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És a nossa Fé!

Tudo ao molho e FÉ em Deus - Nice one!

A recuperar de um defeso estressante, nada como uma visita a uma região termal fronteiriça francesa para repôr o equilíbrio e renovar (boas) energias. Hoje, em Divonne-les-Bains, o Sporting bateu o Nice por 1-0. 

 

O jogo revelou algumas surpresas, confirmou bons sinais, mas também evidenciou fragilidades. Emiliano Viviano promete. O guardião italiano, intransponível tanto pelo chão como pelo ar, para além de ter mostrado excelentes reflexos e muita atenção entre os postes jogou muitas vezes na antecipação, com um raio de acção amplo que cobriu toda a área. Demonstrou grande abrangência (até no estômago). Realizou uma excelente exibição. Outro destaque foi Lumor. Rápido e de passada larga, bem nas coberturas defensivas por dentro, incorporou-se com muita facilidade nos movimentos atacantes combinando muito bem com Raphinha. Promete conquistar a titularidade ou, pelo menos, dificultar muito a vida aos restantes laterais esquerdos. Finalmente, Matheus Pereira soltou o génio que todos lhe reconhecemos e que só necessita de estabilidade para uma afirmação plena. Marcou um golo de enorme categoria, colocando a bola junto ao ângulo superior direito da baliza gaulesa, e assistiu Montero para uma perdida incrível do colombiano, para além de ter sido o inferno de Dante (aquele túnel...). 

 

Os centrais André Pinto e Mathieu estiveram regulares, Ristovski um pouco trapalhão. Bruno Gaspar teve mais critério a atacar e pode vir a ser opção caso Piccini venha a ser vendido. Duvido que Marcelo se imponha. O ex-vilacondense é essencialmente um central de marcação mas falta-lhe velocidade para jogar num bloco defensivo médio/alto, algo habitual numa equipa de topo. Jefferson preocupou-se mais em defender do que em atacar. Definitivamente, o médio croata não é Misic para os meus ouvidos. Efectuou pelo menos 3 passes teleguiados para ninguém (!) e não dá a dinâmica que aquele sector necessita. O sérvio Petrovic esteve bem melhor, embora sem deslumbrar. Palhinha idém. Wendel é muito mais o "8" de que precisamos - rectificados pormenores de marcação - do que o "10" onde Peseiro o pôs a jogar. Francisco Geraldes entrou e mostrou a sua qualidade de passe e inteligência de movimentações. Tem jogado pouco e assim perde rotinas e referências. Mais do que a leitura de o "Ensaio sobre a cegueira" recomenda-se, do mesmo autor, "A viagem do elefante", para que se recorde o esplendor da nossa Formação. Raphinha promete, mostra preocupação em combinar com os companheiros do ataque (deu a assistência para Matheus) e inteligência na exploração dos espaços deixados vagos pelos adversários. Doumbia foi...Doumbia. Em apenas 1 minuto revelou estar "fora dela". Primeiramente, em vez de se dar ao passe de Geraldes preferiu esticar em desmarcação, seguidamente ficou a pedir a bola no pé, perdendo o espaço nas costas dos franceses. Na área mostrou a ineficácia habitual, aspecto onde Fredy Montero também falhou, ele que tinha protagonizado um remate muito perigoso na primeira parte. O costa-marfinense parece um corpo estranho na equipa. Ainda assim, destacou-se por uma abertura a isolar Jovane Cabral (fora-de-jogo?). Jovane parece a versão beta de Matheus. Prometeu o garoto com boas acções pela ala direita e um remate, de livre, com muito veneno na bota. 

 

Em resumo, uma vitória importante e moralizadora contra uma boa equipa a mostrar que o nosso miolo do terreno carece de reestruturação. O caminho faz-se caminhando. 

 

Tenor "Tudo ao molho...": Matheus Pereira

matheuspereira.jpg

 

5 comentários

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    Anónimo 15.07.2018

    Wendell não jogou grande coisa embora tenha jogado bastante tempo. Atrás do ponta-de-lança, como 10, ou como o elemento mais avançado do trio de meio-campo, o que vaI quase dar no mesmo, não tem qualidade parea jogar no Sporting. O que fazia no Brasil não pode fazer em Portugal ou na Europa. Não há espaço para as cavalgadas com transporte de bola sem pressão finalizadas por potentes e colocados remates. Acresce o facto de termos alternativas para a função com muito mais qualidade. A começar por Bruno Fernandes.
    Wendell pode jogar como médio ala do lado direito mas, infelizmente para ele, há melhores soluções no Sporting com destque para Matheus Pereira.
    Foi um erro a sua aquisição e um disparate o valor que por ele se pagou. Não o conseguimos vender por metade do valor pago, tal como aocnteceu com Alain Ruiz. "Fazer" de Brian Ruiz não parece estar ao alcance de Wendell, nem de perto nem de longe. Pode fazer de Wendell e isso é pouco.
    Wendell e outros jogadores que o Sporting adquiriu como Misic, Petrovic, Alain Ruiz, Elias, Matheus Oliveira, Marcelo, Castaignos, Andre, e os empréstimos de Campbell e Markovic, servem apenas para duas coisas: 1º - consumir recursos escassos e, por essa via, gerar endividamento do clube, que iremos pagar enquanto sócios, e comissões que os beneficiários, de forma egosita, não partilham connosco; 2º - impedir a afirmação dos nossos talentos que, coitados, nunca são capzes de aproveitar os "generosos" 20 minutos que lhes oferecem e mostrar todo o seu talento e toda a sua múltipla gama de capacidades.
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    Pedro Azevedo 15.07.2018

    Concordo genericamente consigo, caro anónimo.

    Colocar Geraldes quando simultaneamente se faz sair Raphinha, Matheus e Montero (perdendo-se as referências atacantes) é o quê? Pô-lo a tentar combinar com Doumbia no centro, o jovem Jovane na direita e o "rapidíssimo" Jonathan na esquerda é de facto uma grande oportunidade.

    P.S. apesar de tudo, julgo que Wendel tem qualidade. É um jogador que segue sempre o caminho mais curto para a baliza, vai perpendicular não anda para trás e para o lado. Tem é de melhorar na marcação e saber encaixar-se no espaço do adversário que tem a bola, área que Adrien tão bem dominava.
  • Sem imagem de perfil

    JG 15.07.2018

    Pois é meu caro Pedro a avaliação de Geraldes, como de qualquer jogador num determinado jogo não pode ignorar o contexto. Como referi num dos meus comentários iniciais Geraldes entrou quando saíram os jogadores que mais facilmente poderiam "comunicar" com ele.
    Subscrevo a tese de que Wendell tem qualidade. Não tenho dúvidas sobre isso. Parece-me um jogador quase ... bom. Talvez por isso não se destacouy assim tanto no Brasil e talvez pela mesma razão os tubarões europeus não se interessaram assim tanto por ele.
    Geraldes também tem qualidade. A que junta alguns defeitos. Precisda de ter a bola e de estar no centro do jogo e quando isso não acontece parece um pouco perdido. Tal como Wendell o nosso Geraldes não faz da recuperação defensiva a sua principal qualidade. Podemos mesmo salientar essa particualridade como o principal defeito de ambos. Neste contexto, pensando eu que Geraldes é bastante mais versátil e mais eficaz a atacar e a apoiar o ataque, a minha opção iria por não contratar Wendell e apostar em Geraldes.
    Toda esta nossa conversa repete uma conversa do ano passado e dos últimos anos. Aqui chegados estamos sempre confrontados com a forma como destruímos a nossa principal qualidade: sermos um clube formador com resultados ímpares no contexto europeu. Contrariamente ao Barcelona que valoriza ad nauseum os seus formados nós especializámo-nos em madá-los à fava logo que chegam à idade adulta. E nem tem sido na maior parte dos casos uma fava rica.
    Para não dramatizar é importante dizer que Peseiro tem vindo a propor um modelo de jogo interessante, que pode conduzir à formação de uma boa equipa. O resto iremos vendo, umas coisas mais cedo e as outras com o correr do tempo.
    SL
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    Pedro Azevedo 15.07.2018

    Tal como na indústria farmacêutica, por exemplo, e dados os preços actuais proibitivos do mercado, o Sporting deve apostar em Research&Developmente (pesquisa e desenvolvimento). A pesquisa é o "scouting", o descobrimento de jovens talentos ainda em idade infantil, actividade em que Aurélio Pereira e a sua equipa se têm distinguido. O desenvolvimento cabe aos técnicos que acompanham estes jovens ao longo da sua carreira juvenil. Sobre isto, devo dizer que me preocupa o que se tem vindo a passar com a equipa júnior. Jogadores como Diogo Brás, Bernardo Sousa ou Gonçalo Costa - os mais talentosos da sua geração - tiveram muito poucas oportunidades no seu primeiro ano no escalão e não sei se progrediram ou regrediram. Por outro lado, não faz sentido investir na fábrica se o edifício principal fechar as portas aos jovens talentos. Tudo isto deve ser repensado. Um grande jogador tem sempre lugar em qq equipa, mas contratar jogadores de uma classe média não me parece desígnio possível de um grande Sporting. Desses temos nós em barda.

    Quanto ao modelo de jogo de Peseiro também simpatizo. Parece-me uma boa proposta de jogo e com muita dinâmica dos 3 da frente. Acredito que com a inclusão de BF também se veja outro dinamismo no meio campo, outro tipo de movimentos interiores que ontem simplesmente não observámos.
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