Para jogar, ou para...?
O Sporting informou que adquiriu perto de cinquenta e um milhões de acções da Sporting SAD ao Novo Banco, ficando assim detentor de 88% do capital da sociedade, tendo para isso antecipado receitas do contrato de direitos de transmissão, com a NOS (belo contrato, a propósito, nem tudo foi mau no reinado do antecessor).
Quase em simultâneo, a bem dizer no mesmo comunicado, abre-se caminho a um ou vários investidores, com participação minoritária, de modo a, cito " (existir) um reforço da política de investimento, da melhoria da experiência de todos os Sócios e da globalização do Clube."
Parece-me bem que o plano tenha sido cumprido.
Atendendo à realidade do futebol actual, o reforço de investimento que deduzo que seja em boa parte em jogadores que marquem a diferença e na academia Sporting, sendo bem vindo, não trará grandes benefícios se os vícios de que enferma o futebol português continuarem a persistir. Isto é, arbitragens condicionadas por pressão de gabirus que se têm vindo a encher de dinheiro e de títulos, ambos viciados. É verdade que timidamente, o Sporting tem dado alguns passos no sentido de pressionar para alterar este estado de coisas, mas pouco se tem conseguido, a corporação é forte e o arroz de polvo consolida os seus alicerces.
Adiante. Dizia que face à realidade do futebol, que a alto nível de desporto já tem muito pouco, seria inevitável que um dia chegariam ao Sporting dinheiros de quem não sabe bem o que lhe fazer, se me faço entender. Esperemos que não, esperemos que quando alguém se chegar à frente, seja verificada a sua idoneidade, seja verificada a fonte e a legalidade do seu dinheiro. Lavandarias não, obrigado!
E vamos lá então explicar o título do post: Será que o D. Sebastião por quem tantos clamam (eu incluído) que deveria terminar a sua carreira como jogador do Sporting, não virá mais cedo, como dono de uma parte substancial da SAD? O que acham desta hipótese?
Um excelente 2024 para todos e que lá para Maio estejamos na rua a comemorar o título.