Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

És a nossa Fé!

Trio da frente reforça liderança isolada

Arouca, 0 - Sporting, 3

descarregar.webp

Trincão e Pedro Gonçalves celebram em nova noite festiva para o Sporting, líder do campeonato

Foto: Paulo Novais / Lusa

 

Era sexta-feira, 13. Mas, em Arouca, o azar andou bem longe. Pelo menos para nós. Saímos de lá com os mesmos números da época passada: vitória por três golos sem resposta, com as nossas redes imaculadas pelo terceiro desafio consecutivo. Com uma diferença substancial: no campeonato anterior, aos 90', vencíamos apenas por 1-0. Desta vez o resultado foi construído antes de chegar o tempo extra.

Jogámos longe, mas até parecia estarmos em casa, tanta foi a maré verde exibida nas bancadas arouquenses nesta partida em que o nosso ex-jogador Chico Lamba se estreava no bloco defensivo da turma adversária. 

Tínhamos uma vantagem em comparação com o confronto de 2023/2024: desta vez o embate em Arouca ocorreu no Verão, com tempo seco, em contraste absoluto com a enlameada partida registada há largos meses, imprópria para um bom espectáculo de futebol.

Mas algo poderia favorecer a turma da casa: vários dos nossos jogadores vinham de viagens longas, ao serviço das respectivas selecções, e mal tiveram tempo para retomar fôlego no regresso ao canto mais ocidental da Europa. Aconteceu, por exemplo, com Morita e Geny, que actuaram pelo Japão e por Moçambique, Compreendeu-se, por isso, que estivessem fora do onze inicial. Tal como Eduardo Quaresma, titular da selecção sub-21.

Outro regressado de viagem - e estreante pelo Sporting na temporada em curso - foi o guarda-redes Franco Israel, forçado a calçar face à ausência de Vladan por lesão que deverá retê-lo durante cerca de três semanas. O jovem internacional uruguaio deu boa conta do recado. Tal como o seu compatriota Maxi Araújo, caloiro leonino que entrou já na fase final da partida. Estreia absoluta que mereceu aplausos.

 

O jogo pode resumir-se a esta frase; domínio absoluto do Sporting. Em transições pelos corredores laterais, entregues à esquerda a Nuno Santos (também estreante nesta época, enquanto titular) e à direita a Quenda. E com a bola sempre controlada, com Daniel Bragança a pautar o jogo ofensivo no corredor central e Morten uns metros atrás, de sentinela às operações de recuperação, aliás escassas.

O Arouca optou por estacionar o autocarro à retaguarda, velho expediente das equipas sob o espectro permanente da despromoção quando enfrentam conjuntos superiores. Foi o caso: chegaram a ter dez homens atrás da linha da bola, confinados a um espaço de 30 metros defensivos.

O objectivo essencial, para o Sporting, era furar aquela barreira. Tarefa concluída ao fim de 24 minutos graças ao saca-rolhas Francisco Trincão, que serpentou pela grande área, na meia-direita, e centrou com perfeição geométrica para Pedro Gonçalves finalizar, num raro golo de cabeça e sem sequer sentir necessidade de tirar os pés do chão.

 

Chegou-se ao intervalo com 1-0. Faltava fazer o resto. Aconteceu na conversão dum penálti, aos 71', por controversa decisão partilhada pelo árbitro João Pinheiro e pelo VAR João Gonçalves. Após rápida infiltração de Pedro Gonçalves no reduto arouquense e a bola a bater à queima-roupa no braço de Fukui. Um dos tais lances que, se tivesse sido contra nós, levantaria ondas de indignação com o típico grito calimérico «Somos sempre roubados!»

Chamado a bater a grande penalidade, Gyökeres cumpriu a função com o brilho habitual. Daí liderar, sem surpresa, a lista dos melhores marcadores do campeonato: são já oito golos em cinco jornadas.

Estava para vir o melhor da noite. O último, apontado por Trincão - homem do jogo - noutra exuberante manifestação de técnica futebolística em que sentou três defesas adversários e disparou de longe, num remate muito bem colocado. Caía o pano aos 80': tempo suficiente para Rúben Amorim, já descansado, rodar ainda alguns jogadores, já a pensar no desafio europeu de amanhã.

Nota muito positiva, uma vez mais. Olha-se para a classificação e percebe-se como é justificada a euforia entre os adeptos leoninos: cinco jogos cumpridos, cinco triunfos averbados. Liderança isolada, com 15 pontos. FC Porto três pontos atrás, Benfica cinco pontos mais abaixo.

 

Breve análise dos jogadores:

Israel - Aproveitou bem a oportunidade, nesta estreia na baliza leonina em 2024/2025. Cumpriu com defesas aos 39' e aos 50'. Parece mais seguro entre os postes do que Vladan.

Debast - Estreante como titular no campeonato, fez boa exibição como central à direita. Destacou-se sobretudo no capítulo do passe ofensivo aos 4', 11', 17' e 90'+7. Irradia confiança.

Gonçalo Inácio - Desta vez como central ao meio, tentou golo de cabeça após canto aos 45'+2: faltou-lhe afinar um pouco a pontaria. Grande passe longo para Nuno Santos aos 62'.

Matheus Reis - De regresso a titular, pareceu algo incómodo como central à esquerda. Logo no primeiro minuto deixou Jason fugir: podia ter dado golo ao Arouca.

Quenda - O n.º 57, agora com vínculo renovado ao Sporting, conquistou a posição como ala direito. Deu início ao primeiro golo ao descobrir Trincão entre a muralha arouquense.

Morten - A lesão já ficou para trás, vai voltando à boa forma anterior. Mesmo assim, esteve mais retraído do que nos habituou, permitindo libertar o colega do meio-campo.

Daniel Bragança - Grande exibição na "casa das máquinas" do onze leonino, como médio criativo, a distribuir jogo. Quase marcou num tiro aos 43'. E assistiu Trincão no terceiro.

Nuno Santos - Em noite de estreia a titular na Liga 24/25, andou longe do melhor. Destaque para um centro aos 62': deu autogolo, mas foi anulado por deslocação (18 cm, disse o VAR).

Trincão - Deu espectáculo em Arouca. Primeiro como estreante em assistências no campeonato: trabalhou muito bem para o golo inicial. E selou o resultado com o melhor golo da noite.

Pedro Gonçalves - Continua a facturar - desta vez até de cabeça. Imperou como interior na meia-esquerda. Sacou penálti aos 67', Balanço até agora: quatro golos, três assistências.

Gyökeres - Quando apenas marca um golo, já nos parece pouco. Foi o caso: desta vez só a meteu lá dentro de penálti, aos 71'. Mas trabalhou muito para a equipa, levando todos atrás.

Geny - Substituiu Nuno Santos aos 74'. Aos 78', transitou para o corredor direito, onde está mais à vontade. Rematou ao lado (86').

Diomande - Rendeu Matheus Reis aos 74', mantendo a solidez do nosso bloco defensivo. Sem nada de especial a destacar.

Maxi Araújo - Foi a estreia da noite, vindo do Uruguai. Substituiu Quenda aos 78' e sobressaiu logo na primeira jogada, num ataque como ala esquerdo: quase assistiu Pedro Gonçalves.

Morita - Entrou aos 78', substituindo Morten. Grande trabalho na meia-direita aos 90'+4, servindo Pedro Gonçalves. Poderia ter gerado golo.

Edwards - Em campo desde o minuto 83, rendendo Trincão. Desta vez sem sobressair.

6 comentários

Comentar post

{ Blogue fundado em 2012. }

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

 

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D