Tudo menos o Sporting Clube de Portugal. Esse continuará com outros presidentes a gerir, outros craques no estádio e no pavilhão e... outros espaços de opinião nas redes sociais.
Francamente já não me recordo, teria de ir à procura e não vale a pena, em que data aceitei com meses de atraso o amável convite do Pedro Correia para passar de comentador assíduo a autor do EANF.
Julgo que terão sido mais ou menos sete anos em que procurei intervalar o futebol com outros temas que me são caros como o rumo do clube, a equipa B e a formação, a equipa feminina, o andebol e as outras principais modalidades de pavilhão. Com o conhecimento que vem das bancadas de Alvalade, de muitos estádios do país e fora dele, do estádio Aurélio Pereira, do pavilhão João Rocha e doutros pelo país fora. A última vez foi no domingo para assistir à "morte na praia" da nossa equipa de futsal, por acaso sentado perto daquele candidato e ex-atleta e excelente pessoa que perdeu por muito pouco as eleições de 2018 para aquele que sempre apoiei.
Acreditem ou não, várias vezes abri o meu jornal desportivo de sempre, A Bola, para ler artigos sobre assuntos do futebol do Sporting que tinha abordado aqui no blogue uns dias antes. O que demonstra o interesse que o blogue merece nos profissionais da comunicação desportiva especializados no Sporting.
Passámos por tempos bem difíceis nestes sete anos. A minoria ruidosa e violenta derrotada no pavilhão Atlântico não deu tréguas, conseguiu transformar estádio e pavilhão João Rocha em palcos de ataque ao presidente que culminaram na manifestação às portas de Alvalade mesmo antes do primeiro jogo de Rúben Amorim ao comando do Sporting.
Logo veio o Covid e, no que respeita ao Sporting, foi a chuva que ajudou a apagar o incêndio. Com a equipa a ganhar tudo foi diferente quando regressámos ao estádio, a guerra de guerrilha continuou nas AGs mas a força já não era a mesma. E neste domingo quase passou despercebida a AG em que a Direcção obteve 90% dos votos nos documentos em apreciação.
E durante todo esse percurso, o Pedro Correia conseguiu manter um blogue diverso e plural, com Sportinguistas com pontos de vista diferentes sobre quase tudo dentro do clube e fora dele, sem invasões nem condicionamentos de opinião. Infelizmente as reuniões periódicas no Império à volta do bife deixaram de acontecer e com isso, perdeu-se um pouco a relação com os colegas. Se calhar outras oportunidades existirão para o efeito.
Concluindo esta prosa que já vai longa.
O Sporting Clube de Portugal está melhor do que nunca esteve nos últimos muitos anos.
O que, de alguma forma, esvazia os blogues e os espaços de debate, há pouca matéria que suscite controvérsia e paixão para escrever ou comentar.
Por outro lado, sem solução à vista para o roubo de identidade e o "trollismo" profissional, e não é difícil perceber quem está por detrás disso, os comentadores assíduos foram-se afastando e o debate ficando cada vez mais pobre.
Sendo assim, aceito e entendo perfeitamente as razões do Pedro Correia para pôr ponto final no blogue neste momento. Até porque também eu deveria tomar a mesma decisão por estes dias, depois da reflexão que fiz no período de afastamento decorrente duma viagem há um par de meses.
Mais uma vez obrigado ao Pedro Correia pelo convite e pela supervisão efectiva do blogue, obrigado a todos os colegas por me terem bem acolhido, obrigado a todos os leitores e comentadores dos meus posts. E até já, numa bancada qualquer onde uma equipa do Sporting vá jogar.
Saudações Leoninas,
Viva o Sporting Clube de Portugal !!!
PS: Através do email luis.eanf.lisboa@outlook.com continuarei disponível para conversar sobre temas do Sporting com os autores/comentadores/leitores que o queiram fazer, na garantia que manterei o sigilo sobre os respectivos emails.
Situações a resolver de jogadores que estiveram emprestados:
Sotiris Alexandropoulos (23)
Rafel Pontelo (22)
Vendendo dois dos quatro jogadores mais importantes do plantel, Gyökeres e Diomande, mais Essugo e Quenda, o Sporting encaixa cerca de 200M€, o que é realmente qualquer coisa nunca vista e pode servir para tornar o clube ainda mais competitivo a nível nacional e internacional.
Fala-se também na passagem do 3-4-3 para o 4-2-3-1 fazendo de Pedro Gonçalves o nº 10. Se for assim, Morita e Bragança serão os presumíveis suplentes. Vamos ver se são essas as ideias de Rui Borges, e que reforços irá ter para as operacionalizar.
Já são conhecidas as classificações finais de seis das oito modalidades. Somos campeões nacionais em três: futebol (bicampeões), voleibol e andebol (bicampeões).
Nas duas restantes estamos a liderar o playoff do futsal por 2-1 e ficámos fora no hóquei em patins por penaltis no jogo decisivo da meia-final.
Pelo que, atribuindo os seguintes pontos (5=1º Lugar, 3=2º Lugar, 2=3º Lugar, 1=4º Lugar ou pior, 0=Não participam), temos para já o seguinte:
13 Abr 2025
Sporting
Benfica
FcPorto
Sp.Braga
Futebol
5
3
2
1
Futebol Fem
3
5
0
2
Andebol
5
2
3
0
Hóquei em Patins
2
2
5
0
Futsal
5
3
0
2
Basquetebol
2
5
3
0
Voleibol
5
3
0
0
Voleibol Fem
1
5
2
3
Total
28
28
15
8
No que respeita ao Sporting, estes resultados comprovam que a qualidade e a estabilidade das lideranças são essenciais.
E que existem ciclos e fins de ciclo. É o caso do hóquei em patins onde a metade mais velha do plantel está de saída e de entrada estão internacionais 10 anos mais novos.
Difícil mesmo é ganhar em fim de ciclo, quando os mais velhos saiem e os mais novos tem que aguentar o barco, mas é isso mesmo que o Nuno Dias está mais perto de conseguir.
Se depender de mim estarei no jogo decisivo do playoff em Alvalade, mas se festejarmos na Luz não vou ficar chateado.
Se considerarmos os campeões nacionais nas últimas 8 décadas, verificamos que depois duma liderança do Sporting nos anos 40 e 50 tivemos a do Benfica nos anos 60, 70 e 80 e a do Porto nos anos 90 e 00.
Anos
Sporting
Benfica
Porto
Outros
1940
5
3
1
1
1950
5
3
2
0
1960
2
8
0
0
1970
2
6
2
0
1980
2
5
3
0
1990
0
2
8
0
2000
2
1
6
1
2010
0
6
4
0
2020
3
1
2
0
Depois voltou o Benfica nos anos 10 deste século e agora o Sporting lidera nos anos 20.
Como não era nascido nos anos 40 e 50 (pelo menos o campeonato de 1959 já tinha terminado quando eu nasci), só mesmo nesta década consegui assistir à liderança do Sporting. Foram muitos anos de ver os outros ganhar, e todos os meios valiam para tal fim, os lícitos e os outros.
Foram muitos anos de escuridão, com alguns clarões pelo meio. E alguns anos de verdadeira tempestade, em que nos perguntávamos com tanto sofrimento se merecia a pena ser Sportinguista.
Hoje em qualquer lado do mundo, quando envergamos o emblema do Sporting, há sempre alguém que nos conforta e dá a mão.
Se calhar seria este o momento de começar a traduzir este cântico de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, que estreou no musical Carousel, e que tem tudo a ver com aquilo que passámos nos últimos muitos anos:
"When you walk through a storm Hold your head up high And don't be afraid of the dark At the end of the storm There's a golden sky And the sweet silver song of a lark
Walk on Through the wind Walk on Through the rain Though your dreams be tossed and blown
Walk on Walk on With hope In your heart And you'll never walk alone You'll never walk alone
Walk on Walk on With hope In your heart And you'll never walk alone You'll never walk alone"
Dizem que Kokcu, na derrota com o Miami, disse a Bruno Lage a velha expressão "fuck you". Podia ter dito "puta que te pariu", ou outra qualquer coisa menos abonatória, mas o rapaz é turco.
Do que me recordo no Jamor, Kokcu marcou-nos um grande golo, mas Lage logo o substituiu para pôr o protegido Sanches que acabou por fazer o penálti que nos deu a Taça.
Depois o Principezinho tentou fazer uma cortina de fumo com um lance que ninguém no estádio viu. Nem árbitro, nem VAR, nem o italiano Belotti (parece que vai ser corrido depois do pontapé na cabeça). Viu-se na TV conforme os ângulos fornecidos.
Fuck you, Lage? Never. Thank You!!!
Lage my man! Sanches yes! Félix yes! Autocarro de craques, yes. You are the greatest!!!
PS: Kokcu, se entretanto precisares de emprego enquanto o Principezinho chuta para o Panda, e o Panda devolve ao Principezinho, posso falar com Varandas. É como o Tiririca, pior não ficas.
Enquanto o rival da 2.ª circular anda a tratar do autocarro anual de reforços e os jovens do Seixal fazem contas de sumir, o Sporting trata da almofada de Alcochete para o plantel A.
David Moreira, que na final do Jamor desarmou o DiMaria e lançou o contra-ataque que deu o terceiro golo, renovou agora por mais três anos.
O Sanches e o Fiorentino que fracassaram no Jamor são passeados pelo Rui Costa na Flórida, onde o Belotti cometeu aquilo que segundo ele é uma agressão bárbara sobre a cabeça dum adversário. Foi expulso e levou dois jogos.
Matheus Reis merece o mesmo que o Belotti porque basicamente fez a mesma coisa, tentou jogar e atingiu na cabeça o adversário.
Voltando ao David, vi-o várias vezes a fazer de Inácio na equipa B, falho de altura para a função, mas sempre intenso nos duelos. Sei que tem a aprovação de Tomaz Morais. "Uma máquina", diz ele. Um grande defesa esquerdo em potência.
Já agora, do lado direito o Diogo Travassos merece aposta também.
A aposta na formação não é fazer tudo para ganhar títulos nos iniciados, juvenis e juniores. É fazer tudo para fazer chegar os melhores jovens à equipa A.
Como aconteceu com o Gonçalo Inácio, o Nuno Mendes, o Tiago Tomás e muitos outros.
Desde o dia em que Rúben Amorim entrou no Sporting que o 3-4-3 foi o sistema táctico da equipa, com excepção de alguns dos primeiros jogos com Rui Borges. Antes disso só com John Toshack em 84/85 e não durou muito.
A passagem do 4-3-3 para o 3-4-3 tem implicações óbvias nos perfis dos jogadores, e obriga a ajustamentos na formação e no scouting que demoram tempo a dar resultados.
Desaparecem os defesas laterais e os extremos, surgem os alas e os interiores, os defesas centrais constroem como médios, os interiores defendem como médios também.
E este plantel do Sporting tem exactamente os jogadores com essas características, como Maxi Araújo, Catamo, Pedro Gonçalves e Trincão. Não estou a ver os primeiros como defesas laterais, nem os últimos como extremos colados à linha. Não estou a ver o Quaresma fazer aqueles raides como central numa defesa a 4.
Já o 4-4-2 ensaiado e abandonado por Rui Borges limitou-se a acentuar a nuance que Ruben Amorim tinha introduzido no 3-4-3, adiantando um ala e cobrindo o flanco com um central. Catamo nunca percebeu bem o que tinha que fazer quando recuava a defender, e abriu-se uma cratera do lado direito da defesa. Por outro lado Trincão, mais junto ao ponta de lança, deixou de ter o espaço para embalar que tinha antes.
No meu entender, o 3-4-3 é uma mais-valia importante para o Sporting no futebol português. Nenhum outro clube o pratica de forma continuada. Obriga os adversários a adaptações que conduzem a erros e falhas.
Por outro lado, o 3-4-3, como dizia Ruben Amorim, é apenas o ponto de partida para muita coisa, conforme as dinâmicas dos jogadores. Com ele tivemos formas de diferentes de defender e atacar. Até para o 4-4-2 em determinados momentos dos jogos.
Alguns dizem que o Sporting de Ruben Amorim jogava bem melhor do que o Sporting de Rui Borges, mas o que me parece é que o Sporting de Pedro Gonçalves joga bem melhor do que o Sporting sem ele. Porque joga e faz jogar. Gyökeres à parte, é de longe o melhor jogador da equipa. Rui Borges nunca teve o melhor Pedro Gonçalves.
Concluindo, o que eu espero ver é o 3-4-3 continuar a ser o modelo táctico das equipas A e B, ao mesmo tempo que o 4-3-3 se mantém na formação, incluindo os sub23 (que cada vez menos percebo para que servem).
Em entrevista a um podcast da Rádio Renascença a nossa ex-treinadora actualmente adjunta numa equipa dos EUA, arrasa o clube que lhe proporcionou uma carreira profissional a alto nível e um conjunto de sucessos que incluem duas Supertaças e uma Taça de Portugal.
A Mariana Cabral não foi demitida nem perseguida pelo Sporting. Demitiu-se em Outubro depois duma derrota num derbi em Alvalade por 0-2 onde a equipa com as bancadas bem compostas (eu estava lá) teve uma exibição deprimente, invocando desconforto com o atraso que ocorreu na operação duma jogadora e a hora matinal do avião para Madrid onde sofreram uma derrota.
Isto surge num momento em que está a acontecer uma revolução total no plantel do futebol feminino, sem se conhecerem bem as razões. A capitã Ana Borges, Diana Silva, Hanna Seabert e mais sete ou oito deixaram Alvalade. Não consta na lista a jogadora em causa, Joana Martins, que abordou recentemente a mudança de treinador.
No meu entender, a nossa ex-treinadora, como diz o povo, "cuspiu no prato em que comeu" e, independentemente de tudo o resto, revela enorme falta de ética profissional. Da missão dum treinador/a duma equipa feminina do Sporting não consta ser um campeão da igualdade de género em Portugal e assumir as dores de muita coisa que está mal e que podia ser diferente. Mas pode e deve ajudar o clube a melhorar gradual e consistentemente em todos esses aspectos, como admite que fez. O que aconteceu em Alvalade devia ter ficado em Alvalade.
De qualquer forma, importa discutir algumas questões que ela coloca, nomeadamente a igualdade de tratamento entre as equipas masculinas e femininas no que respeita a condições de trabalho, apoio médico e compensação monetária.
A equipa feminina do futebol do Sporting devia treinar em relva e jogar em Alvalade como a masculina? Devia ter melhores condições de trabalho do que as equipas masculinas da formação? Devia ter uma ala em Alcochete de condições idênticas à equipa A? Um autocarro igual? Sair de véspera de Beja em "charter" para as viagens dos jogos europeus? Ter um orçamento igual ao futebol masculino? Salários iguais? Se calhar sim, mas quanto é que isso custaria e qual seria o retorno? E é esse o panorama do futebol feminino na Europa? Do que li no Bayern de Munique as jogadoras tratam elas mesmas dos seus equipamentos. É um mundo completa e assumidamente amador, em tudo diferente da equipa masculina.
É este o panorama do futebol feminino nos principais rivais, no Benfica ou no SPBraga? No FCPorto, que está a começar? O futebol feminino no Sporting não dispõe das condições dos rivais? Duvido. E o facto é que a Mariana Cabral nada disse sobre isto. Compara com a realidade do futebol feminino no país onde agora trabalha, como se isso servisse para alguma coisa.
Enfim, importava ouvir da Direcção do clube reacção sobre as declarações da ex-treinadora e qual o futuro que se pretende para o futebol feminino no Sporting.
Foi o que disse o candidato Noronha Lopes à presidência do Benfica na CMTV referindo-se, claro, ao Sporting Clube de Portugal.
Como diz o povo, "fugiu-lhe a boca para a verdade", verbalizou claramente aquilo que o "principezinho amnésico" que preside ao seu clube já tinha aflorado, falando sobre o risco próximo que corre o Benfica.
Ontem o tal responsável do maior clube português deixou bem claro ao empresário do Viktor e aos seus porta-vozes do grupo Cofina, em campanha feroz contra o tricampeonato, que o tempo de fazer a vontade aos empresários já passou.
O Sporting de Frederico Varandas respeita a vontade dos seus jogadores e não lhes "corta as pernas", passaram a fazer parte da família, recompensa-os pelos bons serviços prestados, despede-se deles com "obrigado por tudo e até já". E eles continuam a seguir o clube e a apoiar à distância. Nuno Mendes, João Palhinha, Matheus Nunes, Rafael Veiga, Pedro Porro são bons exemplos disso, com Dário Essugo, Geovany Quenda e Viktor Gyökeres acontecerá isso também.
Mas o Sporting não aceita manobras manhosas de empresários para contornarem a palavra do presidente, posição oficial do clube. Gyökeres tem contrato por mais três anos, recebeu já esta época um bónus importante, tem a promessa do presidente de o deixar sair abaixo da cláusula e é o que com certeza irá acontecer, conforme decorrer a negociação com os grandes clubes interessados.
E se não acontecer, melhor ainda. Temos Gyökeres para jogar, está confortável e adaptado, a Suécia corre para o Mundial e precisa de manter o registo actual, e para encaixar mais 70M€ temos muitas hipóteses dentro do plantel mais valioso de sempre.
Não sei se já somos o maior clube português, penso que estamos a ultrapassar o FC Porto a alta velocidade e em perseguição evidente ao Benfica em vários indicadores, até na implantação a nível nacional e na dimensão do estádio.
Mas que contamos actualmente com o maior presidente de clube português, isso é evidente.
PS: Nuno Cerejeira Namora, antigo vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral [MAG] do FC Porto, afirmou esta quarta-feira, em tribunal, que Pinto da Costa faleceu por ter "tomado as dores" de Fernando Madureira, no âmbito da Operação Pretoriano. Mas se o Fernando Madureira caiu a defender o seu "pretor" da investida de Villas-Boas, e foi e continua a ser por este perseguido sem perdão, então quem é que verdadeiramente "matou" o maior presidente da história do FC Porto, Pinto da Costa? Parece ter sido Villas-Boas. E... quem "com ferros mata, com ferros morre". É esperar para ver.
Aparentemente vamos ter o mercado de Verão mais tranquilo dos últimos anos para o Sporting.
A definição do plantel A estará apenas dependente da saída de Gyökeres, e o da B, dada a subida de divisão, será também mais ou menos o mesmo do deste ano.
Saídas:
Victor Gyokeres (27) - ?
Marcus Edwards (26) - Burnley
Dário Essugo (20) - Chelsea
Entradas:
Giorgi Kochorashvili (25) - Levante
Alisson Santos (22) - Vitória
Rayan Lucas (20) - Flamengo
Pelo YouTube o Rayan Lucas, internacional sub-20 pelo Brasil, parece um médio centro possante e com passe vertical.
Não sei se foram os mesmos que assaltaram Alcochete, se foram os mesmos que bombardearam o Rui Patrício e atiram tochas e petardos no estádio e que prejudicam o Sporting em largas centenas de milhares de euros anuais, se são os mesmos que desafiam o clube nos tribunais sobre o despejo das "casinhas", e mesmo condenados vão protelando via recursos a decisão final, não faço ideia das questões que tinham para acertar com a tropa do Madureira, mas o que sei é que aqueles que aparecem nos vídeos agindo ou apoiando são uma vergonha para o nosso clube.
O comunicado do Sporting é claro:
"Quem escolhe a violência como forma de expressão não representa o Sporting CP. A paixão pelo Clube nunca poderá ser usada como escudo para a violência."
Mas uma coisa que nunca percebi foi porque é que Bruno de Carvalho foi expulso de sócio e os assaltantes de Alcochete efectivamente condenados mais aqueles que foram sendo identificados pelas autoridades no âmbito de comportamentos criminosos associados ao clube e aqueles que ajavardavam e insultavam os OS nas AGs do clube não foram indiciados internamente e eventualmente expulsos também.
Agora que existem adeptos identificados e presentes ao juiz, se enfrentarem acusações graves e medidas de coação, o que é preciso mais para o Sporting os expulsar de sócios? Não são apenas as autoridades que têm de agir em conformidade com o que aconteceu.
PS: A designação "Sporting CP" soa-me mesmo mal. CP são os comboios. Duvido que os nossos fundadores alguma vez tenham utilizado essa designação. Sporting Clube de Portugal ou Sporting estaria bem melhor.
Todos se recordarão das narrativas que aprendemos na escola daquela batalha em que derrotámos uns espanhóis com muito maior capacidade bélica mas com o "rei na barriga" e a nunca pensar que estavam a candidatar-se ao pior. Percebe-se melhor esta ideia se tivessem visto a final da Liga das Nações na TVE como eu.
O nosso treinador catalão esteve soberbo na arte da dissimulação. Com um onze sem defesa direito nem trinco, teria sido "bar aberto" na primeira parte para Williams e companhia se não fosse um Condestável feito em Alcochete que não estava para aturar aquele despautério.
Sem conseguir articular uma jogada colectiva, o 2-1 só aconteceu pelo golaço do Nuno Mendes.
A segunda parte, com os dois que faltavam no onze, foi em tudo diferente. Espanha resolveu como o Benfica no Jamor embora por métodos mais desportivos e sem túneis nem toupeiras. Tentou jogar com o relógio e foi ficando mais vulnerável à "cavalaria" que o catalão careca ia metendo.
O Condestável Nuno e o rei Cristiano levaram aquilo para prolongamento. Nos penáltis o Nuno cumpriu e o Diogo resolveu.
O Tony Silva e o João Feliz e contente desta vez não jogaram, mas o catalão pai deles não os esquece.
Ter que gramar com o sarrafeiro naturalizado Pepe como embaixador é ofensivo para um Sportinguista. Só faltaram o Otávio e o Galeno como "damas de honor". Mas é o que temos. Só mesmo um morcão para confundir esta gente com o Matheus Reis.
Esta conquista que culminou na vitória por 39-36 contra o rival Fc Porto diz-me muito. Trata-se da minha modalidade de pavilhão favorita que acompanho um pouco como o futebol, em casa e às vezes fora.
Esta fase de sucesso começa na ofensiva canalha do Pinto da Costa, que tentou reproduzir o que fez muitas vezes no futebol. Roubou o então capitão de equipa Valdés e aliciou o Salvador Salvador. O Sporting de Varandas conseguiu manter o jovem Salvador e atirou no porta-aviões, vieram o Ricardo Costa e e os dois filhos comprados com o dinheiro do Valdés. O Valdés parece que agora está de saída para a Roménia, nunca conseguiu ser no Fc Porto o que foi no Sporting, os irmãos Costa e o Salvador são dos melhores da Europa e renovaram até 2030. O Pinto da Costa já era, os herdeiros disputam os tesouros escondidos algures.
Mas também começa um pouco antes com Bruno de Carvalho, na sua determinação em construir o pavilhão João Rocha, em construir equipas das modalidades vencedoras. Em 2017/2018 o andebol foi bicampeão com Frankis Carol, Valdés, Ruesga e ... Carneiro, actual director da modalidade. Tem que se sentir orgulhoso, porque este título também é dele.
Frankis Carol, cubano com nacionalidade do Catar, está para mim no que respeita ao andebol como Hector "Chirola" Yazalde no que respeita ao futebol. Foi ele que me levou ao João Rocha para nunca mais deixar.
Já não temos o Frankis, mas temos uma enormíssima equipa, com aquele ADN Sporting que conhecemos no futebol agora. Mas foi no andebol, antes do futebol, que ele aconteceu.
Muito orgulho nesta equipa, o maior agradecimento do mundo ao Ricardo Costa e à sua família, até já lhe disse isto em pessoa. O Martim e o Kiko, conjuntamente com o Salvador, são ouro que temos de conservar.
Uma enormíssima equipa que tem tudo o que deve ser o Sporting, esforço, dedicação, devoção e glória.
Quem do nosso lado fala em atitude para dizer que isso existe algures, atitude é esta mesmo. Noutro sítio existe canalhice, vontade de ganhar a todo o custo, dentro e fora do campo. Atitude de bandido. A nossa é bem diferente.
Sporting !!! Sporting !!! Sporting !!!
PS: O Rui Costa não tem nada a dizer? Talvez abandonar a competição nacional, ir jogar para onde consiga comprar tudo e todos e ganhar. Aqui gasta como nunca e perde como sempre.
Depois de duas humilhantes derrotas apesar de gastar como nunca, o futuro de Rui Costa é ir para casa rezar para que os processos em curso no tempo do seu mentor não cheguem a ele. Nas próximas eleições vai ser corrido a pontapé e a ele já lhe dói o traseiro.
Até lá parece uma metralhadora daquelas fitas de cobois do velho Olímpia, a disparar para todos os lados, enquanto passa vergonhas nos fóruns da Liga, onde vem dizer o contrário do que antes disse. Parece uma criança a berrar, ninguém lhe dá atenção, precisa dalguma chucha que não se percebe qual possa ser.
Mas para o Sporting até era bom que ele ficasse, que o plantel encarnado continuasse a ser uma legião estrangeira onde os putos do Seixal não têm lugar, com coxos do físico e do psíquico para todos os gostos, como o Florentino que não percebe que tem de fazer falta no último minuto do jogo e o Sanches que vai lá partir o homem. Não falando do treinador Panda que não sabe gerir o Di María e especializado na queda no relvado para queimar tempo e no mergulho em cima da bola para provocar a falta.
Rui Costa para sempre, polvo encarnado para ele é no tacho com uma cebola roxa.
Se eu fosse presidente do Fc Porto, com o fantasma do Pinto da Costa a pairar nas suas costas e com muito pouco para mostrar aos sócios, também eu estava chateado. Saber destes números ainda o chateia mais:
Desempenho na época:
1. Sporting - Campeonato e taça de Portugal
2. Benfica - 2º no Campeonato e taça da Liga
3. FcPorto - 3º no Campeonato e Supertaça
Valores dos plantéis no TM:
1. Sporting - 511 M€
2. Benfica - 373,5 M€
3. FcPorto - 327,9 M€
Prémios das competições europeias 2024/2025:
1. Benfica - 71,4 M€
2. Sporting - 50,0 M€
3. FcPorto - 16,5 M€
Ranking das principais modalidades do estádio e do pavilhão (que aqui trago):
1. Sporting
2. Benfica
3. Fc Porto (a larga distância)
Mas falta inteligência a Villas-Boas para ver o óbvio. Se o Fc Porto caiu para terceiro grande, o que tem de fazer é tentar ultrapassar o segundo.
Mas se calhar prefere voltar ao Rei dos Leitões...
Excluindo o jogo especial da Supertaça, pelas minhas contas (agradecia qualquer dúvida ou questão sobre as mesmas) foram 53 jogos (37V 11E 6D) nas diferentes competições e os rankings com base nas classificações dos três jornais desportivos mais o site escolhido pelo Pedro Correia são os seguintes :
1. Pontuação total com número de jogos :
1
Gyokeres
50
1222
2
Trincão
53
1161
3
Quenda
53
1059
4
Hjulmand
46
997
5
Catamo
47
947
6
Debast
46
912
7
Diomande
45
901
8
Maxi Araujo
46
885
9
Gonçalo Inácio
42
856
10
Harder
47
714
11
Matheus Reis
46
698
12
Morita
34
660
13
Daniel Bragança
28
565
14
Quaresma
29
555
15
Fresneda
31
520
16
St.Juste
28
483
17
Rui Silva
23
479
18
Israel
22
442
19
Pedro Gonçalves
19
407
20
J.Simões
18
328
21
Esgaio
18
257
22
Nuno Santos
10
186
23
Kovacevic
9
168
24
Edwards
9
146
25
Felicissimo
9
112
26
Biel
7
73
27
Alexandre Brito
5
61
28
Arreiol
4
37
29
Afonso Moreira
3
23
30
Bruno Ramos
1
20
31
Mateus Fernandes
1
18
32
Essugo
2
14
33
Rodrigo Ribeiro
1
14
34
M.Couto
2
12
35
José Silva
1
12
36
David Moreira
1
8
37
Kauã Oliveira
1
7
38
Lucas Anjos
1
6
39
Taibo
1
1
2. Desempenho médio com número de jogos:
1
Gyokeres
50
24.4
2
Trincão
53
21.9
3
Hjulmand
46
21.7
4
Pedro Gonçalves
19
21.4
5
Rui Silva
23
20.8
6
Gonçalo Inácio
42
20.4
7
Daniel Bragança
28
20.2
8
Catamo
47
20.1
9
Israel
22
20.1
10
Diomande
45
20.0
11
Bruno Ramos
1
20.0
12
Quenda
53
20.0
13
Debast
46
19.8
14
Morita
34
19.4
15
Maxi Araujo
46
19.2
16
Quaresma
29
19.1
17
Kovacevic
9
18.7
18
Nuno Santos
10
18.6
19
J.Simões
18
18.2
20
Mateus Fernandes
1
18.0
21
St.Juste
28
17.3
22
Fresneda
31
16.8
23
Edwards
9
16.2
24
Harder
47
15.2
25
Matheus Reis
46
15.2
26
Esgaio
18
14.3
27
Rodrigo Ribeiro
1
14.0
28
Felicissimo
9
12.4
29
Alexandre Brito
5
12.2
30
José Silva
1
12.0
31
Biel
7
10.4
32
Arreiol
4
9.3
33
David Moreira
1
8.0
34
Afonso Moreira
3
7.7
35
Essugo
2
7.0
36
Kauã Oliveira
1
7.0
37
M.Couto
2
6.0
38
Lucas Anjos
1
6.0
39
Taibo
1
1.0
3. Melhores em campo (número de vezes):
1
Gyokeres
21
2
Trincão
8
3
Harder
6
4
Catamo
4
5
Hjulmand
3
5
Debast
3
7
Quenda
2
7
Daniel Bragança
2
7
Pedro Gonçalves
2
7
Quaresma
2
11
Morita
1
11
J.Simões
1
11
Rui Silva
1
11
Maxi Araujo
1
3. Valorização actual no Transfermarkt (M€)
1
Viktor Gyökeres
75
2
Gonçalo Inácio
45
3
Morten Hjulmand
45
4
Geovany Quenda
45
5
Ousmane Diomande
40
6
Pedro Gonçalves
30
7
Francisco Trincão
30
8
Zeno Debast
26
9
Conrad Harder
24
10
Hidemasa Morita
15
11
Geny Catamo
15
12
Eduardo Quaresma
14
13
Maxi Araújo
14
14
Daniel Bragança
12
15
Nuno Santos
9
16
Iván Fresneda
8
17
Matheus Reis
7
18
Franco Israel
6
19
Rui Silva
6
20
Jeremiah St. Juste
6
21
João Simões
6
22
Biel
5
23
Ricardo Esgaio
2
24
Eduardo Felicíssimo
1
25
Diogo Pinto
0.5
O que dizer destes números?
1. A coluna vertebral da equipa Rui Silva - Diomande - Hjulmand - Gyokeres está bem presente nestes rankings, e não existe uma boa equipa sem uma boa coluna vertebral. Depois disso, Trincão e Quenda tiveram uma época excelente, e Rui Silva foi a melhor contratação de inverno dos 3 grandes.
2. Com as vendas de Gyokeres, Quenda e Essugo, mais os milhões da Champions, o Sporting fica com uma estabilidade financeira como nunca teve nos últimos anos. E pode construir um plantel ainda mais forte do que este ano.
Fica aqui o convite para os vossos comentários de balanço da temporada do ponto de vista individual.
Brasileiro formado no São Paulo, 30 anos, 4 anos de Sporting, bem casado e pai de filhos, "boa onda", defensor do grupo, duro mas leal na disputa dos lances, é o único estrangeiro 3 vezes campeão pelo Sporting.
A defesa central, a defesa esquerdo, mais atrás ou mais à frente, quando é para ajudar está sempre disponível.
E aconteceu a dobradinha, 23 anos depois daquela do tempo do Boloni.
Foi um jogo muito complicado pela exibição do Benfica até se colocar em vantagem no marcador. Muito forte nas transições, com Carreras e Bruma a criarem muitos problemas nas suas arrancadas, enquanto o Sporting circulava a bola mas não criava verdadeiras situações de golo e as bolas paradas eram lançamentos para as mãos do Samuel. Depois do golo, veio outro felizmente anulado, e o Lage armou o circo: simulações de lesões, perdas de tempo constantes, substituições da treta convencido que a taça estava no bolso. Teve azar. Trincão teve uma nesga e arrancou, Gyökeres correspondeu e o recém-entrado Sanches ofereceu um penálti. Que o pobre Samuel que pouco tinha jogado na época não conseguiu defender.
No prolongamento só deu Sporting. As substituições de Rui Borges refrescaram mesmo a equipa, que passou a correr e a lutar a todo o campo. Trincão centrou para a cabeçada fulgurante de Harder e ainda marcou o terceiro numa bela jogada colectiva.
E foi assim. Frederico Varandas passou a ser o presidente mais titulado da história do Sporting. São já três campeonatos nacionais, duas taças de Portugal, três taças da Liga e uma Supertaça em sete anos de mandato.
Julgo que até o Bruno de Carvalho, o Augusto Inácio e o Nuno Sousa o irão aclamar. No caso do Inácio até o departamento médico e a unidade de performance que colocou em condições o Pedro Gonçalves e o St.Juste para a final serão elogiados. O melhor presidente de sempre, dirão eles, e que os sócios que os destituiram ou recusaram tiveram carradas de razão.
Por outro lado, Rui Borges demonstrou hoje que é o legítimo sucessor de Rúben Amorim. Pela forma como mexeu na equipa, substituindo os defesas para atacar melhor, arriscando na estreia dum jovem da B que esteve na intercepção que começou a jogada que deu o golo final.
Melhor em campo? Trincão, pelo que fez nos três golos. Despertou a tempo da soneca.
Arbitragem? Critério uniforme. Deixou jogar, teve de ser alertado pelo VAR da patada sobre o Trincão. Só não entendi o porquê dos sucessivos "lesionados" do Benfica nunca saírem do terreno de jogo depois das intervenções demoradas da equipa médica.
E agora? Descansar e preparar o ataque ao tricampeonato. Gyökeres poderá sair, um ou outro também, mas financeiramente estaremos ainda mais fortes e o plantel poderá ser menos curto e mais equilibrado do que este ano.
PS: Já no final do jogo, na saída atrás da tribuna, passou por mim o Tomaz Morais. Aproveitei para o cumprimentar e agradecer o seu desempenho em Alcochete e a subida da equipa B. Ele respondeu dizendo que iria ser mais um desafio e lembrou o grande desempenho do David Moreira que tenho visto na B a central. Uma "máquina", diz ele que o conhece melhor que eu. Temos lateral esquerdo de futuro.
SL
{ Blogue fundado em 2012. }
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