Tudo ao molho e FÉ em Deus - Apocalypse Nou
Ao contrário do que muitos poderão pensar, apocalipse não significa o "fim do mundo", mas sim a revelação de coisas que permaneciam desconhecidas. Nesse sentido, Jesus exibiu hoje ao mundo, em Camp Nou, a "táctica dos 3 defesas", a qual mantivera no segredo dos deuses desde o início da época.
Estando Patrício entre os postes, Piccini, Coates e Mathieu formaram o trio defensivo, com Ristovski a fazer toda a ala direita (em teoria, está claro) e Acuña a ala esquerda, sendo que o argentino jogou sempre a partir de uma posição mais recuada que o macedónio. William, Battaglia e Bruno César completaram o quinteto do meio-campo e Bruno Fernandes e Alan Ruiz ocuparam as posições mais adiantadas no terreno. Um 3x5x2 com boa vontade, dadas as características dos "atacantes".
A equipa culé pareceu baralhada e, na verdade, durante a primeira parte apenas por uma vez incomodou a baliza de São Patrício, quando Luis Suárez iludiu a marcação do seu compatriota Coates e surgiu na cara de Rui, o qual executou a "mancha" com maestria. É certo que no ataque fomos uns gatinhos, os nossos jogadores não causando mais do que uns arranhões nos blaugrana (dois remates de Bruno Fernandes e uma arrancada voluntariosa de Battaglia aos 21 minutos), exceptuando o amorfo Alan Ruiz, subitamente despertado de uma prolongada letargia para, irresponsavelmente, marcar violentamente o tornozelo de um jogador da cidade condal, num lance em que o árbitro foi bondoso ao apenas o punir com o cartão amarelo, em vez de lhe conceder um prematuro duche escocês.
Para a segunda parte, JJ tentou arriscar mais um pouco, retirando o inoperante Alan - um jogador "sem cabeça" nunca poderia ganhar bolas pelo ar - e o arrítmico Ristovski e colocando Bas Dost e Gelson Martins, alterando posteriormente o seu sistema para o habitual 4x3x3, pós troca de Bruno César (só dura 60 minutos) por Fábio Coentrão . O treinador leonino acabaria traído pela desatenção fatal de marcação, de Gelson, no canto que deu origem ao primeiro golo do Barça (57 minutos) e pelo falhanço de Dost na cara do golo, após centro excepcionalmente executado por Bruno Fernandes (61 minutos).
Tempo ainda para uma grande parada de Rui Patrício, a remate de Messi, para nova perdida de Dost (desta vez assistido por Coentrão) e para mais um momento de infelicidade (Mathieu) que resultou em novo auto-golo (Coates já havia "marcado" em Alvalade).
Destaques pela positiva para Coates, Bruno Fernandes, Patrício e Piccini, exactamente por esta ordem (decrescente) e pela negativa para Ruiz, William e Dost (um ponta-de-lança não pode deixar de marcar pelo menos uma daquelas oportunidades).
O árbitro, proveniente da Escócia, esteve globalmente bem, mas ficaram dúvidas sobre a legalidade do desvio de Digne na área do Barcelona, durante a primeira parte, naquilo que pareceu um "vintage penalty", conservado e maturado em cascos de carvalho e tudo.