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És a nossa Fé!

Uma mão-travessa

Na primeira jornada do campeonato o Sporting beneficiou de mais um minuto de descontos já para além do templo suplementar, tempo suficiente para marcar o golo da vitória.

No passado fim de semana desportivo novo caso envolvendo mais uma vez o Sporting. Logo no dealbar do jogo em Rio Maior e por uma mão-travessa – medida de comprimento bem popular - foi validado indevidamente um golo ao Sporting, ao que dizem os “varistas” e pseudo especialistas no futebol, por fora de jogo do jogador Paulinho.

Mal acabou a partida eis que surgiram comunicados a assumirem um erro do VAR e uma estranha tomada de posição.

Não quero ora debater a existência ou não do fora-de-jogo, mas tão só perguntar às entidades que mandam e comandam o futebol português o que disseram, escreveram ou comunicaram quando umas mãos travessas alteraram provavelmente o decurso de uma partida.

Falo das mãos travessas que tocaram na bola dentro de área e que nem o árbitro de campo nem o VAR validou como grande penalidade a favor do Sporting, as que empurraram jogadores leoninos dentro da área de rigor ou das mãos travessas que chocaram acidentalmente na cara de alguns jogadores do Sporting sem que para tal o VAR tivesse dito alguma coisa de forma pública.

O nosso artístico futebol está carregadíssimo de mãos travessas. Umas são usadas para medir o benefício de alguém, neste caso o Sporting, outras servem unicamente para irmos entendendo onde se encontra o poder no futebol luso!

A verdade

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Chermiti está, supostamente, fora-de-jogo, a bola ainda não foi pontapeada por Adán, mas Chermiti está fora-de-jogo (alegadamente).

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Aqui a bola ainda não chegou ao solo e Chermiti está colocado em jogo por três jogadores do Gil Vicente, para além de receber a bola no meio campo defensivo do Sporting.

Uma equipa que inicia um ataque no seu próprio meio campo pode ser penalizada por fora-de-jogo?

Fitas

Não sei o que pensam disto, mas considero que Paulinho anda a "taremizar-se" em excesso. Tal como Edwards.

Detesto ver jogadores nossos fazerem as mesmas fitas que nós criticamos em futebolistas que representam outros emblemas.

Eu não tenho critério duplo. Uso sempre o mesmo, sejam os nossos ou sejam os outros que agem de modo incorrecto, lesando elementares normas do fair play desportivo, nomeadamente quando tentam ludibriar os árbitros.

Mais: nisto sou ainda mais exigente para os nossos do que para os outros.

Será algo fora de moda neste tempo de trincheiras em que qualquer coisa logo se transforma em trombeta de guerra ao menor pretexto, admito. Mas continuarei assim.

Mais expressões novas para o vocabulário de futebolês

Penalti tecnológico!

Claro que a criatividade envolve o Sporting, quem mais poderia ser, designadamente o lance que envolveu Paulinho e o guarda redes do Paços de Ferreira, no recente jogo em Alvalade e que culminou na marcação de grande penalidade. Uns artistas da TV e dos jornais e ainda a newsletter de um certo clube (não há pior dor que a dor de...aquela tal...), apesar de toda a evidência das imagens, do levantar da bandeirinha do fiscal de linha, da chamada de atenção do VAR e da revisão da decisão pelo árbitro, enveredaram pelo caminho da desvalorização da vitória leonina e de tentar enlamear o que foi limpinho, criando o "penalti tecnológico": penalti, pelo toque no pé direito do Paulinho que lhe provocou a queda. No dia seguinte jornais houve que, na capa, titularam o que nas páginas interiores não era sustentado pelas opiniões de profissionais da arbitragem que neles avaliam as decisões arbitrais. Ainda hoje, no Record, o antigo árbitro espanhol Iturralde Gonzalez reforçava as opiniões dos seus colegas, na coluna Tira-Teimas, e que passo a citar: "Neste...lance não há muito a dizer. O Paulinho dribla o guarda redes que, com a perna esquerda, contacta e derruba o avançado do Sporting, cometendo penalti. Falta bem assinalada e cartão amarelo bem exibido...". Que chatice para as virgens ofendidas e viúvas do velho sistema!

O VAR veio mudar muita coisa no futebol (estou convencido que só com o VAR o Sporting foi campeão e está na luta este ano), mas ainda tem um caminho  a percorrer no sentido de ainda maior verdade desportiva. Pelo menos e para já, acabaram muitas das vergonhas que assistiamos nos campos pois agora alguns rapazes pensam duas vezes antes de saltarem o muro para ir à fruta ou de se sentarem à mesa para refeições grátis. Dá mais nas vistas a inclinação dos relvados... Mas como dizia, ainda há caminho, muito para percorrer (e os jogadores também têm de ajudar, quanto a disciplina e simulações, não são nadadores nem mimos). Veja-se o escândalo dos cartões amarelos ao nosso jogador Palhinha. Pelo menos 3 mal exibidos, dos 5 que o excluem do próximo jogo. A "field of play doctrine" não pode continuar a ser a vaca sagrada das leis do futebol, caso contrário transforma-se antes em reiterada doutrina de injustiça autoritária ou numa "reveange doctrine" como no caso Palhinha. Ainda que não se atualize as normas de intervenção corretora do VAR quanto a injustiças cometidas por um árbitro em campo (revertendo cartões amarelos manifestamente mal exibidos ou pontapés de canto mal assinalados e que podem resultar em golos, por exemplo), não há razão para que os diálogos entre os diversos intervenientes das equipas de arbritragem não sejam públicos. E que a justiça dos órgãos jurisdicionais competentes se demita de julgar e aplicar as leis de acordo com os factos subjacentes à realidade, preferindo continuar à sombra da bananeira da "field of play doctrine". Por uma questão de justiça e de verdade desportiva.

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(fotografia Jornal Record)

PS- Para complementar e até porque foi referido num comentário a questão dos especialistas não serem unânimes, aqui ficam os recortes dos principais opinadores especialistas: 

 

 

A coisa complica-se

Rúben Amorim acaba de testar positivo à covid-19. Ontem tinha acontecido o mesmo com Gonçalo Inácio. A propalada imunidade de que tantos supostos especialistas falavam é uma falácia. Nem imunidade natural, mesmo para quem já foi infectado antes. Nem imunidade vacinal, mesmo para quem já recebeu duas doses da Pfizer ou da Moderna, com os respectivos reforços. 

Isto afecta-nos a todos em geral. E afecta o desporto em particular. Espero, entretanto, que a Liga tenha o bom senso de adiar o Estoril-FC Porto. Nem é preciso justificar porquê. Basta sabermos que há cerca de 30 infectados no clube anfitrião. A integridade das competições desportivas não se compadece com outro jogo-farsa. Já bastou o vergonhoso B-SAD-Benfica, de péssima memória. Uma nódoa no futebol português.

O amigo que vem de Famalicão

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Confesso: já poucas coisas me espantam. Mas fiquei estupefacto ao ler hoje, num dos jornais desportivos, que o actual presidente da SAD do Famalicão está em vias de transitar para o Benfica, para ali desempenhar as funções de director-geral do futebol na próxima época, com início daqui a um par de meses. 

Isto enquanto ainda se desenrola uma competição em que se joga o acesso a milhões de euros provenientes das competições europeias, e perante o aparente alheamento das entidades que deviam fiscalizar a transparência desportiva, em todas as frentes.

Por mera coincidência, esta notícia vem a público na véspera do Sporting-Famalicão.

Se não nos indignamos com uma coisa destas, deixaremos de nos indignar seja com o que for.

 

ADENDA: A maior goleada do SLB na Liga 2020/2021 ocorreu precisamente no Famalicão-Benfica (1-5), a 18 de Setembro. Mera coincidência...

Com VAR, o árbitro deixou de ser juiz

Texto de João Gil

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O problema é que pela interpretação literal da lei (11) do fora de jogo até 1 milímetro (do mesmo modo, um milionésimo de milímetro...) constitui infracção passível de anulação da jogada. Portanto, em termos materiais estará provavelmente correcto anular a jogada e o golo.

A lei exclui apenas mãos e braços para efectuar o julgamento da situação de offside. Contam para a medição de um fora de jogo todas as partes de corpo, cabeça (incluindo cabelo....) e pés (la está, um tipo que calce 44 tem vantagem sobre um que calce 41), mas isto, com a introdução do VAR, introduz um aspecto que não existia antes, que é o da percepção da jogada pelo árbitro e a de considerar se 2 centímetros (estando ainda por cima o jogador de costas para a baliza) constituem vantagem “de facto” do atacante sobre o penúltimo defesa, numa circunstância de golo igual à verificada no golo anulado a Pedro Gonçalves.

Desde que se alterou a lei do fora de jogo, para que um jogador considerado “em linha” não fosse julgado em offside, nunca mais houve descanso com as situações de fora de jogo. É um caso de uma alteração à lei que não parece ter trazido qualquer benefício para o jogo. Aportar maior rigor à definição do que é ou não é uma situação de vantagem falta à clarificação da lei e de como a mesma deve ser interpretada. Se calhar terá de ser a ciência, a bio-mecânica, qualquer coisa por aí - e não exclusivamente ex-árbitros que nunca jogaram à bola e são só versados no sopro do apito - a trazer essa revisão do conceito de vantagem (física) na situação de fora de jogo.

 

Depois ainda sobra a questão do frame e da tecnologia. Num jogo Moreirense-Sporting em que as câmaras que servem o VAR sejam menos sofisticadas do que as de um Porto-Santa Clara ou um Benfica-Maritimo, os julgamentos das jogadas críticas podem prejudicar os intervenientes do primeiro jogo em benefício dos outros dois.

Tudo conta, portanto.

Enquanto as condições não forem iguais para todos e a jurisprudência não for uniformemente aplicada, vamos continuar a ter estes episódios que podem definir campeões e descidas de divisão. Nesse aspecto, era muito mais justo quando a decisão pertencia exclusivamente ao árbitro, com toda a margem de erro do mundo, e não havia interferência de um colégio de outros árbitros e assistentes de árbitros que influenciam objectivamente o destino dos jogos, apesar de toda a lengalenga do protocolo do VAR.

 

A intervenção do VAR é, por si só, uma fortíssima condicionante psicológica à decisão última do árbitro de campo. Na realidade, o árbitro de campo deixou de ser o juiz. Com o VAR e o AVAR o jogo passou a ser dirigido por um colectivo de juizes que se influenciam reciprocamente na tomada de decisão. Esta mudança é tão ou mais estrutural do que a simples alteração de uma lei do jogo.

Eu teria ficado muito mais conformado se o golo de “Pote” tivesse sido simplesmente anulado pelo fiscal de linha por ter, na sua análise instantânea do que se passou em campo, percepcionado uma vantagem do jogador do Sporting naquele lance. A decisão não foi do árbitro, foi da máquina (e do tipo que operava a máquina) que disse ao árbitro: anula o golo, que o tipo tinha uma vantagem de 2 cm sobre o defesa.

E o árbitro anulou.

 

Temos de marcar mais golos do que o adversário no próximo jogo. Ou como quem não tem Taremi, tem de caçar com Paulinho, TT, Pedro Gonçalves e companhia..

Viva o Sporting e vamos lá ao próximo que até os comemos.

 

Texto do leitor João Gil, publicado originalmente aqui.

A mentira desportiva

Um caracol de jardim mede 8 centímetros

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Não faz qualquer sentido anular um golo limpo por supostos "20 milímetros" de linha virtual. Que podem ser numa direcção ou noutra, consoante o fragmento de micro-segundo do fotograma em análise.

É óbvio que uma diferença residual como esta pode ser manipulada, sobretudo nas últimas jornadas do campeonato, quando está em causa o acesso directo aos milhões da Champions. Como já se viu no jogo em Moreira de Cónegos.

O Sporting Clube de Portugal entra assim, contra vontade, para o Livro Guinness: nunca antes, num campeonato europeu, um golo tinha sido anulado por "diferença" tão milimétrica. Quatro vezes menos do que o tamanho de um vulgar caracol de jardim, cujo comprimento chega aos 8 centímetros.

Enquanto não puserem cobro a isto, continuará a prevalecer a mentira do futebol. E não penso isto só agora: já no ano passado considerei vergonhosa a anulação de um golo do FC Porto contra o Rio Ave por suposta "deslocação" de 3 centímetros.

Uma palhaçada que ninguém pode levar a sério.

Apetece dizer aos nossos árbitros para irem apanhar caracóis. E levem fita métrica.

Acima de tudo coragem e respeito!

É isto que se pede após assistirmos a mais um triste episódio de arbitragem no futebol nacional.

Coragem a todos os profissionais do Sporting Clube de Portugal, e não só, que, infelizmente, semanalmente, têm de enfrentar indivíduos com falta de carácter, sede de protagonismo e moralmente desonestos, dentro e fora do relvado.

Coragem às grandes instâncias do futebol português para que de uma vez por todas ponham fim às práticas criminosas que vêm ocorrendo há décadas e contribuam para o crescimento do nosso futebol, seja punindo árbitros, observadores e dirigentes, seja disponibilizando diálogos do var ou despenalizando profissionais injustamente sancionados.

Respeito pelos profissionais que apenas querem desempenhar o seu trabalho e que infelizmente, de forma ridicula se veem proibidos de o fazer.

Respeito pelos adeptos que querem ver bom jogos com os melhores intervenientes e discutir o espectáculo e não fenómenos praticamente sobrenaturais que insistentemente ocorrem.

Respeito pelas instituições que, com cada vez mais dificuldades, trabalham de forma séria com o intuito de atingir os seus objetivos desportivos e que ao serem condicionados veem em risco de ser comprometidos possiveis retornos financeiros  que advêm da performance desportiva.

Agora, mais que nunca, contra tudo e contra todos. Venha o Benfica na segunda-feira.

O campo cada vez mais inclinado

 

À 14.ª jornada do campeonato nacional de futebol:

 

Sporting - sancionado com 223 faltas de que resultaram 40 cartões amarelos (um cartão a cada 5,5 faltas).

FC Porto - sancionado com 221 faltas de que resultaram 24 cartões amarelos (um cartão a cada 9,2 faltas).

Benfica - sancionado com 207 faltas de que resultaram 29 cartões amarelos (um cartão a cada 7,1 faltas).

 

Caramba, o campo está cada vez mais inclinado.

Além de todos os outros obstáculos, Rúben Amorim e os nossos jogadores ainda têm de enfrentar mais este: os apitadores que distribuem cartões pelo Sporting como se o nosso emblema fosse um perigo público.

 

É altura de a Sporting TV dedicar um programa semanal a isto. Sem rodriguinhos, sem punhos de renda, sem conversa de chacha.

É chegado o momento de a Sporting TV estabelecer um ranking de árbitros anti-Sporting. 

Apresentando factos e números, suportados por imagens. E destacando os casos de comprovada reincidência na militância arbitral contra as nossas cores.

Sem corar de vergonha

Vira o disco e toca o mesmo: Benfica e FC Porto são sempre levados ao colo.

Ontem coube a taluda arbitral aos azuis e brancos.

 

A perderem para a Taça de Portugal por 2-1 até aos 88', contra o Nacional, os pupilos de Sérgio Conceição viram o apitador de turno levá-los ao colo para conseguirem a reviravolta:

- Um central da equipa madeirense, Rui Correia, é expulso aos 65' por acumulação de amarelos devido a uma inócua carga de ombro idêntica a tantas que existem em qualquer jogo - a expulsão ocorreu só três minutos após a marcação do segundo golo do Nacional;

- Essa falta inexistente resulta num livre directo em zona frontal, quase à entrada da grande área, que poderia ter gerado um golo fácil;

- O FCP jogou contra dez na meia hora final, acrescida da meia hora do prolongamento.

- O golo do empate portista, antecedido do braço de Taremi a amparar a bola antes da assistência para Evanilson, é validado pelo homem do apito sem o menor sobressalto de consciência: à luz do mesmíssimo critério, mil vozes enrouqueceram a berrar que o golo de Pedro Gonçalves contra o Moreirense seria ilegal;

- O avançado iraniano, já amarelado, tem comportamento visivelmente incorrecto que lhe deveria valer o segundo cartão enquanto o árbitro António Nobre finge não ver.

 

Tudo em poucos minutos, transformados em instantes decisivos para o apuramento portista. Só assim seguem em frente na Taça.

Levados ao colo, eles e os outros. Para que o futebol em Portugal prossiga neste regime de duopólio implantado há décadas, em benefício de um par de emblemas - com exclusão deliberada de todos os outros. E algumas das marionetas mediáticas desses emblemas ainda se atrevem a falar em "verdade desportiva" sem corar de vergonha.

 

ADENDA: Louvo, ao menos, a honestidade intelectual do "Tribunal d' O Jogo". Os três árbitros são unânimes na edição de hoje do diário pró-portista: Rui Correia foi mal expulso.

Apregoar mentiras por verdades

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O "colinho" de que beneficiou o Benfica no Funchal, tal como aconteceu no Braga-Farense

 

Vai por aí uma celeuma enorme, alimentada pelos comentadores mais hipócritas e tendenciosos, a propósito do primeiro golo do Sporting no confronto com o Moreirense, devido a um prévio ressalto da bola, que bateu na coxa de Pedro Gonçalves e lhe roçou no cotovelo antes de o jogador a ter encostado para a baliza. Houve até pelo menos um canal de televisão que, segundo me garantem amigos que o frequentam, dedicou grande parte de um serão "informativo" a debater tão magna questão.

Onde andam agora os tais comentadores e os tais canais depois de o vídeo-árbitro Vasco Santos ter induzido em erro o árbitro António Nobre no Braga-Farense ao mandar anular um golo limpo da equipa algarvia por alegada deslocação de Ryan Gauld que nenhuma imagem comprova? Se esse golo tivesse sido validado, como inicialmente foi, os braguistas ficariam com um empate  em vez da vitória tangencial por 1-0 conseguida nesse jogo.

Onde andam agora os tais comentadores e os tais canais depois de o árbitro Manuel Mota (nosso velho conhecido...) ter assinalado como livre favorável ao Benfica um pisão de Gabriel a Jean do qual resultou o golo solitário dos encarnados frente ao Marítimo? Golo que permitiu ao SLB sair da Madeira com três pontos, vencendo por um fraudulento 2-1, e habilitou o treinador encarnado a exibir o seu baixo nível, insultando o treinador do Marítimo, o Elvas-Clube Alentejano de Desportos - que já lhe deu resposta apropriada - e uma repórter da Sport TV.

Não bastava o campo estar inclinado durante os jogos. Cada vez mais se vai inclinando também depois dos jogos, quando entram em cena os comentadores televisivos do "critério duplo", capazes a todo o momento de apregoar mentiras por verdades.

Vale tudo

O FC Porto, campeão nacional, foi ontem ao tapete: perdeu (pela primeira vez na sua história) em casa, por 2-3, contra o Marítimo.

Humilhado no Dragão, à terceira jornada da Liga 2020/2021. Mas não por falta de ajuda da arbitragem e da vídeo-arbitragem. O apitador de turno, um tal Rui Costa, validou o primeiro golo portista, marcado por Pepe mas precedido de evidente falta ofensiva cometida por Danilo. Fez vista grossa a uma grande penalidade cometida por Sérgio Oliveira. E ofereceu de bandeja um penálti à equipa da casa, transformando uma falta ofensiva de Marega em castigo máximo contra o Marítimo. Que Alex Telles não conseguiu converter.

Como se tudo isto não bastasse, o tal apitador ainda proporcionou dez minutos(!) de tempo extra, quando o FCP perdia por 1-2, apesar de nada no jogo justificar mais que cinco minutos para além dos 90. Surpresa: nesse período os visitantes ampliaram a vantagem. Ao minuto 99 os jogadores comandados por Sérgio Conceição lá conseguiram reduzir, mas foram incapazes de evitar a derrota, mesmo com tantos brindes do árbitro.

E a tudo isto o que disse o VAR? Rigorosamente nada: deixou andar. Nome deste incompetente? Luís Ferreira.

A coisa promete: já se percebeu que vai valer tudo. Este ano o campo começa a ficar inclinado demasiado cedo. Sempre para o lado dos mesmos. Aqueles que há anos andam a manchar a verdade desportiva e a conspurcar o futebol em Portugal.

Critérios da FPF na subida à 2.ª Liga

Seis, dos oito clubes apurados para o playoff que dariam acesso aos dois que subiriam à 2.ª liga, ficaram estupefactos com o critério que a Federação Portuguesa de Futebol tomou ao optar por Vizela e Arouca para ascenderem de imediato às ligas profissionais, por impossibilidade de se reatar o Campeonato de Portugal. Recorde-se que a subida de divisão no Campeonato de Portugal é decidida através de um playoff com os dois primeiros classificados das quatro séries. Com a classificação atual, apuravam-se as seguintes equipas: Vizela e Fafe pela série A; Arouca e Lusitânia pela série B; Praiense e Castelo Branco pela série C e Olhanense e Real SC pela série D.

A Federação, através do seu Comunicado Oficial CO-0438, indicou, para ascender à 2.ª Liga, os dois clubes com maior número de pontos (Vizela e Arouca) entre séries diferentes, com base no "mérito desportivo". Tal situação contraria a informação que a Federação deu a estes clubes, quando no início de abril informou que a breve trecho iriam indicar a data de início dos treinos, o local onde se iria realizar o playoff e as respetivas datas dos jogos.

Assim, como é possível utilizar este critério que a Federação utilizou, quando de certa forma premeia os mais pontuados em séries completamente diferentes, com clubes diferentes e realidades diferentes, onde, como se sabe, a estratégia objetiva dos clubes não está em fazer o maior número de pontos em relação às equipas das outras séries, mas lutar pelos dois primeiros lugares da sua série que dêm acesso ao tal playoff?

Os seis clubes preteridos sentem-se ludibriados, mais que não seja pela forma "habilidosa" como a Federação resolveu esta situação. A verdade desportiva foi varrida de uma forma fácil, para já não falar dos prejuízos económicos que estes clubes sofreram, pois foram mais dois meses de despesas que poderiam ser evitados se em abril a Federação tivesse dito logo quais os dois clubes que "queria" que subissem à 2.ª Liga.

Verdadeiramente não é este o caminho que queremos. Percebemos que atravessamos um período difícil, onde todos as decisões têm que ser muito bem amadurecidas, mas a VERDADE tem que ser sempre dita, seja na saúde, na política ou no desporto.

Pela regeneração do futebol português

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No início da década de 80, Benfica e FC Porto firmaram uma aliança para destruir o Sporting como clube vencedor de títulos no futebol profissional. A aliança foi estabelecida, ao mais alto nível, pelos dois presidentes: Fernando Martins, que liderou os encarnados entre 1981 e 1987, e Pinto da Costa, que ainda se encontra à frente da agremiação azul e branca. Ultrapassando Salazar em permanência no poder.

Infelizmente, os factos demonstram que essa aliança acabou por ser bem-sucedida. Num primeiro passo, em 1986, conduziu à demissão de João Rocha: foi o último presidente leonino que conseguiu mais do que um título de campeão. Desde então Sporting só venceu dois campeonatos - apenas um conquistado já neste século.

Hoje, havendo lugar só para dois na caça aos milhões da Champions, menos ainda aqueles clubes abdicam das enormes parcelas de poder que têm. Como se confirma de várias formas - desde logo por um deles ter sido escandalosamente beneficiado pela arbitragem em metade dos jogos já disputados nesta Liga 2019/2020, em que começou com uma inesperada derrota. É a "lei das compensações" logo a funcionar, mal soa um ténue sinal de alarme: nunca falha, para uns e outros.

Motivo acrescido para haver união no Sporting: sabemos que as forças são desiguais, o que nos deve incutir motivação extra para superar os obstáculos, reabilitando a verdade competitiva em nome da regeneração do futebol. Esse será mais um bom serviço que prestaremos ao desporto português.

Precisamos de árbitros como estes

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Precisamos de um árbitro como Rui Costa (e do vídeo-árbitro Vasco Santos), que no jogo Portimonense-FC Porto assinalou um penálti inexistente, confundindo o peito com o braço do defesa Jadson, permitindo assim que os azuis e brancos se adiantassem no marcador. E no fim, estando o desafio empatado 2-2, prolongou-o durante oito minutos suplementares até que surgisse o golito que valeu três pontos à equipa de Pinto da Costa.

Precisamos de um árbitro como Carlos Xistra (e do vídeo-árbitro António Nobre), que no jogo FC Porto-V. Guimarães expulsou Tapsoba, um defesa visitante, aos 40 segundos, exibindo-lhe um vernelho directo por suposta falta sobre o mergulhador Marega que nunca existiu. Mesmo assim, a equipa da casa só conseguiu vencer quando já jogava contra nove (cortesia de Xistra, que expulsou mais um).

Precisamos de um árbitro como Luís Godinho (e do vídeo-árbitro Rui Oliveira), que ontem, no FC Porto-Santa Clara, poupou Uribe a uma expulsão, indiferente à agressão deste digno sucessor de Paulinho Santos a um avançado açoriano que ficou a jorrar sangue, estendido na grande área. Nem o facto de o portista ter aberto o sobrolho a Fábio Cardoso com uma trancada de cotovelo levou o apitador a mostrar-lhe o vermelho e a marcar penálti contra o FCP.

 

Este ano a equipa que está a ser levada ao colo é a do FC Porto. Obviamente, depois da derrota inicial frente ao Gil Vicente, havia que lhe dar a protecção adequada para evitar traumas psicológicos no Dragão. Aí a temos, protagonista dos mais escandalosos casos de arbitragem desta ainda embrionária Liga 2019/2020: três, em seis jornadas. Agora, ao contrário do que sucedia na década de 90, nem é preciso recorrerem aos préstimos do guarda Abel.

Com VAR ou sem VAR, a verdade desportiva emigrou para parte incerta. Dão-se alvíssaras a quem a encontrar. Talvez num beco de má fama.

Javardice comunicacional

Cada vez mais o futebol português está à mercê da javardice nas redes sociais e meios de comunicação alimentada e muito patrocinada pelas estruturas de comunicação dos principais clubes e das suas "Young Networks", pressionando, insultando, ameaçando famílias, valendo tudo para defender o clube e atacar terceiros. A guerra suja da jagunçada a mando dos "coronéis", agora na versão Internet, com espiões e tudo. O último episódio foram as ameaças à família de Bruno Paixão, um medíocre árbitro é certo, com muitas culpas no cartório também. Há quem diga que pelo menos não lhe partiram os dentes. Vantagens dos novos tempos. Enfim.

E há quem no Sporting fale em "mansos" e coisas do estilo para classificar a rotura do actual presidente com este estado de coisas, a saída da lama comunicacional e a focalização na resolução dos problemas do clube. A jagunçada de Alvalade perdeu o seu "coronel", transformou-se num bando de viúvas letal ao clube a que dizem pertencer, entretendo-se em ajarvardar anonimamente os locais e blogues onde o Sporting está em lugar cimeiro, sem comparação possível com qualquer "maduro" que por aqui passe. Não esquecendo que entretanto "os bravos" da jagunçada, se lembraram de assaltar a própria casa e causar centenas de milhões de euros de prejuizos ao próprio clube. 

O Sporting não se revê e não se pode rever neste estado de coisas, o futebol não é isto, isto é a podridão das dinastias reinantes na Luz e nas Antas, às quais um alucinado aprendiz de feiticeiro se tentou comparar na estúpida ilusão de ser o próximo "presidente da junta". 

Vamos nós tratar dos nossos problemas, que temos muitos para resolver, defender a verdade desportiva e a ética no desporto, exigir qualidade na arbitragem e nomeações por sorteio, porque foi por aí que ganhámos no passado e continuaremos a ganhar no futuro.

SL

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