Tudo ao molho e FÉ em Deus - Ronaldo inspirou 2 golos de antologia
Em plena ressaca europeia, acabadinhos de descer do Olimpo, os Leões receberam a visita do deus do futebol - Cristiano Ronaldo - e depararam-se com uma verdadeira figura da mitologia do apito português, o senhor Manuel Oliveira, que depois de ter permitido todo o tipo de ofensas à integridade física dos jogadores do Sporting acabaria por mostrar o primeiro amarelo do jogo apenas aos 74 minutos e a ...Bruno Fernandes. Um "must"!
A equipa leonina apresentou-se com 4 alterações face ao jogo europeu, sendo que Alan Ruiz e Iuri Medeiros foram as surpresas (Coentrão e Dost regressaram à titularidade habitual). O argentino apresentou-se no seu costumeiro registo de "morto de sono", como se vivesse num permanente "jet lag" entre a hora do jogo e a hora da sesta.
Os 42.401 espectadores tiveram o privilégio de assistir a 2 grandes golos: o primeiro, de livre directo, ao ângulo superior, apontado por Mathieu, o segundo, numa folha seca, de fora da área, marcado pelo inevitável Bruno Fernandes.
Ainda houve tempo para o concurso "Bola no Ferro", que consistiu em cantos marcados por Bruno Fernandes e remates alternados de William, com o pé e de cabeça. Aqui foi obtido o pleno: duas tentativas, dois disparos do (2º) capitão leonino aos ferros, um deles com a preciosa assistência de Cláudio Ramos, guardião tondelense.
E assim terminou um jogo em que o Sporting venceu à bomba e a equipa de Tondela não realizou um único remate enquadrado à baliza de Rui Patrício.
Os nossos jogadores:
Rui Patrício - Esteve em campo, mas dada a inoperância dos tondelenses, o espírito andou longe dali. Deu para pensar onde passar as próximas férias, que presentes comprar no Natal ou em encomendar a série completa de "Orange is the new black" (Netflix), retirando ideias para futuras cores da sua camisola de jogo. Entretanto, naquele semi-anonimato que o jogo lhe proporcionou, quase não nos apercebemos que voltou a ser o capitão.
Nota: Sol
Piccini - Compete com Gelson e Mathieu para protagonista da próxima sequela de "Velocidade furiosa" - versão a pé - , tal a rapidez com que se desloca, com ou sem bola. Com Iuri muito colado à linha, avançou frequentemente em diagonais criando desequilibrios na defesa adversária. Aos poucos, o "flecha" vai conquistando o coração dos adeptos.
Nota: Lá
Coates - O uruguaio não deu quaisquer veleidades aos avançados do Tondela, fazendo jus à sua condição de Ministro da defesa do "governo" instalado em Alvalade.
Nota: Lá
Mathieu - A importância de ter jogadores como o gaulês é que quando os jogos estão fechados, as defesas adversárias cerradas, dá muito jeito ter jogadores de categoria extra que consigam individualmente encontrar soluções para os problemas que a equipa colectivamente mostra dificuldade em resolver.
Nota: Si
Coentrão - Muito contido, não fosse aparecer um espasmo aqui, uma mialgia ali, ficou na maior parte do tempo a assistir da Varanda. Algumas, poucas, iniciativas concluidas com cruzamentos rasteiros interceptados pela defesa tondelense.
Nota: Sol
William - Imperial! Num meio-campo central a 2, o Sir deslizou pelo terreno, sempre de forma esclarecida. Quando joga assim, transforma-se numa hidra, um monstro sempre com uma cabeça a mais a pensar o jogo e, simultaneamente, a destruir pela raiz qualquer pretensão ofensiva do adversário. Vencedor do concurso "Bola no Ferro" e o melhor em campo.
Nota: Si
Bruno Fernandes - Bruno, o influente, recebeu um passe de William, rodou e, de fora da área sem olhar para a baliza, disparou um míssil que só parou no fundo das redes de Cláudio Ramos. Assim, marcou o seu 6º golo em 9 jogos (melhor marcador) e participou no 13º golo da equipa (em 23), números que não deixam dúvidas a ninguém. Antes do jogo, recebeu os seguintes prémios do Sindicato de Jogadores do mês de Agosto: melhor jogador, melhor jogador jovem, melhor médio, melhor golo. Durante o jogo, Manuel Oliveira também lhe atribuiria o galardão do primeiro cartão da noite, o que arrancou sorrisos amarelos nas bancadas. Quase que aposto que será o primeiro da Liga a acumular 5 amarelos, "prémio" que lhe permitirá descansar em algum dos duelos importantes que teremos pela frente.
Nota: Lá
Iuri Medeiros - Demasiado preso na ala, esteve na origem do primeiro golo quando se soltou, deambulou pelo centro do terreno e acabou carregado pelas costas, originando o livre que Mathieu transformou em golo.
Nota: Sol
Alan Ruiz - Mais uma exibição dentro da sua linha: lento na definição, preso de movimentos, pouco jogo colectivo. Tem de melhorar rapidamente pois, com o regresso de Podence, a manter este registo terá muito pouco espaço para jogar.
Nota: Mi
Acuña - O Muro geriu o tremendo esforço desenvolvido nas últimas semanas refugiando-se mais em tarefas defensivas. Na fase final do jogo, a sua imponência física veio ao de cima, dinamitando todos os que se encostavam. Quase marcava em mais uma bomba de fora-da-área.
Nota: Sol
Bas Dost - O holandês teve um jogo inglório. Correu e saltou muito entre os centrais adversários, mas não foi bem servido, nem teve qualquer oportunidade de golo. Pareceu ter sido subtilmente tocado perto do final do jogo quando tinha a baliza à mercê.
Nota: Sol
Battaglia - A sua entrada em campo coincidiu com o melhor períoda da equipa. Arrastou o jogo para o meio-campo adversário quando a equipa tondelense começava a subir no terreno e permitiu que Bruno Fernandes procurásse outros espaços, o que foi providencial na obtenção do segundo golo leonino. Continua a fazer jus ao seu epíteto de Exterminador Implacável.
Nota: Sol
Gelson - Dá sempre jeito ter uma mudança a mais quando as coisas ameaçam complicar-se. Com ele em campo, o Tondela perdeu qualquer ambição atacante, preocupando-se apenas com diferentes formas, legais ou não, de parar a velocidade e o talento do jovem prodígio leonino.
Nota: Sol
Bruno César - Desta vez entrou bem e ajudou a estabilizar a equipa. Teve alguns lances atacantes bem delineados, prometendo voltar ao seu melhor período do ano passado.
Nota: Sol
Tenor "Tudo ao molho...": William Carvalho