Tempo de reflexão!
O caso do fim-de-semana não foi o clássico, nem o Arouca-Sporting, mas estupidamente o jogo de uma divisão inferior, onde um atleta agrediu barbaramente, com uma joelhada, um árbitro de campo. Simplesmente lamentável! E evitável…
Só que se olharmos bem para o futebol da primeira liga e respectivos adeptos, quantos de nós já tivemos vontade de fazer o mesmo a um árbitro? Sinceramente… respondam lá!
Esta ideia ou vontade, como lhe queiram chamar, não é nada que me orgulhe, mas, bolas, também sou humano…
Só que a génese deste problema não está certamente só nos adeptos ou nos jogadores. Creio mesmo que o nosso dirigismo é, indirectamente, hiper-culpado neste tipo de situações. Primeiro são alguns presidentes de clubes que, de forma velada ou mais evidente, tentam controlar diversos sectores do futebol, de forma a recolher os maiores benefícios. Depois são os próprios líderes das claques que se deixam envolver em relações (muito) pouco transparentes.
Se somarmos a isto as apostas clandestinas e outras, temos um sector profundamente dividido para não dizer vendido, à mercê de quem pagar mais… Com as respectivas consequências. E nem é necessário vir para a rua dizer que um dia alguém matará um árbitro. Já todos sabemos que esse risco é cada vez maior.
Ora como se resolve então esta espécie de guerrilha sem sentido? Não será com uma varinha mágica, como é óbvio, mas com profilaxia… prevenir antes de acontecer. Ou, dito de outra forma, procuremos as verdadeiras origens do problema e cortemos-lhe o mal pela raiz.
Talvez assim consigamos evitar males maiores para o nosso futebol.