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Um apito em forma de papoila

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Mesmo quando perde (neste caso por inépcia de Lima, que desperdiçou um penálti inventado pelo árbitro), o Benfica beneficia do colinho dos homens de apito. Foi o que aconteceu ontem, na escandalosa actuação de Bruno "olha quem" Paixão em Paços de Ferreira.

Se o critério Paixão fizesse lei geral no futebol, a partir de agora os jogadores teriam de jogar com mãos amputadas dentro da grande área defensiva. Só assim evitariam que uma bola disparada a um metro de distância lhes fosse bater inesperadamente na mão, como ontem sucedeu ao defesa Ricardo perante um remate de Jonas.

Paixão "viu" nisto um penálti - que embalaria o Benfica para uma vitória tranquila logo aos 18 minutos. Mas já não vislumbrou uma evidente falta de Luisão sobre Cícero, ocorrida na grande área benfiquista cinco minutos antes, nem a claríssima rasteira de Eliseu dentro da grande área encarnada, aos 89 minutos, numa jogada desenrolada escassos metros à sua frente. Nem ele nem o árbitro assistente mais próximo, incapaz de levantar a bandeirola. Foi necessária a intervenção do quarto árbitro, como o Adelino aqui assinalou, para evitar um roubo de catedral ao Paços de Ferreira. Isto quando o treinador Paulo Fonseca já tinha sido expulso devido a protestos algo histriónicos, muito semelhantes aos que Jorge Jesus costuma evidenciar sem qualquer sanção. Depois Paixão ainda concedeu oito minutos de tempo suplementar, algo pouco visto nos estádios portugueses desde os tempos pioneiros do mítico Calabote.

 

No Tribunal do diário O Jogo de hoje, o senhor Paixão é arrasado pelos especialistas da arbitragem devido ao penálti oferecido ao Benfica.

Escreve Pedro Henriques: «É um lance típico de bola que vai à mão. O remate é feito de muito perto, Ricardo tem o braço ao longo do corpo mas não o movimenta, não tocando por isso de forma deliberada na bola.»

Escreve José Leirós: «Paixão foi peremptório ao marcar penálti erradamente. Além de o cruzamento ter sido feito de muito perto, Ricardo tinha o braço em posição natural e não o movimentou. A bola foi à mão.»

Escreve Jorge Coroado: «A fobia instalada vai obrigar a que os jogadores sejam amputados dos membros superiores. A bola foi rematada de muito perto e com força. O jogador não fez penálti.»

Sobre a grande penalidade favorável ao Paços de Ferreira também se regista unanimidade: foi bem assinalada. Pena o senhor Paixão ter demorado tanto a apitar. Como se não quisesse. Ou não pudesse. Como se estivesse disponível para cometer mais um atentado à verdade desportiva, semelhante a tantos que vamos vendo jornada após jornada no campeonato português.

Como se tivesse um apito em forma de papoila saltitante.

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