda estava a comemorar o golo marcado.
Paulinho merece um parágrafo só para ele. Cavou o primeiro penálti, claríssimo para os critérios utilizados no futebol português, acertou na barra a 3 metros da baliza num centro de Nuno Santos, viu dois golos anulados por foras de jogo estúpidos, onde teve mais que tempo para procurar o alinhamento correcto, e assistiu para o terceiro golo num lance que esteve quase a invalidar pelos mesmos motivos.
Se fosse a Amorim, trocava o treino do campo por um quadro e um giz, e obrigava-o a escrever 1000 vezes qualquer coisa como: "Quando estou à frente do último defesa e me passam a bola anulam-me a jogada por fora de jogo." Assim, para mim de potencial melhor jogador em campo, passou para potencial maior... em campo.
Melhor jogador, apesar do que não fez no meio-campo, foi isso sim o rapaz ali de perto, o Pedro Gonçalves. Que não tem culpa que o coloquem ali, e que não devia ter prescindido de bater o penálti.
Diomande esteve muito bem mesmo, e a jogar assim o lado direito da defesa entre ele e St.Juste está assegurado, o que permite que Gonçalo Inácio volte à sua posição natural, e consequentemente que Matheus Reis seja um sério candidato a ala esquerdo. Uma bela aquisição que vem resolver muita coisa no plantel.
O árbitro esteve muito bem, deixou jogar e apitou o que viu e o VAR respeitou como devia a opinião dele.
E assim o Sporting ganhou em Chaves, com a equipa com quem perdemos em Alvalade na 1.ª volta, num estádio que não deixa boas recordações. Foi lá, no balneário, na ausência do treinador castigado Jorge Jesus, que o ex-presidente começou a cavar o seu triste fim em 17/1/2017 em guerra aberta com os capitães Rui Patrício e William Carvalho, logo depois de termos sido eliminados da Taça e dias depois de termos consentido o empate nos ultimos minutos para a Liga. Foi lá também que empatámos por 2-2, em Janeiro de 1999, o jogo da "grande azia" do Jorge Coroado. Quem quiser ir ao passado e fazer as contas vai descobrir que é um dos estádios deste país mais ingratos para o Sporting.
Assim também o Sporting consegue nesta segunda volta mais 5 pontos do que na primeira com os mesmos adversários. É por aqui que temos de prosseguir se queremos chegar aos lugares que conduzem à Champions. Na prática, vencer os jogos que faltam.
E agora? Agora é ir na quinta-feira ganhar à Dinamarca, com toda a confiança em Rúben Amorim.
Apesar da análise do Abel Xavier, apesar de continuarmos a ter uma falha grave no plantel que salta à vista de todos.
PS: Quantas vezes é que desta vez passaram a bola ao Adán?
Há duas épocas, o Sporting foi campeão nacional com Frederico Varandas como presidente e Rúben Amorim como treinador. A equipa jogava em 3-4-3, o guarda-redes defendia tudo, no ataque havia um tal "pote de ouro" que em cada duas oportunidades marcava três, as bancadas estavam vazias e o presidente estava calado.
Nesta época, com o mesmo treinador e o mesmo sistema táctico, o guarda-redes oferece golos, os avançados falham de baliza aberta, o tal Pote agora é médio, nas bancadas meio vazias há uma claque que muda de cântico quando o adversário mete um golo convertendo-se em mais um factor de pressão para a equipa e o presidente fala quando não deve.
Assim é mesmo complicado ganhar seja o que for esta temporada, independentemente das responsabilidades de cada um na questão e do que vou dizer a seguir em termos de sistema de jogo.
No sistema de Amorim a posição "8" é fundamental. É o elemento que joga de área a área ("box-to-box"), que ajuda o "6" a defender, transporta jogo pela faixa central, abre nos alas e remata à baliza. E joga sempre durante toda a época, alérgico a lesões e constipações. Será então o motor da máquina. Nesse ano de sucesso o "8" era o João Mário, hoje a fazer uma enorme época no rival, no ano passado foi Matheus Nunes vendido por muitos milhões para a Premier League, este ano é... ninguém. Bragança partiu, Morita nem 90 minutos aguenta quanto mais uma época, Sotiris não é Ugarte, o Mateus Fernandes é um erro de casting. Sobra... o melhor avançado do plantel.
E com Pedro Gonçalves a tentar ser o que não é, ficamos com Edwards, Arthur, Trincão e Rochinha como hipóteses para avançados interiores a acompanhar o ponta de lança. Todos mais ou menos a mesma coisa, baixinhos, levezinhos, a querer receber a bola no pé, incapazes de desmarcações na profundidade, sem qualquer jogo de cabeça, de difícil relação com o golo, todos eles a condenar o tal ponta de lança, Paulinho ou Chermiti, a ser um pinheiro lá na frente.
Com os interiores a baixar para receber a bola com adversários em cima, fica a equipa condenada a rodar a bola pelos alas, que quase sempre centram para ninguém. Pelo menos Nuno Santos, já que Esgaio desistiu dessa tarefa.
Resumindo, com todos estes equívocos o futebol do Sporting transformou-se numa coisa pastosa e repetitiva logo a começar no guarda-redes, propiciando o erro em zonas perigosas e sem saber meter velocidade no momento certo mais à frente nem solicitar um avançado em desmarcação em profundidade.
E pronto. O jogo acabou com 1-1, menos mal. Quem não viu, não perdeu grande coisa. Eu vi na bancada e revi já em casa antes de escrever estas linhas.
Melhores em campo? Os uruguaios, os únicos que honraram o lema do clube. Tudo o resto uma vergonha, pelo que se passou e pelo que nos trouxe aqui, incluindo presidente, treinador, jogadores e a tal claque. Disse Ugarte no final do jogo: "Obviamente que podíamos fazer muito mais, não tivemos muitas ocasiões, mas sim domínio. O mais importante é marcar e criar. Mas faltam 90 minutos. Conseguimos dar muito mais e vamos dar muito mais. Falta um bocado mais de fome, temos de acreditar mais no nosso potencial. Depois do golo ficámos nervosos... É isso, é preciso ter mais fome."
É mesmo isso. É preciso fome... de golos, de vitórias, de títulos. Isso tem de vir de todos, do presidente, do treinador, dos jogadores, dos sócios e das claques. Quando se ganha todos querem ir ao Marquês, mas muito poucos estão dispostos a sofrer todo o necessário para lá chegar.
Fora isso, excelente arbitragem, realmente vendo este desempenho do jovem árbitro francês percebe-se a mediocridade dos "melhores" portugueses e dos "experts" ex-árbitros comentadores de arbitragem, cobardes e comprometidos com o sistema corrupto vigente. Foi uma arbitragem que defendeu o futebol e a verdade desportiva.
Acredito que Rúben Amorim vá dormir muito mal esta noite.
Pelo resultado do jogo, por mais uma derrota com Pedro Gonçalves no meio-campo (um dia destes faço a estatística), pela falta de sorte em momentos decisivos, pelo desempenho medíocre na segunda parte, mas talvez essencialmente porque alguns a quem ele tem dado tudo lhe viraram as costas. E aos Sportinguistas, pelo menos àqueles que sempre os protegeram, também.
Hoje cheguei ao meu lugar no estádio com a equipa a entrar em campo para o aquecimento, sem Paulinho nem Morita, com Fatawu e Chermiti. Achei estranho, depois olhei para os suplentes e disse cá para comigo que se o onze era bem estranho, pelo menos tínhamos o melhor banco de sempre da era Amorim.
Mesmo com a substituição dum Trincão ausente em parte incerta aos 30 minutos, chegámos ao intervalo com quatro oportunidades de golo contra duas do Porto, todas bem trabalhadas a pedir melhor sorte.
Veio a segunda parte, Esgaio e Nuno Santos juntaram-se a Paulinho e a equipa afundou-se irremediavelmente. Claro que os golos adversários resultaram de assistências involuntárias de jogadores nossos, tivemos um golo anulado por poucos centímetros, mas a verdade é que o nosso futebol dessa parte foi mesmo deprimente. Ainda entraram Diomande e Arthur, e depois de muito passe falhado na ala direita entre Edwards e esses dois lá surgiu um centro bem feito e o golo do Chermiti.
Melhor em campo? Ugarte, apesar da assistência involuntária para o primeiro golo do adversário. Dá tudo dentro do campo e desta vez sem qualquer motivo para um amarelo limitador. Depois dele Chermiti, Fatawu (que na B joga como extremo do lado contrário, ou o rapaz é mesmo um génio, ou alguém está a ser outra coisa), Bellerín, Inácio e Matheus Reis. Diomande tem mesmo boa pinta, vamos ver como evolui.
Coates não está bem, melhor do que ninguem ele saberá o que se passa. Se calhar precisava de parar para se recuperar fisicamente.
E agora? Agora seguimos no 4.º lugar da Liga, com muitos pontos para recuperar para o terceiro. Na quinta-feira temos a eliminatória da Liga Europa. Mas também temos a equipa B a disputar a Liga 3, se calhar faria sentido repensar os plantéis, porque para jogar assim é preferível apostar definitivamente nos putos. Até temos lá um médio bem melhor que um Pedro Gonçalves fora da sua zona de excelência, assim se aposte nele como se apostou e bem em Chermiti.
E Soares Dias? Muito bem, o Pepe ia partindo o pé a Chermiti mas faz parte, a palhaçada das lesões também. O Sporting fez por perder, não teve de se aplicar.
Para todos os feministas que frequentam este blogue, os de anteontem e os de sempre, preocupados com a igualdade de género no Sporting, pois ficam a saber que o Sporting ganhou mais uma vez ao Porto em voleibol feminino.
Com um grande treinador, Rui Costa, e verdadeiras leoas em campo, como a Daniela e a Bruzza, temos equipa para disputar o titulo.
O inegável sucesso de Pinto da Costa como presidente do FC Porto, o maior clube da cidade do Porto mas sem verdadeira implantação nacional, deve-se antes do mais à sua extrema habilidade de gerir os relacionamentos com os dois rivais de Lisboa, com chocolates para uns e facadas para outros conforme o momento e as conveniências.
João Rocha foi um presidente que nunca pactuou com tal personagem e isto custou-lhe uma guerra desgastante do futebol da qual o Sporting muito saiu a perder, mesmo quando apostou em António Oliveira e na Olivedesportos. Pinto da Costa conseguiu desviar jogadores como Alhinho, Dinis, Futre, Inácio e Eurico e só não desviou Manuel Fernandes e outros porque souberam dizer não. Jogadores fundamentais para os êxitos que teve depois. Com o abandono de João Rocha, Pinto da Costa teve via aberta para a conquista dos poderes do futebol e consequemente para o triunfo do sistema mafioso que montou, bem documentado no livro "Golpe de Estádio", e denunciado anos mais tarde por outro presidente nosso que não pactuou, Dias da Cunha.
Cerca de década e meia depois, com campeonatos e títulos perdidos por roubos arbitrais no entretanto, Bruno de Carvalho foi um presidente que depois de insultado nas bancadas do pavilhão pelo seu vice-presidente teve palavras bem duras para com Pinto da Costa, mas terminou de braço dado com ele, descobriu ali um grande amigo.
Já Frederico Varandas teve as palavras que conhecemos, depois de o Sporting ter sido roubado por João Pinheiro no relvado do Dragão e antes dele mesmo ter sido roubado nas garagens do estádio.
Pinto da Costa está a terminar os seus dias como presidente do FC Porto, mas o sistema mafioso que montou com Reinaldo Teles continua bem oleado e extremamente eficaz. Esse sistema tem como base o controlo absoluto da arbitragem, premiando uns e castigando outros, nas classificações, nas promoções e na sua vida privada.
Amanhã vamos defrontar o FC Porto em Alvalade num jogo que tem como árbitro o expoente máximo desse controlo, o árbitro mais azul de todos, visitado em tempos pelos SuperDragões, e com uma pastelaria para proteger dos mesmos.
Esse sistema bem denunciado por outro presidente nosso que não pactuou, Dias da Cunha, só terá fim quando Sporting e Benfica se unirem na luta para o derrubar, em vez de fazer o que fez Luís Filipe Vieira, ou seja, tentar montar um sistema mafioso doutra cor ao mesmo tempo que distraía o Sporting com pactos sobre o futebol.
Pelos vistos a eliminação na Taça às mãos dum árbitro de Lisboa (!) terá posto a nação benfiquista em estado de choque, incrédula como o seu "principezinho perfeito" Rui Costa foi comido de cebolada pelos APAFs azuis. Como os pontos que tem de vantagem na Liga podem não chegar para ser campeões este ano, sucedem-se as intervenções inflamadas, como estas que aqui trago:
Enquanto aguardamos pelo clássico de Domingo no futebol masculino podemos dar uma vista de olhos nas classificações dos 3 grandes nos campeonatos das principais modalidades.
Como sabem, o FCPorto apenas compete em algumas e mesmo assim num caso através duma parceria do tipo da W52, aquela do doping.
Então temos:
Futebol Feminino: 1º Benfica, 3º Sporting, N/T FCPorto
Futsal: 1º Sporting, 3º Benfica, N/T FCPorto
Andebol: 1º Sporting, 2º FCPorto, 3º Benfica
Basquetebol: 1º Benfica, 2º Sporting, 3º FCPorto
Hóquei em Patins: 1º Benfica, 2º Sporting, 3º FCPorto
Se atribuirmos 3, 2, 1, 0 pontos conforme o melhor, o 2º melhor, o 3º melhor, e o que não tem a modalidade, chegamos ao seguinte ranking:
1º Sporting e Benfica - 16
3º FCPorto - 7
Obviamente que os campeonatos ainda estão a decorrer, não estão aqui os resultados das competições europeias e das taças, mas os números não mentem.
Por muito que custe a engolir a alguns que falam em desinvestimento e desinteresse da Direcção mas que quotas deixaram de pagar e frequentar os pavilhões nem pensar, continuamos numa luta taco a taco nas principais modalidades com um rival que gasta bem mais do que nós.
SL
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