DERROTA DO ANO: 0-1 EM CASA CONTRA O PAÇOS DE FERREIRA
Para mim nenhuma derrota foi tão marcante como a primeira que sofremos no ano que passou. Porque afastou de vez todas as ilusões. Porque conduziu à queda do quarto treinador da equipa principal do Sporting em menos de onze meses. Porque apontou a sócios e adeptos o caminho a seguir, que passaria necessariamente pela ruptura com aquela apagada e vil tristeza.
Refiro-me à derrota em casa contra o Paços de Ferreira, a 5 de Janeiro de 2013 - faz hoje um ano. Uma derrota testemunhada por mais de 20 mil sportinguistas presentes no estádio, numa prova irrefutável de que apesar de tudo continuavam a ter fé naquelas camisolas, senão naquela equipa.
Mas não adiantava negar as evidências. Aquele desaire, à 13ª jornada do campeonato 2012/13, colocava-nos apenas um ponto acima da zona de despromoção. Muito atrás do Braga. E abaixo de Paços de Ferreira, Rio Ave, Estoril, Guimarães, Beira-Mar e Marítimo. Com apenas duas equipas com menos pontos - o Vitória de Setúbal e o Moreirense.
Era a pior fase de sempre do Sporting. Nos últimos 17 jogos, àquela data, tínhamos perdido nove e só ganháramos dois.
Ninguém se lembrava de ver a equipa coleccionar tantas derrotas.
Seguiu-se o despedimento de Franky Vercauteren, apenas 75 dias após ter sido contratado, e a designação de Jesualdo Ferreira como treinador. Na sequência de Domingos, Sá Pinto, Oceano e do infeliz belga. Que nos tornou mais infelizes também a nós.
Acelerava a contagem decrescente para a assembleia-geral destinada a dar luz verde a um novo processo eleitoral. Nada no Sporting voltaria ao mesmo.
A malta que hoje comenta a saída de Franky Verkauteren criticando o homem (uma escolha "maduramente reflectida", ainda há poucas semanas) e elogiando a respectiva "chicotada" como um gesto de "coragem" da Direcção, foi a mesma que elogiou a escolha de Domingos e elogiou o despedimento de Domingos, elogiou a contratação de Sá Pinto e elogiou o despedimento de Sá Pinto, elogiou a contratação de Oceano e elogiou o despedimento de Oceano, e elogiou a contratação de Jesualdo como há-de elogiar o despedimento de Jesualdo. É uma malta de convicções profundas: a Direcção tem sempre razão, contra TODA a evidência em contrário.
Godinho Lopes demorou um mês a escolher o sucessor de Sá Pinto. Um mês para reflectir, pedir conselhos, ponderar muito e escolher Vercauteren. Nessa altura, Godinho Lopes disse estar 'a trabalhar para criar um projecto sustentável e isso não se cria resolvendo os problemas à pressa.' Foi uma decisão sua. Sem Luís Duque, sem Carlos Freitas. Uma responsabilidade assumida pessoalmente, com, reconheçamos, alguma coragem.
Mas passados dois meses - apenas dois meses - tudo mudou. A coragem foi-se. Precisamente na hora em que devia servir para assumir responsabilidades e retirar consequências. Isso ou vergonha na cara.
Franky Vercauteren foi, infelizmente, uma decepção como treinador. Antes não o tivesse sido já que tal significaria que o Sporting estaria bem melhor. Demasiado estático, incapaz de mexer com rapidez no jogo, muito deficiente na utilização do banco à sua disposição, revelando falhas ao nível dos lances estudados (aqueles que dão jogos a ganhar), tudo isto revelou o belga, em contraste, aliás, com a sua cordialidade fora de campo, uma vez que até realizava excelentes e sensatas conferências de imprensa, do agrado de todos, creio. Mas, como era evidente, não era para isso que ele lá estava. Foi pois natural e corajosa a sua substituição numa época em que outros treinadores já saíram, numa época em que tudo de mal acontece com o nosso clube. Estou certo, contudo, que as coisas vão mudar e de imediato. E que retornaremos já amanhã aos caminhos das vitórias. A própria presença, com um outro espírito, no estúdio da TVI24, hoje, do PMAG do Sporting, Eduardo Barroso, muito contrastante com as suas últimas aparições, foi já de si reveladora de que as mudanças surgirão, e de forma positiva. Tenhamos pois fé porque os dias de vitórias estão aí pela frente, no necessário clima de união que é indispensável para trazermos tranquilidade à equipa de futebol. Porque depois da tempestade vem sempre a bonança. E o Sporting não é excepção.
E esta brincadeira do Vercauteren, o tal do ADN, quanto nos custou, sr. Presidente?
Não quer ir já contratando outro para a eventualidade de Jesualdo Ferreira não chegar a Março? Contrate um que não se importe de trabalhar na liga Orangina.
Franky Vercauteren abandona Alvalade 75 dias depois de ter sido contratado. Convém avivar as memórias mais fraquinhas: "É uma pessoa que aposta na formação, é ganhador e é um antigo jogador de qualidade. Houve dezenas de treinadores que se ofereceram para treinar o Sporting. Enquanto os nomes iam correndo, nós já tínhamos escolhido Franky Vercauteren." Estas palavras foram proferidas a 30 de Outubro pelo presidente Luís Godinho Lopes, que acrescentou: "Agradeço a paciência que os adeptos têm tido e a forma como apoiam a equipa. Estou a trabalhar para criar um projecto sustentável e isso não se cria resolvendo os problemas à pressa."
As imagens do banco do Sporting no penoso desafio com o Paços de Ferreira deixavam adivinhar a viragem da ampulheta: Vercauteren esgotara o seu tempo em Alvalade e parecia mais um espectro, só visível aos olhos de Oceano Cruz (qual Haley Joel Osmend de 'O Sexto Sentido'), do que um treinador propriamente dito.
Jesualdo chega demasiado depressa à cadeira que, por enquanto, é a dos pesadelos. Desejo que ele possa alterar esse estado de coisas, embora não consiga suspender a descrença assim tão depressa.
Os jogadores do Sporting não pressionam ninguém. Perdem a bola e recuam para o seu meio-campo como qualquer equipa da sua classificação atual. Pressionaram mais à frente os jogadores do Paços de Ferreira do que os do Sporting.
Continuamos a jogar só com um ponta-de-lança. Mesmo a perder, continuamos assim. Não só ficamos mais longe do golo como, ainda para mais, não se obriga o adversário a recuar na zona central. Já não se pede nenhum avançado em condições. Suspira-se pelo João Tomás. É que nas poucas bolas em que se ganha a linha, o Wolfswinkel vai sempre ao primeiro poste e falta alguém ao segundo ou atrás dele. Não jogamos com dois pontas-de-lança e acabamos com o Rui Patrício na área do adversário, a suprema ironia.
O treinador ajuda pouco. Meteu o Pranjic, o que não se compreende. O que se compreende ainda menos é que o tenha deixado a arrastar-se durante o jogo todo. Mais, não só não substitui quem deve como demora a substituir. A entrada do Esgaio a dois minutos do fim só pode ser interpretada como uma brincadeira de mau gosto
Bem, o treinador assinou hoje o seu despedimento. Em condições normais, o Presidente também. O problema será sempre o dia seguinte, com o Jesualdo provavelmente e sem dinheiro para pagar salários, quanto mais para se contratarem os jogadores que podem evitar a catástrofe.
A 15 de Janeiro de 2011: Sporting, 2 - Paços de Ferreira, 3. Lembram-se o que sucedeu depois? E ao menos nessa altura lutávamos pela Europa. O resultado de hoje, a bem dizer, surpreendeu alguém?
Duvido que a história se repita. Entretanto, mais de dois meses depois de entrar em funções, alguém sabe explicar que mais-valia Vercauteren trouxe ao futebol do Sporting?
Vercauteren abordou os negócios entre FC Porto e Sporting:
"Há mais do que um jogador de interesse do FC Porto (risos) mas não posso olhar para isto porque estaria a faltar ao respeito aos meus jogadores. Não acredito que o FC Porto queira vender a equipa toda mas provavelmente está mais interessado nos nossos jogadores do que nós nos deles".
A entrevista do presidente da direcção do Sporting à RTP i foi lamentável, a vários títulos. Mas acima de tudo por ter invocado o nome de Aurélio Pereira, um dos maiores detectores de talentos do nosso clube, promotor das carreiras de diversos meninos depois tornados campeões e homem de indiscutível prestígio, que deve ser deixado à margem de contendas internas (tal como o professor Mário Moniz Pereira, por exemplo) em vez de ver o seu nome inesperadamente desgastado por terceiros na praça pública.
Vem agora Godinho Lopes justificar o facto de ter convidado Vercauteren para treinador da equipa principal de futebol, no preciso momento em que instaurava um sistema presidencialista no clube, porque essa escolha foi afinal sugerida por Aurélio Pereira. "Presidente, é fundamental nesta fase do Sporting vir um treinador estrangeiro."
Isto foi o que Godinho Lopes disse que lhe terá dito Aurélio Pereira.
Eu ouvi e anotei, naturalmente perplexo.
Estranho presidencialismo este, em que o presidente anuncia aos sportinguistas ter delegado noutra pessoa a escolha do perfil do técnico da equipa principal de futebol...
Mais perplexo ainda fiquei quando o presidente continuou a escudar-se em Aurélio Pereira, na mesma entrevista, para justificar outra escolha: afinal Jesualdo Ferreira foi recomendado pelo mesmíssimo detector de talentos que tinha recomendado Vercauteren dois meses antes. "Quem me ajudou nesta reestruturação, quem me ajudou a pensar, quem me ajudou na escolha de Jesualdo Ferreira foi Aurélio Pereira. (...) A indicação deste nome foi do Aurélio Pereira"(dito assim, duas vezes seguidas, para que não restassem dúvidas).
Ou seja: em Outubro, era "fundamental" vir um estrangeiro para treinador; mas dois meses depois, paradoxalmente, para o cargo de "treinador dos treinadores" já é preferível que venha um português...
Nada disto bate certo. Aliás nada bate certo neste Sporting que atravessa a pior fase da sua história.
Entre os 25 jogadores que apanharam o avião para a Madeira destaca-se aquele que poderá ser a maior surpresa. Chama-se João Mário Eduardo, conhece bem a responsabilidade inerente a habitar no meio-campo e a sua convocatória é um tão forte desfalque na Equipa B que só se compreende caso Vercauteren tenha a menor intenção de lhe conceder uma oportunidade, nomeadamente no jogo contra o Nacional, no qual também Rinaudo se encontra impedido de participar, juntando-se aos lesionados Schaars, Izmailov e André Martins. O nosso treinador tem confiado o meio-campo à inoperância de Elias e Pranjic, tão desinspirados a construir jogadas quanto a pressionar o adversário, com os efeitos que estão à vista de todos. Nada perderia em dar uma oportunidade a João Mário na Choupana, sendo o maior risco um permanente desfalque no plantel orientado por Dominguez. Tal como nada se perderia em fazer regressar Wilson Eduardo, irmão mais velho do médio, para fazer séria concorrência a Wolfswinkel, mas também a Carrillo e Diego Capel.
Em abril escrevi isto sobre o derby de então. Na verdade, talvez com a proximidade da hora do jogo, acabei por ir pela defesa do Sporting mais do que pelo que é o derby.
Fui a alguns, tanto em Alvalade como na Luz. Vi os três resultados possiveis num e noutro estádios. Felizmente sei o que é ver o Sporting ganhar em ambos, e tentei ver derrotas e empates como... character builders, vá. Brincadeiras à parte, para mim será sempre um jogo diferente, é-me indiferente se é visto como algum tipo de complexo.
Na minha adolescência aconteceram os 3-6, o golo de Balakov em Alvalade aos 8 segundos, e um segundo golo de Iordanov na Luz em que o meio segundo de silêncio antes de gritarmos golo, deixou ouvir o "tsss" da bola na rede. Ir para o liceu nas segundas feiras a seguir a jogos destes era sempre uma aventura, era saber que havia os irritados e os irritantes conforme o lado vencedor. Deixavam-me um pouco em paz por ser rapariga, mas os mais próximos não perdoavam, claro.
Cresci assim: rivais são benfica e sporting e gosto que assim seja. Cada um verá "rival" como entender, com mais ou menos afeição, com maior ou menor animosidade. No meu caso sem ódios, mas gosto desta sensação de jogo diferente, gosto muito.
Sempre uma nervoseira, uma perda de objectividade (nunca vou para um jogo com certezas de resultados, bons ou maus, nos derbies piora um pouco). Mas sem medos, é o que for. Depois de ver vários resultados espera-se e encara-se o que tiver de ser.
E é por isso que não gosto de ouvir que "salva" uma época, mas percebo de onde vem essa ideia. A meu ver um "pelo menos ganhámos ao Benfica" não faz sentido no mar de desastres que está a ser esta época. Ganhar jogos até ao fim poderá equilibrar os ânimos, a época já não terá grande salvação.
Ontem e 5ª estive em Alvalade, assisti à fraca defesa, fraca primeira parte, à segunda parte de reacção e francamente diferente. Ainda não é bem isto, mas rematou-se mais vezes que em alguns jogos inteiros esta época.
Gosto do discurso de Vercauteren, esta ideia de que "se se ganha não há que adiar jogos", ou "mais um dia seria sempre melhor" mas num tom de quem desdramatiza. Espero que não se sinta obrigado a alterar esta forma de estar, é preciso quem desdramatize em conferências de imprensa. O drama é evidente, não precisa de ser ainda mais explorado.
Segunda-feira estarei lá, esperando uma equipa que reaja bem. Por ser mais um jogo. E um bocadinho por ser o derby, assumo tudo.
Godinho, não votei em si mas mantenho os meus votos de bom trabalho, agora nesta enésima versão do seu projecto.
Carlos e Luís, obrigado a ambos, não me desiludiram.
Cristóvão e Barbosa, fiquei esclarecido e não esperava rigorosamente nada de diferente de vós.
Domingos, paciência, não correu como ambos esperávamos, terminou cedo demais a nossa ligação por opção alheia e aparentemente insensata.
Sá, a mesma paixão, a mesma garra, o mesmo carinho, a minha estima e admiração, sempre. Pena que tivesses entrado em cena demasiado cedo por opção demasiado arriscada.
Oceano, aquele abraço de respeito e gratidão.
Vercauteren, não o conhecia, é um prazer, espero que mútuo e crescente, por muitos e bons anos. Seria um excelente sinal para mim e para si.
Jogadores do Sporting Clube de Portugal, as minhas palavras para vós:
Uma das primeiras missões de Franky Vercauteren é fixar um onze-base, algo que ainda não sucedeu esta época e que em parte explica a persistente instabilidade da equipa.
Lembremos o nosso primeiro onze titular, a 19 de Agosto, no Guimarães-Sporting (0-0): Rui Patrício, Cédric, Boulahrouz, Rojo, Insúa, Gelson Fernandes, Elias, Adrien, Carrillo, Capel e Wolfswinkel.
No jogo seguinte - o Horsens-Sporting, a 23 de Agosto (1-1), saíram Gelson e Capel. Alinhámos assim: Rui Patrício, Cédric, Boulahrouz, Rojo, Insúa, Elias, Schaars, Adrien, Jeffren, Carrillo e Wolfswinkel.
Terceiro jogo, terceira equipa-base. Jogo de má memória - o Sporting-Rio Ave, a 27 de Agosto (0-1): Rui Patrício, Cédric, Boulahrouz, Rojo, Insúa, Gelson Fernandes, Elias, Adrien, Carrillo, Capel e Wolfswinkel.
O melhor resultado da temporada até agora - o Sporting-Horsens, a 30 de Agosto (5-0) - ocorreu num jogo com novas alterações. Jogaram Rui Patrício, Cédric, Boulahrouz, Rojo, Pranjic [estreia], Gelson Fernandes, Elias, Adrien, Carrillo, Wolfswinkel e Capel.
Em equipa que ganha não se mexe? No Sporting esta regra não se aplica. No jogo seguinte - Marítimo-Sporting, a 16 de Setembro (1-1) - alinharam Rui Patrício, Cédric, Xandão [estreia], Rojo, Pranjic, Gelson Fernandes, Elias, Adrien, Izmailov [estreia], Carrillo e Wolfswinkel.
A 20 de Setembro, no Sporting-Basileia (0-0), o onze voltou a ser diferente: Rui Patrício, Cédric, Xandão, Rojo, Pranjic, Gelson Fernandes, Elias, Izmailov, Capel, Carrillo e Wolfswinkel.
As contínuas alterações terminaram aqui? Nem por sombras. Gelson, Elias e Carrillo deram lugar a Insúa, Rinaudo e Viola no Sporting-Gill Vicente, a 24 de Setembro (3-2). Nesta nossa última vitória até ao momento, jogando com um sistema de 4-4-2, alinhámos assim: Rui Patrício, Cédric, Xandão, Rojo, Insúa, Izmailov, Rinaudo [estreia], Pranjic, Viola [estreia], Wolfswinkel e Capel.
O aforismo 'em equipa que ganha não se mexe' voltou a não aplicar-se. Sporting-Estoril, 29 de Setembro (2-2): Rui Patrício, Cédric, Xandão, Rojo, Insúa, Rinaudo, Izmailov, Carrillo, Capel, Viola e Wolfswinkel.
Nova mexida no onze, desta vez ainda mais radical, num jogo de muito má memória: o Videoton-Sporting, a 4 de Outubro (3-0). Alinharam Rui Patrício, GelsonFernandes, Boulahrouz, Rojo, Pranjic, Rinaudo, AndréMartins [estreia], Izmailov, Labyad [estreia], Jeffren e Viola.
Cédric, Insúa, Elias, Schaars, Carrillo e Wolfswinkel regressaram ao onze titular no jogo seguinte, o FC Porto-Sporting, a 7 de Outubro (2-0), já com Oceano no lugar de Sá Pinto. Jogámos com Rui Patrício, Cédric, Boulahrouz, Rojo, Insúa, Elias, Schaars, Pranjic, Izmailov, Carrillo e Wolfswinkel. Só as vitórias não regressaram.
Mais uma grande mexida, desta vez na equipa que disputou a 12 de Outubro o Moreirense-Sporting (3-2): Rui Patrício, Arias [estreia], Boulahrouz, Xandão, Insúa, Rinaudo, Elias, Schaars, Jeffrén, Capel e Wolfswinkel.
O ciclo das mexidas (e das derrotas) prosseguiu no Genk-Sporting, a 25 de Outubro (2-1). Jogámos com Rui Patrício, Cédric, Boulahrouz, Rojo, Insúa, Rinaudo, Adrien, Schaars, Jeffrén, Pranjic e Wolfswinkel.
A 29 de Outubro, a equipa que entrou em campo no Sporting-Académica (0-0) voltava a ser alterada: Rui Patrício, Arias, Boulahrouz, Rojo, Insúa, Rinaudo, Schaars, Adrien, Viola, Pranjic e Wolfswinkel.
Disputou-se o V. Setúbal-Sporting, a 5 de Novembro (2-1). Com Vercauteren como treinador e cinco alterações na equipa titular. Jogaram Rui Patrício, Cédric, Xandão, Rojo, Insúa, Rinaudo, Schaars, Izmailov, Labyad, Jeffrén e Wolfswinkel.
E chegámos ao Sporting-Genk, a 8 de Novembro (1-1). Com novo sistema táctico e novo onze-base: Rui Patrício, Cédric, Xandão, Rojo, Insúa, Elias, Schaars, Labyad, Capel, Wolfswinkel e Viola.
Salvo Rui Patrício, único titular até ao momento, a equipa tem sido continuamente alterada - quase sempre sem melhorias à vista. Esperemos que esta dança de jogadores termine. É um desafio suplementar para Vercauteren. E também um teste à sua liderança.
Nota: os jogadores assinalados a verde, em cada jogo, são entradas como titulares; assinalados a vermelho, os que perderam a titularidade no jogo seguinte.
Inteligente, incisiva, clara, sólida, frontal. Eis como concluí, depois de ler a entrevista do nosso treinador, hoje (sábado), no Record. Ele fala de futebol, do futebol do Sporting sem rodriguinhos, mas sem excessos e sem dramas. Mostra que sabe o que quer e a que veio. Mostra que pensa como um líder. Esclarece - uma vez mais! - o que quis dizer com essa da «qualidade» dos jogadores. Para quem, na altura, não soube ler e ouvir. Nomeadamente os jornalistas, que adoram ter um «escândalo» mais para compor títulos mentirosos mas polémicos. Que depois são aceites e circulam como verdades, ao estilo 'goebbelsziano'. «Há alturas em que as equipas conseguem atinguir todos os seus objetivos, parecem imparáveis, e outros momentos em que acontece o contrário. Nesses momentos, o talento ou a qualidade não estão ao mais alto nível. É por isso que as melhores equipas não ganham sempre», disse ele.
Nos tempos recentes, a entrevista de Manuel Fernandes e, agora, a de Frank Vercauteren fizeram-me reconciliar com a fala do futebol inteligente. Depois do que tenho lido na imprensa e nos blogues, foi um bálsamo. É possivel falar de futebol e do Sporting sem raivinhas, sem deceções derrotistas e com um pensamento positivo e competente. Aleluia!
II
«Porque é que tem de ser fácil quando estás no topo e horrível quando estás em baixo? A meta continua a ser a mesma: ganhar»
III
[Que fazer para sair desta situação?] «Há quatro situações prioritárias. Tecnicamente temos de apresentar mais qualidade, e claro que isso vem com confiança. Fisicamente, precisamos de melhorar, pois há jogadores que aguentam os 90 minutos, mas há outros, também em virtude do trabalho que realizam em campo, que não conseguem chegar ao fim do jogo. Depois, há um trabalho tático importante. E há, ainda, o fator mental. A equipa não está perfeita e, mesmo que fosse perfeita, continuamos a ter várias coisas para fazer. São todas estas situações, em conjunto, que aumentam a qualidade e a eficiência de uma equipa». Alguma dúvida, ainda, sobre o que ele quer dizer, quando fala em qualidade (individual e coletiva)?
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