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És a nossa Fé!

Armas e viscondes assinalados: Mais duas tacadas para o buraco 19

Sporting 0 - Benfica 2

Liga NOS 17.ª Jornada

17 de Janeiro de 2020

 

Luís Maximiano (3,0)

Tivesse o "derby" apenas 79 minutos e teria saído de Alvalade com a sensação de dever cumprido, seja a disfarçar as gritantes e abissais insuficiências dos colegas de titularidade ou a retirar do relvado as tochas com que as claques deram prova de vida nada inteligente no início da segunda parte – até então tinham ficado em silêncio, permitindo apurar o quanto as bancadas amorfas, passivas e afónicas estavam dispostas a ouvir os cânticos da claque benfiquista a ecoar em Alvalade. Ainda o jogo não tinha completado dois minutos e já o guarda-redes leonino estava a fazer uma mancha que impediu uma desvantagem precoce, aplicando-se da mesma forma para travar remates rasteiros e aéreos (apesar de os avançados benfiquistas tirarem escasso proveito da enorme superioridade no jogo de cabeça na grande área). Nada pôde fazer nos lances dos dois golos tardios que colocam o Sporting a 19 pontos do Benfica quando ainda falta disputar uma segunda volta em que será preciso visitar os estádios das melhores equipas da Liga. E muito provavelmente sem o contributo do maior dos quatro ases que ainda sobravam no baralho.

 

Ristovski (3,0)

Tem a grande qualidade de ainda pertencer ao Sporting que contava para o Totobola e nunca se esquece disso, enfrentando cada adversário pelo que vale e não pelo que as orquestrações de Jorge Mendes irão fazer com que supostamente vá valer. Ainda que pouco integrado na manobra ofensiva, o macedónio contribuiu para que alguma fraca gente, orientada por um fraco treinador, escolhido por ainda mais fraco presidente, ficasse perto de perturbar a narrativa da Liga NOS aprovada em comité.

 

Tiago Ilori (1,5)

Quando evitou o golo madrugador do Benfica, cortando com o rosto o remate dirigido para a baliza momentaneamente desprovida de guarda-redes, terá inquietado aqueles que lhe asseguraram a titularidade ao garantirem que Coates levaria um amarelo em Setúbal “by all means necessary”. Reforçou essa impressão com uma sucessão de cortes importantes que evitaram desventuras à equipa, embora o desacerto nos passes longos e nos lances de ataque fosse um indicador das suas reais (in)capacidades. E o central contratado pela mesma gerência que vendeu Domingos Duarte a desbarato acabou por não desiludir os fãs nos dois golos do Benfica, sobretudo no segundo, que nasce da sua abordagem suicida em dois momentos da jogada.

 

Mathieu (3,0)

O remate acrobático que executou no final do jogo saiu por cima da baliza do Benfica, e que já pouca diferença faria mesmo que tivesse entrado, serviu para recordar que o francês tem mais futebol no dedo mindinho do pé esquerdo do que alguns colegas de plantel teriam caso nascessem dez vezes. Concentrado nas bolas aéreas, generoso nas compensações e capaz de iniciar jogadas de ataque com um critério que falta a quase todos os jogadores leoninos, lamenta-se que se esteja a aproximar o final da carreira de um grande futebolista. E ainda mais que o seu maior objectivo nesta triste segunda volta que se inicia, passando à frente do eventual “tri” na Taça da Liga que fará as delícias dos irredutíveis da actual gerência do Sporting, seja assegurar a (difícil) qualificação do Sporting para a próxima edição da Liga Europa.

 

Acuña (3,0)

Nem o cartão amarelo que viu relativamente cedo, num lance em que foi traído por um inconseguimento de Wendel, limitou o argentino que faz da raça e da classe armas capazes de pôr adversários em sentido. Até marcou um golo notável, aproveitando o já conhecido e recorrente défice de ângulo morto de Vlachodimos, mas Luiz Phellype encarregou-se de o fazer anular devido ao seu posicionamento. Estando na iminência de ser promovido a estrela da equipa, ainda que nunca se saiba se algum génio da lâmpada o “basdostará” por uma dúzia de milhões de euros (ou até por uns feijões mágicos), dedicou-se a dar esperança num resultado melhor do que a encomenda. Mas voltou a não ser dia para isso.

 

Idrissa Doumbia (1,5)

A angústia do jovem médio ao ver-se rodeado por papoilas pressionantes é a imagem de marca do triste "derby" em que o Benfica passou a ter vantagem sobre o Sporting em jogos disputados em Alvalade. Incapaz de estar à altura do momento, perdeu a posse uma, duas, milhentas vezes, sendo certo que a sorte e os colegas impediram que os seus constantes erros tivessem as consequências catastróficas que poderiam ter. Centenas de quilómetros mais a Norte, João Palhinha esteve na vitória do Sporting de Braga na visita ao Estádio do Dragão, mas o mais certo é que nunca mais vista uma camisola que, a manter-se este rumo, será mais talhada para quem não consegue fazer melhor do que o pobre Idrissa, só retirado de campo quando o empate já estava desfeito e o buraco 19 mesmo ali à frente. Antes tivera o seu melhor momento, num remate colocado, à entrada da grande área, que Vlachodimos desviou para canto.

 

Wendel (2,0)

Ter maior familiaridade com a bola de futebol do que o colega de duplo "pivot" permitiu que evitasse cometer tantos “turnovers” quanto Idrissa, mas nem por isso os efeitos práticos da sua melhor técnica foram muito visíveis na construção de jogadas. Tarda a afirmar-se num meio-campo em que se arrisca a ser o elemento mais virtuoso.

 

Bruno Fernandes (3,0)

Talvez tenha feito o último jogo pelo Sporting, sendo improvável que o Manchester United lhe permita tentar juntar mais uma Taça da Liga ao palmarés pessoal, e uma derrota em casa contra um rival directo estará longe de ser a forma como sonharia despedir-se. Verdade seja dita que, embora pouco rematador, esteve ligado aos melhores momentos do Sporting. Logo no início, com uma assistência de longa distância que deixou Rafael Camacho frente a frente com o guarda-redes do Benfica, e numa arrancada em que o seu amigo Pizzi pôde fazer-lhe uma entrada assassina sem ver amarelo e sem evitar o passe para Bolasie, o qual rematou fraco e à figura. Massacrado pelos adversários, ao ponto de Gabriel ser amarelado por atingir o capitão leonino numas coordenadas que podem pôr em causa que a sua filha venha a ter irmãos, Bruno Fernandes voltou a demonstrar uma classe que não se encontra todos os dias, todos os anos ou todas as décadas. Se com ele na equipa já o Sporting estava à beira do abismo, a sua saída pode ser o passo em frente.

 

Rafael Camacho (3,0)

O excesso de pontaria que demonstrou ao rematar ao poste, engrossando as sobrenaturais estatísticas do Sporting nesta temporada, após aproveitar o passe longo de Bruno Fernandes e os pés de barro de um central com nome de Ferro, impediu que o Sporting fizesse o improvável. Também não teve sorte num cabeceamento que Vlachodimos conseguiu rechaçar, mas a verdade é que foi o único elemento do ataque à altura do emblema que trazia ao peito, conseguindo participar na construção de jogadas e tendo pés dotados o suficiente para driblar os adversários que foi encontrando pela frente. Espera-se que ganhe confiança e músculo, pois a partir daqui tudo se tornará ainda mais complicado.

 

Bolasie (2,0)

Ninguém lhe pode negar vontade e coragem, embora a sua “famosa” finta raras vezes engane alguém e o domínio de bola explique o ponto em que se encontra a sua carreira à entrada dos 30 anos. Tivesse tanto jeito para acertar com a bola na baliza quanto tem para produzir vídeos motivacionais e o Sporting estaria numa posição muito menos desesperada.

 

Luiz Phellype (1,0)

Teve concorrência de monta na luta pelo posto de pior em campo, mas sobressaiu pela forma como fez anular o golo de Acuña e teve de contar com a complacência de Hugo Miguel e de Jorge Sousa para que o seu amarelo nao assumisse outras cores. Perdido no relvado e fora de sintonia com os colegas, primou quase sempre por uma atitude indolente que reflecte o mau momento de forma física e anímica de quem chegou a parecer uma opção válida para o ataque do Sporting no final da época passada. A este não foi preciso que Ruben Dias desse um “abraço” na grande área...

 

Gonzalo Plata (1,0)

Desperdiçou os minutos que lhe deram, sendo incapaz de fazer melhor do que, mal ou bem, Bolasie ia tentando fazer.

 

Pedro Mendes (1,0)

Talvez seja de o testar em melhores circunstâncias, não?

 

Borja (1,5)

Entrou já depois dos 90 minutos para que Acuña pudesse subir no terreno. Cumpriu, como cumprira em Setúbal, e voltará a poder cumprir no próximo jogo, pois Acuña fica de fora devido ao cartão amarelo que viu em Alvalade.

 

Silas (1,5)

A insistência em Idrissa Doumbia perante a evidente inadequação do jovem para a tarefa que lhe era pedida, deixando Battaglia sentado no banco, é o melhor retrato da intervenção do treinador em mais um "derby" do nosso descontentamento. Ainda que o resultado tenha estado quase a ser positivo, ainda que algumas das melhores oportunidades tenham pertencido aos leões, a verdade é que o Sporting atravessou largos períodos de marasmo e de domínio benfiquista, demonstrou uma incapacidade de construção aterradora e tornou evidente que o pior ainda estará a caminho. Por muito que seja um profissional digno de respeito, Silas só não é o elemento menos capacitado para as funções que desempenha no Sporting porque o plantel profissional está cravejado de calamidades e a tribuna presidencial ainda é pior.

Armas e viscondes assinalados: Aquele Sporting a quem todos cantam de galo

Gil Vicente 3 - Sporting 1

Liga NOS - 12.ª Jornada

1 de Dezembro de 2019

 

Luís Maximiano (2,0)

Um dos retratos acabados desta temporada digna de dó do Sporting consiste no facto de o jovem guarda-redes contar com três derrotas entre os quatro jogos que leva a titular. Raramente a frase “fraco rei faz fraca a forte gente” se aplicou tão bem quanto ao efeito que a miserável planificação do plantel e os erráticos princípios tácticos estão a ter num miúdo cheio de valor e que pode fazer parte de um futuro mais risonho. No que toca à exibição propriamente dita, sem culpas nos três golos que sofreu, Maximiano abriu as portas ao azar ao driblar um adversário, sem piores consequências do que a cedência de um pontapé de canto.

 

Rosier (2,0)

Ainda que vá ganhando alguma confiança nas subidas falta-lhe precisão nos cruzamentos. Até ao final desta triste temporada pode ser que venha a permitir compreender os milhões de euros que génios na gestão de activos futebolísticos investiram no seu passe.

 

Tiago Illori (1,5)

Ofereceu o primeiro golo ao Gil Vicente de uma forma que desafia qualquer tentativa de explicação, embora se possa referir que a culpa é sobretudo de quem o contratou. No resto do jogo procurou concentrar-se o suficiente para não repetir a oferta, no que foi razoavelmente bem sucedido até ser retirado de campo para dar lugar a Eduardo.

 

Mathieu (2,5)

Quando até o francês comete erros infantis está visto que nada pode correr decentemente. Vários passes direitinhos para adversários pautaram uma noite para esquecer, e em que tomou o lugar do lesionado Coates como ponta de lança “special guest star” nos últimos minutos.

 

Acuña (2,0)

Cometeu o pénalti que deu origem ao 2-1 precisamente por ter deixado um adversário aparecer nas suas costas, o que é ainda mais gravoso por manchar a exibição do leão mais aguerrido por entre demasiados mansos.

 

Idrissa Doumbia (2,0)

Era bem capaz de ter a água do duche a correr quando foi mandado chamar pelo árbitro Hugo Miguel, entretanto recordado do protocolo do VAR, pelo que pode dizer que provocou uma hemorragia nasal a um adversário em plena grande área do Sporting sem qualquer punição (as imagens televisivas permitiram ver que houve fora de jogo antes do passe para o seu alvo). Pena é que seja essa a nota mais digna de crédito em 100 minutos tão esforçados quanto novamente evidenciadores das limitações que desaconselham o seu estatuto de titular praticamente indiscutível.

 

Wendel (3,0)

Realizou o primeiro remate do Sporting, já depois dos 40 minutos, numa jogada em que fez uma tabelinha com as pernas dos vários adversários que tinha pela frente, o que serviu de aquecimento para o golo que permitiu ao Sporting sonhar que poderia reaproximar-se do pódio, aproveitando o tropeção algarvio do Famalicão. Por muito que se fale em frango do guarda-redes há que reparar que o médio brasileiro conseguiu enganá-lo com a movimentação do corpo antes de tocar na bola. Na segunda parte procurou municiar os colegas, mas saiu antes dos 70 minutos para dar entrada a Bolasie, talvez por Silas considerar que havia demasiado talento presente.

 

Bruno Fernandes (3,0)

Além de ter ajudado a explicar ao árbitro Hugo Miguel que teria de retirar o segundo amarelo a Doumbia ao anular a jogada que lhe deu origem, assinou mais uma obra-prima na assistência de longa distância para o golo de Wendel. Outras tentou fazer, mas Jesé e Rosier tinham outros afazeres que os impediram de encaminhar a bola para o fundo das redes. E quis o infortúnio que terminasse o jogo no chão, ludibriado pelo autor do terceiro golo do Gil Vicente. “Faltou personalidade, faltou atitude”, sentenciou na “flash interview”, revelando um poder de concisão tão notável que justifica a pergunta recorrente: tendo em conta o salário de Bruno Fernandes não seria melhor que acumulasse as funções de treinador e de presidente da SAD?

 

Vietto (2,0)

Pior do que um mau jogador só mesmo um bom jogador inconsequente. O argentino movimentou-se muito, mas raramente ou nunca bem, deixando como melhor cartão de visita um remate que embateu num adversário e não saiu longe da baliza.

 

Jesé Rodríguez (1,0)


Fez-se notar pelo número de vezes que caiu ao relvado dentro ou nas imediações da grande área do Gil Vicente. Numa dessas ocasiões até rematou contra o guarda-redes da equipa da casa, tombando de seguida. Valerá a pena recordar a existência de Pedro Mendes, aquele rapaz dos sub-23 que um comité de génios resolveu não inscrever na Liga e que neste fim-de-semana voltou a marcar dois golos, um dos quais de livre directo?


 

Luiz Phellype (1,5)

Grandes são os desertos, minha alma! Assim escreveu Fernando Pessoa, incapaz de prever a desventura de um ponta de lança que nada de bom conseguiu fazer ao longo de uma noite interminável.  

 

Bolasie (1,5)

Nada melhor conseguiu do que um bom cabeceamento, prontamente anulado por… (ler mais abaixo)

 

Rafael Camacho (1,0)

Colado à linha, quase sempre na faixa esquerda, colaborou com a linha defensiva do Gil Vicente ao bloquear um remate de cabeça de Bolasie. 

 

Eduardo (1,0)

Bons tempos aqueles em que ficava ligado a goleadas do Sporting, mais precisamente na visita ao Jamor em que até Idrissa Doumbia marcou à Belenenses SAD, então sua entidade empregadora. Dito isto, nada de especialmente mau fez, mas cientistas do futuro tentarão explicar o que Silas pretendia com a sua entrada.

 

Silas (1,0)

Descer do céu ao inferno em coisa de três dias começa a ser tão habitual que o ainda treinador escolhido pelo ainda presidente do Sporting aparenta estar conformado, contando ainda com a magnânima benevolência do triunfador Vítor Oliveira, lesto a justificar o desaire alheio com a má qualidade do plantel. Ora, sendo isso inquestionável numa equipa com Tiago Ilori e Jesé Rodríguez, supõe-se que – perante a ausência de talentos puros como Matheus Pereira e João Palhinha, para mencionar apenas dois casos de empréstimos com aroma de gestão danosa, aos quais se deve somar o de Francisco Geraldes e mesmo o de Gelson Dala – nada impede Silas de chamar a jogo Eduardo Quaresma, Matheus Nunes, Nuno Mendes ou Joelson Fernandes a mostrarem o que valem. Por outro lado, o turbilhão táctico em que lança a equipa leva a que se torne cada vez mais honesto falar de um plantel desorientado pelo treinador. Culpado em última instância pela péssima atitude em campo dos jogadores em Barcelos, falhou escandalosamente nas substituições e se hoje está a um passo do abismo teme-se que dê o passo em frente, dentro de dias e mais uma vez diante o Gil Vicente, na segunda jornada da fase de grupos da Taça da Liga.

Armas e viscondes assinalados: Fraco rei faz fraco plantel que faz fraco futebol que faz fraca a forte gente

Tondela 1 - Sporting 0

Liga NOS - 10.ª Jornada

3 de Novembro de 2019

 

Renan Ribeiro (2,5)

É muito provável que tenha adivinhado o que iria acontecer logo que Fábio Veríssimo assinalou aquele livre fatídico, ainda distante da grande área, a três minutos do fim. Até então pouco tivera que fazer, sendo raras as tentativas de remate de uma equipa que ainda não tinha conseguido melhor do que um empate a zero em casa. Claro está que este Sporting torna todos os sonhos possíveis. Infelizmente, para Renan e para dois a três milhões de adeptos, torna possíveis todos os sonhos de todos os adversários.

 

Ristovski (2,5)

O futebol é um jogo de tal forma injusto que o melhor jogador em campo até então ficou ligado ao golo do Tondela, permitindo o cabeceamento fulgurante de Bruno Wilson, um ex-capitão dos juniores do Sporting que a anterior gerência não aproveitou. Até ao momento decisivo sucedera o seguinte: o macedónio controlou o corredor direito, ofereceu um golo que Miguel Luís desperdiçou no coração da área, liquidou veleidades dos extremos tondelenses e revelou-se mais incansável do que seria de esperar em quem perdeu a primeira fase da temporada. Não merecia tamanha desdita, pois foi dos poucos a quem assentaria bem a improvável vitória em vez da repetição da derrota que se vai tornando habitual nas deslocações à Beira Alta.

 

Coates (2,5)

Depois do golo do Tondela cumpriu-se aquilo que sucede ao central uruguaio a cada final de ciclo no futebol leonino: foi enviado para a grande área contrária na vã esperança de que pudesse cabecear para o fundo das redes. Antes do golo distinguiu-se por incursões com bola – quase sempre por lhe faltarem melhores soluções – que acabaram sempre mal e deram origem a contra-ataques que não tardaram a ser resolvidos.

 

Tiago Ilori (3,0)

Logo que apareceu a equipa titular veio aquela sensação de que Ilori quer dizer “vão entrar três” em romeno. Há, por isso, que curvar a cabeça e reconhecer que o central resgatado do Liverpool pelo intrépido Frederico Varandas fez uma das suas melhores exibições desde aquela temporada em que era um adolescente e o Sporting terminou em sétimo. Não falhou nos cortes, trocou bem a bola e só lhe pode ser apontada falta de pontaria quando foi cabecear à outra área.

 

Acuña (2,5)

Muito cruzamento fez, mas infelizmente nem as suas pernas permitem fazer chegar a bola a Frankfurt, para onde foi enviado o abre-latas deste género de jogos desinspirados que responde pelo nome de Bas Dost. Também se viu alvo de provocações de adversários que já repararam que a sua fase calma e serena foi parar ao Museu do Sporting. Calha bem, pois é cada vez mais claro que será o único contributo do departamento de futebol profissional para esse acervo nos tempos mais próximos.

 

Idrissa Doumbia (2,5)

Se alguém for apanhado a tentar assassinar o jovem médio poderá sempre contar com o mesmo videoárbitro que convenceu Fábio Veríssimo a anular o cartão vermelho exibido ao tondelense que lhe quis separar os ossos da perna. Ligeiramente menos trapalhão do que em jogos anteriores, mesmo tendo visto o amarelo muito cedo, Idrissa não complicou e teve pouca culpa no infausto desfecho da dupla jornada.

 

Miguel Luís (2,5)

Poderia ter sido herói caso acertasse na baliza quando lhe foi parar aos pés a melhor ocasião do Sporting. Não foi, claro está, mas este até foi um dos últimos jogos em que deu provas de merecer um lugar no plantel mais fraco que o Sporting teve desde a tal época do sétimo lugar, o que começa a dar ares de ser um mau presságio.

 

Bruno Fernandes (2,5)

Pode até ser coincidência, mas desde que Silas contrariou a canção do “Streets of Fire” e proclamou, nos escombros da eliminação da Taça de Portugal aos pés de um Alverca de terceiro escalão, que a equipa não precisava de heróis, o capitão tem diminuído a sua influência no jogo leonino. Demasiado distante da carreira de tiro em que enchia de terror todos os guarda-redes – e ainda mais os que apanham o cabelo com bandolette –, ainda tentou alguns livres directos, um dos quais poderia ter inaugurado o marcador para a equipa certa, mas voltou a não ser o superlativo que é a última esperança dos adeptos em tempos de miséria futebolística.

 

Vietto (2,5)

Outro que correu muito, rematou bastante e lutou o que conseguiu contra um destino tenebroso. Ao ver que faltava arte para chegar ao objectivo com boas jogadas ainda ensaiou os remates de longe, sem particular sucesso.

 

Bolasie (2,0)

Mais interveniente do que no jogo com o Paços de Ferreira, tentou levar perigo à baliza de Cláudio Ramos. Raramente conseguiu, o que também se ficou a dever ao “profiling” que leva as equipas de arbitragem a ignorarem quase todos os toques e agarrões de que é alvo.

 

Luiz Phellype (1,5)

Nem muita parra nem muita uva: o ponta de lança que a estrutura liderada por  Frederico Varandas não chegou a vender, emprestar ou deixar por inscrever na Liga nunca se libertou dos centrais da casa. Saiu abatido, talvez por saber o que costuma acontecer ao Sporting sempre que não marca - e em algumas vezes em que o faz.

 

Jesé Rodríguez (2,0)

Entrou com vontade de ser solução, ficando na retina uma belíssima finta numa jogada de contra-ataque. Pena é que não tenha logrado combinar como deve ser com os colegas que poderão eventualmente evitar que o Sporting faça igual ou pior do que na tal temporada em que Ilori era adolescente.

 

Eduardo (2,0)

Mal entrou no relvado e já tinha visto um amarelo. Procurou empurrar a equipa para a frente mas aquilo que nasce torto...

 

Rafael Camacho (1,5)

O segundo resgatado de Liverpool por Frederico Varandas teve direito a um quarto de hora sem conseguir mostrar mais do que um ou outro controlo de bola. E, claro está, colocar em jogo Bruno Wilson, com quem é capaz de se ter cruzado em Alcochete, no lance que colocou o Sporting a dez pontos da liderança no início de Novembro.

 

Silas (2,0)

Se os jogadores tiverem olhado para o banco, vendo a expressão do treinador, decerto ficaram à espera de que o pior chegasse, mais cedo ou mais tarde. Conhecido no Belenenses por um futebol alegre e ambicioso, Silas aparenta contaminado pelo célebre verso de Camões sobre um fraco rei que faz fraca a forte gente. Mesmo com um plantel limitado e cheio de equívocos, fruto de um planeamento medíocre e opções de “gestão de activos” a raiar a gestão danosa, o treinador leonino precisa de pôr a equipa a jogar muito melhor do que isto e tarda a demonstrar que o conseguirá fazer antes de Frederico Varandas o juntar às claques na gaveta dos bodes expiatórios.

 

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