Um ano depois
Um ano depois do desvairado atentado de Alcochete surge-me a questão: quem diria, no final desse infausto e incrível 15 de Maio de 2018, e nas semanas imediatamente subsequentes, que passado apenas um ano o clube estaria repousado, vivendo em normalidade, é certo que enfrentando as conhecidas dificuldades económico-financeiras mas fazendo-o com esperança, sem alaridos? Continuando numa senda de sucessos desportivos, com um alargadíssimo leque de actividades e vasto universo de atletas profissionais e amadores, e nisso arrecadando títulos nacionais e europeus. E tendo o futebol sénior, a força motriz do clube, a culminar um ano de total normalidade, concordante com o perfil de resultados dos últimos anos, apesar da hecatombe no plantel pretérito e das dificuldades de estruturação da época que agora vai terminar. Quem diria que a recuperação, organizativa e, acima de tudo, moral, seria conseguida de forma tão célere?
Estão de parabéns vários dos candidatos eleitorais, que se ofereceram ao clube em tão delicado momento. E que tudo têm feito, antes e depois, para a acalmia e recuperação do SCP, leais a um espírito de congregação. Está de parabéns Frederico Varandas e a sua direcção - e exemplifico-a com Miguel Albuquerque, quadro ímpar do clube. Estão de parabéns os funcionários do clube, que tantas agruras terão sofrido e que, talvez mais do que todos, mantiveram o barco no rumo. E estão de parabéns os sportinguistas: a gente gosta mesmo do clube, fê-lo sobreviver à demência de Nero e à invasão dos bárbaros.
O futuro é agora. E é radioso.