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És a nossa Fé!

Inaceitável

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Foto: José Coelho / Lusa

 

Treze dos 15 polícias do comando metropolitano de Braga destacados para garantir condições de segurança no jogo Famalicão-Sporting, que devia ter começado às 18 horas de hoje, apresentaram autodeclarações de baixa pouco antes, considerando-se indisponíveis para cumprir tal tarefa. Como se tivessem sido afectados por súbita epidemia.

Sem policiamento, as portas do estádio foram-se mantendo fechadas. Os ânimos entre adeptos acenderam-se nas imediações - e novamente veio à superfície o comportamento inaceitável das claques. De ambos os lados. Voaram pedras, garrafas, até cadeiras. Houve seis feridos - um dos quais em estado grave, com traumatismo craniano. Além de consideráveis danos materiais em estabelecimentos comerciais e viaturas ali estacionadas.

Igualmente inaceitável é o comportamento dos polícias, pondo em risco a integridade física de cidadãos pacíficos, que vão ao futebol em família, por vezes até com filhos de tenra idade. Não ignoro que a PSP e a GNR protestam contra injustiças na atribuição do suplemento de risco e a proliferação de material sem condições mínimas (fardas pagas a expensas próprias, coletes antibalas fora do prazo, viaturas de serviço prontas para a sucata, etc). Mas nenhum movimento reivindicativo, por mais razões que invoque, é justificável quando lesa a segurança, um dos mais preciosos bens públicos. Voltamos à eterna questão dos meios: nem todos são lícitos para atingir certos fins.

Esta tarde viveram-se momentos dignos de faroeste no exterior do estádio municipal de Famalicão. Sem um agente da autoridade por perto. Poderia ter havido mortos. Tudo isto é ainda mais inaceitável.

 

Um responsável local da PSP afirmou não estarem reunidas condições de segurança para a realização do encontro até ao fim do dia de hoje nem amanhã.  Foi adiado, portanto. Para data incerta. O Sporting, por motivos compreensíveis, recusou permanecer no Minho, tendo regressado a Lisboa. Diz o regulamento da Liga que, não havendo jogo nas 30 horas seguintes, poderá realizar-se nas quatro semanas posteriores.

Acontece que o nosso calendário para todo o mês de Fevereiro está já preenchido. Na próxima quarta-feira jogaremos fora, contra o União de Leiria, para a Taça de Portugal. No dia 11, recebemos o Braga. A 15, viajaremos à Suíça para defrontar o Young Boys na Liga Europa. Dia 19, novamente para o campeonato, vamos a Moreira de Cónegos. Três dias depois, recepção ao Young Boys em Alvalade. Dia 25, Rio Ave-Sporting, de novo para o campeonato. E ainda outra data muito provável: a meia-final da Taça de Portugal, a 28 de Fevereiro. Falta apenas saber se defrontaremos o Vizela ou o Benfica.

Será um sufoco.

 

Acontece também que o Sporting registava uma dinâmica de vitórias agora subitamente interrompida, sem responsabilidade da nossa parte. O que só favorece os nossos adversários directos. Arriscamo-nos a que amanhã o Benfica suba a título provisório para a liderança do campeonato sem sabermos quando acabaremos por visitar o Famalicão, o que nada favorece as nossas aspirações.

«A Liga Portugal exige ao Governo, em especial ao ministro da Administração Interna, a instauração de um processo de inquérito com carácter de urgência, de forma a apurar responsabilidades pelo sucedido, em defesa dos adeptos e das famílias, e informa que exigirá também, nas instâncias próprias, ser ressarcida pelos danos provocados por acções irresponsáveis às quais é totalmente alheia.» Palavras contidas num duro comunicado da Liga, confrontando o Executivo com as suas responsabilidades nesta matéria.

Naturalmente, o facto de o Executivo estar em mera gestão, antes das legislativas de 10 de Março, não serve de atenuante ou desculpa.

 

Repito: inaceitável, tudo isto.

Antítese total do recente Sporting-Casa Pia.

Antítese total do que deve ser a festa do futebol. 

 

ADENDA:

Gabinete do primeiro-ministro indigna-se com «insubordinação gravíssima» dos polícias. Ministro da tutela anuncia que reunirá amanhã, de emergência, com o comandante-geral da GNR e o comandante nacional da PSP.

Quando se pensava que já tinha ouvido tudo dos Letais

Dum tal Dias Tristes na Tasca do 7%:

"Benditas as Bofetadas dadas ao Videográfico do Sporting CP que andava a filmar os “criminosos” da JUVELEO." ... "Se é funcionário do Clube, é absolutamente correligionário deste grupo de assalto que tomou conta dos destinos do clube! A limpeza na Administração do clube já foi feita à muito tempo! Quem tinham ligações e tinha passado com as direções anteriores, a estas ultimas foi mandado para casa e afastado do clube! Certo? … por isso caro amigo é a vida!"

Depois do achincalhamento permanente a treinador e jogador, dos vómitos quando o Sporting ganha como aconteceu ainda agora na jornada da Taça, passaram a advogar através dum histórico na tasca a agressão física a funcionários do Sporting.

Que tem o dono da tasca ou o chefe Nuno Sousa candidato a presidente a dizer sobre isto?

Nada. Obviamente.

Faz parte.

SL

De cortar à faca

A assembleia geral do FC Porto terminou ontem pouco depois de ter começado, em atmosfera siciliana, entre insultos, agressões e intimidações diversas a quem não presta vénia e culto ao Capo di Tutti Capi. 

Antes da interrupção, registaram-se confrontos verbais e físicos entre sócios, confirmando que o clima lá na agremiação está de cortar à faca. 

«Foi uma vergonha», desabafam muitos sócios portistas nas redes sociais. Nem faltou quem bradasse: «Fechem este clube!»

André Villas-Boas, sem papas na língua, também não conteve a indignação: «Órgãos sociais do FC Porto assistiram impávidos e serenos às agressões.» Merece aplauso pelo desassombro.

Ele que se cuide: qualquer dia acorda com uma cabeça de cavalo aos pés da cama.

Pirotecnia fora dos estádios

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Mais uma vez alguns adeptos do Benfica se comportaram como selvagens num estádio de futebol, bombardeando com tochas adeptos da equipa da casa, uma vergonha não só para o clube como para o futebol português. A polícia espanhola fez aquilo que a portuguesa não consegue ou não quer fazer, deteve 3 individuos e apreendeu vasta quantidade de material pirotécnico.

Trata-se do clube que foi pioneiro na criminalidade pirotécnica nos estádios com o assassinato do sócio do Sporting Rui Mendes por um "very ligth" em pleno final da Taça, facto esse que em vez de ser motivo de vergonha para presidente e sócios, serve de inspiração para um cântico de provocação ao nosso emblema no estádio e no pavilhão, sob o encolher de ombros cúmplice dos dirigentes presentes.

Trata-se também do clube que com Luís Filipe Vieira conseguiu esconder de todas as formas a existência de claques organizadas e subsidiadas de diferentes formas, e talvez ajudar com os melhores advogados quando exageram nos actos criminosos e são levados à justiça. Com Rui Costa nada se viu em contrário, focado que está em ganhar tudo seja a que preço for, até no berlinde. Vem agora o mesmo Rui Costa  pedir desculpas ao presidente da Real Sociedad que estava em fúria ao ver adeptos do clube atingidos com tochas.

As desculpas não se pedem, evitam-se- Que fez ele para que aquilo não tivesse acontecido?

 

Também no Sporting, e depois dum presidente cúmplice que assistiu de cadeirinha ao bombardeio de Rui Patrício com tochas em pleno dérbi depois de ter andado na pista, e à vista de todos, com responsáveis da claque a organizar a coreografia, a pirotecnica organizada pelas duas claques em guerra com o actual presidente tem causado grandes problemas, nos jogos europeus e nacionais. Estamos ameaçados pela UEFA com jogos sem adeptos ou mesmo à porta fechada.

Ainda agora, no Bessa, tivemos três encapuzados num jogo que o Sporting precisava de ganhar fazerem mais um número de circo, quebrando o ritmo do jogo, sob o olhar próximo e passivo da polícia, "spotters" e unidade de intervenção. Nos ultimos dois jogos já não tivemos tochas, hoje à noite vamos ver o que acontece.

 

Há quem no Sporting aponte o dedo ao vizinho esquecendo o que tem em casa. Não é o meu caso. 

Até por uma razão muito simples. A delinquência duma franja de adeptos inseridos numa claque dum determinado clube afecta em primeiro lugar os restantes adeptos do próprio clube, que ao acompanharem os restantes se sujeitam ao que não querem e correm riscos substanciais. A começar por todos os sócios, como eu, que compraram bilhete e estarão domingo no estádio da Luz a apoiar a equipa do Sporting.

Pirotecnia fora dos estádios de futebol. E que quem a pratica seja perseguido e levado à justiça. E que ela seja dura.

SL

Pirotecnia ultra

Depois da chuva de tochas sobre os adeptos do clube da casa em Milão, o Benfica foi (levemente) sancionado pela UEFA, uma multa de quase nada e uma proibição de não-venda de bilhetes para o próximo jogo fora de casa.

Também o Sporting esteve ainda há pouco ameaçado de sofrer uma sanção deste tipo, ultras aditivados e pirotécnicos existem dos dois lados, o limite do que fazem depende mais de quem governa o clube no momento e do controlo que tem ou deixa de ter sobre as claques. Há quem corte a direito com as claques legais, reconhecidas ou clandestinas, os respectivos líderes e a sua máquina económica (para não lhe chamar outra coisa, até porque parece que existem membros no activo das forças policiais nas claques, e a existirem sabem mais do que eu sobre o assunto) e há quem mantenha relações de promiscuidade que no caso do FC Porto atingem proporções épicas. Quando Pinto da Costa cair da cadeira cá estaremos para ver o que irão provocar.

Mas, devido a isso ou não, também é verdade que o Benfica se tem destacado pelos actos criminosos das suas claques relativamente às claques e aos adeptos do Sporting. Todos nos lembramos do "very light" sobre o nosso adepto Rui Mendes, do atropelamento e fuga sobre o adepto da Fiorentina, da emboscada com martelo no Estoril, e outras. Digamos que o Benfica facilmente acolhe marginais e delinquentes, o próprio Luis Filipe Vieira não tinha limpo o cadastro e o Sporting (ou pelos menos as claques do Sporting) é o alvo predilecto dos mesmos.

 

Depois dos acontecimentos, saltam cá para fora as justificações. Estas, a mando de Rui Costa, apenas me lembram aquelas do Bruno de Carvalho depois do assalto a Alcochete, até porque para a semana vamos "comemorar" cinco anos depois daquele dia bem negro da história do Sporting. 

"O Sport Lisboa e Benfica vai avaliar a possibilidade de recorrer desta decisão da qual foi notificado hoje pela UEFA." A sério? E vai avaliar como? Atirando tochas para cima da tribuna presidencial no próximo jogo da Luz? 

Para mim só há uma forma de lidar com este tipo de situações: os sócios fazerem justiça dentro dos próprios clubes, identificarem e expulsarem os responsáveis das claques, reconhecidas ou não, que "autorizam" estes actos. Porque se eles não autorizassem, por muito murro ou pontapé que ocorresse na bancada, aquilo não acontecia.

Era o que o Sporting deveria ter feito a seguir ao "bombardeio" de Rui Patrício e ao assalto a Alcochete.

SL

Até quando?

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A grunhice e a javardice associadas às claques continuam a dar má fama ao Sporting - não apenas em Portugal, mas além-fronteiras.

No jogo de ontem na Dinamarca entre o Midtjylland e o Sporting, para a Liga Europa, a claque liderada por um notório cadastrado e condenado por crimes vários voltou a fazer uma lamentável exibição de material pirotécnico proibido pela UEFA, arremessando tochas e potes de fumo. Isto provocou ferimentos numa criança, de imediato conduzida a um hospital, e num assistente de recinto desportivo, assistido numa ambulância por ter sido atingido por um pote de fumo na cabeça.

Dois dos indivíduos que integram essa turba foram detidos. A mesma turba que já viu 138 dos seus membros banidos dos recintos desportivos, na época passada, por decisão da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto.

O mais provável, apesar disso, é que voltem muito em breve a entrar num estádio, a pretexto do seu "amor ao Sporting" (que força o clube a pagar multas pesadíssimas por estas sessões de pirotecnia nas bancadas) enquanto contribuem para afastar cada vez mais adeptos das bancadas. 

Até quando reinará esta impunidade, indigna dos valores do desportivismo sempre enaltecidos pelos nossos fundadores?

Absolutamente intolerável

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Muitos sportinguistas gostam de falar do nosso clube como exemplo de desportivismo e até de autoridade moral face aos outros. Faz parte do legítimo orgulho de ser adepto do Sporting Clube de Portugal. Compreensível.

Sendo assim, é ainda mais intolerável que o Sporting encabece uma estatística humilhante e indecorosa. Neste momento lideramos o "campeonato" dos adeptos banidos dos estádios portugueses, por decisão soberana da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD)

Das 335 medidas de interdição decretadas durante a temporada 2021/2022, mais de 76,2% visaram adeptos de cinco clubes: Sporting (138), Benfica (49), FC Porto (44), Braga (13) e V. Guimarães (13). Existem portanto, mais banidos que se assumem como sócios ou simpatizantes leoninos do que dos restantes quatro emblemas juntos. 

Este é o número mais elevado de sempre. E que representa um aumento de 109% relativamente à época 2020/2021 - percentagem impressionante. 

Entre os factos comprovados que originaram as acções punitivas da APCVD já postas em vigor incluem-se a posse ou uso de artefactos pirotécnicos, incitamento à violência, agressões e manifestações de xenofobia e racismo.

Mais factos: a grande maioria dos interditados são homens, residentes em Lisboa (37%), Porto (22%) e Braga (13%), e cerca de metade tem entre 16 e 25 anos. A quase totalidade dos actos violentos relaciona-se com o futebol e 86,5% dos visados pertencem a claques ou estão envolvidos com elas.

Números que me envergonham enquanto sportinguista. Tenho a certeza de que não serei o único a sentir esta repugnância por praticantes da violência, militantes da xenofobia e amantes do racismo. Por mim, concluo sem hesitar: tolerância zero com esta escumalha.

Adversários sim, inimigos não

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Como sempre digo, e repetirei as vezes que forem necessárias, em futebol há adversários mas não inimigos.

Daí manifestar a minha solidariedade ao treinador do FCP, Sérgio Conceição, e aos elementos da sua família que há dias viram a viatura em que seguiam danificada por um bando de covardes munidos de calhaus. 

Para não variar, na conferência de imprensa destinada a antever o Boavista-Sporting, Rúben Amorim esteve impecável ao comentar o acto de violência cometido pelos tais grunhos. 

«Quero mandar-lhe um grande abraço, e já o fiz. Não somos propriamente amigos, mas basta olhar para ele. Dá tudo pelo clube e merecia mais. Deve ser muito doloroso a família levar com pedras porque perdeu um jogo. As autoridades têm de fazer alguma coisa», declarou o treinador leonino.

Subscrevo e aplaudo.

O exemplo de Braga

O autor do lançamento de um petardo durante o jogo em Braga foi imediatamente identificado pelas autoridades, detido e será presente em tribunal. Se é assim em Braga, é muito bem. Em Lisboa, no estádio de Alvalade, episódios destes durante anos sucediam-se jornada após jornada, sempre do mesmo local do estádio, em direção ao relvado. Estranhamente, nunca vi as autoridades fazerem nada. Não deveriam tais lançamentos ser um crime público? Se não são, se alguém tem que apresentar uma queixa, por que nunca o fizeram as sucessivas direções do Sporting? Ou a Liga - que fosse? Será que teriam que ser os jogadores a apresentar queixa? Ao Rui Patrício, durante muitos anos, motivos para apresentar queixa nunca lhe faltaram.

Mão dura contra as claques

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O alegado assassino de um jovem de 19 anos detido pela polícia grega: crime chocou o país

 

Na Grécia, tal como em Portugal, existem sérios problemas com as claques - autênticas escolas de delinquência, em certos casos.

A diferença é que lá existe um Governo que não receia tomar decisões sempre que está em causa o futebol. Nem têm alguém equivalente ao secretário de Estado do Desporto português, especialista em assobiar para o ar.

 

Ontem o Executivo helénico decretou a proibição temporária de todas as claques ligadas a emblemas desportivos - que vai vigorar pelo menos até 31 de Julho. Medida que se insere no combate aos actos de violência a pretexto do futebol. 

O ministro adjunto com o pelouro do Desporto especificou que as claques também ficam proibidas de distribuir bilhetes individuais para espectáculos desportivos, aos quais só poderão aceder os detentores de títulos válidos para a época em curso. 

O Governo prepara novas regras de licenciamento para estes grupos organizados de adeptos, prevendo-se que o registo dos membros de todas as claques seja revisto antes de cada ano desportivo, sujeitando-se ao cancelamento quando se comprovar a existência de membros acusados de provocar actos violentos.

Deverão registar-se também alterações ao código penal, aumentando de seis meses para cinco anos de detenção as penas mínimas ligadas à violência tribal a pretexto do desporto, além da proibição total de assistir a espectáculos desportivos de cara tapada.  

 

Esta decisão surge na sequência do homicídio em plena via pública de um jovem de 19 anos, adepto do Aris, esfaqueado a sangue-frio por membros de uma claque ligada ao clube rival PAOK em Salónica, segunda maior cidade do país. Este crime provocou ondas de choque em toda a Grécia.

E por cá? Devemos seguir o mesmo caminho? Teremos de esperar por novos assassínios para finalmente haver eficazes medidas de prevenção contra estes delinquentes que se infiltram no futebol para darem largas aos seus instintos criminosos?

Vale tudo!

Tenho tentado esquivar-me a escrever sobre o que aconteceu na passada sexta feira no estádio do FCPorto. Porque nada daquilo me admira naquele clube, dirigido por alguém sem escrúpulos nem desportivismo.

Lembro a propósito destes tristes acontecimentos o que se passou há muitos anos aqui bem perto onde moro, quando o Estrela da Amadora ainda competia na primeira divisão. Nesse jogo, entre diversos casos ocorridos, ficou-me na retina e nas imagens da televisão um empurrão violento que Jorge Costa deu num polícia. Curiosamente conheço esse polícia, se bem que não o veja há algum tempo.

Portanto vindo daquela gente tudo parece… normal!

O que já não parece normal são conhecidos e públicos adeptos portistas validarem as inconcebíveis atitudes que podemos tristemente assistir. Do adepto anónimo eu aceito (quase) tudo. Agora de gente conhecida parece-me demasiado grave. Parece que não aconteceu nada e que as televisões não mostraram…

Sou sócio do Sporting há mais de 40 anos e amante de futebol, mas jamais aceitaria que jogadores e dirigentes do Sporting se envolvessem em desacatos dentro do nosso estádio. Fosse contra quem fosse!

Repudiaria publicamente essas situações até porque há valores dos quais jamais abdicarei sendo um deles a dignidade desportiva, pois nem tudo vale para se ganhar um jogo!

Algo que no FCPorto não parece existir!

Serve para quê?

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Devo elogiar a linguagem clara e contundente, sem contemplações, da Direcção do Sporting Clube de Portugal neste comunicado. Em que confirma aquilo que já sabíamos: a estrutura dirigente do FCP é incapaz de se comportar como pessoa de bem, agindo à margem das regras desportivas e do próprio Estado de Direito.

O facto de, uma vez mais, eles terem sido incapazes de nos vencer em campo - mesmo a jogarem com um mais durante todo o segundo tempo, após expulsão injustíssima do nosso capitão por falta inexistente - deixou-os particularmente enraivecidos. Aí, valeu tudo naquele tristíssimo pós-jogo: agressões, intimidações, ameaças, cuspidelas e até furto de objectos pessoais de Frederico Varandas, alegadamente por um sujeito baixinho que integra o núcleo duro da famiglia portista.

No comunicado, o presidente leonino anuncia a participação criminal contra Vítor Baía, Sérgio Conceição e o tal sujeitinho. «E avançará com todos os esforços necessários para que os intérpretes destes actos sejam banidos dos recintos desportivos.» Acentua também que «irá fazer participação disciplinar com vista à interdição do estádio do Dragão», com base nas imagens de violência que o País inteiro viu. 

Espera-se entretanto uma palavra do presidente da Liga e do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, além de uma reacção pronta da Procuradoria-Geral da República.

 

A propósito, apetece questionar: existirá mesmo uma coisa chamada Autoridade para a Prevenção e o Combate da Violência no Desporto?

Presumo que sim, pois até tem página oficial na Internet.

Mas, sendo assim, pergunto então: serve para quê?

Estado de Direito?

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Frederico Varandas, segundo um comunicado oficial do SCP, foi alvo de uma espera à saída do Dragão com tentativa de agressão, seguida de roubo da sua carteira e telemóvel. Os autores terão sido: Vítor Baía, vice-presidente do FCP, Sérgio Conceição, treinador do FCP, e um tal de Rui Cerqueira, assessor do clube e ex-jornalista da RTP. A isto somam-se balas encontradas no relvado, jogadores do Sporting agredidos por ‘stewards’, cadeiras atiradas para cima de outros jogadores e por aí adiante. As autoridades e o Governo estão calados que nem ratos, ao contrário do que aconteceu no caso triste de Alcochete. Que País é este?

João e Mehdi

Da violência presumida à violência efectiva

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Na altura em que escrevo, há um menino português, portador do síndrome de Asperger, acorrentado numa masmorra, por ter publicado umas coisas na internet, para sermos rigorosos nem foi ele, foi uma personagem chamada PsychoticNerd.

Se eu disser para um bebé: "Olha que eu dou-te uma palmada" mas não concretizar essa ameaça, presumo que não cometi nenhum crime.

O que está em causa, é que na justiça parecem existir dois pesos e duas medidas, a violência presumida nalguns casos é punida mais facilmente que a violência efectiva.

Tabata pisou um jogador do Casa Pia, violência efectiva e não presumida, foi expulso.

Daniel Bragança pisou um jogador do Santa Clara, violência efectiva e não presumida, foi expulso.

Taremi, pisou Coates, violência efectiva e não presumida, não foi expulso, nem viu cartão amarelo.

Julgo que se a justiça desportiva não actua, talvez a Polícia Judiciária, possa actuar.

Taremi não foi para a internet escrever: "PsychoticDragon vai agredir Coates"; o iraniano agrediu mesmo o jogador do Sporting com milhões de pessoas a assistir.

Não lhe vai acontecer nada?

O ódio do decano

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Desta vez Pinto da Costa esqueceu-se de usar a palavra "vergonha" para qualificar a rebaldaria anglófila no Porto e até motivou críticas expressas do Presidente da República.

As normas sanitárias foram lançadas às malvas, o "dever geral de recolhimento" foi atirado às urtigas e o "uso obrigatório de máscara" foi ignorado por completo pelos ingleses ululantes. Enquanto a polícia acorria às praias para fiscalizar... os portugueses.

 

O decano só emprega o tal vocábulo quando se refere a Lisboa.

Com o ódio que o caracteriza sempre que alude à capital portuguesa, como se estivesse a referir-se a uma cidade estrangeira. E com a duplicidade moral que todos lhe conhecemos.

«Tenho a certeza que tudo irá correr da melhor forma [final da Champions no Dragão com a presença de quase 20 mil ingleses]», dizia ele há dias, depois de lançar mais um escarro contra o Sporting. 

 

Estava redondamente enganado.

O País inteiro viu

E a Europa também.

Uma cultura de clube abjecta e deplorável

Tenho dificuldade em considerar o FCP um grande de Portugal. Além de ser um clube que nunca foi muito além da dimensão regional é também feito de mentalidade provinciana, convencida e querendo convencer que o mundo todo se uniu para o aniquilar. O mau julgador por si se julga e esta vitimização não é mais que uma invenção. Todos vemos que quem está contra todos são eles. Não sabem ganhar, não sabem perder, não sabem empatar. Vímo-lo mais uma vez em directo esta noite em Moreira de Cónegos. Foi cena chocante porque abjecta e assustadora.

A prova do que é feito aquele clube de cultura mafiosa foi-nos dada por um mascarado que, valha a verdade, a tromba escondida por trás da máscara só reforçou o comportamento jagunço que o ocultado teve ao impedir ao murro e ao pontapé que um repórter da TVI recolhesse imagens do grande líder que se apresentou segundos antes do ataque com postura seráfica, como se nada com ele fosse.

Passou-se isto no exterior do campo do Moreirense, minutos antes, dentro do terreno de jogo, o carroceiro-mor e um seu acólito da equipa de agressões - no caso o director de comunicação-, os dois comunicavam insultos ao árbitro e à mãe deste já depois do apito final que sentenciou aquele que foi para nós o tão saboroso empate que os Andrades tiveram com os moreirenses.

Em nome da justiça desportiva é fácil pôr Rúben Amorim três jogos seguidos na bancada. É muito mais difícil pôr esta corja no lugar. Há anos que eles actuam com o sentimento de impunidade, violando as regras e o espírito do desporto. Quando no desporto nem deviam ter lugar.

Também por isto é muito importante que o Sporting seja campeão. Acreditemos que esse será mesmo o novo normal.

Guarda Abel revisitado

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Fotograma do filme O Padrinho, de Francis Ford Coppola

 

O velho crocodilo, acolitado pelos jagunços, deu ordem de investida: um repórter de imagem da TVI foi agredido à pantufada no exterior do estádio do Moreirense. Com o País a ver.

Regressam os tempos tenebrosos do guarda Abel e da sarrafada a eito para garantir vitórias mafiosas fora de campo.

Não me admirava que o árbitro Hugo Miguel, que apitou o Moreirense-FC Porto, acordasse amanhã com uma cabeça de cavalo bem aconchegada na cama. 

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