Uma decisão imparcial?
(Imagem retirada daqui)
«[O] Árbitro
A figura número um do jogo… não joga, isto é, não chuta. É o primeiro a entrar em campo e o primeiro a entrar em acção, apitando para o desafio começar, do mesmo modo que lhe caberá também a última palavra: apitadela que põe termo ao encontro. O árbitro não pode ser encarado como inimigo, temos de o ajudar, até porque é muito difícil a sua tarefa: velar pelo cumprimento das regras do jogo. Pode errar, como homem que é, mas, em princípio, o árbitro tem sempre razão, sabe as regras, é um amigo mais que também entra no jogo. Não lhe chamem imparcial, porque ele pode afinar e com alguma razão. Se é árbitro, é imparcial, isto é, não é parte, não é parceiro, está fora das equipas, está acima. Chamar-lhe imparcial é admitir que ele não o pode ser, compreendem?... E ele pode não gostar.»
In.: PINHÃO, Carlos – Abril futebol clube. 1ª ed. Lisboa : Vega, 1991. p. 87