Teorias das relatividades
Na vida tudo é relativo e com o resultado do Porto a nossa derrota com o Chaves tornou-se bastante menos má.
Num caso e noutro, houve claro desrespeito de SCP e de FCP para com os adversários e mesmo horas, dias depois, vi muito pouco mérito a ser reconhecido a Rio Ave e ao Chaves.
Aliás, é pena é que haja poucos destes resultados.
Se houvesse mais jogos destes, em que o clube mais fraco e mais pobre se impõe sem espinhas, talvez as nossas equipas conseguissem ser mais competitivas lá fora, menos perdulárias, menos dadas a individualismos e erros evitáveis.
O que se viu nos nossos jogadores - e depois nos do Porto - , foi um misto de incredulidade e sensação de chatice porque agora tinham de correr atrás de um resultado positivo que acabou por não aparecer.
Não me parece que num caso e no outro, sejam precisos reforços de 15 milhões. Porque se forem precisos reforços de 15 ou 20 milhões para ganhar a Chaves e ao Rio Ave, então há aqui qualquer coisa que não faz sentido nenhum… Reforços de 15 ou 20 milhões são para ganhar a Porto/Benfica/Sporting e Braga e assim chegar à Champions, não são para vencer clubes ditos pequenos.
Mas também se digam estas duas coisas:
- os clubes pequenos tiveram a ‘sorte’ do jogo (o Porto falhou um penalti e podia ter empatado no tempo de compensação; o primeiro golo do Chaves é quase um acaso, pela trajetória da bola). Não há mérito em ter sorte, mas também não há demérito.
- os clubes pequenos não aguentam este tipo de compromisso nos jogos do seu próprio campeonato. No inconsciente dos seus jogadores e treinadores está a clareza de saberem que lhes darão muitíssimo mais atenção quando competem com um grande do que nos jogos com clubes de valor análogo.
Para chegar onde? A isto: Braga e Benfica haverão de ter também os seus dias em que tudo corre mal e tudo corre bem aos seus oponentes.