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És a nossa Fé!

Tal como a França, a Espanha e o Brasil

Portugal, 1 - Coreia do Sul, 2

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Ricardo Horta: estreia de sonho como titular da selecção no Mundial

(Foto: EPA)

 

Não há três sem quatro. Aconteceu hoje à selecção portuguesa o que sucedeu às de França, de Espanha e do Brasil: perderam o último jogo da fase de grupos do Mundial, quando todas já tinham garantido o apuramento para a segunda fase. No nosso caso, ao contrário dos espanhóis, estava também assegurado o primeiro lugar do Grupo H.

Tudo muito diferente do cenário ocorrido em 2002, no Mundial da Coreia e do Japão, quando também fomos derrotados pelos coreanos (0-1), o que nos fez abandonar o certame precisamente na fase inicial, fazendo as malas mais cedo. E não era por falta de qualidade da equipa das quinas, que contava com vários jogadores que hoje treinam equipas e selecções: Paulo Bento, Sérgio Conceição, Rui Jorge e Petit. Além de Figo, Pauleta, Vítor Baía, Beto e João Vieira Pinto - este a figura mais destacada, mas pela negativa.

 

Desta vez com a qualificação garantida, após vencermos Gana e Uruguai, os profetas da desgraça estavam antecipadamente fora de combate: o ansiado dia, para eles, ainda não chegou. A nossa selecção continua em prova no Catar, ao contrário de várias outras já recambiadas para o local de origem: Alemanha, Dinamarca, México, Uruguai e Bélgica - esta que só por delírio a FIFA mantém no segundo posto da tabela classificativa ao nível de equipas nacionais.

Perdemos por alguma disciplicência, excessiva descontracção face aos objectivos já concretizados e à ausência de alguns dos melhores, poupados pelo seleccionador para os próximos confrontos. Com destaque para Bruno Fernandes, à bica com um amarelo e que teve de ser gerido a pensar no desafio de terça-feira, frente à Suíça.

 

E até entrámos muito bem contra os coreanos. Com um golo logo aos 5', na primeira oportunidade, muito bem concretizada por Ricardo Horta - o melhor dos nossos nesta sua estreia como titular pela selecção. Golo em ataque rápido, com apenas três toques: passe longo de Pepe, centro perfeito de Dalot, oportuna desmarcação do avançado braguista dentro da área, metendo-a lá dentro sem a deixar pousar na relva.

A Coreia não baixou os braços, empatando aos 27' na sequência de um canto, com a bola a embater caprichosamente nas costas de Cristiano Ronaldo enquanto João Cancelo (desta vez lateral esquerdo mas ainda sem mostrar qualidade para integrar o onze titular) era incapaz de reacção.

Na segunda parte Portugal reequilibrou a partida, com boas exibições de Pepe, Vitinha e (a espaços) Matheus Nunes. Por contraste, actuações apagadíssimas de Cristiano Ronaldo e João Mário. André Silva e Rafael Leão, que entraram aos 64' para render Matheus e CR7, não fizeram melhor, longe disso.

O golo da vitória coreana aconteceu aos 90', numa espécie de réplica do que teve a assinatura de Ricardo Horta: ataque rapidíssimo, aproveitando o desposicionamento de toda a nossa equipa junto à baliza adversária. Três dos nossos - Dalot, Palhinha e William - foram incapazes de acompanhar Son, que correu cerca de 70 metros e endossou a bola à vontade, com vistoso túnel a Dalot, enquanto Bernardo Silva punha em jogo Hwang, que não perdoou frente a Diogo Costa.

 

Ficou por vingar a derrota de há 20 anos. Mas agora com duas diferenças: Portugal transita para os oitavos e Paulo Bento, então jogador das quinas, treina agora os sul-coreanos. Há, portanto, dois portugueses entre os 16 seleccionadores ainda em prova neste controverso Campeonato do Mundo. 

Bento, que orientou a selecção nacional antes de Fernando Santos, cessará contrato na Coreia após o Mundial. Poderá ser ele o sucessor de quem lhe sucedeu?

Nunca se sabe. A vida dá sempre muitas voltas. E o futebol também.

 

ADENDA: Há 20 anos que a selecção dos Camarões não vencia um jogo do Campeonato do Mundo. E há 17 jogos que o Brasil não perdia. Aconteceu hoje: Brasil, 0 - Camarões, 1.

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