Fala-se muito em "sistemas tácticos", naquela linguagem labiríntica à moda do Freitas Lobo, como se isto fosse física quântica. Mas não é. A popularidade do futebol deve-se, acima de tudo, à sua simplicidade. Quando alguma coisa não funciona, quase sempre foi porque alguém desatou a complicar o que é simples.
Rui Borges, que permanece invicto ao comando do Sporting em provas nacionais, captou o essencial quando chegou a Alvalade: a equipa gira em torno de Gyökeres e funciona tanto melhor quanto mais vezes ele for bem servido.
Tinha um esquema táctico na cabeça e rapidamente o pôs de lado pois não era o mais adequado para concretizar aquele desígnio: a equipa estava habituada a outras rotinas. Imperou o princípio da simplicidade. A eficácia prevaleceu.
Hoje na apresentação do novo treinador do Sporting o nosso presidente foi claro e conciso. Com João Pereira apostou na continuidade da "máquina oleada" de Rúben Amorim, mas a aposta falhou rotundamente.
Já se gastou tempo demais a atribuir culpas e encontrar justificações (obrigado, João Pereira), importa agora constatar que o modelo de jogo de Ruben Amorim se revelou pessoal e intransmissível. Vai-se abrir novo ciclo, que terá implicações não apenas na equipa A mas também nas etapas terminais da formação de Alcochete, as equipas B e sub23.
Ontem, no painel do Canal 11, debateu-se o que será o futebol do Sporting com Rui Borges, e mesmo com os disparates do moderador (Quaresma a médio centro ???) foi possível entender algumas coisas que deveremos ir vendo nos próximos jogos.
Se recuarmos à época passada, o Sporting jogava num 3-4-3 assimétrico, com um ala mais defensivo e outro mais ofensivo, com os três defesas a bascular para esse lado formando uma defesa a quatro. Podemos imaginar que Rui Borges começará por aqui, com uma linha defensiva composta por Debast-Diomande-Inácio-Matheus Reis, libertando Quenda para avançar no terreno.
Na linha média surgirão um 6 mais definido, Hjulmand, e dois médios interiores (em vez de avançados interiores) também bem definidos em que no momento defensivo um pressiona junto ao avançado-centro e outro recua para o lado do trinco, em princípio Pote e Morita/Bragança. O 4-3-3 em momento ofensivo, transforma-se num 4-4-2 em momento defensivo.
No ataque dois extremos que baixam a defender em vez de dois alas que sobem a atacar. Aqui vamos ter um problema porque todos os que temos no plantel são canhotos: Quenda, Trincão, Edwards, Catamo, Maxi Araújo e Nuno Santos. Não consegui perceber se os extremos jogam de pé certo ou trocado, porque com dois médios interiores é forçoso que os extremos tenham capacidade de explorar a linha e centrar de primeira.
Sendo assim, o onze-base de Rui Borges poderia ser:
Israel; Debast, Diomande, Inácio e Matheus Reis; Hjulmand, Morita e Pote; Quenda, Gyökeres e Trincão.
O onze alternativo seria:
Kovacevic; Fresneda/Esgaio, Quaresma, St.Juste e Maxi Araújo; Arreiol, Bragança e João Simões; Catamo, Harder e Edwards.
É fácil perceber que sobram extremos canhotos e faltam médios e defesas laterais. Vai obrigar o Sporting a ir ao mercado de Inverno para equilibrar o plantel para o 4-1-2-3 que Rui Borges está a utilizar no V. Guimarães. Se for mesmo essa a ideia.
Vamos ver o resultado, mas pelo menos vislumbra-se a luz ao fundo do túnel. A luz do bicampeonato.
PS: O modelo de jogo de Rui Borges lembra-me o de Leonardo Jardim. Na vitória com o Porto em casa por 1-0, o Sporting alinhou com:
Rui Patrício; Cédric, Dier, Rojo e Jefferson; William, Adrien e André Martins; Capel, Slimani e Mané. O Pote da altura seria o André Martins, mas a diferença de qualidade é tremenda.
Segundo parece, no seguimento da impossibilidade de contar com Abel Ferreira e de mais um desaire em Barcelos sob o comando do João Pereira, Hugo Viana meteu-se em campo e o actual treinador do V. Guimarães estará mais ou menos assegurado como treinador do Sporting.
No fundo, será o quarto treinador "efectivo" escolhido por Frederico Varandas, depois de Marcel Keizer, Jorge Silas e Rúben Amorim. Tiago Fernandes e Leonel Pontes não passaram de treinadores interinos, como agora acabou por ser o João Pereira. Só a passagem de Silas para Amorim foi directa.
O grande problema não foi o nosso presidente ter apostado em João Pereira para dar seguimento imediato ao trabalho de Amorim: foi ter dado a ideia que tudo tinha sido previsto e controlado, e que estava ali um novo Amorim para conduzir o Sporting a novos sucessos. Como ninguém conhecia bem João Pereira enquanto treinador, também não havia ninguém que pudesse dizer do disparate da afirmação.
Mas os resultados foram o que foram. Já na semana passada, a terminar o seu discurso nos Prémios Stromp, o presidente deixou bem claro que, com o plano A, B C, ou qualquer outro, o Sporting iria lutar pelo bicampeonato. Rui Borges entra agora como plano C (?) para lutar por isso mesmo.
João Pereira sai muito mal desta sua aventura. Se calhar perdemos um treinador que estava a fazer bom trabalho na equipa B e que no futuro poderia servir de solução de recurso para situações como esta duma saída abrupta do treinador principal.
Mas sai assim também por responsabilidade sua, por excesso de confiança nas suas capacidades e da sua equipa técnica, por não ter respeitado o modelo de jogo de Rúben Amorim, tentando implementar um 3-4-3 "losango" castrador para a valia dos jogadores ao dispor.
Não se pode queixar do empenho e do esforço dos jogadores, nem da atitude dos capitães. Só mesmo de si e de quem se fez acompanhar, para além da sorte, das lesões e dos APAFs.
Não faço ideia do que vale Rui Borges como treinador. É transmontano como o Pote, jogou até tarde, tem sete ou oito anos de treinador, dois apenas na 1ª Liga. Não seria alguém com o seu perfil a minha escolha, mas é a solução possível no momento presente. Os melhores treinadores portugueses estão indisponíveis, qualquer treinador estrangeiro teria enormes dificuldades em conseguir resultados na Liga Portuguesa pegando na equipa nesta fase da temporada.
Se fazer melhor do que Rúben Amorim é quase impossível, pior do que João Pereira também será. Entre o 80 e o 8 algures, Rui Borges irá estar.
Vamos aguardar para ver, a começar pelo dérbi do próximo domingo.
Para já, e acreditando que virá mesmo, bem-vindo, Rui Borges.
A melhor equipa de Portugal precisa de treinador.
PS: Diz o António Tadeia: "O problema deste Sporting não é de falta de ideias. É de ideias a mais." Amorim deixou uma máquina oleada, não vale a pena meter serradura na engrenagem. Gyökeres agradece e nós também.
O óbvio ululante impôs-se aos olhos da administração da SAD, dando razão àquilo que tantas vezes vários de nós escrevemos aqui nas semanas mais recentes.
Devia ter saído antes. Ou antes: nem devia ter entrado como substituto de Ruben Amorim.
Poucas dúvidas existirão que João Pereira foi um erro de casting tremendo de Frederico Varandas.
Não estando em causa a pessoa do nosso ex-jogador e treinador das equipas secundárias, a verdade é que num par de semanas conseguiu desbaratar uma parte substancial da herança de Rúben Amorim, nomeadamente a comunicação clara e assertiva, o modelo de jogo e o espírito de equipa.
De Amorim ficou o 3-4-3 e pouco mais. Mas o sistema táctico, sendo a base de trabalho duma equipa e da constituição do plantel, só por si não define a forma de jogar, ou seja o modelo de jogo, da equipa. Como se encolhe e organiza para defender, como se alarga e que recursos usa para atacar. E que ritmos utiliza nos diferentes momentos do jogo.
Não sei quantos jogos do Sporting de Amorim vi ao vivo em Alvalade e fora dele, tivemos o Covid pelo meio. Trinta por cento ou 40% talvez, não consigo dizer, se juntar a TV foram 99% (um não vi na altura e recuso-me a ver).
Acompanhei a evolução do modelo de jogo, o futebol de transições que nos deu o primeiro título, a "pinheirada" no Dragão que nos roubou o segundo, o malfadado ataque móvel do 4.º lugar, o upgrade físico que nos deu o segundo título, e a máquina oleada desta primeira metade da temporada que culminou no 4-1 ao Man.City e nos 4-2 ao Sp.Braga para uma saída em ombros do criador.
Fiquei estarrecido quando João Pereira, que integrou o plantel no ano do primeiro título, veio dizer na conferencia de imprensa que antecedeu o jogo com o Moreirense que: "Isso das ideias do outro treinador é difícil. Se tentar fazer isso, apesar do sistema ser parecido, não sei exactamente em que se baseava. Então, vou imitar uma coisa que não sei replicar, trabalhar?"
Até eu, que não joguei na equipa de Amorim, não tendo nível 4, nem 3, nem nenhum de treinador, fui percebendo muito bem as ideias dele e em que se baseava. Baseava-se na ocupação integral do terreno, na procura de espaços livres, na imprevisibilidade para o adversário, no saber onde perder a bola, no controlo do jogo.
Tudo aquilo que não vimos com João Pereira nestes dois jogos. Vimos uma ocupação do terreno deficiente, com uma molhada de jogadores na zona central, insistência em tabelinhas, uma lentidão a toda à prova, perdas de bola na zona central que originavam contra-ataques perigosos que conduziam a faltas que davam livres, cortes para fora e para canto e a cartões.
A própria gestão do plantel faz pouco sentido. Contra o Arsenal um lado esquerdo "ofensivo" Maxi-Edwards que foi facilmente ultrapassado, tendo Quenda do outro lado, contra o Moreirense um lado esquerdo "defensivo" Matheus Pereira-Daniel Bragança tendo Catamo do outro lado, que foi inoperante em termos ofensivos, e que ainda por cima lançou um dos três médios do plantel para o estaleiro.
Foi o que foi, mas importa agora olhar para o futuro e não deixar ir a criança com a água do banho.
Foram muitos anos sem ganhar nada de substancial no Sporting, com cada novo treinador a trazer o seu sistema táctico e o seu modelo de jogo (com o Jorge Jesus até veio o Octávio Machado...), a contratarem-se ou promoverem-se jogadores que serviam para um e eram prontamente descartados pelo seguinte. Na formação o importante era ganhar qualquer coisa no momento, não interessava que futuro os jovens iriam ter no Sporting.
Depois de várias épocas a apostar no modelo de formação centrado no jogador, finalmente o Sporting colocou as equipas principais (A, B e C/Sub23) a jogar no mesmo sistema táctico, de forma a permitir o treino em jogo dos mais novos nos conceitos e rotinas da equipa A.
A campanha na Youth League deste ano, onde seguimos em 2.º lugar, está a demonstrar a validade do conceito. Com 17 anos, Quenda e João Simões já pertencem ao plantel A, outros estão a caminho. Mesmo aprendendo a perder na complicada Liga 3, como aconteceu ontem na Tapadinha (0-3 com o Atlético).
Então existe aqui todo um trabalho bem feito, ao qual ainda tenho de juntar o scouting que descobriu Diomande, Gyokeres, Hjulmand, Debast e Harder, que demorou muito tempo a fazer e que não pode cair com a saída da estrutura de comando do futebol sénior, Viana, Amorim e respectiva equipa técnica.
Passarmos agora do "incapaz de perceber" João Pereira para alguém que percebe bem mas vem apostado em construir outra coisa qualquer à maneira dele destruindo o "edifício" existente não é solução.
A solução é vir alguém capaz de fazer evoluir o mesmo, e de fazer acreditar jogadores, sócios e adeptos numa nova fase de vitórias e sucessos. Fazendo crescer mais ainda o valor do plantel no ranking do TM.
Se Abel Ferreira é homem para isso não sei dizer. A corrida a pontapé que lhe fez o Bruno de Carvalho envinagrou-o no que respeita ao Sporting demasiado tempo.
Se haverá um treinador estrangeiro disponível tipo Boloni, inteligente, exigente, bom comunicador, com um estilo de liderança suave e agregadora? Também não sei.
De qualquer forma, não será amanhã que alguém virá, e os jogadores não podem ficar ainda mais abandonados do que já estão, pelo que até lá não podemos embarcar no "napalm" mediático que letais, lampiões e morcões lançam sobre o nosso clube.
Apoiar a equipa, aplaudir os jogadores que correram, lutaram e sofreram para ultrapassar uma situação que não criaram, desejar a vitória em Brugges e em Alvalade a seguir, porque só assim se ganha a tranquilidade necessária para o passo seguinte, rumo ao futuro.
É muito raro num grande clube um treinador vir da equipa secundária para a principal e ter sucesso imediato, há o caso do Bruno Lage no Benfica e pouco mais, mas aí estamos a falar de alguém com mais de duas décadas de experiência prévia como adjunto e nas camadas jovens.
Ainda assim, como vários de nós referiram na altura, a escolha não era totalmente descabida. João Pereira já estava na casa e tinha a vantagem de conhecer a equipa, a táctica, e de estar estar a ter um excelente rendimento.
Por isso, é uma proeza assinalável colocar uma equipa a render tão pouco em tão pouco tempo. Há as atenuantes da arbitragem e das lesões, mas se formos a ver, Ruben Amorim também teve sempre vários jogadores lesionados esta época e a equipa manteve sempre um rendimento alto.
É por demais evidente que João Pereira não está preparado para o nível do Sporting. Isso nota-se em pormenores como as suas opções para 11 (é sintomático que Matheus Reis, a epítome do jogador mediano, tal como o era João Pereira, tenha sido titular neste dois jogos), nas substituições, na sua linguagem corporal no banco, meio perdido e em pânico, nas suas declarações nervosas e atabalhoadas, na dramática quebra de rendimento de quase todos os jogadores, nas falhas individuais e colectivas dos mesmos e, acima de tudo, na sensação que perpassou nestes dois jogos de que, a partir do momento que a equipa se encontrou a perder, esta não teria capacidade de virar o resultado.
Acredito que, tal como Frederico Varandas disse, João Pereira esteja num grande clube europeu daqui a quatro anos, mas acho que será a fazer uma daquelas visitas turísticas ao estádio e ao museu, e não a treinar um deles.
Amorim já lá vai. Varandas não pode continuar a recorrer ao único sucesso que teve como treinador principal e ignorar todos os outros que escolheu para a posição, qual deles o pior.
Como se viu no passado, a teimosia e inacção do Presidente vão fazer com que João Pereira fique mais tempo do que devia, por isso só nos resta esperar que este demita primeiro. Para tal, penso que uma derrota em Brugge será a melhor coisa que nos pode acontecer.
É triste admitir isto, mas é a realidade que temos.
Depois é ir ao mercado buscar alguém com experiência e capacidade. Não haverá nenhuma solução perfeita, mas quase todas elas serão melhores do que João Pereira.
Ponto 1: não é aceitável exigir a um treinador com a experiência de João Pereira que lute pelo título. Essa exigência não existia para Paulo Bento, nem mesmo para Sá Pinto - treinadores que apesar disso eram muito mais experientes e com melhor currículo, comparados com João Pereira, quando pegaram na equipa principal do Sporting.
Ponto 2: não é minimamente aceitável não exigir o título a uma equipa como este Sporting, campeão em título, que Rúben Amorim deixou isolado no comando do campeonato só com vitórias, que goleou o Manchester City.
Os pontos 1 e 2 parecem-me evidentes e indiscutíveis. E são claramente incompatíveis. A única maneira de os tornar compatíveis é entregar o comando do Sporting a um treinador de créditos firmados.
Não tendo o clube podido amararrar e prender Rúben Amorim numa masmorra de Alvalade, umas vezes, na academia de Alcochete, outras, libertando-o apenas para os treinos e idas ao banco; a saída do Sporting daquele grande fazedor de vitórias era inevitável. Perante isso, a interrogação que se colocou à Direcção (o que fazer?) é exactamente a mesma que se coloca hoje.
Eu concordo com a resposta dada. E faço-o com perguntas: Quem teríamos ido buscar? Que bons treinadores, e repito bons, que bons treinadores havia ou há disponíveis no mercado já com as competições em andamento?
João Pereira era e é uma escolha óbvia. Mesmo que os primeiros resultados dêem razão a quem pense o contrário, João Pereira parece-me a solução acertada. Bem sei que contra os factos (3 jogos, duas derrotas e uma vitória) é difícil apresentar argumentos que corroborem a tese aqui defendida. No entanto, permaneço convicto que ao contratarmos um novo treinador os riscos de insucesso seriam ainda maiores. A decisão a ser tomada, como muitos pedem, acredito, podia não ser mais do que uma chicotada psicológica. Estéril.
O modelo de jogo seguido por João Pereira tem sido o mesmo que o antecessor aplicava, o sistema também. Os jogadores não deixaram de saber jogar à bola. Falta liderança? Sim! E essa ausência de comando será sempre imputável em primeira instância ao treinador, claro que sim. Mas como estamos a falar de homens feitos e não de órfãos desvalidos, João Pereira não está sozinho nas responsabilidades do mau futebol praticado, da falta de raça, empenho, intensidade e vontade de ganhar.
Fulo e, até indigando, com o que jogámos este sábado com o Santa Clara, confesso que não aplaudi a equipa no final do jogo. Não porque não acredite na equipa ou porque tenha deixado de a apoiar, nada disso. O silêncio usei-o para sinalizar e reforçar a ausência de razões para aplauso. Os jogadores não podem ser apaparicados depois da figura que fizeram. E o mesmo é válido para a equipa técnica. Não devemos assobiá-los, mas, seguramente, não temos de aplaudi-los quando jogam tão pouco!
Do treinador, aos jogadores, Presidente e estrutura do futebol, este é um momento para líderes. E, julgo, também nós sportinguistas, parte activa da abstracta massa adepta, temos de ter cabeça fria.
Do mal o menos: desabituámo-nos das derrotas. Habituámo-nos a ganhar. E não só. Hoje, temos como hábito a coesão dum clube que tem sabido conquistar a aquilo que se propõe conquistar.
"Qualquer coisa que possa correr mal, correrá mal, no pior momento possível". A Lei de Murphy diz isto e aplica-se que nem uma luva ao que está a passar-se em Alvalade com o Sporting. Dois jogos, duas derrotas na sucessão de Ruben Amorim por João Pereira, um treinador sem qualquer experiência e que esta direção resolveu condenar ao fracasso lançando-o às feras diretamente da terceira divisão para um jogo de Champions com o Arsenal e agora com o Santa Clara, que estava bem classificado na nossa liga. Amorim foi um golpe de sorte, acontece uma vez na vida e estava na cara que tentar repetir fórmulas destas não ia correr bem. João Pereira não tem as competências técnicas de Amorim, nem tinha que ter, não tem a capacidade de comunicação que o ex-técnico do SCP tinha e foi uma experiência que tem tudo para correr ainda pior. Afinal de contas, esta é uma equipa maravilha, graças a Varandas, Viana e Amorim, mas também temos a mesma direção que nos trouxe Kaizer e Silas. Precisamos de um técnico experiente, com provas dadas nas competições europeias e, sobretudo, alguém que os jogadores, que são excelentes, respeitem. Em janeiro já será tarde.
Queríamos bater um máximo na história da nossa participação nos campeonatos nacionais de futebol: o 12.º jogo seguido a vencer.
Estivemos invictos enquanto se disputaram as onze primeiras rondas. Sob o comando de Rúben Amorim.
Hoje, em Alvalade contra o Santa Clara, houve alguns recordes batidos, sim. Mas negativos. Deixámos de ser a única equipa invencível da temporada em competições internas. Perdemos em casa frente à turma açoriana - nunca tinha acontecido. Registámos a primeira derrota no Estádio José Alvalade após 31 desafios consecutivos no campeonato. Chegamos ao fim de uma partida da Liga sem marcar um golo depois de 53 jogos a metê-la lá dentro. E sofremos a segunda derrota seguida, algo que não acontecia desde Novembro de 2022.
O que mudou?
A equipa é a mesma. Mas perdemos o treinador, agora no Manchester United. E ainda não encontrámos outro.
Com a devida vénia ao filme Filadélfia, e com a devida adaptação, façamos, por instantes, o seguinte exercício:
Uma companhia aérea tem, na sua frota, um avião que custou a módica quantia de € 383,5M e é considerado o seu melhor ativo dos últimos 70 anos. A que piloto é que a companhia confiará a pilotagem de um avião daquele calibre: a um piloto com algumas horas de voo de prática, embora sem qualquer experiência de voo real em viagens de longo curso, mas, lá está, o formador vê nele muito potencial e acredita, sem qualquer hesitação, que daqui a cinco anos estará a pilotar numa das 4 ou 5 maiores companhias aéreas do mundo, ou, antes, a um piloto com milhares de horas de voo, com experiência de voo real em longas viagens e provas dadas de ter mãos para aviões daquele tipo?
Mudámos de treinador à 11.ª jornada. Saiu Ruben Amorim e para o seu lugar temos agora João Pereira, que bem conhecemos como jogador - chegou a ser campeão nacional pelo Sporting em 2020/2021 - e técnico da equipa B.
Este é o momento certo para os leitores do És a Nossa Fé dizerem aqui o que pensam. Têm confiança em quem Frederico Varandas escolheu como sucessor de Amorim?
Mas deixo uma advertência: este é um fórum só para sportinguistas. Comigo não há bar aberto: morcões e lampiões ficam à porta.
Escrevi este post há uns dias, mas achei que não fazia sentido "enterrar o morto antes dele morrer". E foi hoje em Braga que "morreu" Rúben Amorim como treinador do Sporting, no mesmo local em que "nasceu" para o Sporting. E "morreu" em grande, foi um "enterro" digno dum faraó egípcio.
Ruben Amorim deixa uma herança bem pesada no bom sentido. Liderança invicta na Liga, passagem para a fase seguinte na Champions assegurada, uma equipa rotinada e a jogar de "olhos fechados", um balneário forte com um grane capitão.
Amanhã o novo treinador do Sporting será apresentado com pompa e circunstância, de acordo com a grandeza do Sporting.
Segundo as minhas contas foram 53 os treinadores (não contando com os interinos) que passaram pelo Sporting nos últimos 50 anos, mas só seis chegaram a campeões e só três completaram três temporadas.
1973/74 - Mário Lino
1974/75 - Di Stefano, Fernando Riera
1975/76 - Juca
1976/77 - Jimmy Hagan
1977/78 - Paulo Emílio, Rodrigues Dias
1978/79 - Milorad Pavic
1979/80 - Rodrigues Dias, Fernando Mendes
1980/81 - Fernando Mendes, Srecko Radišić
1981/82 - Malcolm Allison
1982/83 - António Oliveira, Josef Venglos
1983/84 - Josef Venglos, Marinho Mateus
1984/85 - John Toshack, Pedro Gomes
1985/86 - Manuel José
1986/87 - Manuel José, Keith Burkinshaw
1987/88 - Keith Burkinshaw, António Morais
1988/89 - Pedro Rocha, Manuel José
1989/90 - Manuel José, Raul Águas
1990/91 - Marinho Peres
1991/92 - Marinho Peres, António Dominguez
1992/93 - Bobby Robson
1993/94 - Bobby Robson, Carlos Queiroz
1994/95 - Carlos Queiroz
1995/96 - Carlos Queiroz, Octávio Machado
1996/97 - Robert Waseige, Octávio Machado
1997/98 - Octávio Machado, Francisco Vital, Vicente Cantatore, Carlos Manuel
1998/99 - Mirko Jozic
1999/00 - Giuseppe Materazzi, Augusto Inácio
2000/01 - Augusto Inácio, Manuel Fernandes
2001/02 - Laszlo Bölöni
2002/03 - Laszlo Bölöni
2003/04 - Fernando Santos
2004/05 - José Peseiro
2005/06 - José Peseiro, Paulo Bento
2006/07 - Paulo Bento
2007/08 - Paulo Bento
2008/09 - Paulo Bento
2009/10 - Paulo Bento, Carlos Carvalhal
2010/11 - Paulo Sérgio, José Couceiro
2011/12 - Domingos Paciência, Sá Pinto
2012/13 - Sá Pinto, Oceano, Frank Vercauteren, Jesualdo Ferreira
2013/14 - Leonardo Jardim
2014/15 - Marco Silva
2015/16 - Jorge Jesus
2016/17 - Jorge Jesus
2017/18 - Jorge Jesus
2018/19 - José Peseiro, Marcel Keizer
2019/20 - Marcel Keizer, Jorge Silas e Rúben Amorim
2020/21 - Rúben Amorim
2021/22 - Rúben Amorim
2022/23 - Rúben Amorim
2023/24 - Rúben Amorim
2024/25 - Rúben Amorim, ?
Se tivesse de escolher 5 entre estes 53, por aquilo que conquistaram, pela memória que deixaram e pelo legado em termos de Sporting, seriam os seguintes. Ficam de fora deste pódio alargado muitos outros. Campeões nacionais que apanharam a época em andamento como Fernando Mendes e Augusto Inácio, um Bobby Robson que com a melhor equipa técnica de sempre foi despedido quando começava a ganhar embalagem para triunfar no Sporting, muitos que não conseguiram dar sequência a excelentes inícios de época como Jimmy Hagan e Marinho Peres, bons treinadores que não conseguiram triunfar por diferentes motivos como Marco Jozic, Leonardo Jardim, Marco Silva e Jorge Jesus. Mas para mim, são estes mesmo.
1. Rúben Amorim - Treinador excelente em diferentes dimensões, na visão, na liderança, na comunicação, no modelo de jogo, na inovação, no trabalho em equipa. Quem esteve como eu em Alvalade no seu primeiro jogo logo percebeu que estava ali alguém diferente para fazer diferente, para cumprir o seu destino. O modelo de jogo foi um 3-4-3 com um trio avançado com um ponta de lança e dois interiores próximos, agora Trincão, Gyokeres e Pedro Gonçalves. Ganhou 2 campeonatos nacionais e 3 taças.
2. Malcolm Allison ("Big Mal") - Grande líder, grande cultura de futebol, inovador e rompedor de tabus (no livro sobre ele fala-se dum professor de ballet que veio ajudar na preparação física do plantel e depois já no Setúbal foi buscar um de artes marciais, o Roger Spry), e foi despedido estupidamente por João Rocha na pré-época seguinte. O modelo de jogo era um 4-3-3 com um trio avançado muito móvel formado por Oliveira, Jordão e Manuel Fernandes. Ganhou um campeonato nacional e uma Taça de Portugal.
3. Laszlo Bölöni - Lider sereno, com ética de trabalho ("Barbosa, está lento !!! Isso mesmo mister, talento, talento"), com Jardel mas perdendo o Nicolai (o Gyokeres da altura). O modelo de jogo era um 4-3-3 muito assimétrico, com três defesas centrais, e um extremo e um avançado movel a municiarem Jardel, o ataque Quaresma, Jardel e João Pinto. Ganhou um campeonato nacional e uma Taça de Portugal.
4. Mário Lino - Homem da casa, um homem bom, conseguiu com Yazalde aguentar um balneário dividido, ganhou o campeonato e só não ganhou a taça porque... foi despedido também por João Rocha na véspera, penso que por ousar criticar uma digressão aos EUA. O modelo de jogo era 4-3-3 com um trio atacante demolidor, Marinho-Yazalde-Dinis, os dois extremos bem colados às linhas, o Nelson a entrar nas costas do Yazalde. Ganhou um campeonato nacional e (quase) uma Taça de Portugal.
5. Paulo Bento - O ex-jogador que ganhou o campeonato de juniores como treinador e soube muito bem aproveitar uma geração de jovens de muita qualidade, contando com um campeão do tempo de Mário Lino como adjunto, o Carlos Pereira. O modelo de jogo era 4-4-2 losango, com Liedson e mais alguém no ataque. Ficou por três vezes em 2.º lugar no campeonato, frequentou a Champions. Ganhou duas Taças de Portugal e mais uma taça.
Pensando nestes cinco treinadores, penso que é fácil chegar à fórmula de sucesso para o treinador Sporting:
- Liderança serena, agregadora e inspiradora;
- Comunicação honesta e assertiva;
- Ética de trabalho, "trabalho é trabalho, conhaque é conhaque";
- Modelo de jogo diferenciado, assente na cultura táctica dos jogadores.
Provavelmente o jogo de ontem terá sido o último de Rúben Amorim ao comando da equipa de futebol do Sporting.
Sendo assim, foram quatro anos e meio dum trabalho de excelência a todos os níveis, nos títulos alcançados, na qualidade de jogo obtida, na valorização dos jogadores, na capacidade de liderança, enfim, em tudo mesmo.
De longe (de muito longe) o melhor treinador que passou pelo Sporting na minha existência como adepto de bancada. Transformou completamente o que era o futebol do Sporting, colocou-o ao nível que as classificações actuais da Liga e da Champions demonstram.
Essa mesma excelência está na origem da saída. Um dos maiores clubes do mundo, da pátria do futebol, com uma história incrível, uma base de adeptos fiel e apaixonada e uma capacidade financeira tremenda, aposta nele agora e já, para fazer o mesmo no Man.United que fez no Sporting. Com a ajuda do Bruno Fernandes e do Ugarte, mais o Dalot e o Lindeloff (terá sido ainda seu jogador enquanto júnior?) não tenho a menor dúvida de que o vai conseguir. Aceitam-se apostas sobre o número de jogos que fará até o seu nome ser cantado nas bancadas de Old Trafford.
Como não tenho a menor dúvida que não é desta forma que Rúben Amorim deveria sair do Sporting, deixando tristes e "descalços" jogadores, sócios e adeptos, a começar por aqueles que ontem, como eu, o aplaudiram ontem em Alvalade. Ele tem consciência disso, a conferência de imprensa de ontem demonstrou o seu incómodo, que terá sido agravado pela reacção negativa do plantel. De qualquer forma o aplauso ficará, um aplauso de reconhecimento e gratidão, mas a estátua não existirá. Essa fica para o Manuel Fernandes.
O Sporting Clube de Portugal está acima de qualquer treinador que o sirva. E a SAD estava a preparar-se para o dia de saída de Rúben Amorim.
João Pereira está há três anos a ser formado para o efeito, nos cursos de treinador e na prática das equipas sub23 e B. Todos conhecem o que foi como jogador, formado no Benfica, passou como sénior também por Gil Vicente, Braga, Sporting, Valência, Hannover e Trabzonspor, mas muito poucos o conhecem como treinador, desde logo porque não pode assumir o lugar de treinador principal. Muita coisa em comum com Rúben Amorim enquanto jogador: partilharam balneário e tiveram por vezes os mesmos treinadores, passaram pelas selecções jovens, foram internacionais A.
A informação que tenho é de alguém com uma postura cordata, diferente daquele jogador que recordamos e muito bem aceite pelos jogadores, mas pouco mais.
No fundo, João Pereira é alguém que nasceu Sportinguista. Olho para ele não como um Silas mas como um misto de Paulo Bento e de Rúben Amorim, discípulo de Amorim em termos do modelo de jogo. É uma aposta pessoal de alto risco do presidente Frederico Varandas, como foi a do próprio Rúben Amorim.
Desde vez não teve de ir a Braga aturar o "trolha" e não tem de gramar com a conversa do IVA.
No meu último post sobre as modalidades colectivas mais importantes do Sporting eu chamava a atenção para a importância crucial do treinador no sucesso da equipa.
Depois o João Gil veio dizer que faltavam os outros 50%, os jogadores, a qualidade do plantel e obviamente que é assim mesmo. Poderíamos ainda referir a importância do capitão de equipa, como porta-bandeira dos valores do Sporting, líder do balneario e elemento agregador de homens/mulheres atletas de diferentes nacionalidades e sentimentos.
Mas, voltando ao tal treinador de excelência, para o Sporting em que consiste?
Mais do que vir aqui elencar qualidades mais ou menos óbvias, interessa-me olhar para três casos: Rúben Amorim, Nuno Dias e Ricardo Costa. Treinadores vencedores, líderes inspiradores, premiados nos círculos Sporting, orgulho do clube. Treinadores de excelência para o Sporting.
Em primeiro lugar as suas qualidades de liderança, o respeito pelos valores do Sporting, o entender muito bem as idiossincrasias do universo Sporting e as dos rivais, o saber falar com sócios e adeptos, o identificar e trabalhar os factores críticos de sucesso.
Aqui é preciso dizer que um ex-atleta benfiquista como Rúben Amorim ou um ex-portista como Ricardo Costa até partem em vantagem. Sempre foram treinados e motivados para derrotar o Sporting. Muitas vezes até o conseguiram.
Em segundo, uma visão própria sobre a modalidade, modelo de jogo de autor, diferenciado dos demais, que leva tempo a construir mas produz resultados. Aposta em jovens que cresçam e se projectem dentro desse modelo.
Em terceiro, o instinto matador que contagia a equipa. Chegados ali, com a meta à vista, é esquecer tudo, dar o que se tem e o não se supunha ter e ganhar. Conquistar a glória, levantar o caneco.
Depois disso é que vem a estrutura, todos aqueles dentro do clube, desde o presidente ao roupeiro colaboram naquilo que lhes compete para tornar possível o sucesso. Mas o treinador de excelência é essencial.
A fase de sucesso desportivo do Sporting e de Rúben Amorim no Sporting - e a campanha europeia do ano passado em que vencemos/ultrapassámos Tottenham e Arsenal teve nisso um papel relevante - colocou-o no radar dos maiores clubes da Premier League e consequentemente na imprensa inglesa, onde já quase é tratado como Special Two. Será então questão de tempo a sua saída e o timing da mesma será ditado pelo clube que se chegar à frente com a tal oferta irrecusável.
Exactamente o mesmo se passará com os jogadores mais valiosos do plantel, como Gyökeres, Hjulmand, Diomande, Gonçalo Inácio e Pedro Gonçalves. No pior cenário sairão todos no final da época e o Sporting encaixará quase 300 M€. E então? Vai fechar as portas a seguir? Vai voltar ao tempo do Godinho Lopes?
Importa perceber que o sucesso desportivo e financeiro do Sporting passa pela venda controlada dos melhores jogadores aos maiores clubes europeus, sempre reforçando a equipa de forma a conquistar o título interno, frequentar a Champions e subir no ranking europeu.
A decisão mais importante que um presidente do Sporting tem que tomar é a contratação do treinador. Até agora tivemos duas apostas pensadas e concretizadas por Frederico Varandas: Marcel Keizer e Rúben Amorim, e alguns interinos arranjados à pressa para aguentar o barco à tona. A diferença de desempenho entre um técnico holandês com escola, boa pessoa e meio descomprometido, e um português "de balneário" de grande talento e com um roadmap pensado para a sua carreira e para o futebol do Sporting foi tremenda, tal como o encaixe dos dois com presidente e director desportivo.
A decisão de contratar Rúben Amorim por uma verba nunca vista em Portugal foi corajosa e genial, e define a qualidade do nosso presidente. Mas a questão agora não é de decisão unilateral, há factores que fogem ao controlo do Sporting.
O importante é Rúben Amorim decidir se o seu ciclo no Sporting está no fim, se o cenário para a próxima época em termos de objectivos desportivos e plantel disponível ainda o vai fazer ganhar mais e crescer mais como treinador ou pelo contrário correrá o risco de passar por uma época pior do que a actual e aguentar com incompreensões e ingratidões como algumas a que assistiu na época passada. Se a decisão dele for no primeiro sentido, então apenas um Liverpool o tirará de Alvalade. Se for no segundo, ficará à mercê dum West Ham qualquer.
E se, num caso ou noutro, ele sair mesmo? Importa então que Frederico Varandas acerte outra vez.
Da nossa parte, sócios e adeptos, apenas podemos dizer Fica, Amorim!!!
Le Parisien, diário com muito boas fontes no Paris Saint-Germain, garantia ontem que Rúben Amorim é o preferido no clube campeão de França para suceder a Pochettino. Especificando: «O jovem treinador português do Sporting é a prioridade de Luís Campos, o futuro director desportivo do PSG. Poderá substituir nas próximas semanas Mauricio Pochettino, que não permanecerá quando falta um ano para terminar o contrato.»
O milionário clube parisiense acaba de conquistar o oitavo campeonato em dez anos e tem como proprietário o magnata catari Nasser Al-Khelaifi, que ontem anunciou a renovação de Mbappé por três temporadas, gorando-se a hipótese de transferência do avançado para o Real Madrid na próxima temporada.
Pochettino, mesmo sendo campeão, estará na porta de saída por ter voltado a falhar a conquista da Liga dos Campeões após ter sido eliminado pelo clube madrileno.
O diário parisiense exibe o invejável cartão-de-visita de Amorim em três épocas como treinador: cinco troféus conquistados, o primeiro dos quais ainda ao serviço do Braga. E lembra a sua cláusula de rescisão: 30 milhões de euros.
Estará o PSG disposto a batê-la?
Este é o preço do sucesso. A SAD do Sporting deve estar preparada para qualquer cenário - também para este, evitando ser apanhada desprevenida. A primeira obrigação dos responsáveis leoninos é reafirmar o apoio ao técnico, que tem contrato até 2024, mas sem ilusões quanto à sua continuidade a longo prazo. Na melhor das hipóteses, sejamos realistas, Amorim ficará mais uma época.
E depois dele? Como estamos em férias futebolísticas, podemos especular à vontade. Adianto cinco nomes que deixo à vossa consideração: Abel Ferreira, Bruno Lage, Carlos Carvalhal, Leonardo Jardim e Paulo Sousa. Imaginariam algum deles no comando técnico da nossa equipa principal?