Diz, na entrevista rápida a seguir ao jogo brilhantemente vencido pelo Sporting, o treinador do Gil Vicente com uma azia visível e indisfarçável, depois de ter estado na frente do marcador durante cerca de uma hora e sem ter qualquer oportunidade de golo:
- O Sporting foi feliz.
É certo que se alguém se pode sentir feliz é ele próprio, que aproveitou uma paragem cerebral de Ste Juste e se viu a ganhar aos 20 minutos sem nada ter feito para isso.
E durante uma hora limitou-se a defender com uma camioneta de jogadores dentro da área, como aliás tinha avisado antes do jogo: "Gyokeres não se pára apenas com um jogador" e vai de meter no mínimo sete ou oito dentro da área, considerando, pelo que o ouvi dizer no final, que fez um grande jogo. Ora um gajo que treina uma equipa e nada faz para ganhar um jogo e diz que o adversário, que, mal ou bem (mais mal que bem, mas esses são outros quinhentos), tudo fez para vencer foi feliz, ou é hipócrita ou não quer ver o óbvio.
Raios, sabia-lhe tão bem o lugar de treinador na equipa B do seu clube, evitava ter de andar com a mala às costas a saltitar de-clube-em-clube. Que azar.
Como estamos na época pascal e temos certamente crentes a visitar o blogue, do título deste postal faz parte a palavra FÉ, que em concomitância é também a palavra que define este blogue. Não custa nada apelar a uma crença, que quando a gente se vê em apertos, somos todos crentes e essa é uma verdade universal e insofismável.
Eu prefiro confiança, é menos abstracto e reflecte aquilo que sinto para estas derradeiras quatro jornadas.
Invoco a calma, porque nada ainda está conseguido, apesar de a candeia que vai à frente alumiar duas vezes, ainda que logo atrás venha um lampião que até mora na Luz.
E ontem foi dado mais um passinho em direcção ao Marquês. Sem espinhas, sem motivo para dúvidas, com uma limpeza digna do mais competente cantoneiro, ou duma daquelas imigrantes que se levanta de madrugada num bairro degradado para limpar com esmero um qualquer edifício de escritórios, sem ter a certeza se quando voltar não terá a barraca onde (sobre)vive deitada abaixo.
Esboroou-se a narrativa do penalti, do lance duvidoso, da má prestação do árbitro. Quero dizer que Fábio Veríssimo me deixa sempre de pé atrás, mas hoje, talvez por intervenção da divina providência, a sua actuação não teve qualquer interferência no resultado, tendo até deixado jogar e tendo uma elogiosa atitude de desprendimento, ao prescindir de ser o elemento mais focado em campo. Muito bem, pena que fora dos dias santos não seja bem assim.
Ontem tivemos uma actuação plena de competência, firmeza, objectividade e foco e quarenta e cinco mil a apoiar, sem foguetório o que é de saudar e como mereceria Mestre Aurélio, que tanto apoiou as claques e tanto lhes pediu que tivessem tino.
Faltam quatro vitórias para o êxtase. Três se uma delas for no estádio da Luz. Há que acreditar. E à cautela, ter fé, que como disse lá atrás, em hora de aperto, vale tudo.
Quero deixar uma palavra a/sobre Pedro Gonçalves: Aquilo sob a sua batuta é outro andamento.
Retomamos a liderança, à condição. Agora com 69 pontos. Acabamos de derrotar o Santa Clara nos Açores. Golo decisivo de Geny (50'). Um segundo (belo cabeceamento de Diomande) anulado por 13 cm. Gyökeres, isolado, falhou outro rematando à trave - algo raro nele.
E o melhor de tudo: Pedro Gonçalves voltou a calçar, cinco meses e 29 jogos depois.
Diz o meu colega Luís Lisboa no post imediatamente abaixo que há por aí uma maltinha que só sabe exigir.
Apesar de não ser hábito publicarmos comentando os posts de outros autores, devo dizer que subscrevo tudo o que ele diz.
Acho até uma atitude de duvidoso sportinguismo saber-se que jogámos na Porcalhota com um meio-campo inventado, por ausência forçada dos titulares e suplentes, e exigir-se ópera e ballet.
Com um adversário que teve como único objectivo lesionar jogadores do Sporting (à meia-hora já tinha um enviado a tomar banho por caceteirice aguda), é difícil com pesos plumas arrancar exibição superlativa, no entanto quem tem Gyökeres, um peso pesado de qualidade superior, tem meio caminho andado para a vitória. Foi o que aconteceu, de forma merecidíssima. Ganhou a equipa que, com mais ou menos dificuldades, fez por isso e quando assim é, o que é que se pode exigir mais?
Até parece que há gente que se esqueceu que ontem faltou à chamada, por lesão ou castigo, quase uma equipa completa. Os dois médios titulares, o 8/10 titular, o 6/8 titular, o DE titular e por aí fora.
Não houve ópera? Quero lá saber, compro todos os jogos até final com exibições como aquela de ontem e com o mesmo resultado. O resto é dor de corno dos adversários e alguma canhestrice de quem só vive criando confusão, porque só sobrevive se houver confusão.
E como se prova pelo meu comentário a este post do Pedro Correia, não "precisámos" de meio campo para ganhar ao Estrela, quot erat demonstrandum.
De um tipo que ganha quatro milhões de euros por ano, não se pensa que aposte no Eurmilhões. Eu falo por mim...
Roberto Martinez, o tipo em causa, que consegue o feito invejável de colocar um grupo de jogadores notável a jogar um caracol (e a passo de), vendo que o vento não lhe estava a correr de feição, teve que arriscar desobedecer aos cânones que a si próprio impôs (ou lhe foram impostos) e ao invés de mais uma vez apostar em ser Félix, apostou em quem lhe poderia salvar o ordenadito quando a coisa estava a ficar negra como bréu. Meteu cinco números, um deu-lhe duas estrelas.
Sem nada a dizer quanto aos da defesa, Ruben ofereceu um golo ao adversário, mas Ruben tem o crédito que o Inácio, que fez uma exibição de luxo não tem. Fosse o nosso "minino" a dar aquela casa e hoje já a nação da bola e um ror de sportinguistas não se calavam a oferecer cruzes para enfeitar as costas do rapaz. Só se for(em) em carvalho, avisou ele enquanto fazia mais um corte a uma bola que passou a metro e meio de altura por cima de Vitinha. Tem a mesma terminação diminutiva, mas se calhar para aqueles cavalões dinamarqueses talvez fosse mais avisado meter ali o Palhinha, afinal se a selecção serve para recuperar jogadores tem que valer para todos, ou é só para o Félix, para o Bernardo (não havia um amigável para lhe oferecerem a placa dos cem jogos?), para o Leão (paga o que deves, caloteiro!) e para o minorca do Xico Ceição?
E estava Martinez a pensar com os seus três pêlos da careca e os dois botões do casaco que lá se ia o bem bom dos quatro milhões, que isto agora com o querido pia mais fino (ontem até pareceu que queria jogar também, tal o entusiasmo antes do jogo), não queremos cá misérias, quando teve o arrojo de soltar amarras e tirou quem realmente nunca deveria ter entrado, o Xico e o Rafael. E não é que um dos rapazes que entrou deu cabo da equipa adversária? Jackpot!
Isto leva-nos a questionar o posicionamento de Martinez: Sabe ele quem deve colocar no onze e por teimosia coloca outros com menos qualidade? Sabe ele quem deve colocar no onze e por "sugestão" de alguém vai colocando quem lhe sopram? Ou é cuco ou mocho, não me restam quaisquer dúvidas. Um tipo que deixa Quenda no banco e mete o Leão, que foi uma nulidade e que olha mais para as botas que para a bola, que é um displicente convicto e irritante, só pode ser masoquista, ou vendido. Um tipo que deixa o Vitinha do primeiro para o segundo jogo, só pode ser incompetente, ou vendido. Um tipo que mete o Xico, que não ganhou um duelo e foi recordista das bolas para trás, só pode ser cego. Ou vendido. Eu diria que é ambas as duas e ainda incompetente. Como disse lá atrás, é muito difícil colocar este conjunto de jogadores a jogarem... Bola. Valeu-lhe Trincão, pode respirar de alívio, pelo menos até Junho.
Uma nota final para Ronaldo. Aí as carpideiras invejosas, que adoravam ter um jacto e um iate e hotéis e o diabo a sete, mas nunca mexeram o cu para comprar uma trotinete, deliraram e até lhes caiu uma pinguinha quando o capitão falhou o penalti, muito mal marcado, diga-se. Para se redimir marcou logo a seguir, mas não valeu: A valer, marcou na segunda parte, pleno de oportunidade, pelo buraco da agulha, coisa só ao alcance de alguns, poucos. Saiu estoirado, é normal, mas com o sentimento de ter contribuído para a vitória. Para a rapaziada mal-dizente, apontem-me assim um, unzinho, que lá na frente seja melhor que Ronaldo, dos portugueses disponíveis. Mesmo quando os adversários já estão rotos e abertos, salvo seja, e se pode cavalgar por ali acima. Não conheço um único cromo em quem carimbar o número da bola, senão o dele.
Essa é a melhor notícia deste dia em que acabámos por vencer o jogo, que era o objectivo.
Nota-se a cada jogo que passa que a malta anda mesmo estafada, não se pode exigir mais do que estão a dar.
Andam lá dentro alguns que não podem com uma gata pelo rabo e alguns miúdos que "à semana" jogam na terceira divisão. Se lhes ou nos tivessem dito no início da época que estariam ali como titulares ou opções de banco, nem eles nem nós acreditaríamos.
Hoje logo na primeira parte a coisa poderia ter sido resolvida, poderiam ter entrado mais três ou quatro e na segunda não foi tão eficaz na construção, mas estava tudo controlado até que o nosso guarda-redes deixou passar uma "por baixo do tabaco" e deu algum alento ao Estoril. Felizmente temos Gyökeres e a tarefa foi concluída com êxito.
Falta mais um jogo até ao descanso (faltam dois, mas o desejo que esta fase passe é tal, que me esqueci do Famalicão, obrigado a quem fez o reparo).
Propus aqui no último post que publiquei que as partes passassem a ter 90 minutos, para não assistirmos aos espectáculos degradantes das segundas partes da nossa gloriosa equipa.
Alguém ("que Deus já lá tem") me ouviu, caramba. Nunca pensei ter alguma importância no ludopédio luso, mas ontem dei por mim a verificar que havendo apenas uma parte, os rapazes souberam dosear o esforço. Começaram em modo de contenção de esforços e fé em Rui Silva e na falta de jeito dos avançados do Gil, coisa que levaram até aos 45 minutos com enorme competência, não é fácil jogar tão mal durante tanto tempo, o que é que julgam? e acabaram em cima do adversário, fazendo um golo e podendo fazer praí mais uma meia-dúzia deles, tal o caudal ofensivo proporcionado por Trincão no seu modo Poço da Morte, naquele rodopiar alucinante que não sai do mesmo sítio, mas causa uma sensação de vertigem que agita o estômago, principalmente quando se perde na beira do poço e esbarra para fora dele e entrega a mota (a bola, vá) ao adversário que se limitou a estar parado até ele ficar tonto e lha tira com um sopro. Foi também interessante a inclusão de Esgaio no onze e eu não preciso que me digam porque é que o Rui Borges o fez entrar, o homem já está tão habituado a jogar com dez, que para cumprir a tradição se bem o pensou, melhor o executou. E curiosamente, Esgaio não o defraudou, manteve-se em campo como se lá não estivesse, cobrindo as jogadas dos adversários com o seu golpe de vista de milhões, como aconteceu no golo anulado ao Gil. Dei comigo a pensar que se o treinador lá tivesse colocado um poste seria mais eficaz, é que sempre poderia algum gilista chocar contra ele.
Bom, de qualquer maneira para acabar em apoteose, há que "aguentar os cavais" antes.
E não fora o olho de lince do VAR (que não viu um penálti a nosso favor por mão de um gilista, diz o ex-árbitro Pedro Henriques), estaríamos condenados a mais meia hora de grande espectáculo.
Enfim, agora mais a sério, não me recordo de uma primeira parte tão má e eu já vejo o Sporting há sessenta anos. Felizmente o que era preciso conseguiu-se, a vitória. Vamos esperar por melhores dias e que Rui Borges se deixe de inventar.
E pronto, após uma jornada europeia que nos correu muito mal e apesar dos pesares, a equipa praticou um futebol muito agradável e venceu de forma tranquila o Nacional, que há quinze dias havia derrotado o Porto.
Gostei da exibição do nosso guarda-redes.
Gostei do golaço do Trincão.
Gostei do primeiro e excelente golo de João Simões.
Gostei da assistência de Gyokeres e "do arrastar" dos defesa insulares, de Herder que permitiu que o João se inaugurasse a marcar.
Tudo quase normal, faltou o golo do suspeito do costume.
Há dias em que é um descanso ver futebol.
Isto se o outro não tem desertado, no Carnaval estava resolvido.
Depois da nossa primeira vitória simbólica em Londres, ocorrida em 2023 quando ali eliminámos nos penáltis o Arsenal na Liga Europa, uma goleada ao Manchester City para a Liga dos Campeões. Aconteceu a 5 de Novembro, na despedida de Ruben Amorim de Alvalade. O treinador que nos levou à conquista de dois campeonatos nacionais não poderia ter desejado melhor final para o seu percuso de quase cinco anos no Sporting.
Foi um desafio épico e comovente, com as emoções sempre à flor da pele. Um desafio que deu pleno significado ao lema celebrizado pelo fundador do nosso clube: ser «tão grande como os maiores da Europa».
Recebemos, vulgarizámos e derrotámos sem discussão o teatracampeão inglês, orientado por Pep Guardiola, que muitos consideram o melhor treinador do mundo. E com um plantel recheado de estrelas: Haaland, Foden, Ederson, Savinho, Akanji, Kovacic, Bernardo Silva, Gundogan, De Bruyne...
Até nem começou nada bem: sofremos um golo, por Foden, logo aos 4'. Mas soubemos dar a volta. Demonstrando brio, personalidade, carácter, irreprimível vontade de vencer.
Gyökeres brilhou, confirmando que é hoje um dos maiores pontas-de-lança do futebol europeu. Exibição superlativa do internacional sueco (três golos, aos 38', 49' e 80', estes dois de penálti). Mas também de Pedro Gonçalves (extraordinário, o passe para golo no primeiro de Gyökeres). Destaque também para Israel (impediu três golos, um dos quais de Haaland) e Maxi Araújo (em estreia como artilheiro na Champions, aos 46 segundos da segunda parte, num lance colectivo que merece figurar na antologia dos melhores de sempre do historial leonino). Sem esquecer Diomande, Quenda e Trincão.
Matheus Nunes regressou fugazmente a uma casa onde já foi feliz, desta vez como ala esquerdo do City. Esteve apagado, mas certamente gostou dos aplausos que lhe tributaram nas bancadas de Alvalade. Em noite de simbiose perfeita entre público e equipa. No final, os jogadores formaram um corredor de honra ao técnico que tão bem serviu o Sporting e levantaram-no ao ar, em clima de euforia, numa das mais inesquecíveis manifestações de júbilo que conhecemos no nosso estádio.
Naquela noite gloriosa fechámos a primeira metade da jornada da Champions 2024/2025 no segundo lugar da classificação, com 10 pontos, a par do Mónaco, terceiro, e só atrás do Liverpool, que comandava com 12 pontos. Entre 36 equipas.
Dava-nos toda a esperança de apuramento para a fase seguinte da competição, com jogos a eliminar. Infelizmente, depois seguiram-se duas derrotas - já com Amorim longe, a treinar o Manchester United. Mas isso é outra história, bem diferente desta.
Parece-me, retirada a paragem cerebral em Guimarães dos nossos defesas e GR, que qualquer treinador chegado a um grande desdenharia um começo tão auspicioso como o de Rui Borges: Um dérby e um clássico (ainda que para a taça da carica) depois, tem duas vitórias no bornal contra os adversários eternos e em ambos com distinção.
Se no derby com o Benfica a equipa andou um pouco desnorteada uma parte da segunda parte, passe a redundância, depois de dar um banho de bola na primeira, ontem em Leiria foi claramente superior em todos os momentos e locais do jogo e do campo, demonstrando uma saúde de que alguns de nós duvidávamos, apesar da velocidade de pouco mais que treino a que decorreu o jogo. E por mérito do Sporting, que conseguiu congelar o jogo e conduzi-lo para a velocidade que lhe interessava. Isto é trabalho de treinador, como trabalho de treinador é confiar no GR, depois da casa que deu em Guimarães e também confiar em Fresneda* que cometeu pecados semelhantes no tempo em que esteve em jogo, na cidade-berço.
O jogo decorreu à velocidade a que o Sporting quis e com a dureza que o árbitro permitiu, apesar de disciplinarmente ter estado muito bem e apesar de deixar jogar, pecou por dois ou três lances de falta clara à entrada da área do Porto que poderiam ser perigosos, se os marcasse. Este é o mote para dar um recado a Gyokeres: Rapaz, aprende a cair! Esse espalhafato todo faz crer que estás a fazer teatro, quando sofres realmente falta. Trabalho de casa.
Agora é a final, sábado. E seja com quem for, é para ganhar, não há duas sem três, que eu cá não admito que qualquer equipa do Sporting entre em campo sem ambição. Para isso ficamos em casa.
* Fresneda é dado como certo no Como, de Itália, a partir de amanhã, 9/01, por 10M€ a accionar obrigatoriamente no final da época. Não deixa saudades.
Desfeitas as dúvidas: precisávamos mesmo de um treinador.
Na estreia de Rui Borges à frente da nossa equipa, acabamos de vencer o Benfica em Alvalade. Golo de Geny, aos 29'. Confirma-se: o craque moçambicano tem especial apetência por marcar aos encarnados.
Começámos este jogo em terceiro, com o FC Porto no comando provisório da Liga, e terminamos novamente em primeiro.
Não podia haver melhor notícia para a massa adepta leonina.
Derrotamos os encarnados pela segunda época consecutiva em nossa casa. Entramos em 2025 no topo. E com vantagem competitiva sobre os nossos dois rivais, ambos batidos em Alvalade. Pormenor a considerar, num cenário de igualdade pontual.
E pronto, finalmente caiu a ficha, agora é mesmo verdade, já não há volta a dar.
Bye, bye Ruben, good luck at your new home, fui pensando em inglatónico enquanto os nossos jogadores iam batendo uma imensa sesta e o gordinho da APAF ia fazendo cagada atrás de cagada, permitindo que passasse em claro uma falta sobre Francisco Trincão que seria penalti logo no início do jogo e deixando sem sanção uma acção de um Sansão sobre Franco Israel que permitiu que o incapaz do Horta, que em dez jornadas tinha marcado o impressionante número de UM golo, fizesse logo dois, um com a colaboração da honorável instituição belga Debast de apoio a pontas de lança com pés de sebo, e outro com o alto patrocínio da APAF, nas pessoas de Godinho e do seu amigo VAR.
E estava eu pensando con mis botones que com mais tempo de descanso a gente deveria andar a duzentos à hora e não estar descansadinhos da silva espojados na pedreira, quando o Pedro Gonçalves fez um favor ao careca espanhol, que foi o de não ter que explicar porque o não meteu a jogar nesta próxima jornada da selecção. E saiu a chorar o nosso virtuoso médio, não sabemos se de felicidade, porque levar negas do seleccionador como ele tem levado, ter-se lesionado até cheira a vingança e se foi, é "munta" bem feita!
E ao contrário do jogo de terça-feira, em que empatámos antes do intervalo, levando um amasso dos ingleses, desta vez os dois golos foram para uns gajos que pouco fizeram para os marcar mas que nos deram porrada da grossa. A vida por vezes dá-nos pedras, ou não fosse o jogo disputado numa "fábrica" delas.
I'm a believer, portanto acredito piamente nas palavras de Ruben acerca do que se passou ao intervalo e que foi que o pé canhão que marcou o golo do empate, ameaçou de morten os colegas se eles não dessem às canetas no segundo tempo. Eu sei que foi o Ruben que mexeu na equipa, e permitiu que Morita se redimisse da fífia de terça-feira, numa bela jogada de bilhar às três tabelas com um dos mais cristalinos jogadores (ou não fosse ele tão quebradiço) e o poste direito da baliza de Matheus. Perante uma ameaça de morten, só um santo poderia ter dado início à reviravolta e mesmo colado com cuspe, o espírito do grande craque que é catapultou a equipa para uma segunda parte em que partiu a pedra toda. Foi uma tarefa harder, mas o mocinho ainda teve tempo para semear duas batatas num terreno daqueles, concluindo o jogo com um hat-trick dinamarquês, o que só pode ser obra de Odin.
Felizmente não tive de ouvir o Freitas Lobo, que, segundo li no post do Vitor Hugo Vieira, passou ao lado de uma segunda parte de luxo, mais uma, do Sporting.
Para finalizar, estou imensamente solidário com o jornalista que pede uma palavra de conforto para as meninas lá de casa, na conferência de imprensa.
Foi bom, mas não se acabou, que o Ruben goes mas os rapazes ficam, com o Morten à cabeça e eles que se ponham a pau senão o dinamarquês abre-lhes a dita.
E para ser sincero, o que eu adorava mesmo é que daqui a dez anos ele voltasse e por cá se mantivesse até final da carreira. E eu que assistisse, mas isto já será esticar muito a corda.
- Ruben Amorim: O melhor treinador que vi no Sporting, virou o jogo com as mexidas que fez na equipa.
- Harder: Algumas equipas conseguem suster um nórdico goleador, mas muitas poucas aguentam com dois nórdicos goleadores.
- Hjulmand: que Golaço!
- Dr. Luís Freitas Lobo: Hoje teve uma prestação do nível "se é para isto vou deixar de pagar a merda da Sportv e meter pirataria". Que falta de isenção, que falta de capacida de análise, passou 89 minutos a elogiar o Braga, uma equipa que fez três remates no jogo todo e marcou dois golos, com muita sorte à mistura. Só quando o Sporting estava a ganhar 3-2 é que se ouviram plavaras positivas à exibição do Sporting, mas aí também eu sou um grande analista, se me limitar a elogiar quem está a ganhar.
- Carlos Carvalhal: Mais um da colecção de ressabiados com o Sporting. Ainda hoje deve achar que foi despedido injustamente, depois da época de sonho que fez em 09/10, um 4.º lugar a 30 pontos do 1.º.
- Toda a equipa do Braga. Para ver se aprendem que o futebol não é só dar cacetada e fingir que se sofreu uma falta assim que um adversário está por perto.
- Luís Godinho: Num jogo com bastante cachaporra da parte do Braga, conseguiu ainda assim dar mais amarelos por protestos do que por faltas cometidas. Não viu ainda um encosto de ombro a Trincão na área do Braga, em que o ombro do jogador da casa eram os dois braços e o ombro do Trincão era o seu peito, nem viu que Franco Israel foi atropelado por um adversário no lance do primeiro golo, estando no chão no momento do remate devido a isso mesmo.
Atento o título acima, os meus caros poderiam pensar que me estou a referir ao melhor treinador de que tenho memória que passou pelo Sporting, Ruben Amorim, que revolucionou e acordou um gigante adormecido, devolvendo-nos o orgulho de fazermos parte desta grande família sportinguista. Para ser justo, um laivo deste despertar tinha já acontecido com outro treinador, Jorge Jesus, a quem a pecha de não ter sido vencedor retirou alguma luz ao futebol também entusiasmante que a equipa chegou a praticar e tendo conquistado até à altura o maior número de pontos na prova raínha. Outros valores (ou a falta deles) concorreram para que não ficasse na história do clube como um treinador ganhador. Ainda assim, nada comparado e a anos-luz do brilho que hoje o futebol que se pratica, irradia.
Passado o intróito e descodificando o título, o que quero dizer é que até quase ao final da primeira parte do jogo de ontem que os rapazes brilhantemente venceram, quando o inevitável Gyokeres empatou a partida, a nossa equipa deu uma de Casa Pia para pior, já que defendeu não com duas linhas de cinco, mas com um 6X4, que até chegou a ser 7X3 e ao contrário dos Gansos, não ficaram bem fechadinhos lá atrás, mas foram dando abébia atrás de abébia, que felizmente o nosso redes, o melhor em campo na primeira parte, foi defendendo como pôde, algumas vezes de forma brilhante. Era a fase autocarro a que não estamos habituados ver o Sporting praticar e como não é hábito, não saiu tão bem como com os Casa Pias do nosso campeonato.
Mas eis que um puto faz um passe (assistência é modernice) magistral e o tanque sueco a mete lá dentro com um remate soberbo e parece que as amarras, como que por obra e graça dos deuses da bola, se quebraram colocando em campo outra equipa.
E veio o intervalo e no reatamento, em pouco mais de cinco minutos aquela equipa à rasquinha a defender e amorfa a atacar, metamorfoseou-se e "de rajada" meteu duas batatas lá dentro, a primeira por Maxi e a segunda num "petardo" da marca de grande penalidade, a castigar uma falta clara sobre Trincão, que de ausente em parte incerta na primeira parte, apareceu em pleno na segunda. Tal como Pedro Gonçalves, uma inutilidade que fez dois passes soberbos, um deles para o segundo golo que é de se lhe tirar o chapéu. Quando estas unidades aparecem e se libertam, o cheirinho a bom futebol é logo outro e a equipa chegou a ser brilhante nalguns momentos.
O futebol é assim, por isso é tão entusiasmante. De uma derrota anunciada que até poderia ter acontecido e por números complicados, os jogadores souberam manter a calma e responder ao golo sofrido não com o descalabro, mas com vontade de vencer. Comparando com aquele jogo em que levámos cinco do mesmo City, eu diria que a diferença foi uma grande exibição de Israel, a existência de Gyokeres e Quenda e as enormes exibições na segunda parte de Pote e Trincão. E uma pontinha de sorte, que também faz parte, como disse o ainda nosso treinador.
Fomos "ambos os dois", clube e treinador, do Casa Pia até ao Olimpo em situações diferentes. Que por lá fiquemos durante muito tempo.
Acabamos de cumprir a jornada n.º 10. Nova goleada, desta vez em Alvalade: derrotámos o Estrela da Amadora por 5-1. Com um póquer de Gyökeres - o primeiro da sua carreira - e a estreia de Maxi Araújo como goleador leonino.
Reforçamos a liderança do campeonato, isolados. Temos 30 pontos. Levamos 35 golos marcados, apenas três sofridos. Cumprimos o 22.º jogo seguido na Liga a ganhar. O 29.º jogo consecutivo do campeonato sem perder. Seguimos sem derrotas no ano civil em curso que se aproxima do fim. Como equipa inexpugnável.
Melhor ataque e melhor defesa do campeonato. Melhor goleador da prova: o nosso craque sueco, agora com 16. E 20 no conjunto da temporada - além de sete assistências. Hoje artilheiro máximo da Europa.
«Nós e vocês focados no Marquês», lia-se numa enorme tarja da Juve Leo exibida no fim desta recepção ao Estrela. O espírito é este.
O treinador do Casa Pia avisou na colectiva, como dizem os brasileiros, que o seu grupo poderia ser o primeiro a roubar pontos ao Sporting.
Viu-se desde o primeiro minuto como pensou o senhor dar conta do recado: Onze jogadores atrás da linha da bola.
Pensava eu que os tempos de jogar para o pontinho, os tempos do todos fechadinhos cá atrás e numa jogada de sorte tentar o golito que pode dar uma vitória ou um empatezito, já estavam ultrapassados, mas ontem o fantasma do futebolzinho da treta voltou a Alvalade. A negação ao jogo imperou no "jogo" do Casa Pia. Eu sei que a lembrança do jogo e do resultado da época passada estaria ainda na memória do treinador, mas havia necessidade de trazer a Alvalade um ferrolho que não abria nem pela parte de dentro? Nem eles próprios o conseguiriam abrir, se eventualmente o quisessem fazer, coisa que esteve sempre arredada da sua vontade.
E mesmo depois de ter sofrido o primeiro golo, a coisa não se modificou muito.
Estava eu convencido que com o anúncio de uma distribuição mais equitativa dos direitos das transmissões, a lufada de ar fresco que se tem visto desde o início do campeonato, com os treinadores a quererem mostrar que também eles estão com outra vontade, fosse o mote para que essa nova mentalidade, da qual o futebol português no seu todo só beneficiará, nos trouxesse outra emoção e outra vontade de disputar os jogos, mas hoje a minha costela de S. Tomé veio ao de cima.
Futebolzinho medíocre, foi o que ofereceu hoje o Casa Pia aos pagantes do espectáculo de que foram parte integrante. Assim não vamos lá.
Eu não dou já muito para o peditório da arbitragem.
Aquilo é gente que não conhece os progenitores, só dá atenção aos amigos.
Mas volta e meia arrebita-se-me o nariz com coisas que eu e todos vemos que apenas a alimária do apito não vê. Quando convidamos alguém para a nossa casa, o mínimo que lhe exigimos é que se comporte decentemente e que não nos dê cabo da mobília, ora ontem fomos anfitriões dum tipo baixinho que para além de nos ter deixado surripiar aquela garrafa de vinho guardada para uma ocasião especial à vista dos demais convidados e de todos os da casa, família mais chegada e amigos, ainda nos deu cabo da mobília, que o diga Daniel Bragança que estava sossegadinho no seu canto a buburricar uma semanéte e sem saber como, levou com um convidado em cima e no final da noite regressou a casa a coxear, coitado. Não se lhe pedia, ao baixinho, que se armasse em dono da casa, que não precisamos que ninguém vele pela integridade da mobília por nós, mas como elemento isento que deveria ser naquela festa, que diabo, deveria ter chamado à atenção das visitas que no mínimo haveria que saber estar com urbanidade. Nem disso foi capaz. Ou, como se viu quando um gajo surripiou a dita garrafa, mão metida no móvel-bar à descarada, se virou para a televisão e com a maior desfaçatês, considerou que a asa do convidado estava em posição natural, a garrafa é que se lhe colou à mão. Até parece que jogámos com uma equipa de aves, qués ver?
Quanto a apitadeiros, a coisa já tinha começado mal numa festa em Moreira de Cónegos, onde compreensivelmente não era permitido lançar foguetório, mas no decreto que impede o lançamento de fogo de artifício, não está lá que se deve eliminar os motivos para se comemorar. E já que estava tudo na festa, outro rasteirinho deixou que fossem roubar a igreja da terra, naquilo que Pedroto apelidou muito sensatamente de roubo da mesma, para caracterizar os jogos do seu cluve naquelo ántro que diziam ser uma catedral.
Voltando ao nosso salão de festas, como muitos de nós vamos dizendo "a-no-a-pós-a-no", a nossa equipa só tem que jogar o dobro, no mínimo, para passar incólume aos desvarios (estou a ser simpático, ó pra mim) dos rasteirinhos que nos calham em sorte. Sendo sempre assim competentes, não precisamos de Santa Engrácia, já que dos trovões e dos relâmpagos tratamos nós ou não tenhamos, agora em dose dupla, Thor nas nossas fileiras.
Não me vou embora sem deixar uma nota de expectativa para mais logo. "Vocês sabem do que é que eu estou a falar", como diria um célebre agricultor de Palmela, que apesar de ter sido presidente dos Bombeiros locais, não deixa(va) de lançar a sua própria pirotecnia. Duma coisa estou certo: Seja como for, o convidado nunca irá parar ao xadrez!
Quem é o freguês que se segue?
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