Tudo ao molho e FÉ em Deus - Carrossel em Baku
A semana europeia começou com o jogo entre o Hoffenheim e o Braga, perdão, entre o Bayern e o Benfica, ou seja, entre o quinto classificado do campeonato alemão e o quarto do campeonato português. Todavia, julgo que há que dar desconto à derrota do Benfica: depois do Black Friday tivemos o Benfica Tuesday, uma mão-cheia de presentes de fazer corar qualquer e-Toupeira, que veio confirmar que o Benfica não se dá bem com arianos, pois já no Jamor - where the teams have no name - havia perdido com uma SAD de marca branca. A continuar assim, iremos ouvir mais o "venham mais cinco" do Zeca que o "papoilas saltitantes..." (Ser Benfiquista) do Piçarra...
De seguida, o Porto não alinhou em brindes venceu o Schalke, qualificando-se para a próxima fase da Champions. E chegámos a Quinta-feira e ao jogo dos leões. O Sporting é um clube "sui-generis", onde se discute mais o número de horas que um presidente deve dormir do que se os jogadores estão acordados em campo. Mas a verdade é que com Keizer eles parecem bem despertos. Há quem diga que jogamos fácil, mas no futebol o mais difícil é jogar fácil, ao primeiro/segundo toque, com movimentação constante dos jogadores a darem linhas de passe e com a baliza sempre na mira. Tal exige recepção de bola, leitura de jogo e passe, capacidade de remate e muita disponibilidade física.
Hoje, de um lado estava o Qarabag, do outro um clube que quer "bago". E a verdade é que a jogar assim estamos mais próximos de melhorarmos as nossas finanças. O jogo praticamente começou com o golo de Bas Dost: Bruno Gaspar foi solicitado na direita por Diaby, olhou, e não vendo ninguém na área centrou atrasado para Dost. O holandês rodou sobre a bola e foi carregado já na grande área. Na conversão do "penalty" dostou como de costume. Um-azeri para o Sporting. O Qarabag não acusou o toque e aproveitou uma falha de Bruno Gaspar, que não respeitou a linha de fora-de-jogo, para igualar o marcador. Temia-se a tremideira, mas a partir daí só deu Sporting: Bruno Fernandes, a passe de Wendel e com a colaboração do guarda-redes islandês dos azeris, marcou o segundo, e Nani, num grande trabalho individual (iludiu 4 azeris), novamente servido por Wendel, o terceiro. De referir que essa jogada teve ainda a participação de Coates, Diaby e Dost e que foi feita sempre em progressão. Ainda houve tempo para o brasileiro perder o quarto e para Bruno Fernandes salvar sobre o risco um golo da equipa do Azerbeijão. No segundo tempo, Wendel (sempre ele) serviu Diaby para o poker de golos e voltou a aparecer (uff) para servir Bruno Fernandes para a "manita". Pelo meio voltou a desperdiçar uma boa oportunidade. Finalmente, numa jogada iniciada por Bruno Fernandes e continuada por Jovane Cabral, Diaby facturou o sexto com um bom apontamento técnico.
Respira-se ar fresco hoje em Alvalade. Em muito pouco tempo, Keizer conseguiu pôr o Sporting a jogar à bola. Um futebol fuido, de passe e desmarcação, num carrossel mágico assente no centro do terreno. Para além disso, a reacção à perda de bola melhorou bastante desde Viseu, o que mostra que os jogadores estão a assimilar bem os processos. Todavia, há um aspecto que cumpre melhorar e que se prende com a deficiente cobertura do segundo poste, aquando dos cruzamentos.
O treinador leonino deu ainda durante o jogo oportunidade a miúdos saídos da nossa Formação, fazendo entrar o renascido Mané, Jovane Cabral e o estreante Thierry Correia. E depois há o caso Wendel: um jogador "lost in translation" de mandarim, mas que parece ter aprendido bem o holandês...
Tenor "Tudo ao molho...": Wendel