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És a nossa Fé!

O sistema

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Pode ir-se embora Jorge Nuno Pinto da Costa e ser substituído por André Villas-Boas que o sistema está bem vivo e a funcionar a plenos pulmões. Esta final da Taça de Portugal foi um estrondoso roubo do início ao fim: desde a expulsão do St. Juste, passando pelos outros cartões dados aos jogadores do SCP e, sobretudo, um penalty por mão na bola de um jogador do FCP dentro da área, já na segunda parte do prolongamento. Também me pareceu penalty sobre o Diomande, minutos depois, dentro da área. Toda a gente viu, menos o árbitro e o VAR. Assim não vale a pena.


Temos um selecionador nacional contra nós, deixando de fora jogadores de topo, agora temos uma FPF que deixa isto acontecer numa prova que devia ser credível. Não é. Este VAR é uma fraude.

Seis destaques sobre o título.



1. Nuno Santos
É provável que seja impossível ter sucesso sem um jogador com esta fibra, tarimba e sabedoria de como estar no campo. Espero que vá ao Europeu. 

 

2. Quaresma
A redenção deste defesa feito de Sporting é umas das histórias mais bonitas da temporada.

 

3. Departamento médico
A ciência tem sido um dos principais aliados dos treinadores e jogadores, em todos os clubes. Este ano, os nossos discretos médicos, massagistas e fisioterapeutas estiveram à altura.  

 

4. Os fãs
Por todo o lado, em especial nas redes, no estádio e pelo país. Acredito que o apoio seja importante para os atletas, técnicos e dirigentes, muitos dos quais não sabem que nos anos 80 nos chamavam a “melhor massa associativa do mundo”.

O que fãs e adeptos têm feito é um justo legado aos sofredores do antigamente.

 

5. Os outros
Como Matheus Reis, Israel, Esgaio, Geny, St. Juste. Em muitas fases da época, o Sporting foi uma equipa com 15 ou 16 titulares.

 

6. O VAR
Falo por mim, mas tão importante como Varandas, Viana e Amorim, tem sido o VAR.

Não que o Sporting precise do empurrão do VAR, mas não há êxito possível sem que o jogo seja igual para todos. Para ganhar, o Sporting precisa de equidade. Por exemplo, desde que há VAR, tornou-se muito mais difícil invalidar golos limpos.

Noutro tempo, e falando do jogo com o Portimonense, nos velhos tempos seria simples anular o primeiro golo (“por fora-de-jogo”) e o terceiro (por “pé em riste do Bragança” ou "falta do Viktor sobre o defesa"). Quem viveu o futebol dos 80 e 90, sabe bem do que eu estou a falar. Aliás, basta lembrar o soco que um jogador nosso levou num jogo recente e que não foi ao VAR para se perceber como o “não haver VAR” pode influir.

Quantos atletas, dirigentes e treinadores do Sporting dos oitenta e noventa não teriam tido palmarés diferentes se o VAR existisse no tempo deles?  

Bandidos à solta

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O VAR foi o que de melhor aconteceu ao futebol na última década.

Facultar aos árbitros a revisão das jogadas a ritmo lento e de várias perspectivas beneficiou largamente as suas decisões, tal como já sucedera em desportos com situações muito complexas, como o futebol americano e o rugby. 

Mas o VAR é uma ferramenta, não é um juiz. Será como um microscópio, que permitir observar o que não é possível a olho nu, cabendo ao observador interpretar aquilo que vê. E é aqui que a porca torce o rabo.

Aquando do golo do Paulinho no final da primeira parte viu-se logo que a sua camisola, o ombro, sobressaía por detrás do azul cueca do defesa. Parecia off side, como depois se verificou. As imagens foram suficientemente repetidas para não deixar grandes dúvidas.

Tudo isto aumentou as fortes suspeitas relativas ao golo do Vizela, minutos antes. À primeira vista as camisolas deles também pareciam adiantadas em relação à linha dos defesas. Estranhamente a jogada foi repetida só uma vez e sem slow motion. Só bem depois da decisão tomada é que foi vista a imagem abaixo reproduzida, aquela que supostamente confirma não haver fora-de-jogo, e de maneira muito rápida. Foi inevitável pensar que não havia vontade nenhuma de mostrar a coisa como deve ser.

As condições da jogada são as seguintes:

1) A linha da defesa move-se na direcção do movimento da bola (para pôr os adversários em fora de jogo) e a linha dos avançados ou é estacionária ou move-se contra o movimento da bola. 

2) Quer o movimento da bola quer o dos jogadores é muito rápido e dá-se numa fracção de segundo.

3) Ora na TV digital cada segundo tem 30 frames ou imagens. 

4) Isto significa que para definir o instante em que a bola sai do pé, se for escolhida a primeira imagem desse segundo, a linha defensiva está mais atrás, se for escolhida a trigésima imagem a linha defensiva está mais à frente. Ou seja, na primeira imagem os avançados podem estar off side, na trigésima podem já não estar.

Veja-se agora a imagem:

Olhe-se para o canto superior direito: a bola não está já fora do pé? A frame foi bem escolhida? Ficam sérias dúvidas, sabendo que uma ou duas frames antes os 15 cms diminuíam ou desapareciam.

Olhe-se para as linhas  azul e vermelha: há quatro camisolas claramente em fora de jogo, só a que está mais abaixo na imagem não estará. Os 3 jogadores do Vizela não estão claramente a interferir na jogada? A linha vermelha marca o ombro, mas a linha azul passa por onde? Pelo pé invisível de Quaresma? 

Em resumo: validar o golo foi uma decisão mais do que duvidosa.

O que no contexto da arbitragem desse jogo - aquele olhar de ódio ao Gyökeres que a câmara fixa durante alguns segundos… - repleta de decisões erradas, todas prejudiciais ao Sporting (o ensaio de porrada que aquele Anderson deu impunemente ao Gyökeres, os penalties clamorosos por assinalar, etc…), demonstra que André Narciso em campo e Rui Costa no VAR agiram com má-fé deliberada. Num país com um futebol civilizado seriam no mínimo suspensos, aqui o pior que lhes pode acontecer é alguém cuspir-lhes no focinho.

O borrão

Voltando só mais uma vez ao lance do segundo golo do Benfica, validado por 4 centímetros, atente-se no frame que foi usado para a validação deste lance.

Reparem como a bola não é mais que um borrão, estando completamente desfocada, em que não se percebe a sua verdadeira posição nem se tem uma ideia sobre se a mesma ainda está em contacto com o pé do jogador do Benfica ou não.

Já tenho advogado a existência de uma margem de tolerância nestes foras-de-jogo de VAR, nunca inferior a 10cm, e mantendo a minha coerência este lance até poderia ser válido à luz dessa margem, mas o que pergunto é como é que se fazem medições com tanta precisão, no caso 4cm, tendo por base uma imagem tão tosca, tão desfocada, com tão baixa resolução?

Num mundo cheio de sensores de todo o género que se podem colocar nos jogadores, nos seus equipamentos ou na bola, de drones, de câmaras de foto e de vídeo de todos os tipos e feitios que se podem colocar em mais zonas do campo, num desporto que envolve milhares de milhões de euros por ano, estamos ainda a recorrer a uma imagem parada do vídeo de uma transmissão televisiva, e com ela fazer medições de 4cm. É como querer ir à lua de avioneta.

 

P:S.- A cereja no topo do bolo é a marca de água da imagem, "BTV". O Benfica enviou esta imagem para a cidade do futebol, para que o VAR decidisse se foi golo do Benfica.

 

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A importância do VAR.

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Por várias vezes tenho por aqui desancado nos senhores do apito. Normalmente para lhes chamar nomes que na minha opinião eles merecem.

Vem isto a propósito da exibição do árbitro do jogo de ontem. Se na maior parte do jogo os artistas não lhe deram motivo para que complicasse as coisas, esteve muito mal em dois momentos cruciais do jogo:

O primeiro ao não assinalar penálti claro sobre St. Juste, já que estava a meia-dúzia de metros do lance e o empurrão e a obstrução foram claros. Foi necessário que o VAR interviesse para que assinalasse o óbvio e aplicasse a respectiva sanção.

O segundo momento foi uma nova situação de penálti claro, nas suas barbas e mais uma vez teve de ser o VAR (e alguns jogadores do Sporting) a chamar-lhe a atenção para o corte com a mão.

Eu sei que até pode fazer parte do protocolo do VAR e mais o raio que os parta, mas ambos os lances são nas barbas do árbitro, em ambos estava a cinco/seis metros e com visão desimpedida, Enea Jorgji. Felizmente na cadeira de VAR estava um espanhol (Juan Martínez Munuera) atento que chamou a atenção do senhor albanês para os dois erros de palmatória que cometeu.

Falamos tantas vezes mal dos árbitros protugueses e com alguma razão, sobretudo porque manietados por um sistema que os obriga, se querem subir na carreira, a prestar favores a algumas agremiações, mas temos visto por essa Europa fora actuações destrambelhadas de árbitros, auxiliares e VAR's que nos fazem pensar se eles não andam todos ao mesmo, ou se são apenas incompetentes.

Felizmente o senhor espanhol fez bem o seu trabalho, demonstrando a importância do VAR. Há esperança que por cá se aprenda.

contra a corrente


Os jogadores (e a maltinha dirigente, claro) têm muita culpa no que chamamos de 'futebol português'. Quase sempre os árbitros são enganados e comidos pela lógica trapaceira dos que estam em campo e por isso, quase sempre os árbitros agem por hábito e tradição. 

Ontem, claro que Diomande é bem expulso, À LUZ DOS HÁBITOS da bola lusitana.

Quando dois jogadores se empurram, é sempre amarelo para ambos, como se fossem crianças, PORQUE É ESSA A TRADIÇÃO. Os jogadores têm de tomar juízo ou ser mais bem treinados, para não fazerem esse tipo de fita. 

Quando se vê um cotovelo no ar (ou uma mão na cara) e o de trás ESTREBUCHA E REBOLA, é SEMPRE amarelo, porque é esse o hábito. Os jogadores têm de ser educados para manterem os braços em baixo.

Como é sempre amarelo quando um idiota rebola no chão porque parece ter sido pisado (o amarelo a Edwards). Como é sempre amarelo quando um jogador entra com 'fisicalidade' e o que tem a bola estrebucha e desata a ganir. Que pode um árbitro fazer, se o público assobia e os bancos se levantam? Como é que se acalma a malta? Com amarelo, pois claro...  

(O VAR não pode falar em amarelos mal dados, como sabemos)

Como NUNCA É PENALTY quando o guarda-redes se sai à Tarzan. Em Portugal, na pequena área, os Guarda-Redes até podem montar uma banca de queijadas de Sintra que será sempre falta do atacante...

A arbitragem é sobretudo vítima destas tradições ou hábitos. Um árbitro que vá contra a corrente não chega a internacional e porquanto não chegam à dinheirama que se ganha a apitar jogos europeus.

Duvido que se consiga mudar isto, somos um povo que gosta pouco de instituições fortes, regras e justiça independente (não há outra, mas vocês sabem do que estou a  falar...). 

p.s. No Arsenal-City, assistimos ao exagero em sentido contrário. Kovacic devia ter sido expulso umas dez vezes. Mas eu preferiria um futebol assim, rijo (sem lesões para os jogadores, claro).
 

All garves

Creio que o jogo é marcado pela excelente disponibilidade física dos 10 do Farense. Aguentaram os quase cem minutos com uma energia tal que até parecia que podiam começar outro jogo logo a seguir. Parabéns! Quem me dera ter aquele potência quando corro na passadeira...

O Sporting continua a jogar de forma enervante (para o adepto). Devagarito a sair, alas a tentar acelerar, muita movimentação na área, pouca eficiência. O primeiro golo é um brinde do defesa do Farense, o segundo inventado por Pote e o terceiro sacado por Edwards. 

Tenro como um pastel, Huljamand não é Palhinha, ainda se está a adaptar ao nosso futebol, creio que não será o patrão que todas as equipas grandes portugueses necessitam. Educado e correto, Morita sozinho, também não chega. Bragança é de um tempo de outro futebol. 

Sobre o refilanço dos rivais. Quem com ferros coiso, com ferros coiso. O ambiente geral do futebol português, em que qualquer falta (repito, qualquer falta) é refilável para sacar amarelo ao adversário e qualquer lance (repito, qualquer lance) na grande área é refilável para sacar penalti, dão nisto. A competitividade está transformada num ódio que as bancadas fazem crescer para os jogadores e vice-versa. Pela televisão, quantas vezes não vimos os bravos e inesgotáveis jogadores do Farense com cara de quem disputa uma guerra?

Certos rivais, que gostam e adubam estes contextos, não gostam que de ser só eles a beneficiar do ambiente de guerrilha, de um futebol que mais parece estar a ser jogado no pátio de uma cadeia como nos filmes. 

De uma vez por todas, creio que devemos uma palavra aos árbitros e aos VAR. Ninguém consegue ser competente quando os 22 em campo se esforçam no sentido de enganar os árbitros e subjugar os adversários com todo o tipo de estratagemas, simulando quedas e agressões em qualquer lance de contacto. 

Organização de eventos desportivos

Depois de termos assistido, na época 2021/2022, no Estádio do Dragão um "elemento de colete azul" ter agredido o jogador Matheus Reis, constatamos na última jornada, neste mesmo estádio, a um episódio caricato: o equipamento VAR foi ligado a uma tomada de corrente eléctrica... desligada. Fica a pergunta:

Terá o FCPorto capacidade para organizar eventos desportivos?

Uma mão-travessa

Na primeira jornada do campeonato o Sporting beneficiou de mais um minuto de descontos já para além do templo suplementar, tempo suficiente para marcar o golo da vitória.

No passado fim de semana desportivo novo caso envolvendo mais uma vez o Sporting. Logo no dealbar do jogo em Rio Maior e por uma mão-travessa – medida de comprimento bem popular - foi validado indevidamente um golo ao Sporting, ao que dizem os “varistas” e pseudo especialistas no futebol, por fora de jogo do jogador Paulinho.

Mal acabou a partida eis que surgiram comunicados a assumirem um erro do VAR e uma estranha tomada de posição.

Não quero ora debater a existência ou não do fora-de-jogo, mas tão só perguntar às entidades que mandam e comandam o futebol português o que disseram, escreveram ou comunicaram quando umas mãos travessas alteraram provavelmente o decurso de uma partida.

Falo das mãos travessas que tocaram na bola dentro de área e que nem o árbitro de campo nem o VAR validou como grande penalidade a favor do Sporting, as que empurraram jogadores leoninos dentro da área de rigor ou das mãos travessas que chocaram acidentalmente na cara de alguns jogadores do Sporting sem que para tal o VAR tivesse dito alguma coisa de forma pública.

O nosso artístico futebol está carregadíssimo de mãos travessas. Umas são usadas para medir o benefício de alguém, neste caso o Sporting, outras servem unicamente para irmos entendendo onde se encontra o poder no futebol luso!

mixed feelings

Mixed feelings sobre a reação sincera e genuína de Ruben acerca do erro do VAR, no pós match do jogo com o Casa Pia.

 

Por um lado, é de louvar o desportivismo, que creio ser próprio do nosso clube.

Por outro, vem-nos à cabeça a interrogação permanente sobre se vale a pena ser assim em Portugal. 

 

Porque talvez Amorim devesse ter falado daquela patada em Esgaio no primeiro ou segundo lance do jogo, que creio ser mais que amarelo (e que nem amarelo foi). Ou do penalty óbvio sobre Marcus E. (ainda que sejam penalties da treta, do futebol português).

Pessoalmente abomino este tipo de contabilidade, mas também abomino mosquitos e não é por isso que eles não deixam de me picar na mesma.

 

Ou seja, fazemos a figura do bem comportado - que nos orgulha – mas no intenso futebol português de lideranças mais fracas que a lanterna de um iphone numa noite de breu, convém não facilitar.

Note-se como o Porto já está de faca na Liga, nos dentes, em todo o lado e mais algum, não falando com os jornalistas em três jogos seguidos, não se mostrando portanto os logótipos dos sponsors nas entrevistas antes e depois (já para não falar dos seus adeptos), sem que nada, absolutamente nada, lhes suceda.

Voltaríamos a Rio Maior, onde fomos felizes

Por mim mandava repetir o jogo.

A vitória acabou por ser manhosa e ainda por cima com um golo bem bonito, mas marado. É que daqui a uma semana, ou um mês, talvez ganhássemos por margem mais justa e confortável. Porque de certeza que Gyökeres e Paulinho vão afinar cada vez mais a capacidade de enlouquecerem as defesas contrárias; Edwards pode já ter aprendido o que é uma assistência; Inácio pode ter evoluído para só falhar 1 passe em 3, e não 4 em 5; Sua Eminência o Cardeal Pote talvez já tenha vontade de jogar, mesmo na posição que tanto pediu e em que nada faz. Por seu lado esse samurai de abnegação que é Morita já não precisa de acorrer a todas e poderá estabilizar o seu jogo e Hjulmand já terá desenvolvido a segurança,  bom posicionamento e simplicidade de passe que demonstrou.

Foi comovente ver a excitação do locutor - acho que agora se diz "jornalista" - da SporTv com a bota branca, não se calava com a bota branca que via despontar atrás do defesa Casa Pia, como se tivesse detetado o maior crime lesa futebol da história do dito. Quem ligar futuramente para esse caneiro decrépito que diga se irão ser tão veementes com outros erros de arbitragem decisivos.

Eh pá repitam lá o jogo, a ver se para a próxima consigo arranjar bilhete.

Outra vez castigo máximo

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Sobre o jogo, os meus camaradas/colegas deste espaço já escreveram tudo o que havia para escrever, vou deixar uma nota e uma reflexão sobre a arbitragem.

A nota: A maioria dos comentadores de arbitragem, a propósito do segundo golo do Sporting vêm falar na falta sobre Niakaté e na inexistente falta sobre Racic, estão errados, o lance desse golo inicia-se depois da bola estar na posse do Braga, primeiro em Matheus e depois em Al Musrati, é  ao recuperar a bola dentro da área do Braga que se inicia a jogada do segundo golo, só esse momento é que seria passível de análise pelo VAR.

A reflexão: Lembram-se daquilo que escrevi (concordando com algumas análises de AHR) sobre a banalização da grande penalidade?

No jogo de ontem, se o remate para a baliza tivesse de ser apontado no local onde foi cometido, como eu tinha sugerido, num texto anterior, sobre esta temática, Fatawu, ter-se-ia atirado para o chão, teria tropeçado ou saltaria sobre o pé do defesa e teria prosseguido a jogada?

(não gosto de batotas, nem de jogadores batoteiros dos outros, muito menos dos nossos, com os nossos sou mais exigente)

Nota final: Quem pretender comentar que comente aqui, não vá fazer queixinhas para os postais de outros camaradas/colegas.

Os burros somos nós

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Aparentemente, este texto nada tem a ver com o Sporting, na verdade tem.

Tem a ver com o Sporting, tem a ver com dignidade, tem a ver com verdade desportiva.

Vamos recuar ao fim-de-semana passado, o Braga jogava na Mata Real e estava quase morto, ressuscitou com um lance manhoso, tinham passado oito minutos dos sete de desconto dados pelo árbitro. Golo do Braga, para além dos onze jogadores, estavam mais seis ou sete elementos do Braga dentro do campo, as imagens documentam, o lance é ilegal, o árbitro, os bandeirinhas, o VAR e o auxiliar de VAR fingiram que não viram. O Paços perdeu um ponto, o Braga conquistou dois. O melhor jogador do Paços de Ferreira não se conteve perante tanta injustiça, disse ao árbitro:

- Sr. digníssimo juiz de campo, o lance é ilegal (provavelmente as palavras não foram estas, o sentido foi este).

Vermelho directo.

Este acontecimento ocorreu na jornada 17, Maracás, o tal jogador, foi suspenso por um jogo, ok, dir-me-ão, não jogará na jornada 18.

Estão errados, sabendo da suspensão do jogador, o Benfica conseguiu a antecipação do jogo, o Paços de Ferreira foi, categoricamente, contra esta antecipação mas não lhe valeu de nada.

Recapitulando:

1. Um jogador é, injustamente, expulso na jornada 17.

2. O clube com o qual esse clube vai jogar na jornada 20 "obriga" a Liga a alterar a data do jogo.

3. Na jornada 18 Maracás estará disponível para jogar.

Se isto não é adulterar a verdade desportiva, o que será?

Benfica na segunda divisão já. São casos e casinhos a mais.

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O lavar dos cestos


Estar na luta até pelo menos à penúltima jornada, ter caído nas meias-finais da Taça, ter passado a fase de grupos da Champions, repetir acesso à Champions e ter vencido dois troféus, parece-me um excelente resultado para o nosso SCP. Foi uma temporada muito positiva. Há dois milhões de anos que não ficávamos em segundo depois de termos vencido um campeonato.

Creio que a revalidação do título teria sido possível num país com ambiente competitivo mais são. Este ano, terão reparado, a fraquíssima autoridade que a Liga e FPF demonstram de novo deu em quezílias permanentes, intimidações variadas e, claro, numa interpretação muito criativa e lusitana do VAR.

Portugal reescreveu as regras do jogo. Todo e qualquer contacto na área, toda e qualquer mão/braço, é passível de ser penalti e sim, obviamente, o SCP também beneficiou de penalties coiso. A nossa liga é um paraíso para os avançados mais encorajados pelas suas estruturas, que parecem estar num jogo à parte. Certas quedas podiam estar no Bolshoi, outras em museus. E sim, são quase todas penalties. Foi para isto que se inventou o futebol? Se calhar foi, que sei eu... 

SCP perdeu a liga por causa das arbitragens? Não. Mas dizer que “ah e tal não se pode falar das arbitragens porque é desculpa de mau pagador e tal” também não me convence. Achar que Amorim falhou ao não treinar suficientemente bem os seus jogadores a cair na área revolta-me, mas é difícil de rebater. Por exemplo, se a nossa malta tivesse caído na área no Benfica como as mulheres jovens do século XIX faziam para atrair a atenção dos pretendentes, talvez tivéssemos sacado uns penalties que nos tivessem metido no jogo.

No melhor país do mundo, um dos melhores da Europa, a nossa esperteza é a maior predadora da fraqueza das instituições.

Digo e repito que há coisas no nosso futebol que se mantêm há décadas, coisas essas que este ano tiveram uma bela colheita. Não tenho a certeza que os nossos jogadores – e até os nossos técnicos – não partilhem esta minha opinião. Se assim for, é admissível que desmoralizem e se distraiam, como sucedeu (digo eu, claro) no jogo em casa com o SLB.  

P.S. Na filosofia criativa do VAR, o lance de Adán baralha-me. Ou talvez não. Noutros campos, noutras fases da Liga, teria sido marcada falta. Ou seja, e para que se perceba bem o que quero dizer, infelizmente é irrelevante se é falta ou não é. O que interessa é se se pode marcar, caso seja necessário.

Há VAR e VAR, há golo e não validar

Já não comemoro golos em Alvalade. Desde que há o VAR aquilo que é a bola entrar na baliza adversária deixou de ter graça.

Dizem que o vídeo-árbitro veio para colocar mais verdade no futebol. Mas veio também para estragar a festa aos milhares de adeptos presentes no estádio.

Quantas vezes gritamos a plenos pulmões golo, para cinco minutos depois vir o VAR (desculpem-me este trocadilho!) dizer que o marcador estava em situação de fora de jogo por um… pelo de barba.

Percebo que o VAR possa ajudar os árbitros nas decisões mais controversas, mas retirou ao jogo aquela alegria e espontaneidade que era assaz fértil no futebol.

Ontem não foi excepção. Se não foi no golo foi na decisão da grande penalidade. Muitos minutos perdidos até que saia, por fim, um veredicto.

É tempo de o VAR actuar de uma forma mais célere e mais assertiva de maneira a não haver tantas perdas de tempo.

Para bem do futebol e do espectáculo!

A voz do leitor

«O VAR é a melhor revolução dos últimos anos do futebol, mas também trouxe coisas menos boas. Trouxe verdade desportiva (que é de longe o mais importante), mas também trouxe as paragens, o adiamento do festejo dos golos (que agora acontecem um minuto depois da bola entrar) e estes novos penáltis, que já vão ficando conhecidos como "penáltis de VAR". Hoje, qualquer toque na área é penálti pelo muito simples motivo de que, em câmara lenta", qualquer lance tem um impacto e uma proporção muito superiores ao que efectivamente tiveram.»

 

Jô, neste texto do Luís Lisboa

Mais expressões novas para o vocabulário de futebolês

Penalti tecnológico!

Claro que a criatividade envolve o Sporting, quem mais poderia ser, designadamente o lance que envolveu Paulinho e o guarda redes do Paços de Ferreira, no recente jogo em Alvalade e que culminou na marcação de grande penalidade. Uns artistas da TV e dos jornais e ainda a newsletter de um certo clube (não há pior dor que a dor de...aquela tal...), apesar de toda a evidência das imagens, do levantar da bandeirinha do fiscal de linha, da chamada de atenção do VAR e da revisão da decisão pelo árbitro, enveredaram pelo caminho da desvalorização da vitória leonina e de tentar enlamear o que foi limpinho, criando o "penalti tecnológico": penalti, pelo toque no pé direito do Paulinho que lhe provocou a queda. No dia seguinte jornais houve que, na capa, titularam o que nas páginas interiores não era sustentado pelas opiniões de profissionais da arbitragem que neles avaliam as decisões arbitrais. Ainda hoje, no Record, o antigo árbitro espanhol Iturralde Gonzalez reforçava as opiniões dos seus colegas, na coluna Tira-Teimas, e que passo a citar: "Neste...lance não há muito a dizer. O Paulinho dribla o guarda redes que, com a perna esquerda, contacta e derruba o avançado do Sporting, cometendo penalti. Falta bem assinalada e cartão amarelo bem exibido...". Que chatice para as virgens ofendidas e viúvas do velho sistema!

O VAR veio mudar muita coisa no futebol (estou convencido que só com o VAR o Sporting foi campeão e está na luta este ano), mas ainda tem um caminho  a percorrer no sentido de ainda maior verdade desportiva. Pelo menos e para já, acabaram muitas das vergonhas que assistiamos nos campos pois agora alguns rapazes pensam duas vezes antes de saltarem o muro para ir à fruta ou de se sentarem à mesa para refeições grátis. Dá mais nas vistas a inclinação dos relvados... Mas como dizia, ainda há caminho, muito para percorrer (e os jogadores também têm de ajudar, quanto a disciplina e simulações, não são nadadores nem mimos). Veja-se o escândalo dos cartões amarelos ao nosso jogador Palhinha. Pelo menos 3 mal exibidos, dos 5 que o excluem do próximo jogo. A "field of play doctrine" não pode continuar a ser a vaca sagrada das leis do futebol, caso contrário transforma-se antes em reiterada doutrina de injustiça autoritária ou numa "reveange doctrine" como no caso Palhinha. Ainda que não se atualize as normas de intervenção corretora do VAR quanto a injustiças cometidas por um árbitro em campo (revertendo cartões amarelos manifestamente mal exibidos ou pontapés de canto mal assinalados e que podem resultar em golos, por exemplo), não há razão para que os diálogos entre os diversos intervenientes das equipas de arbritragem não sejam públicos. E que a justiça dos órgãos jurisdicionais competentes se demita de julgar e aplicar as leis de acordo com os factos subjacentes à realidade, preferindo continuar à sombra da bananeira da "field of play doctrine". Por uma questão de justiça e de verdade desportiva.

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(fotografia Jornal Record)

PS- Para complementar e até porque foi referido num comentário a questão dos especialistas não serem unânimes, aqui ficam os recortes dos principais opinadores especialistas: 

 

 

O dia seguinte

Estes primeiros jogos depois das pausas das selecções são sempre complicados, a adrenalina dum grupo focado migra para parte incerta, cada um vive a pausa da sua forma. E ontem o onze feito de titulares que Rúben Amorim colocou em jogo parece que pouco tinha jogado junto, cada um a fazer o seu número que nada tinha a ver com o do colega ao lado, um futebol lento e previsível frente a um adversário "copy cat" do modelo do Sporting treinado por um ex-colega e admirador de Amorim, e foi assim que se chegou ao intervalo em vantagem através dum penálti a que já irei. Fora isso foi o desperdício de Pedro Gonçalves na única vez em que tudo foi bem feito e que fez jus ao título de campeão nacional.

Veio o segundo tempo e tudo ficou ainda pior, às tantas parecia que o Sporting equipava de amarelo. Até que entraram duas das aquisições deste ano, aquelas de que alguns dizem do pior, ou porque são do Mendes, ou porque os passes são partilhados, ou porque os valores são altos de mais, ou pelas comissões, ou daquilo que se lembrarem para justificarem andarem a cuspir na sopa que comem, agora que a relva está óptima e recomenda-se.

E com um Ugarte que regressou do Uruguai em modo turbo (assim vale a pena ter jogadores convocados para as selecções) e um Edwards em modo esgravulha o jogo mudou por completo e partir daí as oportunidades sucederam-se, foi mais um golo, podiam ter sido três ou quatro, que o diga Sarabia. Marcou o Nuno Santos, depois dum passe magistral do Ugarte.

Com adeptos (alguns, como é óbvio) que assobiam a equipa com ela a ganhar, depois do rival ter perdido, realmente só se pode esperar o pior. Felizmente não aconteceu. Depois admiram-se de andarem a perder títulos anos a fio com quem não assobia os seus jogadores mesmo depois das maiores cabazadas. E muito menos a ganhar em casa.

Melhor em campo? Daqueles que iniciaram o jogo, depois do óbvio Sarabia, o Matheus... não o Nunes, que anda a jogar mais para a bancada e menos para a equipa, o outro, o Reis. Dos outros, o Ugarte claro. Parecia-me o novo Aldo Duscher mas agora digo que é mesmo o Manuel Ugarte. Que se calhar chegará mais longe que o outro.

Sobre o penálti? Recordam-se daquele que marcaram ao Matheus Reis contra o Braga e que o Hugo Miguel demorou 5 minutos a convencer-se frente ao ecrã que aquilo era penálti ? Este foi igual. O triste árbitro lá se convenceu que tinha visto mal, e tão afectado ficou que a partir daí foi um festival de asneiras. A diferença é que com ou sem ele ganhávamos a este Paços de Ferreira, e com o outro perdemos em casa com  o Braga. Se foi de propósito para apagar da memória as palhaçadas que acontecem nos jogos do Porto, só apetece dizer uma coisa feia... Este VAR era de onde?

E termino com mais uma tirada genial do Amorim:

“Eu acho que é um excelente elogio , pelo menos é o maior elogio que nos podem dar à equipa técnica , que conseguimos que o Sporting fosse beneficiado pela arbitragem e eu acho que isso realmente é um grande milagre que esta equipa técnica conseguiu.”

É isso mesmo Amorim, deixa a modéstia de lado, conseguiste um verdadeiro milagre. E quando do outro lado estiver o Porto então eu vou mesmo a pé a tua casa agradecer. 

#JogoAJogo

SL

VARa de porcos

Nós no Sporting sabemos reconhecer as derrotas. Portanto, parabéns ao vencedor do jogo de ontem em Alvalade: João Pinheiro, o videoárbitro (VAR), coadjuvado por Tiago Costa. E pelo inesquecível Hugo Miguel, da Associação de Futebol de Carnide. Perdão, de Lisboa. 

Com altos e baixos, nunca o controlo do jogo pelo SCP esteve em causa. Até ao fantástico penálti vislumbrado por Pinheiro e Hugo Miguel, sobre Galeno. Em que este jogador choca (ou talvez nem isso) com Matheus Reis, cai e rebola duas vezes. Bem sei que os cartilheiros de TV e jornais irão incensar Pinheiro e Miguel pela sábia decisão. É o costume, e outra coisa não seria de esperar de avençados.

Mas, na área do Braga, houve pelo menos dois toques mais duros sobre jogadores do Sporting - do GR do SCB sobre Sarabia e sobre Paulinho no final. O Pinheiro nem sequer VARou. Devia estar a comer fruta, que trabalhar dá apetite. E trabalhou bem, como certamente para os lados das Antas concordarão.

Pinheiro e Miguel dançaram um 'paso doble'. Quando Miguel anula o golo de Pote (1,5m atrás da linha de defesa do SCB!), Pinheiro deve ter visto que se calhar era um bocadinho de mais e valida o golo. De resto, e apesar de a defesa do SCB estar sempre desalinhada, foram raros os lances perigosos do SCP que não acabaram em fora de jogo. 

Recordo que há duas semanas o FC Porto é "salvo" na Amoreira pelo VAR, que escandalosamente anulou o 1-3 ao Estoril. Por este e outros casos, estou convencido de que, se no início o VAR serviu para corrigir alguns roubos dentro das quatro linhas, agora é apenas um instrumento de roubo. Ontem, custou-nos 3 pontos, como há dias deu 3 pontos ao FCP. Era uma questão de tempo, que na estrumeira que os nossos rivais fizeram da Liga, o VAR passasse de factor de verdade para VARa de porcos.

Amigos leões, com tanta pressão contra nós... este ano, preparem-se. Pressão de norte e de sul. Nortada e sulada, ao mesmo tempo. Eu estou preparado e ontem não fiquei nada supreendido com o que VAR por aí.

 

PS:

FC Porto revela troca de emails entre o árbitro João Pinheiro e o delegado Nuno Cabral

 

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