Um plantel do presente ou do futuro?
Não tendo visto o último jogo, não vou comentar a táctica e o desempenho de um ou outro jogador. À distância parece-me que, com a novela Bruno Fernandes, Marcel Keizer se encontra entre a espada e a parede, a rezar para que o dia 8 chegue depressa duma forma ou doutra.
De qualquer modo, a responsabilidade primeira pelo que se passou ontem em Alvalade é mesmo dele, quer pela organização (ou falta dela) da equipa em campo ou por apostar em jogadores que fazem a diferença ou por apostar naqueles de quem se espera sempre o pior, e o pior quase sempre acontece.
Mas a responsabilidade primeira pela constituição do plantel é do presidente, e é por aí que deveremos analisar a estratégia para o futebol do Sporting para esta época e seguintes.
Foram apresentados 29 jogadores, com uma média etária de 23,8 anos e um valor de mercado de 194 M€: 31% 17-20, 17% 21-23, 24% 24-26, 17% 27-29, 10% 30-35
Trata-se, como mais uma vez venho dizer, duma grande aposta na formação: 48% do plantel é sub-23, sendo que 60% desses, oito no total, são mesmo produtos de Alcochete (considerando Camacho de fora).
Depois é um plantel equilibrado em termos etários, com apenas três jogadores a ultrapassar os 30 anos.
Quanto a jogadores de classe extra, existem apenas cinco: Bruno Fernandes, Coates, Mathieu, Acuña e Bas Dost. Qualquer saída neste sector vai ser muito difícil de colmatar.
Quanto a jogadores sem classe para jogar no Sporting, de capacidade insuficiente para os objectivos do clube, infelizmente existem alguns no plantel. Uns que escaparam à triagem do entulho da era Bruno/Jesus, outros que chegaram mais recentemente e sabe-se lá porquê. Bruno Gaspar, Ilori, Ristovski, Diaby e Vietto têm muito que mostrar para provarem a sua utilidade e serem mais-valias para a equipa em vez de pesos mortos.
Sendo assim, vamos ter um plantel à altura dos desafios desta época ou vamos ter um ano zero de algum futuro qualquer?
SL