The Next Big Thing
Se o que os jornais proclamam é verdade é porque a direcção do Sporting - os 2Vs, Varandas & Viana - está absolutamente convicta de que Ruben Amorim é mesmo "the next big thing". Entenda-se, o "novo Mourinho". Têm informações sobre isso, relatórios sobre a sua extraordinária metodologia e testemunhos da sua (quase) inédita capacidade de liderança, já demonstrados na equipa secundária do Braga, e confirmados nesta sua ainda breve passagem pelo plantel principal do "Arsenal minhoto". Pois dar meia dúzia de milhões de euros, a um rival directo ainda para mais, juntando-lhe as licenças desportivas de central, trinco e avançado que poderão, se com maus fígados de Salvador e dedo de Mendes, chegar a valer 30 ou 45 milhões de euros no "mercado" futebolístico actual (para além do que jogam e jogarão pelo clube), é totalmente excêntrico. Para não dizer mais.
Não digo que seja disparate, pois se o homem Amorim é mesmo "The Next Big Thing" valerá o investimento. Não será um disparate mas decerto que completamente imprudente, pois haverá sempre a hipótese de que Amorim seja apenas um bom, ou mesmo excelente, treinador. Ou seja, que não valha tamanho pagamento a um, repito, rival directo. Enfim, se isto é verdade é mais uma varandice, uma "fézada!", concordante com a forma como tem (têm) gerido o futebol. Suicidária, dir-se-ia. Dir-se-á.
O meu contributo para a lida dos 2Vs? Amorim é para contratar? Não há dinheiro para pagar a sua cláusula de rescisão? Venda-se, pelos tais 6 milhões e tal de euros que custou, este Rosier, outra das "fézadas" dos 2Vs. E passe-se o dinheiro ao Braga. E então que venha o Amorim, que bem poderá treinar o clube sem este lateral-direito suplente.
Agora, pagar e ainda por cima dar 3 jogadores daqueles? Estes 2Vs estão loucos? Ou a gozar connosco? Cada vez mais me inclino pela segunda opção.
Adenda: que fique explícito, que me parece não o ter ficado no postal, pois sei que a minha ironia, infelizmente, é pouco talentosa. Estas notícias são falsas (só o podem ser). E foram "plantadas" (especulo, claro) para que, a posteriori, se louve uma qualquer outra decisão relativa à contratação de um novo técnico. Que será menos onerosa. E, sempre, muito menos irracional. Mas tudo isto se trata de uma estratégia comunicacional indigna, desrespeitando os associados (e a massa adepta) do qual a direcção depende e face aos quais está obrigada à lisura de comportamentos. Ou seja, à lealdade na comunicação. Entenda-se bem, se isto está a ser veiculado por fontes da direcção, como é tão óbvio que o esteja a ser, seguindo esta estratégia confusionista, é razão suficiente para a sua demissão. Não digo razão estatutária, jurídica. Mas razão moral.