Tudo ao molho e FÉ em Deus - Ronaldo unlimited
Estava o jogo na sua alvorada e já Cristiano Ronaldo "comia" Nacho(s) como aperitivo para o que viria a seguir. Finta, falta, penálti e primeiro golo. De seguida, servido por Bruno Fernandes, CR7 assistiu auspiciosamente Gonçalo Guedes mas ao valenciano faltou espontaneidade. Portugal era mais perigoso mas a Espanha marcou numa jogada atípica, que foi uma traição ao seu tiki taka: lançamento longo para Diego Costa e este, sozinho contra três defesas, conseguiu empatar.
Os "nuestros hermanos" ficaram por cima do jogo e Portugal não mais conseguiu atinar com o passe/repasse espanhol. Acontece que o futebol é imprevisível e após um remate forte de Cristiano, De Gea abriu a capoeira, permitindo aos lusos irem para o intervalo na frente.
No segundo tempo intensificou-se a pressão espanhola. Os portugueses defenderam um livre como se fossem uma equipa dos regionais e de uma forma simples a Espanha chegaria a nova igualdade. Quase de seguida, os comandados de Fernando Santos mostraram falta de intensidade defensiva, desperdiçaram duas/três oportunidades de aliviarem a bola das imediações da sua área e esta sobrou para Nacho que marcou um golaço.
Subitamente, estávamos pela primeira vez em desvantagem no marcador e a Espanha parecia uma Armada Invencível. Mas, o nosso Francis Drake, o capitão Cristiano Ronaldo não dorme em serviço. O madeirense ganhou uma falta à entrada da área e ele próprio a converteu, aplicando um remate potente com a parte de dentro do seu pé direito que contornou sublimemente a barreira espanhola e entrou junto ao ângulo superior da baliza espanhola. De Gea, colocado do outro lado, permaneceu imóvel, olhando, qual controlador aéreo. O mundo inteiro pôs as mãos na cabeça, Florentino Perez colocou as mãos na carteira. É que tudo leva a crer que este "hat-trick" lhe vai sair muito caro.
E assim terminaria um jogo em que, se a Espanha foi como o ferro (Hierro, em castelhano), Ronaldo foi como o aço.
Portugal revelou desinspiração na frente (Guedes e Bernardo), falta de intensidade no miolo (William e Moutinho) e fragilidade na zona central (Pepe e Fonte). É justo dizer que hoje (ou quase sempre?) Cristiano foi o salvador da pátria.
Tenor "Tudo ao molho...": Cristiano Ronaldo