Na época que agora terminou, Vinagre participou em quatro jogos, perfazendo 204 minutos. Marcou zero golos, fez zero assistências e viu um cartão amarelo.
«Estou triste por não ter tido a oportunidade de contribuir mais, mas fiz tudo o que me foi permitido», escreveu na mensagem de despedida.
Na Premier League, com o Manchester City a sagrar-se tricampeão, o Everton ficou em 17.º lugar, tendo evitado à justa a despromoção ao Championship.
O Sporting iniciou a pré-temporada com três exclusões do plantel. Uma já anunciada - a de Feddal, que chegou ao fim do contrato. Outra já aguardada - a de Slimani, que entrou em ruptura com o treinador. E uma terceira, algo inesperada - a de Vinagre, autorizado a não comparecer em Alcochete porque a SAD tenciona emprestá-lo durante a próxima época futebolística. Está, portanto, fora dos planos de Rúben Amorim apesar do elevado montante que o Sporting pagou por ele.
Perante este cenário, reitero o que aqui escrevi a 11 de Maio: foi uma contratação inexplicável. Estamos perante um lateral esquerdo que raras vezes foi opção na temporada cessante, tendo sido ultrapassado por Matheus Reis, Nuno Santos e até Esgaio como lateral esquerdo.
Dos reforços até agora anunciados, apenas a vinda de St. Juste - o central mais caro de sempre da nossa equipa - me parece inquestionável. Morita, para mim, continua a ser incógnita. E o muito jovem Fatawu, para já, será remetido aos sub-23.
Sabe-se, entretanto, que Gonçalo Esteves irá rodar por empréstimo noutro emblema da I Liga - falando-se no Estoril ou no Casa Pia, clubes com os quais mantemos boas relações. Não me parece mal, pois continuaria tapado por Porro e Esgaio.
Estando assente a saída de Palhinha, mantém-se a incógnita em torno de Matheus Nunes. Os dois jogadores não se apresentaram ontem em Alcochete por estarem ainda de férias após terem participado pela selecção na Liga das Nações.
É tudo? Não pode ser.
Continua a faltar um elemento fundamental. Alguém que marque golos, que seja concorrente directo de Paulinho. Tiago Tomás rumou ao campeonato alemão, Jovane deixou de contar para Amorim, Sarabia - nosso maior marcador em 2021/2022 - regressou a Paris, de onde viera por empréstimo.
Temos um défice evidente neste sector da equipa. O problema permanece por resolver. Com poucos golos, é difícil ganhar jogos - e quase impossível vencer campeonatos.
Ah e tal, só cá aparece para dizer mal, acusam alguns.
Em minha defesa direi que estive ausente do país e com dificuldades de comunicações, mas não é para me justificar que aqui venho.
Venho cá só para perguntar se alguém acha normal que se tenha comprado um jogador por dez milhões de Euros, dez! e que se coloque o rapaz na lista de empréstimos. Que está tapado, dizem, mas não estava antes de ser contratado?
Um jogador que até podíamos descartar, bastava não accionar a cláusula de compra.
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre VINAGRE:
- Sol Carvalho: «É um empréstimo e o que vi anteontem deixou-me bastante satisfeito. Aliás, o clube tem neste momento os quatro melhores laterais a jogar em Portugal. É obra.» (8 de Agosto)
- Edmundo Gonçalves: «Não lembra ao diabo não ter um ferrolho na centro-esquerda para ajudar o Vinagre, que azedou um pouco mais logo no primeiro minuto.» (15 de Setembro)
- José Navarro de Andrade: «Depois do mesmo golo sofrido cinco vezes só não vê quem é cego que o problema esteve antes de Vinagre ou de Feddal.» (15 de Setembro)
- JPT: «De outros espera-se, neste ainda primeiro quarto de época, que se venham a impor, consoante o espaço que venham a ter: por exemplo, Ugarte e Vinagre.» (20 de Outubro)
- Luís Lisboa: «Está ali um jogador de qualidade mas com algumas fragilidades, e que no contexto adequado poderá vingar no Sporting. Ou não. Cuja cláusula de compra só foi activada porque o Sporting conseguiu o que não se esperava que conseguisse, passar da fase de grupos da Champions.» (23 de Fevereiro)
- Eu: «É inexplicável, para mim, ver um jogador como Rúben Vinagre, que chegou ao Sporting no início da época por empréstimo do Wolverhampton, ficar em Alvalade a título definitivo, por cinco anos, e a um preço exorbitante: 10 milhões de euros por metade do passe.» (11 de Maio)
É inexplicável, para mim, ver um jogador como Rúben Vinagre, que chegou ao Sporting no início da época por empréstimo do Wolverhampton, ficar em Alvalade a título definitivo, por cinco anos, e a um preço exorbitante: 10 milhões de euros por metade do passe. O que o torna no futebolista mais caro do plantel - até mais caro do que Paulinho - sem ser o mais valioso, longe disso.
Difícil de entender sabendo-se que a SAD leonina não nada em dinheiro e tratando-se de um lateral esquerdo que raras vezes foi opção para Rúben Amorim. Para essa posição o treinador preferiu Matheus Reis, Nuno Santos ou até Esgaio.
Parece-me uma decisão errada. Não será fácil convencerem-me do contrário.
Não era deste Vinagre produzido por uma empresa dum ex-presidente do Sporting que o "candidato da bancada " estava a falar no debate de hoje na Sporting TV entre os candidatos à presidência do Sporting, era do defesa esquerdo que o Sporting contratou ao Wolverhampton depois de passagens pelo Monaco e Olympiakos, além do percurso por Portugal.
Sobre Rúben Vinagre podemos questionar muita coisa, se tinha o perfil adequado para substituir Nuno Mendes, se as condições de contratação foram adequadas, se o seu desempenho foi o esperado, que rendimento poderá ter no futuro, mas o que não podemos fazer é falar dele como dos "Vinagres da vida". Até porque qualquer um com dois dedos de testa e que tenha visto como eu todos os jogos, alguns deles ao vivo, em que participou percebe que está ali um jogador de qualidade mas com algumas fragilidades, e que no contexto adequado poderá vingar no Sporting. Ou não. Cuja cláusula de compra só foi activada porque o Sporting conseguiu o que não se esperava que conseguisse, passar da fase de grupos da Champions.
Mas para falar dos "Vinagres da vida", temos se calhar de falar também dos "Nunos Sousas da vida" que a única coisa em que se conseguiram distinguir no Sporting (na EDP já deixou claro o que conseguiu fazer) foi chamar a polícia porque legitimamente lhes recusaram a lista brunista e ajudar, com os Letais ao Sporting, a chumbar orçamentos.
Como é que alguém que se propõe ser presidente do Sporting através duma laracha idiota trata e desvaloriza desta forma um activo que custou muitos milhões de euros e tem contrato por cinco anos?
E, sendo presidente, como é que poderia encarar jogador e plantel?
Se calhar mandava o Inácio...
Isto faz-me lembrar o célebre post no Facebook do seu mentor Bruno de Carvalho e que deu origem a toda a turbulência que descambou no assalto a Alcochete, e também a conversa da "rataria" na tasca que lhe dá cobertura para tratar os jogadores que rescindiram depois na falha do presidente de então assumir as suas responsabilidades. À mínima oportunidade, os jogadores que defendem as nossas cores, e que já muito ganharam esta época, passarão para este "candidato da bancada" a ser "os Vinagres desta vida"...
Já agora aquela ideia da política desportiva da SAD ser decidida em AG do Clube não lembra ao diabo. Mas o presidente é eleito para quê? Treinadores e jogadores a votos de braço no ar? Porque não o onze inicial também?
Gostei muitoda nossa primeira goleada da época. Num dos mais belos estádios da Europa - o do Restelo, infelizmente há muito arredado de grandes confrontos futebolísticos. Casa do Belenenses verdadeiro, não dessa contrafacção que anda aí a tentar usurpar-lhe o nome. Bom relvado, bancadas com mais de 12 mil adeptos dos dois clubes, atmosfera entusiástica, verdadeira festa do futebol. Com um onze composto por seis suplentes, o Sporting impôs hoje a sua superioridade desde o minuto 2, quando Tiago Tomás inaugurou o marcador, e controlou sempre a partida. Resultado: triunfo por quatro golos sem resposta. As nossas redes voltaram a ficar invictas. Os três outros golos foram marcados por TT, bisando aos 68', Jovane (77') e Nuno Santos (80'), os dois últimos na conversão de grandes penalidades.
Gosteide algumas exibições. Começando pela de Rúben Vinagre, que regressou ao onze titular após a malograda actuação frente ao Ajax em Alvalade. Esta é uma das melhores notícias da noite: temos o jogador recuperado. Foi, para mim, o melhor Leão em campo. Assistiu TT no golo inicial e serviu-lhe a bola de bandeja aos 79' no lance que originou o segundo penálti a nosso favor - e o quarto golo do Sporting. Excelentes cruzamentos de Vinagre também aos 14', 53' e 62' - infelizmente desperdiçados pelos colegas. Tiago Tomás também merece destaque, naturalmente, pelos dois golos que marcou: concorre cada vez mais com Paulinho para ponta-de-lança titular. Também gostei dos regressos de Pedro Gonçalves (substituído aos 63' por Nuno Santos) e Gonçalo Inácio (que fez de Coates e esteve em campo até aos 83'), ambos recuperados de lesões. Destaque ainda para as boas estreias de Gonçalo Esteves (como ala direito titular: aos 17 anos, promete ser craque), João Virgínia (substituindo Adán na baliza, sem muito trabalho) e João Goulart (central, capitão da nossa equipa B, entrando aos 83' para render Gonçalo Inácio).
Gostei pouco de termos chegado ao intervalo a vencer só por 1-0 no Restelo. E do festival de golos desperdiçados (quase todos devido à excelente intervenção do guarda-redes azul Marcelo Valverde, o melhor em campo). Anotei estes: Jovane aos 14', Feddal aos 24', Pedro Gonçalves aos 36', Gonçalo Inácio aos 44', Nuno Santos aos 89', Tiago Tomás aos 43', 86' e 90'+3. Apesar da goleada, frente a uma equipa do quarto escalão do futebol português, continuamos a pecar no capítulo da finalização.
Não gostei de continuar a ver um defeito que venho notando neste Sporting 2021/2022: escassa presença na área em momentos decisivos. Excepto em lances de bola parada, muitas vezes mantínhamos apenas Tiago Tomás naquela zona. Não faltaram centros bem medidos que acabaram por não ter desfecho positivo devido à ausência de um elemento que pressionasse junto ao segundo poste. Demasiada contenção ofensiva, que o resultado de algum modo disfarça por termos beneficiado de dois penáltis - o primeiro, quanto a mim, algo forçado. Se há coisa de que não podemos queixar-nos, em tempos recentes, é de falta de grandes penalidades a nosso favor.
Não gostei nada da entrada assassina de um jogador do Belenenses chamado Frias. Aplicou uma tesoura na tibiotársica de Pedro Porro, que entrara minutos antes em campo e saiu de maca, contorcendo-se com dores, ao minuto 75. Provável lesão grave do internacional espanhol que poderá afastá-lo dos relvados durante algumas semanas. Começando já no desafio de terça-feira, frente ao Besiktas, para a Liga dos Campeões. O tal sujeito, espantosamente, nem levou vermelho directo nesse lance - como se impunha. Viu-o pouco depois, ao fazer falta sobre Tiago Tomás, na jogada que nos rendeu o segundo penálti. Mancha vergonhosa numa noite que devia ser apenas de celebração e festa.
Parece haver muitas dúvidas pela actual política repetida da “compra de parte do passe”. Sempre gostava de ouvir opiniões sérias ou, pelo menos, reflectidas. Vamos?
Hoje parece claro a toda a gente que teria sido muito melhor comprar a totalidade do passe de Pedro Gonçalves. Quando o comprámos era uma promessa, hoje o clube velorizou-o bastante. Mas, na altura, se comprássemos a totalidade do passe, o que não se diria?
O outro lado da moeda: O facto de só ter metade do passe faz com que Sporting não tenha especial interesse na sua venda, a não ser pela cláusula (área que já acautelou, bem como o salário). Logo, vejo a situação de Pedro Gonçalves como positiva do ponto de vista desportivo pois só será vendido pela cláusula ou lá perto.
Mas pareceu-me que o Sporting aprendeu com o caso e no processo Ugarte está a fazer uma política ainda mais inteligente: Se ele for um sucesso no clube (o que sera provado pelo facto de realizar 40 jogos) compra-se mais percentagem do passe até ao limite possível, que é de 80%, pois o resto pertence ao clube de origem. Confesso que parece-me a forma ideal de lidar com jogadores promissores que conheçam a liga portuguesa. Ou seja, condiciona-se o custo ao rendimento, o que me parece bastante mais racional.
Já Vinagre é um empréstimo e o que vi anteontem deixou-me bastante satisfeito. Aliás, o clube tem neste momento os quatro melhores laterais a jogar em Portugal. É obra.
A minha sugestão, que mais não vale do que um palpite, era que, se se encontrasse um defesa central direito e um avançado possante que pudessem ajudar, poder-se-ia tentar um negócio neste formato. Com um detalhe: Se Rúben Amorim diz que Coates pode ser uma opção de avançado, então, na verdade, só precisaríamos (dentro do realismo do possivel) de mais um central direito que poderia entrar para a posição de Coates, fazendo avançar este se necessário. Um modelo que Rúben Amorim já usou no Sporting com bons resultados.
Quatro anos depois, Ricardo Esgaio regressa ao Sporting onde fez quase toda a formação, actuou na equipa B e no onze principal entre as épocas 2006/2007 e 2016/2017. Já está integrado no grupo de trabalho. Pode actuar como ala, lateral ou até central. No corredor direito é hoje, aos 28 anos, um dos melhores profissionais do futebol português.
Gonçalo Esteves, jogador oriundo do FC Porto, assinou contrato de formação com o Sporting, tendo já participado nos primeiros treinos em Alcochete Com apenas 17 anos, este talentoso lateral direito - com 11 internacionalizações pela selecção sub-16 - acredita que terá oportunidade de singrar sob a orientação de Rúben Amorim.
Está confirmado o regresso de Rúben Vinagre, que chega por empréstimo do Wolverhampton. Este lateral esquerdo, agora com 22 anos, cumpriu cinco épocas de formação no Sporting, desde os 12 anos. Foi campeão europeu sub-17 em 2016. Depois actuou no Mónaco, Wolverhampton e Olympiacos. Na época passada jogou no Famalicão, também emprestado.
{ Blogue fundado em 2012. }
Subscrever por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.