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És a nossa Fé!

Três golos, dois lesionados, uma expulsão

Sporting, 2 - Sevilha, 1 (jogo-treino)

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Rodrigo Ribeiro: momento de glória no Estádio Algarve, com um golo e uma assistência

 

Jogo amigável, mas não muito. Houve demasiada dureza do Sevilha, equipa escolhida para este último desafio de preparação do Sporting antes do início da temporada oficial de futebol. Há três dias, num Estádio Algarve com muito público embora longe de estar cheio. 

Quem pretendia voltar a ver Gyökeres em campo, desiludiu-se. O astro sueco voltou a estar fora do onze: Rúben Amorim preferiu usá-lo num desafio à porta fechada, nessa manhã de terça-feira, contra o Farense. Vencemos 3-0 - os três golos foram marcados por ele.

 

Mas só falo de jogos a que assisto. É o caso deste.

O que vi? Uma equipa bem organizada, controlando os corredores ofensivos do Sevilha, sem revelar temor da pressão adversária sobre a nossa saída de bola. Diomande, no eixo da defesa, controlava as operações lá atrás. Morita, quando necessário, recuava em auxílio à linha defensiva. Outras vezes era Geny quem recuava, permitindo o avanço sistemático de Nuno Santos, na ala oposta, a esticar o jogo.

Novidade maior foi a inclusão de Rodrigo Ribeiro como avançado-centro, bem servido por Pedro Gonçalves pela esquerda e Trincão pela direita. O jovem cumpriu a missão que Rúben Amorim lhe confiou. De tal maneira que apontou um golo, fez passe decisivo para o outro e emergiu como melhor em campo.

Vladan voltou a estar entre os postes, pelo segundo jogo consecutivo. Entre as ausências, além do craque sueco, também se registou a falta de dois titulares habituais: Gonçalo Inácio e Morten.

 

Alguns dirão que o Sevilha era adversário fraco para um desafio de preparação quase em cima do recomeço do calendário oficial das competições. É verdade que a equipa andaluza andou pelos últimos lugares da tabela no campeonato anterior e chegou ao fim na 14.ª posição. Mas convém não esquecer o seu currículo: cinco vitórias na Liga Europa entre 2014 e 2023. E há um ano perdeu à tangente a Supertaça Europeia, sendo derrotada só nos penáltis pelo poderoso Manchester City.

Basta para qualificá-la como antagonista de respeito.

 

Dominámos e vencemos. Com dois grandes golos.

O primeiro, aos 14', culminando magnífica jogada colectiva. Iniciada por Eduardo Quaresma na ala esquerda: colocou-a em Nuno Santos, que progrediu em rápida tabelinha com Pedro Gonçalves, confundindo as marcações do Sevilha. Mal a bola foi devolvida a Nuno, Este serviu Rodrigo Ribeiro com milimétrica diagonal que funcionou como verdadeira assistência para golo. O jovem avançado, frente ao guarda-redes, não perdoou: encaminhou-a para o sítio certo. Talvez estivesse em fora-de-jogo, as imagens não esclarecem. Mas sem vídeo-árbitro, foi validado sem discussão.

O segundo surgiu aos 17 segundos do segundo tempo, mal soara o apito do árbitro para o recomeço da partida. Novamente com Rodrigo no centro das atenções: desta vez, para variar, foi ele a servir. Oferecendo a bola a Trincão, que agradeceu e marcou, num toque de classe, picando-a sobre o guardião dos andaluzes. 

 

O jogo, a partir daí, baixou de intensidade. Com o Sporting a controlar, o Sevilha em busca do golo mas com notório défice de talento. Adivinhava-se a vitória leonina, mas ainda se registaram dois percalços: um cartão vermelho exibido a Diomande pelo árbitro Fábio Veríssimo por falta absolutamente escusada sobre o extremo do Sevilha. Num amigável, quando já vencíamos por 2-0 e a sete minutos do fim. Deve servir de alerta a Diomande como eventual sucessor de Coates: não basta ter bom físico, bons dotes técnicos, eficiente jogo de pés. Também precisa de usar a cabeça para raciocinar em lances como este.

Jogámos com dez a partir daí. E foi já nesse cenário que sofremos o golo, aos 86'. Com a bola a ressaltar em Eduardo Quaresma, traindo Vladan.

Pior foi termos perdido dois jogadores por lesão. Primeiro Nuno Santos, magoado num joelho aos 28'. Depois St. Juste aos 52', por incapacidade muscular logo após ter acelerado mais do que devia.

Não contaremos com eles na Supertaça. O holandês, aliás, já estava excluído, a cumprir castigo, tal como Matheus Reis. Dor-de-cabeça para Amorim. Com três baixas na defesa (contabilizo aqui Coates, que nos deixa com saudades), esta é uma dor-de-cabeça má.

 

Breve análise dos jogadores:

Vladan - Pouco trabalho. Não fez uma defesa na primeira parte. Sofreu golo aos 86', no primeiro remate dos espanhóis digno desse nome. Sem culpa.

Eduardo Quaresma - Começou como central à esquerda, posição em que não se sente confortável. Apesar de tudo, mostrou-se combativo. Iniciou lane do primeiro golo.

Diomande - Assumiu-se como comandante do trio defensivo, já com Coates fora da equipa. Iniciou golo 2 com passe longo para Rodrigo. Expulso aos 83': não havia necessidade.

Geny - Deu primeiro sinal de perigo, rematando ao lado (10'). Inflectiu muito da ala para o centro, transportando a bola como ele sabe. Precioso corte de carrinho aos 64'.

Morita - Operário sempre activo na casa das máquinas. Baixou para defesa sempre que foi necessário. Atento às recuperações, sem descurar acções ofensivas.

Daniel Bragança - Com Morten e Gonçalo ainda ausentes, foi desta vez o capitão da equipa. Discreto, talvez em demasia, fez parceria eficaz com Morita no meio-campo.

Nuno Santos - Estava a ser o melhor em campo até se lesionar, aos 28'. Excelente assistência para o primeiro golo, queimando linhas para servir Rodrigo na perfeição.

Pedro Gonçalves - Preciosa tabelinha com Nuno na construção do primeiro golo. Podia ter marcado também: aos 70', rematou ligeiramente ao lado; aos 75', falhou chapéu por centímetros.

Trincão - Um dos melhores. Marcou o segundo golo, ao minuto 46, contornando opositores com primor técnico. Aos 75', grande recuperação: ofereceu golo a Pedro Gonçalves, que falhou por pouco.

Rodrigo Ribeiro - Aos 19 anos, demonstrou ao treinador que pode contar com ele. Figura do jogo ao marcar o primeiro e fazer o passe que permitiu o segundo.

Esgaio - Único trintão que resta no plantel. Substituiu Nuno Santos aos 31', actuando como ala esquerdo. Passou para ala direita e depois central na segunda parte. Polivalente.

Travassos - Maior surpresa deste jogo: entrou aos 53', substituindo o lesionado St. Juste. Mas actuando como ala esquerdo. Tem 20 anos, sonha com lugar na equipa. Cumpriu.

Miguel Alves - Estreia absoluta, aos 18 anos: substituiu Geny aos 85'. Central da formação, não esquecerá estes escassos minutos em campo num jogo que vencemos.

Samuel Justo - Entrou aos 90' para render Eduardo Quaresma. Teve pouco trabalho. Ou nenhum.

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