Um reforço chamado Danny
O futebol é um jogo colectivo que muitas vezes é decidido por rasgos ou falhas individuais. Isso ficou bem patente esta noite, na vitória que o Zenit - treinado por André Villas-Boas e comandante destacado do campeonato russo - impôs ao Benfica no estádio da Luz, a contar para a Liga dos Campeões. Hulk fez de Eliseu gato-sapato, sobrepondo-se claramente no confronto com o lateral esquerdo encarnado no lance em que marcou o primeiro golo da equipa russa. Imprimindo enorme velocidade de circulação à bola, o Zenit voltou a marcar, decidindo a partida, já com Paulo Lopes na baliza do SLB: Artur fora expulso pouco antes ao fazer falta sobre Danny que lhe valeu o cartão vermelho.
Qualquer dos golos, se repararmos bem, nasceu de passes deficientes de Jardel para jogadores russos no meio-campo encarnado. Jardel foi neste jogo o anti-Hulk, marcando a diferença pela negativa enquanto o brasileiro (ex-FCP) se destacava com todo o mérito.
Mas não era disto que eu queria falar. Só aqui vim para destacar a exibição de Danny, um avançado sempre perigoso, muito dinâmico, capaz de fazer pressão intensa sobre a defensiva adversária, desequilibrando-a. Tem já 31 anos mas revela uma capacidade física digna de causar inveja a jogadores bastante mais novos.
É quase um crime mantê-lo fora da selecção nacional, que precisa de bons avançados como de pão para a boca. Danny deve regressar sem demora à equipa das quinas: esta é uma das missões prioritárias do novo seleccionador, chame-se ele como se chamar.