"O Sporting Clube de Portugal manifesta o seu pesar pela morte de Sven-Göran Eriksson, uma grande figura do futebol mundial", escreveu o nosso clube nas suas redes sociais. Também eu (tal como será o caso do resto do plantel do És a nossa Fé!) me junto a este momento de tristeza pela partida de um senhor.
No meu último post sobre as modalidades colectivas mais importantes do Sporting eu chamava a atenção para a importância crucial do treinador no sucesso da equipa.
Depois o João Gil veio dizer que faltavam os outros 50%, os jogadores, a qualidade do plantel e obviamente que é assim mesmo. Poderíamos ainda referir a importância do capitão de equipa, como porta-bandeira dos valores do Sporting, líder do balneario e elemento agregador de homens/mulheres atletas de diferentes nacionalidades e sentimentos.
Mas, voltando ao tal treinador de excelência, para o Sporting em que consiste?
Mais do que vir aqui elencar qualidades mais ou menos óbvias, interessa-me olhar para três casos: Rúben Amorim, Nuno Dias e Ricardo Costa. Treinadores vencedores, líderes inspiradores, premiados nos círculos Sporting, orgulho do clube. Treinadores de excelência para o Sporting.
Em primeiro lugar as suas qualidades de liderança, o respeito pelos valores do Sporting, o entender muito bem as idiossincrasias do universo Sporting e as dos rivais, o saber falar com sócios e adeptos, o identificar e trabalhar os factores críticos de sucesso.
Aqui é preciso dizer que um ex-atleta benfiquista como Rúben Amorim ou um ex-portista como Ricardo Costa até partem em vantagem. Sempre foram treinados e motivados para derrotar o Sporting. Muitas vezes até o conseguiram.
Em segundo, uma visão própria sobre a modalidade, modelo de jogo de autor, diferenciado dos demais, que leva tempo a construir mas produz resultados. Aposta em jovens que cresçam e se projectem dentro desse modelo.
Em terceiro, o instinto matador que contagia a equipa. Chegados ali, com a meta à vista, é esquecer tudo, dar o que se tem e o não se supunha ter e ganhar. Conquistar a glória, levantar o caneco.
Depois disso é que vem a estrutura, todos aqueles dentro do clube, desde o presidente ao roupeiro colaboram naquilo que lhes compete para tornar possível o sucesso. Mas o treinador de excelência é essencial.
Álvaro Pacheco aguentou menos de um mês como treinador do Vasco da Gama: o anúncio da sua contratação aconteceu a 21 de Maio, o anúncio do seu despedimento ocorreu ontem. Quando o clube ocupa o 17.º lugar no campeonato brasileiro de futebol após três derrotas e um empate sob o comando do ex-técnico do V. Guimarães.
Recordo que o nome de Álvaro Pacheco chegou a ser sugerido por comentadores deste blogue como sucessor de Rúben Amorim no Sporting quando aqui se equacionou a hipótese de saída do nosso treinador no final da última temporada.
João Pereira, campeão nacional pelo Sporting em 2021, será o novo treinador da nossa equipa B. Depois de ter sido jogador de mérito, treinador adjunto dos sub-23 e treinador principal desta mesma equipa nas duas últimas épocas.
Aplaudem, contestam ou são indiferentes a esta escolha?
É impossível falar de voleibol feminino no Sporting sem falar em Rui Pedro Costa. Foram sete anos na liderança da equipa, da 3.ª à 1.ª divisão e às competições europeias, competindo pelo título nacional e ganhando uma Taça de Portugal e duas Taças Federação, tudo isto numa modalidade muito virada a Norte. Não deve ser fácil "arrancar" uma atleta com a sua casa e a sua vida organizada lá em cima sem entrar numa escalada de ordenados e de despesas.
Comecei a acompanhar a equipa há cerca de três anos por uma casualidade. Algumas jogadoras vinham equipadas à Sporting por uma rua de Alvalade, depois comecei a ver na TV, fui ao João Rocha e rapidamente aderi pela raça e entrega que demonstravam. Muitos jogos ganharam na negra após duas horas e tal de jogo, deixando a pele em campo. A capitã Daniela Loureiro era o melhor exemplo disso, mas a Thais Bruzza ou a Jady Gerotto entusiasmavam o pavilhão. Faltava apenas alguma estrangeira diferenciada para serem a melhor equipa nacional. Era um exemplo para a triste equipa masculina do ano passado.
Por alguma razão que desconheço este ano tudo mudou, mesmo com a chegada duma distribuidora veterana turca de excelência. As restantes contratações deixaram muito a desejar, mas o núcleo duro das épocas passadas ficou irreconhecível. Curiosamente a equipa de voleibol masculino fez o percurso inverso...
E Rui Pedro Costa começou a demonstrar alguma incomodidade com os maus resultados, até a disparar em diferentes direcções, falta de vontade da Direcção no reforço da equipa, falta de compromisso das atletas que "comiam no hotel enquanto as outras comiam sandes", falta disto ou daquilo numa equipa que antes parecia uma família unida e vibrante. Basta procurar os vídeos das ultimas conquistas.
Que se passou exactamente? Acho que ele fica a dever aos sócios e adeptos que sempre apoiaram a equipa uma explicação, para além da óbvia: temos de aumentar o nível de investimento para haver sucesso na luta contra as melhores equipas do Porto e arredores.
De qualquer forma, por todos os bons momentos que a sua equipa nos proporcionou, fica aqui o meu muito obrigado ao Prof. Rui Pedro Costa, com votos de sucesso no seu futuro profissional.
Di Maria remata, no seu jeito desajeitado, a bola bate no peito de Pedro Silva, o argentino aldrabão e batoteiro corre na direcção de Lucílio Baptista a berrar que foi mão, o bandeirinha perto do lance não viu, o árbitro não viu (não podiam ter visto uma inexistência) foi o bandeirinha do outro lado do campo (que estaria envolvido no caso Paulo Pereira Cristóvão) que afiançou que tinha visto, nitidamente, a mão de Pedro Silva.
Paulo Bento foi, duramente, castigado pelo gesto, o nosso treinador tinha razão, estava a dizer a verdade.
E agora?
É anulado um golo ao Benfica. Toda a gente diz que o golo foi bem anulado, são as regras.
O alemão aldrabão diz que não, qual será a punição?
Quem vai seguindo o que escrevo por aqui rapidamente percebe que acredito na estabilidade, sou avesso a "chicotadas psicológicas" e entendo que o clube deve procurar manter treinadores e jogadores o tempo necessário para conseguir extrair deles o máximo. Claro que uma ou outra vez as coisas não funcionam mesmo e há que mudar, mas não é por algumas derrotas ou desentendimentos que se deve pôr tudo em causa. Construir leva tempo, destruir é num instante.
Uma das razões, já falámos doutras também, para que o Sporting tenha ganho tão pouco no futebol nos últimos 50 anos foi o autêntico rodízio de treinadores. O saudoso presidente João Rocha deu o "tiro de partida" despedindo o campeão Mário Lino na semana antes da final da Taça no Jamor em 1974.
Frederico Varandas entrou no Sporting com uma ideia de treinador na cabeça, mas falhou no homem certo para o lugar. Marcel Keizer era por demais profissional "das 9 as 5" e descomprometido com o clube, Jorge Silas foi um erro de casting colossal (Silas, Ilori, Camacho, Vinagre, todos Sportinguistas, todos flops) e foi preciso apostar todas as fichas num benfiquista compadre do Hugo Viana, o Rúben Amorim, para a coisa dar certo.
Também na equipa B, no futebol feminino e nas principais modalidades houve mudanças de técnicos durante estes cinco anos de Frederico Varandas. Por continuada falta de resultados, por incompatibilidades com a estrutura ou simplesmente por cansaço do próprio, mas entre Rúben Amorim, Filipe Celikkaya, Mariana Cabral, Ricardo Costa, Nuno Dias, Pedro Nuno Monteiro, Alejandro Domínguez, Rui Pedro Costa e João Coelho, o número de temporadas à frente das respectivas equipas é elevado. Isto é fundamental para que os resultados apareçam.
E os resultados aparecem mesmo. Andamos entre o 1.º e o 2.º na grande maioria dos campeonatos respectivos, e em competição com rivais com outros orçamentos, o pior desempenho no momento está a ser no voleibol feminino para grande desconsolo do Rui Pedro Costa. Uma equipa que era guerreira e vibrante, que deixava a pele em campo, tornou-se por alguma razão abúlica e descrente, ele e a capitã Daniela Loureiro saberão melhor do que eu as razões, se calhar a mistura de feitios/nacionalidades não resultou num plantel que não está suportado pela formação interna.
Para alguns, qualquer derrota é pretexto para exigir a cabeça do treinador. Para mim todos os percursos tem altos e baixos, e os treinadores devem ter a confiança de todos para levar os respectivos barcos a bom porto.
Por último, prezo muito que os treinadores, mesmo os que não nasceram Sportinguistas, tenham uma forma de ser e estar de acordo com os valores e a cultura do nosso clube. Sou avesso aos batoteiros, arruaceiros e malcriados que existem noutros emblemas, e nesse aspecto só tenho muito bem a dizer dos nossos treinadores.
Disputámos até agora, nesta temporada, 26 jogos. Assim distribuídos: 16 do campeonato, 6 da Liga Europa, 2 da Taça de Portugal, 2 da Taça da Liga. Com este balanço: 20 vitórias, 3 empates, 3 derrotas.
Percentagem de triunfos: 76,9%.
Vocês não sei, mas eu confesso: jamais me recordo de um treinador com tanta percentagem de sucesso em Alvalade. Com lugar cada vez mais garantido no melhor pódio de sempre.
Quem tiver opinião diferente, pode expressá-la à vontade.
Vou apresentar três suplentes que já foram treinadores do Sporting Clube de Portugal.
1. Ricardo Sá Pinto, eliminou o Manchester City de Mancini (que venceria a Premier League) das competições europeias.
2. José Mário Mourinho, chantageou o Benfica, colocou-se sob a pata do leão e diz a lenda foi impedido pela Juventude Leonina (obrigado, JL) de continuar como treinador após duas horas.
3. Jorge Jesus, venceu o Benfica na Luz por 0-3, tinha tudo encaminhado para vencer o campeonato mas os pós da porta 18, as toupeiras, os padres e as missas que levaram à detenção do presidente do "glorioso, impediram-no.
Recordo Tapie foi preso e o Marselha foi para a segunda divisão. Por cá o presidente é preso mas o clube, o Benfica, continua, cantando e rindo, na primeira divisão.
Classificação actual de Sá Pinto:
Classificação actual de Mourinho:
Classificação actual de Jesus:
Então?
Continuamos com Rúben Amorim ou substituímo-lo por um dos nossos ex-treinadores (ou outros)?
Ano agridoce para Rúben Amorim: começou mal, termina muito bem. Com o Sporting no comando do campeonato - como aconteceu na gloriosa época 2020/2021, em que conquistámos o título máximo do futebol português.
O problema da temporada anterior foi o péssimo arranque, ainda em 2022, com a saída de Matheus Nunes já com o campeonato em andamento. A equipa demorou a corrigir a rota e a conseguir novas rotinas sem o mais influente membro do onze titular. Mas os 14 jogos finais dessa Liga 2022/2023 decorreram já sem derrotas (11 vitórias e três empates), com triunfos contra Chaves, Estoril, Portimonense, Boavista, Santa Clara, Casa Pia, V. Guimarães, Famalicão, Paços de Ferreira, Marítimo e Vizela. O que não bastou, no entanto, para nos tirar do quarto posto.
A boa preparação da nova época, com as contratações de Viktor e Morten, fez toda a diferença. Seguimos em primeiro, isolados. Derrotámos o FC Porto em Alvalade por 2-0 num jogo em que o vídeo-árbitro Tiago Martins conseguiu anular-nos dois golos limpos para impedir a goleada. Chegamos ao Natal em todas as frentes, qualificados para as meias-finais da Taça da Liga e os oitavos da Taça de Portugal. E mantemo-nos na frente europeia: iremos defrontar o Young Boys em Fevereiro.
Apresentamos também o melhor futebol da temporada, como é reconhecido pelos comentadores mais insuspeitos de simpatias pelo Sporting. Já havíamos mostrado isso na época anterior, nomeadamente na épica eliminatória contra o Arsenal, em Março - culminando no afastamento da turma inglesa, derrotada nos penáltis no seu próprio estádio para a Liga Europa após empate 2-2 em Alvalade) quando liderava a Premier League. Nunca a nossa equipa tinha saído de Londres com um triunfo - outra conquista do actual técnico a par de vitórias inéditas na Alemanha e na Áustria - esta em Setembro do ano em curso.
Em Outubro, Rúben Amorim tornou-se o treinador do Sporting com mais vitórias neste século: 117, marca igual à de Paulo Bento mas alcançada com muito menos jogos. Passou a ser também o treinador mais vitorioso que passou por Alvalade nas últimas sete décadas. Melhor do que ele, apenas Joseph Szabo (1896-1973), húngaro que esteve onze temporadas no nosso clube - primeiro de 1935 a 1944, depois entre 1953 e 1955. O que faz já dele o português mais vencedor na história do nosso clube.
Nesta época, com 24 desafios disputados, Rúbem conduziu a equipa a 18 vitórias (com três empates e três derrotas) em todas as provas. Percentagem global de triunfos: 75%. Em casa, para a Liga, folha limpa: oito partidas, todas ganhas. Números de equipa grande. Tão grande como as maiores da Europa, cumprindo o lema do fundador.
Todos queremos que prossiga neste rumo.
Todos? Todos não. Uma ínfima minoria de letais ao Sporting torce para que ele perca sempre. Mas Rúben insiste em contrariar essa turba de ressabiados. Vai voltar a acontecer.
Aqui vão os números, com os treinadores com maior percentagem de vitórias nos 3 Grandes, registos só deste século XXI, com treinadores que tenham feito mais de 100 jogos, nos bancos respectivos:
FC Porto: 1º Sérgio Conceição, 341 jogos, 249 vitórias, 73% de vitórias. 2º José Mourinho, 127 jogos, 91 vitórias, 71,6% de vitórias. 3º Jesualdo Ferreira, 188 jogos, 126 vitórias, 67% de vitórias.
Benfica: 1º Jorge Jesus, 404 jogos, 277 vitórias, 68,5% de vitórias. 2º Rui Vitória, 181 jogos, 123 vitórias, 67,9% de vitórias. 3º Camacho, 109 jogos, 65 vitórias, 59,6% de vitórias.
Sporting:
1º Rúben Amorim, 173 jogos, 119 vitórias, 68,7% de vitórias. 2º Jorge Jesus, 158 jogos, 99 vitórias, 62,6% de vitórias. 3º Paulo Bento, 194 jogos, 117 vitórias, 60,3% de vitórias.
Vislumbramos dois pelotões distintos, neste século XXI: A - Conceição e Mourinho, com uma percentagem de vitórias acima dos 70%. B - Amorim, Jesus (no Benfica), Rui Vitória e Jesualdo, com percentagens a rondar os 67% e 68% de vitórias.
Sim, o que interessa são os números, e os números são bem eloquentes, e sobretudo esclarecedores.
Texto do leitor Rogério Azevedo, publicado originalmente aqui.
Celebração do título de campeão nacional em Maio de 2021
Foto: Patricia de Melo Moreira / Tribuna Expresso
Números que não enganam: Rúben Amorim é o treinador mais vitorioso do Sporting Clube de Portugal neste século. Igualou o número de vitórias de Paulo Bento, que antes liderava esta lista: são já 117. Mas com muito menos jogos. O actual técnico leonino comandou a equipa em 170 (68,8% de triunfos) enquanto Paulo Bento atingiu aquela marca só após 184 desafios (percentagem: 60,3%).
E não só: Amorim é também o treinador mais vitorioso que passou pelo Sporting nas últimas sete décadas. Melhor do que ele, apenas Joseph Szabo (1896-1973), húngaro que esteve onze temporadas no nosso clube - primeiro de 1935 a 1944, depois entre 1953 e 1955. Registo: 236 vitórias em 327 partidas (percentagem: 72,2%).
Caso para concluir: Rúben Amorim tornou-se, por mérito próprio, o português mais vencedor de sempre na história do nosso emblema já centenário. Motivo para merecer calorosos parabéns, sem favor algum.
Alguém imagina que ele ainda acabe por ultrapassar a marca de Szabo?
O nosso treinador de voleibol feminino, Rui Costa, foi eleito Treinador do Ano pela associação de treinadores da modalidade.
A nossa equipa de voleibol feminino, numa temporada muito complicada por diversas razões, não conseguiu o título nacional, o que para mim mais ainda valoriza o troféu alcançado.
Tenho um carinho muito especial por esta equipa. Tudo começou num dia em que vi passar umas atletas equipadas numa rua de Alvalade. Tenho acompanhado os jogos no João Rocha e fora dele, até dei um pulo a Viana do Castelo no ano passado para assistir a uma derrota merecida contra a "besta negra", o Leixões, e ver de perto como ficou a "abelha mestra" Aline Timm no final do encontro. Devastada. Este ano conseguimos ultrapassar o Leixões no play-off mas não tivemos mais forças para derrotar uma equipa folgada, com mais recursos e argumentos a quem tínhamos ganho a Taça, a AJM FC Porto.
A capitã Daniela Loureiro e a "super-mulher" Thais Bruzza são o melhor exemplo do que deve ser um atleta do Sporting: esforço, dedicação, devoção e garra sem igual, é mesmo até partir, oxalá muitos dos nossos homens atletas, especialmente os do voleibol masculino, tivessem metade da fibra delas.
O Rui Costa é aquela figura paternal que consegue extrair dum conjunto de jogadoras portuguesas do sul, do norte, brasileiras, até uma mexicana, com mais ou menos talento e mais ou menos adaptação ao clube e à cidade, tudo o que têm para dar. Num campeonato muito nivelado, com cinco ou seis equipas de valor muito semelhante a seguir a um AJM diferenciado, em muitos jogos foi mesmo na raça e na confiança das atletas no treinador que as vitórias aconteceram, em jogos decididos por 3-2, no último ponto. Até cansava ver esta equipa sofrer tanto para ganhar.
O Rui Costa é mais um dos grandes treinadores que temos nas modalidades, como o Nuno Dias no futsal, o Ricardo Costa no andebol e o Pedro Nuno Monteiro no basquetebol. Não posso dizer o mesmo de Alejandro Domínguez no hóquei e João Coelho no voleibol masculino, até porque acabaram de chegar.
Rui Costa, tal como Nuno Dias, está a tirar partido da continuidade no comando técnico e da estabilidade na gestão, condições essenciais ao sucesso. Chegar, ver e vencer acontece por acaso.
Muitos parabéns a ele, extensivas a todo o plantel e toda a estrutura. E desejos de mais e melhor, já agora com algumas flores diferenciadas adicionadas ao ramalhete.
Em qualquer escola ou universidade, e na formação de jogadores profissionais, a estabilidade do corpo docente/técnico é essencial. E com ela o trabalho de equipa entre as diferentes equipas e escalões, de forma aos jogadores se sentirem sempre controlados e dentro dum percurso que os pode conduzir ao sucesso.
Na formação o objectivo principal é produzir jogadores de qualidade, os títulos ganhos são secundários e não podem acontecer em desfavor da evolução dos jovens. Tomaz Morais veio com Frederico Varandas para definir e implementar um projecto centrado no jogador, reconhecido internacionalmente, essencial para o futuro de Alcochete e do futebol do Sporting.
A equipa B do Sporting tem tido um papel essencialmente de filtragem dos melhores jovens à volta dos 18 anos na competição com equipas mais velhas e batidas nos campeonatos secundários. E também para dar competição aos jovens que treinam e pontualmente jogam na A. Com isso os onzes raramente se repetem, a qualidade do jogo ressente-se e os resultados não permitem sair do terceiro escalão do futebol português.
Como treinador da equipa B Filipe Çelikkaya tem gerido da melhor forma possível essa situação e este ano com a Youth League teve uma oportunidade de ganhar um título europeu, perdendo apenas nos penáltis com a equipa vencedora.
Abel Ferreira foi treinador da equipa B do Sporting no primeiro ano de Bruno de Carvalho, tendo sido despedido no dia da apresentação da época seguinte. Se viesse agora do Palmeiras para treinar neste contexto a nossa equipa B se calhar não faria muito melhor.
Por isso acho muito bem que o Filipe, um homem calmo e sensato, ao que dizem amigo de Rúben Amorim, continue à frente desta equipa pelo 4.º ano consecutivo.
Nunca o treinador arruaceiro e batoteiro que apenas ganhou o que ganhou a coberto do sistema mafioso do FCPorto e andou na emboscada e no roubo da carteira ao nosso presidente seria opção para o Sporting Clube de Portugal.
Não interessa qual foi a sua juventude, quantos filhos empregou ou deixou de empregar, mas tudo aquilo que faz questão de representar enquanto treinador do FC Porto é mesmo aquilo que mete nojo e nada tem a ver com o Sporting Clube de Portugal.
Se anda a queixar-se dos Carmos ou dos Portugais que lhe dão a engolir, que se queixe também dos Pinheiros e dos Soares Dias que sem eles não era nada, nem falando daquele senhor baixinho que se senta ao lado dele no banco e apenas serve para ameaçar os árbitros sobre as consequências que vão ter se não embarcarem nas palhaçadas do Otávio e do Taremi.
Não anda satisfeito no Porto? Os super dragões assaltam o carro para bater no filho que ele lá meteu? Paciência.
Que vá para longe, para a Arábia ou para a Malásia, mas para o Sporting, NUNCA!!!