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És a nossa Fé!

Tangerina Mecânica

Os mais antigos provavelmente se lembrarão da grande selecção holandesa que liderada por Rinus Michels e com Cruyff chegou à final do Mundial de 1974 e que contava com um tal Piet Keizer como defesa esquerdo, e da alcunha que receberam de Laranja Mecânica inspirada por um célebre filme de Kubrick que vi maravilhado no cinema Império quando ainda não tinha idade para ver tal coisa.

Bom, veio das Arábias um sobrinho (?) do tal defesa esquerdo, e se não temos nada parecido com o futebol total daquela selecção, temos pelo menos qualquer coisa que começa a dar resultados e que rompe completamente com o que tem sido o futebol do Sporting nos últimos anos. Vemos um futebol apoiado, estruturado num 4-3-3 dinâmico, em progressão em um dois toques, com a baliza nos olhos, a aproveitar todo o campo, perde a bola e recupera em 5 segundos ou faz falta, recua para atrair o adversário e progredir depressa, enfim um conjunto de bons princípios a que os jogadores aderiram, e, não falando nos consagrados, vemos coisas que nunca vimos antes, Wendel a desabrochar, Gudelj e Diaby a justificar porque vieram, Coates a fazer passes frontais como nunca o vi fazer, Renan a fazer de libero com critério, etc...

Obviamente estes dois jogos foram de preparação da equipa com este novo modelo para o resto da época, os adversários revelaram-se fáceis de lidar, o modelo tem fraquezas evidentes que os adversários podem explorar, a começar na transição defensiva quando a equipa perde a bola na zona central com muita gente subida no terreno, e tambem pelo esforço pedido aos  extremos para ajudarem os laterais no processo defensivo (já se tinha visto em Londres Diaby completamente alheado dessas tarefas, e hoje isso foi evidente no golo sofrido), mas francamente gostei e estou à espera de mais. 

E se não chegarmos a ser Laranja Mecânica, pelo menos que consigamos ser uma Tangerina, com um futebol atractivo conjugando mecanização com criatividade, que contribua para unir a desunida massa adepta e que nos conduza a patamares que não pensávamos possíveis.

SL

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