Vemo-los correr lá em baixo, cair, levantar. Enquanto vestem a verde e branca são como nossos filhos, sobrinhos, primos. Deixam Alvalade mas ficam para sempre nas nossas memórias, nas histórias que contamos numa roda de amigos. Alguns, como o Ricky Van Wolfswinkel, ficam no coração. Estamos sempre contigo. Coragem, Leão!
Usar demasiadas vezes a palavra "águia" em manchete tem os seus custos: parece sempre tratar-se da mesma notícia. Por vezes até A Bola muda de alvo zoológico. Neste caso optou pelo lobo, wolf em holandês. E dá um toque filosófico ao título garrafal: "Benfica pensa em Van Wolfswinkel", gritava o vetusto diário na sua edição de 30 de Maio.
Lá diz a regra cartesiana: se pensa, logo existe. Mas toda a regra admite excepção. Ei-la, estampada nesta primeira página que merece ser emoldurada. Gritou-se "aqui há Lobo", mas não se vislumbrou tal bicho nas imediações do Colombo. O desmentido da direcção encarnada surgiu nessa mesma manhã: afinal o SLB não pensava coisa alguma. Ou tavez pensasse, pois "desmentia" a contratação de Derley, que acabaria por rumar à Luz...
Ricky Van Wolfswinkel, o holandês que tem voado baixinho desde que saiu do Sporting para o Norwich, joga agora no Saint Étiènne por empréstimo do clube inglês, entretanto despromovido à segunda liga. Marcou só um golito em 25 jogos no Norwich, o que certamente o torna muito menos cobiçável do que quando jogava em Alvalade.
Em comparação com ele, Derley é quase um craque: sempre marcou 16 golos pelo Marítimo. Resta saber se devemos dar menos crédito a certas manchetes ou a certos desmentidos.
Na vida todos fazemos de vez em quando más opções, meu caro Ricky. Aconteceu contigo, há um ano, quando decidiste trocar o futebol português pelo inglês. Concretizando: quando optaste por trocar o Sporting pelo Norwich.
Se tivesses ficado, meu caro, terias encontrado desta vez aquilo que te faltou por cá na época anterior: uma equipa motivada, estabilidade directiva, um comando técnico eficaz, um público sempre entusiástico, resultados no terreno e uma boa classificação no campeonato.
Terias jogado na equipa que terminou isolada no segundo lugar da Liga. Terias no horizonte imediato o patamar máximo do futebol europeu: o acesso à Champions, onde o Sporting jogará na próxima época.
Não tiveste nada disso no Norwich. Nem terás nada disso na próxima época, que começará da pior maneira para ti. O clube desceu de divisão, não és convocado como titular e já nem permitem que te sentes no banco de suplentes.
Aceita um abraço e a gratidão de quem apreciou o teu trabalho em Alvalade. Desejo-te boa sorte. E não esmoreças: melhores dias virão. Na vida, como no futebol, o importante é persistir. Os golos acabam sempre por acontecer.
O presidente cessante do Sporting decidia descapitalizar ainda mais a equipa principal de futebol apenas a três dias das eleições internas para a escolha do seu sucessor, retirando-lhe o único ponta-de-lança disponível. Godinho Lopes, para assegurar o pagamento de despesas correntes no clube, anunciava a transferência de Ricky von Wolfswinkel para o Norwich, por dez milhões de euros, cabendo ao nosso clube apenas 3,5 milhões pois 65% do passe já não estava na posse da administração leonina. Um mês antes, segundo fora noticiado, a direcção do Sporting tinha recusado uma oferta superior, do Dínamo de Kiev. A cláusula de rescisão do holandês estava fixada em 22 milhões de euros.
E nesse dia 21 de Março de 2013 já se falava na saída de Capel, em desespero de causa, para o cumprimento de um dever tão elementar como o do pagamento dos salários referentes ao mês de Fevereiro aos atletas e funcionários do clube. Não podia haver maior atestado de incompetência a uma equipa directiva.
"É numa hora destas que vale a pena fazer a pergunta: ainda há quem duvide que uma auditoria de gestão é absolutamente indispensável?", interrogava-se o Tiago Loureiro.
"O Sporting vive o momento mais crítico da sua história desportiva."
Disse Carlos Severino:
"Se não fosse o Rui Patrício, nesta época provavelmente o Sporting estaria em último lugar."
Disse Bruno de Carvalho:
"A guerra [no Sporting] vai acabar porque vai haver um líder, vai haver uma política desportiva de sucesso e uma reestruturação da dívida que fará com que isso deixe de ser um tema no Sporting."
Instalava-se a dúvida: o nosso único ponta-de-lança, Ricky van Wolfswinkel, estaria prestes a abandonar Alvalade? Há precisamente um ano, em 28 de Janeiro de 2013, era esse o dilema que pairava entre os sportinguistas. E nem o treinador, Jesualdo Ferreira, evitava abordar o tema. Com frontalidade, bem ao seu timbre.
“O Sporting tem de reduzir custos. Mas nunca se disse que tem de reduzir resultados. Temos de fazer um grupo mais equilibrado, ambicioso e com muito mais trabalho", declarou o técnico em conferência de imprensa, deixando claro: se Wolfswinkel saísse, o Sporting teria de contratar outro avançado antes de encerrar o mercado de Inverno, daí a três dias.
Ainda por cima esses rumores circulavam numa altura em que tínhamos bem fresco na memória o excelente golo marcado na véspera pelo holandês, no empate em casa contra o V. Guimarães. Um golo de calcanhar "digno de levantar qualquer estádio do Mundo", como sublinhou o Leonardo Ralha, deixando um bom conselho: "Quer siga para longe ou permaneça connosco, Ricky tende a oscilar entre o oito e o oitenta. Há que estabilizá-lo no patamar superior."
Uma parte dos adeptos sportinguistas nunca lhe deu o devido valor, mas Ricky von Wolfswinkel acabou por sentir o carinho da maioria dos sócios, convictos de que o avançado holandês poderia ter mostrado ainda mais a sua veia goleadora se tivesse jogado em Alvalade em circunstâncias menos desfavoráveis para o conjunto da equipa, numa altura em que os treinadores mal se aguentavam durante tempo suficiente para formar um onze-base e as contratações milionárias mais não eram afinal do que uma extravagante manta de retalhos para iludir incautos.
Mesmo nesse contexto desfavorável, Wolfswinkel conseguiu marcar 45 golos durante as duas temporadas em que se equipou de verde e branco. Fora contratado em Junho de 2011 para rematar de forma certeira à baliza - e no essencial cumpriu este objectivo. Despediu-se em Maio de 2013, frustrado por não ter ajudado a equipa a conseguir algo melhor do que um humilhante sétimo lugar no campeonato mas consciente de que terá feito tudo quanto estava ao seu alcance para remar contra a corrente. Para terminar em beleza, marcou dois dos quatro golos ao Beira-Mar, na maior vitória leonina dessa triste época.
Partiu entre merecidos aplausos dos sportinguistas e a garantia dada em entrevista de que levava o nosso clube no coração. Em perfeito contraste com outros, formados em Alcochete, que rumam a diversas paragens sem uma palavra de apreço pelo clube que lhes abriu as portas à vida desportiva e ao patamar da fama.
Transferido para o Norwich com apenas 24 anos, Ricky não tem encontrado ali o sucesso que se esperava: lesionou-se, tem apenas um golo na Premier League e tarda em assumir-se como titular.
Pode ser que um dia volte: ainda cá deixou muitos golos por marcar. Se isso suceder, oxalá tenha mais sorte dessa vez. Seria óptimo - para ele e para nós.
Era o último jogo de Wolfswinkel em Alvalade, mas isso quase passou despercebido quando tantos craques se estavam a despedir dos adeptos. Rui Patrício recebeu a homenagem pelo 250. jogo com um espírito de adeus tão imenso que nem me espantaria se Marcelo Boeck iniciasse a sua era em Aveiro. E depois houve o golo magnífico de Diego Capel, aquele que ganha mais do que o novo orçamento permite, embora o rendimento em campo supere o de Carrillo e Jeffrén juntos. Já seria um grande reforço se ele não fosse embora.
Um dia saberemos com algum pormenor os verdadeiros motivos que levaram o ainda presidente do Sporting a descapitalizar ainda mais a equipa principal de futebol apenas a três dias das eleições internas para a escolha do seu sucessor, retirando-lhe o único ponta-de-lança disponível. Mas é já possível adiantar que, com este gesto, Godinho Lopes voltou a interferir no processo de decisão dos sócios, condicionando o voto. Neste caso, será prejudicado o candidato que estiver mais conotado com a gestão cessante, a mais catastrófica de que há memória no clube.
Ele já tinha avisado, ao proferir a frase mais infeliz da temporada: "Se tiver de vender quem comprei, se tiver de vender quem alimentei, qual é o problema?" A transferência de Ricky para o Norwich a preço consideravelmente mais baixo do que o seu potencial valor de mercado*, correspondendo a prementes necessidades de tesouraria, força a reconstrução do nosso ataque e confirma o fracasso desta equipa directiva que abandona o clube em muito pior estado do que o encontrou. Com uma gestão desportiva caótica, que produziu os piores resultados de sempre, a gestão financeira só podia redundar naquilo que hoje é evidente aos olhos de todos: quando se vende um dos jogadores com maior potencial na equipa, e já se fala na saída de Capel, em desespero de causa, para o cumprimento de um dever tão elementar como é o do pagamento dos salários referentes ao mês de Fevereiro aos atletas e funcionários do clube, não pode haver maior atestado de incompetência a uma equipa directiva.
Imaginemos com que ânimo o Ricky jogará até ao fim desta temporada no Sporting quando já se sabe que a direcção teve de sacrificá-lo em Alvalade para evitar rescisões de contratos laborais com justa causa aos seus colegas. Ele, que tão criticado foi por falhar penáltis, só merece afinal elogios em comparação com um presidente especializado em meter golos onde não devia. Na própria baliza, para vergonha de todos nós.
* Segundo A Bola e o Record, o negócio com os ingleses foi fechado por dez milhões de euros, cabendo ao Sporting só 3,5 milhões, pois 65% do passe de Wolfswinkel já não era nosso. Há um mês, segundo foi noticiado, a direcção terá recusado uma oferta superior, do Dínamo de Kiev. A cláusula de rescisão do jogador estava fixada em 22 milhões.
Devem ter sido estas as palavras que Godinho Lopes terá ouvido por parte dos principais financiadores do clube acerca da imperiosidade de vender jogadores para pagar salários.
Por muito que Godinho Lopes mereça o nosso maior repúdio pela decisão de ter vendido Wolfswinkel, seja pelo acto em si, pelo timing escolhido, ou seja pela verba paga, a verdade é que não houve outra escapatória possível. Ainda na última edição do Expresso, escreveu-se que o BCP decidiu não dar nem mais um tostão para o futebol.
Perante esse contexto, em que a torneira está para já fechada, e sabendo-se que não há poços de petróleo em Alvalade, assim como não surgiu à data nenhum mecenas (apesar das viagens à China, Angola ou Índia), forçoso se tornou ter de vender activos para se poderem cumprir os compromissos salariais e financeiros.
Em dia de tragédias dos dois lados do Atlântico não me foi possível ir a Alvalade, restando-me a triste rotina de me aproximar dos ecrãs quando tal era possível. Estava longe das televisões quando vi Amido Baldé festejar com a camisola errada, mas levantei-me a tempo de testemunhar aquela obra de arte de Ricky Van Wolfswinkel, num golo de calcanhar digna de levantar qualquer estádio do Mundo.
Ainda havia muito tempo para a reviravolta e mantive a esperança de que o holandês (mais um que poderá estar de saída) fizesse o segundo. Devia ter sido naquela jogada em que um cruzamento vindo da direita o encontrou isolado na grande área e ele conseguiu errar de uma forma digna de comédia slapstick dos tempos do cinema mudo.
Quer siga para longe ou permaneça connosco, Ricky tende a oscilar entre o oito e o oitenta. Há que estabilizá-lo no patamar superior.
Sairia satisfeito do Estádio de Alvalade mesmo que André Carrillo não tivesse feito aquele magnífico remate em arco e Rui Patrício não tivesse defendido o penálti manhoso que o inefável Cosme Machado se encarregou de assinalar mesmo no fim do jogo.
Sairia satisfeito porque vi os jogadores do meu clube comportarem-se no relvado como homens e não como os humanos transformados em ratos assustados que já vislumbrei noutros jogos. Boulahrouz, Rojo e Insúa estiveram muitos furos acima, Adrien e Labyad confirmaram as boas indicações de Olhão, Miguel Lopes prova ser reforço e Rui Patrício, Rinaudo e Diego Capel mantêm o seu elevado nível.
Sairia satisfeito apesar de Jeffrén não ter engrenado e de Wolfswinkel voltar a estar literalmente fora de jogo, suplantando o hispano-venezuelano enquanto elo mais fraco. Só que Jeffrén pode ser substituído por Carrillo e Wolfswinkel continua sem suplente quando não se queima Betinho, um muito promissor sénior de primeiro ano que precisa de ganhar traquejo na equipa B.
Sairia satisfeito porque Jesualdo Ferreira, com quem não simpatizo por razões fúteis - a) é benfiquista b) tem ar de agente da Stasi -, está a mostrar ser um líder à altura, como há muito tempo não se via no Sporting. Nos antípodas daquilo a que Luís Vaz de Camões se referia quando escreveu que um rei fraco faz fraca a forte gente.
Seria preciso estar lá com eles, passar a semana com eles, perceber os ódios, as invejas, o enormíssimo mal estar que existe entre eles, para se considerar enfim apto a dizer algo mais do que um punhado de vulgaridades inconsequentes acerca da equipa do Sporting e de como ela deveria jogar.
Por isso resta apenas algumas notas do que se viu:
1 - A infinita tristeza de Wolfswinkel ao falhar o penalti. Aquilo não é normal, é a crise mental. Tanto mais pungente quando vem de um jogador que parece, a despeito do penalti falhado, recomeçar a jogar alguma coisinha mais.
2 - A raiva de Cedric ao marcar o golo, em vez da habitual alegria. É preciso estar muito mal disposto com a vida e com o mundo para dizer aquilo que se percebeu no movimento dos lábios.
3 - A total falta de ânimo que leva os jogadores a não meterem o pé quando é preciso. 7 faltas fez o Sporting neste jogo – impossível defender assim.
4 - Pranjic, supostamente é defesa esquerdo ou interior esquerdo, não é? O pobre homem é um Sísifo e nunca é colocado onde pertence. Depois diz-se que não joga nada…
5 - A absoluta indignidade que é a braçadeira de capitão do Sporting no braço de Elias. Nunca o Sporting teve um capitão tão ordinário, preguiçoso, petulante, destituído de vontade, inerte, sabotador, estúpido, como este biltre do Elias – que desonra...
Chegaram agora ao nosso conhecimento indesmentíveis informações que a UEFA vai mesmo castigar o Wolfswinkel dado que este, por diversas vezes em pleno recinto de Alvalade, exibiu tendências provocatórias e subversivas contra o Governo, a troika e a sra. Merkel. Há fotografias que não mentem. Aliás, basta ver os lábios dele para se perceber que está a gritar contra o FMI.
Aguardam-se desenvolvimentos, mas o nosso repórter à porta da sede do PCP já confrontou Jerónimo de Sousa com a verdade dos factos, o qual sibilinamente retorquiu: "vocês estão parvos, ou quê?"
Em posterior análise, Rui Santos sublinhou a evidente ambiguidade destas declarações: "A quem se dirigia Jerónimo? A Vercauteren? A Godinho Lopes? Ao Paulinho? Estas questões deviam ser esclarecidas e mais uma vez se prova que o Sporting está à deriva..."
Contactado ainda agora, Marcelo Rebelo de Sousa promete pôr em cima da mesa as 347 hipóteses que estão em causa, ao passo que Freitas Lobo refere "um gesto tecnicamente imperfeito, revelador de uma noção desequilibrada da dinâmica táctica do futebol."
Amanhã o jornal "A Bola" publica um especial de 20 páginas sobre o tema com preciosoas declarações de Toni, Luís Filipe Vieira, Rui Gomes da Silva, uma previsão cartomante da filha de Eusébio, três epigramas de Henrique Raposo, um poema de Manuel Alegre intitulado "Ó verde da pátria que és o vermelho de Portugal", um parecer jurídico do dr. Rui Rangel e um sketch de Ricardo Araújo Pereira.
Péssima notícia para quem andou dias consecutivos a transformar um dedo de Wolfswinkel num escândalo nacional e até internacional: a UEFA veio agora dizer que afinal não houve caso nenhum.
É o momento certo para erguer outro dedo. Desta vez o polegar.
Portugal é um país de ‘especialistas’ de futebol. Uma das actividades preferidas de muitos deles é bater no Sporting que, também por culpa própria, se foi tornando um alvo fácil. A acidez e o oportunismo desses comentários negativos traduz-se, muitas vezes, em críticas obsessivas a alguns jogadores. O caso mais recente é Van Wolfswinkel, transformado em saco de pancada para muitos daqueles que vivem à espreita de mais uma oportunidade para destilar o seu ódio pelo Sporting.
Ainda há dias, na TVI24, um comentador que se apresentava como adepto do Braga referia-se ao interesse de clubes estrangeiros em Van Wolfswinkel como patético, dizendo que se Van Wolfswinkel valia 18 milhões de euros, Lima valeria muito mais. Entre outros disparates disfarçados de argumentos, proferiu ainda algumas mentiras, como dizer que Van Wolfswinkel marcara 8 golos no campeonato (marcou 14).
Ouvir a personagem fazer este tipo de comparação, levou-me a fazer um levantamento estatístico dos números dos melhores marcadores dos principais clubes portugueses ao longo da época desportiva anterior (todas as competições somadas, entenda-se).
Assim sendo, temos:
Van Wolfswinkel: 46 jogos / 25 golos
Cardozo: 45 jogos / 28 golos
Lima: 44 jogos / 26 golos
Hulk: 38 jogos / 21 golos
Como se pode ver, os números de Van Wolfswinkel estão em linha com os de Cardozo, Lima e Hulk. Com a vantagem de, em comparação com os dois primeiros, ser bastante mais novo e ter uma margem de progressão maior. Só não tem a adoração embevecida de boa parte dos ‘especialistas’. Hulk, esse, já cá não está.
É certo que Van Wolfswinkel está a passar por uma má fase. Mas é mais certo ainda que precisa de tempo e paciência para evoluir e melhorar as qualidades que tem. De uma coisa, não há dúvida: o que ele fez na primeira época em Portugal, aos 22 anos, é digno de registo e, à partida, terá tendência para melhorar. Para grande desgosto dos 'especialistas' da nossa praça.
{ Blogue fundado em 2012. }
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