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És a nossa Fé!

Jogar como nunca e perder como sempre

Faz-me grande confusão o incómodo de alguns Sportinguistas, e não falo dos ressabiados da tasca, sobre o modelo de jogo que o Sporting continua a praticar com Rúben Amorim, mais ou menos igual ao que sempre praticou sob o seu comando desde que chegou a Alvalade há quase quatro anos.

Esses mesmos falam em vontade, em atitude, em exigência, em muita coisa que bem esprimida não é garantia de coisa nenhuma em termos de capacidade de ganhar jogos e garantir títulos.

Por exemplo Gyökeres entrou na Polónia com toda a vontade, atitude e exigência competitiva ao adversário a abrir o jogo, foi expulso, o Sporting jogou com 10 o resto do tempo e empatou o jogo. Já Pedro Gonçalves, um dos mais criticados por falta disso tudo, um dos "..." do plantel, mesmo a mancar com uma unha do pé partida fez um passe teleguiado, parecia um "pitch" de basebol, que Gyökeres aproveitou para pôr o Sporting à frente do marcador em Portimão. E muitos mais exemplos poderia dar neste sentido, mesmo sem falar do Pepe.

Em Alvalade, um sócio mais velho com lugar cativo mesmo na minha frente, sempre à beira do colapso nervoso, farta-se de berrar de cada vez que a equipa passa para trás e para o lado, outro na central vociferava quando Nuno Santos mais uma vez passava para trás, queria a bola atirada lá para a frente e depressa, foi preciso isso acontecer e a equipa perder a bola para o sócio do lado lhe perguntar se assim já estava satisfeito.

Realmente não percebo que raio de futebol andam a ver. Nos velhos matraquilhos é que era sempre para a frente.

 

O modelo de jogo de Amorim consiste em sair a jogar pausadamente desde Adán, para levar a equipa toda junta para perto da área adversária, rodar a bola de um lado para outro do campo para confundir as marcações e desposicionar os defensores, criando situações de perigo para o adversário e tentando cortar pela raiz as saídas em contra-ataque. Contra o Portimonense, pelo "estacionar do autocarro" de Paulo Sérgio, ainda mais isso foi evidente. Na 1.ª parte a equipa parecia estar a jogar andebol de 11 com os pés. A verdade é que mesmo o adversário defendendo muito bem, e faltando aqui e ali as entradas dos médios em velocidade na estrutura defensiva adversária, o Sporting teve na 1.ª parte uma grande oportunidade de golo para nenhuma do adversário.

A 2.ª parte, pelo cansaço acumulado do adversário, naquela defesa reforçada, já foi bem diferente com as oportunidades a sucederem-se infelizmente desaproveitadas, tendo o adversário apenas três oportunidades de golo, o livre directo (continuo a dizer que a falta não existiu, como não existiu causa para o amarelo a Diomande mesmo antes) e as duas situações de contra-ataque rápido. Ou seja, mais uma vez o Sporting ganhou um jogo difícil por 2-1, mas pelas oportunidades para cada lado o resultado podia ser 6-3 ou algo assim.

 

Vamos agora supor que desfalcados de três titulares fulcrais no centro do terreno, Coates, Inácio e Hjulmand, e com cinco levezinhos no onze como Edwards, Catamo, Nuno Santos, Morita e Pedro Gonçalves, Bragança no banco, o Sporting entrasse em Portimão de peito aberto, meia bola e força, ora ataco eu, ora atacas tu, corro agora para lá, logo a seguir para cá. 

Isso era garantia de alguma coisa? Paulo Sérgio chamava-lhe um figo, e se calhar teriamos um resultado como tempo do Peseiro em que perdemos por 4-2...

 

Se depois de tantas vitórias conseguidas desta forma pela mão de Amorim alguns ainda não gostam e não querem, parece que têm vergonha de ganharem assim, querem o quê exactamente? Jogar como nunca e perder como sempre? 

Sabem quantos jogos é que o Sporting perdeu em 2023 e como os perdeu? Não chega? Querem mesmo o Jesus de volta? Ou então quem ?

Não entendo...

SL

Querer e crer!

Mais uma vitória do Sporting. Faltarão ainda uma dúzia delas para sermos campeões.

Há quem procure aflitivamente razões para este repentino sucesso, mas a maioria daquelas nem se prende com competência leonina, enfim... o costume.

No entanto a equipa que vai evoluindo por esses relvados tem, entre muitas qualidades e um bom treinador, duas que farão, quiçá, a diferença deste ano para outros: querer ganhar sempre até que o árbitro apite para o final e crer nas suas próprias capacidades.

Sabia-se de antemão que o jogo desta noite com o Paços seria difícil. Foi mesmo e a equipa dos castores vendeu cara a derrota. Entretanto na rádio Antena 1, e ainda antes do jogo começar, um comentador afirmava peremptoriamente que estavam no relvado de Alvalade as duas equipas que, nesta época, melhor praticavam futebol em Portugal.

Foi ele que afirmou... não fui eu!

Talvez possa parecer pouco, mas tenho consciência de que os dois verbos que intitulam este postal estarão a fazer a real diferença pontual para os nossos adversários.

Tudo o resto são... serpentinas de Carnaval.

will.i.am

Tempo horrível em Alvalade, 1-0 ao intervalo, o meu filho mais novo afundado na cadeira, chateado que nem um peru, eu a tentar explicar-lhe que já passei por muito pior. Percebi pouco do jogo de ontem: não consegui perceber se jogámos com o “Plano A” ou com o “Plano B”; pareceu-me mais uma espécie de “Plano BA”, i.e. uma mistura do B e do A, com Magrão a fazer as vezes não se sabe bem de quem, o que acabou por resultar numa espécie de ausência de plano. Não dá para mais. Quando faltam dois dos titulares, é preciso rapar o fundo ao tacho. Correu mal com o Benfica, correu bem com o Braga. No meio de tanta coisa incompreensível sobrou o William. Ontem, de cada vez que via a bola ir ter aos pés dele, descansava da nervoseira por uns segundos. Não sei muito bem como é que ele faz aquilo. Também é incompreensível, na verdade, mas de outra maneira. O resto foi o triunfo da vontade.

{ Blogue fundado em 2012. }

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