Tudo ao molho e FÉ em Deus - When the Misic's over
Tenho dito aqui abundantemente que precisamos de reforçar a nossa cultura. Hoje, ao olhar para o estado do relvado, acredito que a nossa agricultura, também. O Sporting dominou o Empoli a toda a linha, enquanto Misic esteve em campo. Mal o croata saiu, a capacidade de pressão a meio campo diminuiu bastante. Só não desapareceu por inteiro graças a Battaglia. O Batman regressou e, com ele, voltámos a ter vigilante em Alvalade City. Impressionante, para quem só tem meia-dúzia de treinos desde que regressou, a sua arrancada aos 54 minutos.
A equipa inicial pareceu demasiado conservadora, com Ristovski, Jefferson e Acuña, em vez de Bruno Gaspar, Lumor e Raphinha. Impressionante como não resolvemos o problema dos desequilíbrios pela esquerda. Nem Acuña recua para lateral, nem chegou nenhum jogador forte no um para um (Raphinha é mais jogador de exploração de espaços vazios). No lado direito, auspiciosas combinações entre Nani e Bruno Fernandes, a deixarem um sabor doce na boca dos adeptos.
Em dia de Troféu 5 Violinos, faltaram-nos pelo menos 3. Tivémos rabecão, bombo, mas violinistas do nível do ex-laziale ou do maiato escasseiam. De destacar a belíssima exibição de Mathieu, na defesa, e o magnífico golo de Misic - com a parte de dentro do pé esquerdo, em banana - que foi a cereja (muita fruta!) em cima do bolo de uma actuação muito positiva.
O Sporting acabou por perder - pela primeira vez desde a sua criação - o troféu em disputa, e perante a equipa mais fraca que jamais defrontámos neste certame, numa decisão por pénaltis que acentuou a nostalgia pela perda do nosso antigo guardião. Viviano vai ter de trabalhar muito para cumprir com os cânones que materializaram o epíteto de São Patrício ao Rui.
Tenor "Tudo ao molho...": Misic