Triste e sem solução
Foi dos jogos mais tristes que vi em Alvalade. Ou melhor, foi dos jogos em que me senti mais triste em Alvalade.
Como é possível entrar em campo contra uma equipa que vinha de uma derrota por 2-3 no seu estádio contra o Tondela e ser completamente manietado durante os primeiros 45 minutos, num jogo de máxima importância que poderia garantir a qualificação para a Champions?
Como é possível entrar em campo com dois jogadores semi-aptos, ou semi-lesionados, num jogo com esta importância e depois de 6 vitórias seguidas sem eles (com excepção de 72 minutos de Piccini no jogo com o Porto)? Que estratégia de condução de homens é esta?
Como é possível estar 90 minutos em campo sem criar uma oportunidade de golo e sem fazer um remate à baliza?
Como é possível ver tantos adeptos a sofrer nos minutos finais para segurar o 0-0 e a aplaudir efusivamente a equipa no final como se o objectivo deste jogo fosse não jogar nada e deixar tudo nas mãos do melhor guarda-redes do campeonato?
Sim, há 2 lances para penalty, mas isso não altera nada do que refiro sobre a sofrível e triste exibição.
Com um treinador que em 18 pontos possíveis com as equipas da frente apenas consegue fazer 4 pontos, duvido que alguma vez possamos vir a ser campeões. Este facto só demonstra o complexo de inferioridade que Jorge Jesus tem e que transparece para toda a equipa. É um treinador temeroso!
E mesmo nos 4 míseros pontos conquistados, fomos inferiores em todos os jogos e merecemos perdê-los!
Estou ciente de que a opinião generalizada é de que Jorge Jesus é a melhor solução e não há melhor que ele em Portugal, mas confesso que essa não é a minha opinião. Comentários como: "Mas quem é que ias buscar melhor que ele?" nada mais significam que a aceitação tácita da inferioridade. Se assim não fosse, Sérgio Conceição não seria campeão!
Cá estaremos, em 2018/2019, para mais um ano de Jorge Jesus, na esperança de que na época seguinte venha um treinador com ambição, que é coisa que Jorge Jesus não tem.