Em qualquer escola ou universidade, e na formação de jogadores profissionais, a estabilidade do corpo docente/técnico é essencial. E com ela o trabalho de equipa entre as diferentes equipas e escalões, de forma aos jogadores se sentirem sempre controlados e dentro dum percurso que os pode conduzir ao sucesso.
Na formação o objectivo principal é produzir jogadores de qualidade, os títulos ganhos são secundários e não podem acontecer em desfavor da evolução dos jovens. Tomaz Morais veio com Frederico Varandas para definir e implementar um projecto centrado no jogador, reconhecido internacionalmente, essencial para o futuro de Alcochete e do futebol do Sporting.
A equipa B do Sporting tem tido um papel essencialmente de filtragem dos melhores jovens à volta dos 18 anos na competição com equipas mais velhas e batidas nos campeonatos secundários. E também para dar competição aos jovens que treinam e pontualmente jogam na A. Com isso os onzes raramente se repetem, a qualidade do jogo ressente-se e os resultados não permitem sair do terceiro escalão do futebol português.
Como treinador da equipa B Filipe Çelikkaya tem gerido da melhor forma possível essa situação e este ano com a Youth League teve uma oportunidade de ganhar um título europeu, perdendo apenas nos penáltis com a equipa vencedora.
Abel Ferreira foi treinador da equipa B do Sporting no primeiro ano de Bruno de Carvalho, tendo sido despedido no dia da apresentação da época seguinte. Se viesse agora do Palmeiras para treinar neste contexto a nossa equipa B se calhar não faria muito melhor.
Por isso acho muito bem que o Filipe, um homem calmo e sensato, ao que dizem amigo de Rúben Amorim, continue à frente desta equipa pelo 4.º ano consecutivo.
Nunca o treinador arruaceiro e batoteiro que apenas ganhou o que ganhou a coberto do sistema mafioso do FCPorto e andou na emboscada e no roubo da carteira ao nosso presidente seria opção para o Sporting Clube de Portugal.
Não interessa qual foi a sua juventude, quantos filhos empregou ou deixou de empregar, mas tudo aquilo que faz questão de representar enquanto treinador do FC Porto é mesmo aquilo que mete nojo e nada tem a ver com o Sporting Clube de Portugal.
Se anda a queixar-se dos Carmos ou dos Portugais que lhe dão a engolir, que se queixe também dos Pinheiros e dos Soares Dias que sem eles não era nada, nem falando daquele senhor baixinho que se senta ao lado dele no banco e apenas serve para ameaçar os árbitros sobre as consequências que vão ter se não embarcarem nas palhaçadas do Otávio e do Taremi.
Não anda satisfeito no Porto? Os super dragões assaltam o carro para bater no filho que ele lá meteu? Paciência.
Que vá para longe, para a Arábia ou para a Malásia, mas para o Sporting, NUNCA!!!
Nuno Sérgio dos Santos Dias regressa aos 50 anos, por mérito próprio, a esta galeria anual do És a Nossa Fé. Já tinha passado por cá em 2018, numa época traumática para a nação leonina, quando o futsal nos resgatou e compensou de muitas tristezas. Volta agora, novamente pela porta grande, no final de um ano em que esta modalidade com um número crescente de praticantes e adeptos nos encheu uma vez mais de alegria.
O que havia para ganhar a nível interno, ganhámos. Pela segunda época consecutiva.
Em Fevereiro, levantámos bem alta a Taça da Liga ao derrotarmos sem apelo nem contemplações o Benfica por 5-2. Um troféu que foi nosso pela quarta vez.
Em Maio, a Taça de Portugal veio para Alvalade pelo quarto ano seguido. Com triunfo épico por 4-3, na final contra os encarnados - numa das melhores partidas a que já assistimos desta modalidade.
Em Junho, reconquistámos o título de campeões nacionais de futsal. Reconquista consumada em Junho com outra vitória memorável ao Benfica, nosso histórico rival, no Pavilhão João Rocha. Proeza notável: sexto campeonato ganho em sete épocas.
Em Setembro, vencemos a Supertaça da modalidade. Contra o rival de sempre, desta vez com recurso aos pontapés de penálti - em novo jogo empolgante que funcionou como excelente cartaz de promoção da modalidade, no pavilhão de Matosinhos.
Não admira que estes nossos campeões sejam ídolos da jovem massa adepta: Guitta, Alex Merlim, Cardinal, Diego Cavinato, Erick Mendonça, Zicky, Pany Varela, Pauleta, Esteban, Tomás Paçó. Com destaque especial para o nosso capitão João Matos, que em Outubro cumpriu uma bonita marca: o seu 70.º jogo na Liga dos Campeões.
Esforço, dedicação, devoção e glória. É mesmo a palavra glória que associamos ao percurso de Nuno Dias nesta 11.ª época como treinador leonino. Eis o seu palmarés: duas conquistas da Liga dos Campeões, sete campeonatos nacionais, seis Taças de Portugal, sete Supertaças, quatro Taças da Liga e quatro Taças de Honra da AFL.
Em 2022 só nos faltou a Liga dos Campeões: caímos na final, contra o Barcelona, o que nos impediu de reeditar os títulos de 2019 e 2021. Mas não impediu o Sporting de ser proclamado pela primeira vez, logo em Janeiro, o melhor clube de futsal do mundo. Com Guitta melhor guarda-redes, Zicky melhor jogador jovem e - claro - Nuno Dias - melhor treinador da actualidade. O que também aconteceu pela primeira vez a nível planetário, após o segundo lugar alcançado em 2019.
Distinção bem merecida. Para orgulho dele. E de todos nós.
É impossível ser-se Sportinguista e estar, neste momento, satisfeito. Não fujo à regra. Ainda assim, se há treinador que me parece capaz de dar a volta é Rúben Amorim.
Por agora, ainda estou com o Mister, ainda acredito que é possível reinventar-se. Parece-me, até, que não só é desejável que o faça como o Sporting é o local ideal para o fazer. E para o bem de todos, Rúben Amorim incluído.
Há que ter memória. E tratar de modo adequado quem tão bem nos serve.
Para marcar a diferença. Face a outros presidentes, que noutros tempos não tardaram a despachar treinadores campeões, como Otto Glória, Mário Lino, Fernando Mendes, Malcolm Allison, Augusto Inácio e Laszlo Bölöni.
E para o actual líder leonino também deixar claro que não se atemoriza perante a escumalha que o combate desde o primeiro dia e age como ponta-de-lança dos inimigos do Sporting. A mesma escumalha que lançou "fogo de artifício" sábado passado, ameaçando a integridade física dos adeptos nas bancadas, ladrou insultos ao presidente e assobiou os jogadores enquanto decorria o nosso jogo contra o Casa Pia. A mesma escumalha que vandalizou as garagens do estádio José Alvalade, deixando ali injúrias aos agentes policiais.
Ironias do destino: Bruno Lage, talvez o maior responsável pela transferência de Matheus Nunes para o Wolverhampton, há mês e meio, acaba de abandonar este clube da Premier League. Foi despedido após quatro derrotas consecutivas que atiraram o emblema "mais português de Inglaterra" para o fundo da tabela classificativa: é o terceiro a contar do fim, com apenas uma vitória à oitava jornada.
Segue um teste à perspicácia dos leitores: quem será o sucessor de Lage?
Proporcionou-se ontem, pela primeira vez, oportunidade para interagir com o nosso treinador de futsal masculino.
Tudo o que possa dizer, ficará aquém da genuinidade com que o vi interagir com miúdos e graúdos, velhos conhecidos e perfeita desconhecida. Apertei-lhe a mão (gosto de pessoas que sabem apertar mãos e não me tomam por ser feita de cristal), agradeci pela conquista de mais um troféu e ainda o surpreendi.
Esclareci que tudo o que se dissesse seria relatado num blogue, neste blogue, e... clic.
Posso tirar-lhe uma fotografia? (percebe que peço para tirar-lha e não tirar-nos)
A miiiiiiim!? (à laia de, então o que quer não é uma fotografia comigo?)
Sim, a si. Acha pouco? É o senhor Treinador, ganhou tudo o que há para ganhar. Quero uma fotografia sua. [minhas já tenho, muito obrigada]
Olha para os adeptos que aguardam pela sua vez, encolhe os ombros e... aqui está ele.
Nuno Dias, o treinador que ganhou tudo o que há para ganhar ao serviço do nosso clube. Um Senhor Treinador e, estou muito convencida, um excelente ser-humano.
Leio na imprensa que José Pereira foi «reeleito» aos 71 anos presidente da chamada Associação Nacional dos Treinadores de Futebol para um novo triénio, que só terminará em 2025. Numa poltrona onde já se senta desde 2013.
«Reeleito» é uma forma de expressão, pois não houve eleição a sério. Só o próprio se apresentou a sufrágio, com números dignos da Coreia do Norte: 97%. Correspondentes a 83 votos favoráveis e apenas três em branco, de um total de 86. Tudo se decidiu em circuito fechado, num papo entre amigos.
Suposto representante dos treinadores portugueses, Pereira diz agora que pretende melhorar a formação pois «temos um défice de curso de treinadores». Daria vontade de rir, se não fosse triste, vindo de alguém sem currículo digno de exibir neste domínio.
Este indivíduo vai tendo palco para pronunciar tais patacoadas enquando cala aquilo que há muito se impunha: deve desculpas públicas a Rúben Amorim, treinador campeão do Sporting Clube de Portugal.
Já tarda, este pedido de perdão do "senhor noventa e sete por cento" a um dos mais qualificados profissionais portugueses, agora até mencionado na imprensa internacional como estando na mira do PSG para substituir Mauricio Pochettino e por quem o ex-presidente do Benfica se desfez ontem em elogios numa entrevista televisiva a que não assisti mas de que tomei conhecimento.
O tal que se atreveu a considerá-lo «incapacitado para exercer a profissão», com denúncias formalizadas junto da ASAE e do Instituto Português do Desporto e da Juventude, por acaso logo no mês em que Rúben se transferiu do Braga para o Sporting. Há coincidências do diabo...
Quando se sabe que o processo de certificação de um treinador profissional de futebol em Portugal é mais complexo e labiríntico do que o de um médico ou de um engenheiro.
Uma associação profissional a perseguir um membro da sua própria classe: eis o miserável cartão de visita da ANTF e do sujeito que vai continuar a representá-la mais três anos.
Aqui mais abaixo o Pedro Correia promoveu e muito bem uma homenagem a Mariana Cabral, uma treinadora que veio dos escalões de formação para no primeiro ano como treinadora principal ganhar duas taças. Venho agora chamar a atenção para um treinador que também veio dos escalões de formação, que não ganhou nada em dois anos e se prepara para nada ganhar no próximo pelos motivos que abaixo indico, mas que tem cumprido muito bem a missão que lhe confiaram. E que, em termos humanos e profissonais, me parece ter muito em comum com a Mariana.
Passou hoje na Sporting TV, pelas 13h, uma extensa entrevista com o Filipe onde ele explicou muito bem o projecto de formação do Sporting, coordenado por Thomaz Morais, orientado ao abastecimento regular de jovens à equipa A, que não apenas se distingam pelos seus dotes técnicos mas demonstrem a maior inteligência emocional e saibam integrar-se e projectar-se ao mais alto nível no futebol profissional. Coisa que, como sabemos, faltou a muitos que passaram por Alcochete: uns perderam-se nos seus vícios, outros desertaram à primeira oportunidade e cuspiram na sopa que comeram. Alguns, como Simão Sabrosa, ainda hoje falam do clube com o maior desprezo.
E a verdade é que os produtos mais recentes dessa estratégia - por exemplo Diego Callai, Dário Essugo e Rodrigo Ribeiro, na sequência das apostas em Gonçalo Inácio, Tiago Tomás e Nuno Mendes - parecem realmente demonstrar a justeza da estratégia seguida. E se no escalão 18-21 anos temos de facto poucos jovens de grande nível, já nos 14-17, e aí está a campanha da selecção dos sub17 para o demonstrar, estamos bem apetrechados.
Como o Filipe explicou, em Alcochete os jovens são formados numa perspectiva 360º, com psicólogos, nutricionistas, especialistas em desempenho físico, monitorização e análises individuais constantes de desempenho, desafios em diferentes ambientes de competição, exigência de superação no treino interno e no jogo contra adversários (e árbitros) "mauzinhos" e complicados, elevado número de minutos de jogo durante a temporada. Dário Essugo deve ter tido uma carga competitiva durante a temporada três ou quatro vezes superior ao que teria há uns anos no seu escalão etário de juvenil, não falando dos cartões amarelos e vermelhos que encaixou.
A meu ver faltou na entrevista abordar as questões que tenho vindo aqui a colocar, nomeadamente, porque havendo sub23 não está a B mais próxima da A em termos de sistema táctico e plantel, e porque não é feita uma aposta séria na subida da B à 2.ª Liga.
Pelo contrário, parece que a ideia é baixar mais uma vez a idade do plantel da B para enquadrar e desenvolver aqueles que se destacaram nesta temporada na Youth League, hipotecando desde logo as ambições de subida.
Foi mais um excelente trabalho da Sporting TV, instrumento extraordinariamente importante no relacionamento do clube com sócios e adeptos. Ainda ontem vi um trabalho magnífico sobre Hector "Chirola" Yazalde, com intervenções da viúva, "Camizé", do enorme treinador Mário Lino, do grande defesa esquerdo de então Carlos Pereira e do "9" suplente, o Dé "Aranha", que me trouxe lágrimas aos olhos. Acho que muitos sócios e adeptos ainda não perceberam bem a qualidade actual do canal que tem à sua disposição.
Porque é que a televisão portuguesa perde tanto tempo com o próximo treinador das papoilas, do qual eu, apesar de viver há trinta anos na Alemanha, nunca tinha ouvido falar? O meu marido também não. Quando ouvimos pela primeira vez o nome dele, exclamei: "Schmidt? Será alemão?". "Não sei", disse o Horst, "não conheço. Se calhar é suíço, ou assim...". Estamos em Portugal há dias e ouvimos falar dele a toda a hora. Se estivéssemos na Alemanha, continuávamos ignorantes sobre o homem.
Ontem, na TVI, foi um exagero, com uns quinze minutos (digo eu agora, calculando por alto) à volta da personagem, atacada no próprio carro, à saída não sei de onde. Diga-se de passagem que foi simpaticíssimo e se expressou num inglês excelente. Mas não será um exagero? Se ainda viesse treinar a seleção...
Este ano tinha de figurar aqui de novo. Por motivos acrescidos aos do ano passado. Porque se confirmou como enorme mais-valia do Sporting. Porque devolveu em definitivo a esperança à massa adepta leonina. Até àqueles que urraram de indignação quando Frederico Varandas o foi buscar a Braga. Até àqueles imbecis que ainda não há muito faziam trocadilhos sem graça com o apelido dele e insistiam em chamar-lhe «lampião».
A esses e a todos os outros, Rúben Amorim reagiu com bonomia e desportivismo. Convicto de que o verdadeiro campeão não é aquele que faz exercícios gratuitos de bazófia ou berra aos quatro ventos afirmando-se melhor do que os adversários. O verdadeiro campeão exibe o seu valor em campo, respeitando os adversários. Olhando mais para o colectivo do que para as individualidades. Dizendo muito mais vezes a palavra "nós" do que a palavra "eu". Acreditando que o todo é sempre mais vasto do que a mera soma das partes. Jogo a jogo, sem queimar etapas. Sem dar o passo maior do que a perna.
No seu primeiro ano civil completo ao serviço do Sporting, Rúben Filipe Marques Diogo Amorim comprovou os pergaminhos que já lhe reconhecíamos no final de 2020. Em Janeiro, levou o nosso emblema à reconquista da Taça da Liga. Em Maio, suprema alegria: sagrávamo-nos campeões nacionais de futebol, recuperando um título que nos fugia desde 2002. Em Julho, cereja em cima do bolo: também foi nossa a Supertaça.
Fiel ao sistema táctico que implantou em Alvalade - e que outros não tardaram a imitar, com muito menos sucesso - o jovem treinador, hoje com 36 anos, deu sequência ao lema "onde vai um, vão todos". Jogue quem jogar, adapta-se na perfeição à dinâmica que ele idealizou. Mesmo com futebolistas que jogam ou jogavam recentemente nos escalões da formação, vários do quais lançados este ano: Gonçalo Esteves, João Goulart, Nazinho e Geny. Incluindo o mais jovem de sempre: Dário, em estreia absoluta na nossa equipa principal no dia 20 de Março, uma semana após festejar o 16.º aniversário.
Com Amorim ao leme, despedimo-nos de 2021 ainda com melhor registo pontual na Liga do que um ano antes, quando já rumávamos ao título máximo. Somamos 11 triunfos consecutivos em desafios do campeonato, igualando marca alcançada em 1990/1991. Não sofremos qualquer derrota caseira nas competições internas ao longo de todo o ano civil. E continuamos a marcar presença em todas as frentes competitivas.
É obra. Vão escasseando adjectivos para catalogar um dos três melhores treinadores que o futebol do Sporting conheceu nas últimas quatro décadas. Todos queremos que ele permaneça muito tempo entre nós. Para sempre, se for possível.
Tenho 63 anos e dos que acompanhei Rúben Amorim é o melhor treinador de todos.
Melhor que ele só fez Mário Lino em 1973-1974: ganhou campeonato e Taça de Portugal e foi às meias-finais da Taça das Taças, mas o trabalho não teve continuidade porque João Rocha despediu-o, já nem sei porquê, e tinha...Yazalde!
Malcolm Allison fez a dobrinha em 1981-1982, mas no estágio de pré-época do ano seguinte, creio que na Bulgária, meteu uma menina no quarto, além dos problemas que já apresentava com a bebida, e João Rocha despediu-o. Na época em que foi campeão apresentava os mesmos sintomas, aquelas conferências de imprensa "entremeladas" com Magos (um vinho péssimo que se vendia nos anos 80) já eram um sinal mais que evidente que o Big Mal era um homem fora da caixa. Tinha Oliveira, Manuel Fernandes e Jordão e um jovem lateral chamado Mário Jorge on fire (que saudades!).
Bobby Robson era um treinador de mão-cheia, que tinha feito óptimo trabalho por todos os sítios por onde tinha passado. Na primeira volta do campeonato de 1993-1994 íamos à frente, mas uma eliminação na Taça UEFA às mãos de uma equipa austríaca, creio que o Casino Salzburgo, levou Sousa Cintra a despedi-lo em pleno voo de regresso e a contratar o seu treinador fetiche, Carlos Queiroz. Resultado: levámos 6-3 do Benfica em Alvalade, ficámos em terceiro e perdemos a Taça de Portugal para o Porto de... Bobby Robson! Que nos dois anos a seguir começou a construir o penta do Porto e foi contratado pelo Barcelona.
Rodrigues Dias, Inácio e Laszlo Bölöni foram campeões, mas não deixaram mais qualquer marca no clube, além desse facto importante.
Menções honrosas para Fernando Vaz (campeão em 1969-1970) e Paulo Bento.
Rúben Amorim foi campeão sem vedetas: oito dos 16 mais utilizados tinham menos de 23 anos! No segundo ano continua a desenvolver um trabalho magnífico, sempre fiel às suas ideias.
O director-adjunto do Record, Sérgio Krithinas, escreveu após o derby da Luz o que muita gente pensa, mas não se atreve a dizer em voz alta: o furacão Amorim vai ter o mesmo efeito no futebol português que Mourinho teve há 20 anos. E acho que ele tem razão.
Texto do leitor Carlos Falcão, publicado originalmente aqui.
Ainda hoje não faço ideia por que motivo foste despedido do Sporting B, que tão bem orientaste e que conhecia à época uma das suas melhores fases de sempre. Depois de teres sido um brioso futebolista da nossa equipa principal.
Alguns meios de comunicação social - os do costume - desataram ontem a dar quase como certa a saída de Rúben Amorim do Sporting. Confundindo os desejos com a realidade. Apontam o Manchester United como o novo clube do nosso treinador, agora que Ole Gunnar Solskjær foi afastado do comando dos Red Devils.
O que não deixa de ser lisonjeiro para Amorim: pelos vistos alguns por aí já o comparam com os técnicos do PSG, do Ajax e do Leicester, além do ex-treinador do Real Madrid e do actual seleccionador espanhol.
Deixemo-los especular à vontade: é bom sinal. E façamos tudo para que Rúben permaneça em Alvalade, onde está vinculado por uma cláusula de 30 milhões de euros. Aliás ele próprio disse, apenas há cinco dias, que tenciona ficar «muito tempo» connosco. É uma excelente notícia - esta sim, confirmada por fontes idóneas.
Sintam-se os caros leitores à vontade para se pronunciarem sobre o tema.
Paulo Bento treinou o Sporting durante 4 anos e meio, lugar a que ascendeu após conquistar dois títulos juniores, sempre queridos num clube que muito se identifica com o ecletismo desportivo e a ênfase no desporto jovem ("formação", passou a dizer-se). Os 4 primeiros anos na equipa sénior foram bons, com alguns títulos e, acima de tudo, qualificações sucessivas para a apetecida Liga dos Campões, fundamental para as finanças dos clubes de topo. Para além de apadrinhar jovens jogadores, a desejável marca d'água do clube. Faltou o título nacional, usual pecha no clube - numa das épocas em particular por razões um pouco alheias ao estrito jogo (...).
Depois Paulo Bento passou a seleccionador nacional durante 4 anos. No Europeu de 2012 levou a equipa até às meias-finais e perdeu no desempate por grandes penalidades com a Espanha, a grande selecção do futebol mundial nas últimas décadas e que então foi sucessivamente campeã mundial e bi-campeã europeia. Serve para comparar com a idolatria à selecção de 2016 que ganhou o Europeu, também com desempate por penalidades e jogando muito pior. Diferença vinda da "lotaria dos penalties". Após esse torneio Bento liderou a campanha ao Mundial de 2014, um falhanço rotundo no qual foi público o mal-estar de vários jogadores. Depois continuou o seu rumo com garbo: foi campeão grego, esteve na "árvore das patacas" do futebol chinês e há anos que exerce o prestigiado cargo de seleccionador sul-coreano.
Gostei imenso deste treinador. Foi com ele que se viu o melhor futebol em Alvalade. A equipa praticava um futebol de alta qualidade. Fui um dos seus maiores admiradores.
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