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És a nossa Fé!

Pódio: Gyökeres, Pedro Gonçalves, Morten

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Benfica, para a Taça de Portugal, pelos três diários desportivos:

 

Gyökeres: 19

Pedro Gonçalves: 17

Morten: 17

Morita: 17

Geny: 16

Eduardo Quaresma: 16

Coates: 16

Israel: 14

Matheus Reis: 14

Edwards: 13

Diomande: 13

Nuno Santos: 12

Esgaio: 12

Daniel Bragança: 1

Paulinho: 1

St. Juste: 1

 

O Jogo e A Bola elegeram Gyökeres como melhor em campo. O Record optou por Pedro Gonçalves.

Quente & frio

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Morita e Morten brilharam no meio-campo, vulgarizando o Benfica no clássico da Taça em Alvalade

Foto: Rodrigo Antunes / Lusa

 

Gostei muito da nossa vitória ontem, em Alvalade, frente ao Benfica, cumprindo a primeira mão da meia-final da Taça verdadeira. Num desmentido vivo e cabal daquela treta - propalada por alguns adeptos que são leões sem juba - de que o Sporting claudica nestes clássicos. O que se viu ontem foi o contrário disto: o Benfica a tremer durante uma hora, em que sofreu dois golos e podia ter sofrido outros tantos, incapaz de construir um lance colectivo digno desse nome, sem posse de bola, remetido ao reduto defensivo, impotente na reacção à contínua pressão atacante da nossa equipa. Basta referir que o primeiro remate deles à nossa baliza aconteceu só aos 59' quando João Mário - sempre muito assobiado cada vez que tocava na bola - atirou à figura, para defesa fácil de Israel.

 

Gostei deste triunfo por 2-1 que nos dá vantagem para o desafio da segunda mão, a disputar na Luz daqui a mais de um mês - caprichos do calendário futebolístico que está sobrecarregado de jogos nesta fase e devia ser revisto em futuras temporadas. Pusemo-nos em vantagem logo aos 9', com um surpreendente golo de Pedro Gonçalves de cabeça, quase sem tirar os pés do chão, batendo o guarda--redes ucraniano do SLB, que tem quase 2 metros de altura. Mérito inegável do melhor jogador português do Sporting, ontem excelente como segundo avançado: já fez 14 golos esta época, sendo agora o segundo artilheiro da equipa. Assim chegámos ao intervalo. O segundo golo, aos 54', foi de antologia - com Gyökeres muito bem lançado de trivela por Geny junto à linha direita, a correr com ela dominada durante 35 metros e a fuzilar Trubin. Destaco ainda a fantástica dupla Morita-Morten (com o dinamarquês a assistir no primeiro golo), que controlou as operações no meio-campo durante 65 minutos, até a fadiga se instalar. Mas sublinho acima de tudo a presença imperial de Coates no comando da defesa neste seu jogo 355 de Leão ao peito: elejo-o como melhor em campo. Cortes impecáveis aos 22', 38', 45'+2, 51' e 90'+5. Com ele ao leme, nem parecia que estávamos desfalcados de um titular naquele sector: Gonçalo Inácio, lesionado, esteve ausente do onze. Tal como Trincão, pelo mesmo motivo. 

 

Gostei pouco que algumas oportunidades de golo tivessem ficado por consumar. O campeão dos perdulários voltou a ser Edwards, que atravessa fase menos boa. Frente à baliza e com as redes à sua mercê, demorou a rematar, permitindo intercepção, aos 45'. Também muito bem colocado, aos 64', falhou o disparo: a bola saiu-lhe enrolada, perdendo-se assim a hipótese de dilatar o marcador.

 

Não gostei que o golo de Nuno Santos - obra-prima que prometia dar a volta ao mundo - tivesse sido anulado por deslocação de Paulinho. Aconteceu aos 90'+3: ainda festejámos por alguns momentos o suposto 3-1 após monumental chapéu de mais de 20 metros a desenhar um arco perfeito sobre a cabeça de Trubin com a bola a anichar-se no ninho da águia. Mas ficou sem efeito, o que deve ter causado noite de insónia ao nosso brioso ala esquerdo, que substituiu Geny aos 86' enquanto Paulinho rendera Pedro Gonçalves no minuto anterior.

 

Não gostei nada da exibição de Esgaio: entrou aos 76', rendendo um Edwards que se perdeu em fintas e fintinhas esquecendo-se de que o futebol é um desporto colectivo. Mas o substituto do inglês não esteve melhor, longe disso: voltou a revelar-se o elemento tecnicamente mais débil do plantel leonino. Aos 80', muito bem enquadrado com a baliza, em posição de disparo e sem marcação, ficou sem saber o que fazer com a bola: sentiu uma espécie de temor cénico e acabou por confundir futebol com râguebi, atirando-a muito por cima da baliza. Pior: voltou a fazer o mesmo aos 88'. Incapaz de tirar um jogador da frente, entregou-a em zona perigosa, aos 90'+1, ficando pregado ao chão e dando origem a uma rápida ofensiva dos encarnados. Tanta asneira junta em tão pouco tempo. Pior só aqueles inenarráveis "olés" que a partir da hora de jogo, num estádio com lotação quase esgotada (45.393 espectadores), começaram a escutar-se nas bancadas: bazófia burra que só contribuiu para desconcentrar os nossos e mobilizar a equipa adversária. Esta gente tarda em perceber que "olés" servem para a tourada, nada têm a ver com futebol. 

O dia seguinte

No segundo jogo do ciclo infernal o Sporting venceu o Benfica por 2-1, para a Taça de Portugal, e o Atalanta perdeu por 0-4 com o Inter em Milão depois do empate com o Milan no fim de semana passado. Domingo temos o Sporting-Farense e o Porto-Benfica e o Atalanta-Bologna, depois o Sporting-Atalanta, enfim é muito cedo para cantarmos de galo e andarmos aos olés nas bancadas. Desta vez as claques muito mal a criarem um ambiente de bazófia que deu no que deu, um golo contra, outro logo a seguir, felizmente invalidado.

Uma primeira parte de domínio completo pelo Sporting, vulgarizando o Benfica, e onde o golo do Pedro Gonçalves de cabeça soube mesmo a pouco, muito por culpa da dupla Catamo-Edwards que falhava na definição tudo o que de muito bom criava.

Uma segunda parte onde o Sporting continuou no mesmo registo. Marcou o segundo golo e não teve a lucidez ou a capacidade de comando para congelar o jogo, antes deixou-o partir, desgastando-se sem necessidade, desperdiçando à frente e concedendo enfim oportunidades atrás. 

O Benfica pode não jogar um piço, mas tem jogadores de grande classe a quem não se pode dar abébias. Como o Di Maria. E foi ele que do nada tirou um centro de excelência que deu golo, e pouco depois uma incursão seguida de remate que deu outro, felizmente anulado. Porque se não tivesse sido, o Sporting ia passar mal. A quebra física da equipa, a começar pela dupla do meio-campo, era evidente.

Com Catamo a arrastar-se em campo entrou Esgaio, cheio de força mas a acumular disparates indignos dum jogador com o seu curriculum. 

Depois veio uma tripla substituição que me pôs os cabelos em pé. Realmente é preciso tê-los no sítio para a fazer aquilo contra o Benfica ou então sou eu que ainda estou traumatizado pelos últimos minutos na Luz, mas a verdade é que os jogadores que entraram ajudaram o Sporting a crescer no campo, e aquele remate do Nuno Santos merecia ter sido golo validado.

 

Melhor em campo? Hjulmand, evolução incrível do dinamarquês com Rúben Amorim.

Arbitragem? No essencial esteve muito bem. E o VAR ainda melhor. Deixou jogar, desvalorizou cargas, foi moderado nos cartões. Se não fosse o fora de jogo o penálti marcado a Edwards deveria ser revertido, a simulação foi por demais evidente na TV.

E agora?  Domingo em Alvalade para marcar cedo e passear o resto do tempo. Quem não gostar, paciência, reveja alguma goleada anterior na Sporting TV. 

E que o Porto ganhe no Dragão. Não joga um piço mas o Benfica também não, o treinador é um carroceiro agora armado em calimero, isso é verdade, mas Herr Schmidt já interiorizou o espírito lampião, sempre os maiores do mundo e arredores ganhando ou perdendo, quando perdem são os árbitros que não conseguem entender tal grandeza. E ganhando pelo menos os Super-Dragões não lhe assaltam a casa e o enchem de pancada como fizeram ao zelador do Villas-Boas. Não lhe quero tamanho mal assim.

SL

Ora bolas

Gonçalo Inácio com mialgia, Francisco Trincão com um traumatismo ("cortesia" do central do Rio Ave que Luís Freitas Lobo elegeu como "melhor em campo" no domingo), Paulinho ainda a recuperar de uma tendinite após três semanas de paragem.

Ora bolas: os astros parecem pouco propícios para o clássico de amanhã - recuso chamar "dérbi" a um Sporting-Benfica pois o nosso SCP não é clube de Lisboa, mas de Portugal inteiro. São baixas importantes, embora de valor desigual.

Ainda assim, estou optimista para esta meia-final da Taça, em Alvalade, contra o SLB. E vocês?

Pódio: Gyökeres, Morten, Nuno Santos

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no U. Leiria-Sporting, para a Taça de Portugal, pelos três diários desportivos:

 

Gyökeres: 20

Morten: 18

Nuno Santos: 18

Geny: 17

Pedro Gonçalves: 17

Matheus Reis: 16

Trincão: 16

Edwards: 16

Coates: 15

Israel: 15

Eduardo Quaresma: 14

Gonçalo Inácio: 13

Daniel Bragança: 8

Esgaio: 8

Morita: 8

Neto: 1

 

Os três jornais elegeram Gyökeres como melhor em campo.

O dia seguinte

Bom jogo de futebol ontem em Leiria, onde o Sporting encontrou pela frente uma equipa bem organizada e com um atacante possante difícil de parar.

Com Pedro Gonçalves mais uma vez como vagabundo ofensivo, o Sporting praticamente atacava com uma linha de 6, ficando Hjulmand sozinho a tomar conta do meio-campo, e que bem o fez. E como evoluiu este dinamarquês vindo duma equipa italiana do meio da tabela, agora sob as ordens de Rúben Amorim. Um patrão no meio-campo.

Sempre jogando duma forma colectiva, tentando entrar na área adversária por tabelinhas ou slalons intencionais, com Edwards e Catamo a fazer dupla difícil de travar, o Sporting foi acumulando oportunidades, que por falta de sorte ou boa actuação do guarda-redes adversário não foram concretizadas. O primeiro golo surgiu duma grande cabeçada do Gyökeres "à Cristiano Ronaldo", dos melhores que marcou esta época.

Na 2.ª parte o U. Leiria entrou a correr e o Sporting demorou a voltar ao controlo da 1.ª parte. Finalmente veio o terceiro golo e o jogo praticamente terminou. Tempo para Morita reaquecer o motor e Neto fazer uma falta útil.

 

Melhor em campo? Hjulmand, depois Gyköeres como quase sempre.

Menções honrosas para Eduardo Quaresma e Franco Israel, boas exibições. Quaresma nem parece o mesmo: sereno, marca em cima, não falha um passe.

Arbitragem? Arrogante, a disparar cartões, a falhar no momento crítico, a bola na mão do jogador adversário, uma arbitragem ao nível do VAR do Sporting-FC Porto que perdoou dois golos à equipa portista. Nuno Santos safou-se do vermelho, havia contas a ajustar decorrentes do Sporting-Marítimo da época passada.

E agora? Braga no próximo domingo em Alvalade. Para mim, em termos de importância dos jogos da Liga, o segundo mais importante. Temos mesmo de ganhar.

SL

Quente & frio

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Gyökeres e Pedro Gonçalves festejam o segundo golo leonino em Leiria: estamos nas meias-finais da Taça

Foto: Pedro Cunha / Lusa

 

Gostei muito de ver o estádio Magalhães Pessoa, em Leiria, cheio de adeptos leoninos a puxar pela equipa. Dos mais de 20 mil espectadores que encheram as bancadas, grande parte incentivava o Sporting. Os jogadores corresponderam, valorizando a festa da Taça de Portugal. Outra vitória concludente do onze comandado por Rúben Amorim, desta vez por 3-0 - com dois dos golos oriundos de cantos, em demonstração clara de que sabemos aproveitar cada vez melhor os chamados lances de "bola parada". Sem darmos a menor hipótese à simpática turma adversária, que ocupa o 13.º posto da segunda divisão. Assim marcamos presença na meia-final desta competição, que queremos muito vencer. Iremos defrontar Benfica ou Vizela, que jogarão amanhã.

 

Gostei de Gyökeres, uma vez mais. Para não variar, foi o melhor em campo. Marcou dois golos: o primeiro, aos 32', e o terceiro, aos 74'. E ainda foi ele a assistir no segundo: cruzamento a régua e esquadro para Pedro Gonçalves (37'). É um jogador assombroso, tanto do ponto de vista físico como técnico - um dos melhores que passaram desde sempre pelo Sporting. Só na Taça de Portugal, já tem cinco bolas enfiadas nas redes adversárias. Pedra nuclear nesta nossa equipa que sonha com a dobradinha e nos tem propiciado tantos momentos de excelente futebol. Reveja-se o magnífico lance do segundo golo, exemplo de eficácia máxima, conseguido com três toques: passe longo de Nuno Santos junto à linha esquerda, centro do sueco e o melhor português da nossa equipa a metê-la lá dentro. Isto é festa da Taça também.

 

Gostei pouco que estivéssemos a um pequeno passo da goleada: só faltou um para lá chegarmos. Mas ocasiões não faltaram. Novamente pela falta de sorte, como no mesmo estádio há duas semanas quando perdemos com o Braga para a Taça da Liga. Mas sobretudo por excelentes intervenções do guardião do Leiria, Kieszek. Anotei estas ocasiões soberbas de golos que não se concretizaram por uma unha negra: Gyökeres aos 5'; Trincão aos 23', aos 51' e aos 65'; Gyökeres novamente aos 73'; Pedro Gonçalves aos 82'; Daniel Bragança aos 84' e Nuno Santos aos 90'. Demasiadas.

 

Não gostei do desempenho do árbitro Tiago Martins. Não porque tivesse influência no resultado, mas pela profusão de cartões amarelos, exibidos a torto e a direito, por tudo e por nada, numa partida que foi correctíssima. Só dos nossos, quatro viram cartões: Nuno Santos aos 16', Edwards aos 38', Trincão aos 45'+4 e Neto aos 88'. Péssimo hábito de muitos ápitadores portugueses, que adoram ser o centro das atenções nos jogos. Sem adoptarem o chamado "critério largo" que vigora no melhor campeonato do mundo, o inglês. Esquecendo que o futebol é desporto que prima pelo contacto físico. Assim é difícil voltarmos a ver portugueses a apitar fases finais de campeonatos do Mundo ou da Europa.

 

Não gostei nada que Amorim continue sem contar com Diomande, ainda retido ao serviço da selecção da Costa do Marfim no Campeonato Africano das Nações, onde não tem jogado e por vezes nem no banco se senta. Um mês de paragem inglória, em boa verdade. Má notícia para nós. Felizmente Geny veio mais cedo, já podemos contar com ele e ontem foi titular, fazendo uma boa primeira parte. Também Morita está de volta, regressado da Taça Asiática. Ontem só entrou aos 72', substituindo Trincão, mas deu para ver que não perdeu o jeito. Nem a vontade de mostrar serviço.

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Gyökeres e Pedro Gonçalves: ambos bisaram contra o Tondela para a Taça

Foto Lusa

 

Gostei muito da segunda goleada consecutiva do Sporting em poucos dias. Desta vez a vítima foi o Tondela, que já tínhamos vencido para a Taça da Liga em Dezembro. Desta vez, triunfo por 4-0: a vitória começou a ser construída muito cedo, logo aos 10'. Com um jogador em evidência máxima: Gyökeres, sempre ele. Bisou anteontem em Alvalade, numa noite muito fria e com chuva. Intervem na construção do primeiro com uma fantástica recuperação junto à linha final, marca o terceiro (de cabeça) aos 37' e é também ele a marcar o quarto, no primeiro minuto do segundo tempo, em lance que começa e termina nos seus pés. Melhor em campo, grande figura do jogo, grande figura da temporada: depois de ser substituído, aos 59', a partida entrou em toada morna, perdendo interesse. Enquanto a noite ficava ainda mais fria.

 

Gostei da prestação de Pedro Gonçalves. Está de regresso aos golos - e logo a bisar, tal como Gyökeres. Aos 10' meteu-a lá dentro, à ponta-de-lança. Aos 16' aproveitou da melhor maneira uma péssima reposição de bola do Tondela para se apoderar dela e encaminhá-la para as redes adversárias. Bom desempenho também de Daniel Bragança, suprindo a ausência de Morita, ao serviço da selecção nipónica: protagonizou recuperações com eficácia máxima, exibiu qualidade no passe curto ou longo, assistiu Pedro Gonçalves no segundo, interveio no terceiro com uma pré-assistência. Passes de qualidade irrepreensível para Paulinho (10') e Nuno Santos (56'). Destaque ainda para o guarda-redes Israel, neste seu sétimo jogo oficial pelo Sporting: impediu duas vezes o golo com vistosas defesas aos 8' (Rui Gomes) e aos 58' (Daniel dos Anjos). Nota muito elevada.

 

Gostei pouco que só estivessem 15.721 espectadores em Alvalade O adversário era uma equipa do segundo escalão, a noite invernosa não convidava a sair de casa, mas a verdade é que o Sporting atravessa o melhor momento da temporada, confirmado neste apuramento para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Merecia mais público, por vários motivos. Eis dois deles: o jogo assinalou o regresso de Coates após quatro semanas de ausência forçada por lesão e foi outra oportunidade de vermos actuar o extremo Afonso Moreira, de 18 anos - uma das jovens estrelas da nossa Academia. Foi o nosso sexto triunfo seguido (após Sturm Graz, FC Porto, Tondela para a Taça da Liga, Portimonense e Estoril). Vencemos há dez partidas consecutivas no nosso estádio para várias competições. Registámos a quarta goleada da época (após Farense, Dumiense e Estoril) e desta vez não sofremos golo nenhum.

 

Não gostei da estreia de Rafael Pontelo, o central brasileiro que acaba de vir do Leixões. Lançado por Rúben Amorim seis dias após a chegada, o canhoto entrou no onze titular formando trio com Gonçalo Inácio (central ao meio) e Neto (à direita). Fez enorme asneira logo aos 8', perdendo a bola no sector à sua guarda: isto permitiu um perigoso ataque do Tondela que terminou com a bola a embater no nosso poste esquerdo após defesa aparatosa de Israel. Intranquilo, precipitado, transmitiu sinais evidentes de que ainda não está maduro para actuar na posição habitualmente preenchida por Gonçalo Inácio. Melhores dias virão.

 

Não gostei nada de Paulinho, uma vez mais. Não marcou, não assistiu, limita-se a arrastar defesas enquanto se passeia no último terço do campo, parecendo sentir alguma aversão pela baliza - algo estranho num avançado. Nesta partida falhou quatro clamorosas ocasiões de golo: aos 10' (esbanjando oferta de Daniel Bragança), aos 24' (na cara do golo), aos 52' (autêntico passe ao guarda-redes em vez de fuzilar) e aos 90' (inutilizando brinde de Trincão). Vai faltando a paciência para tanto desperdício, sobretudo por contrastar com a produção ofensiva de Gyökeres. Enorme diferença.

Pódio: Gyökeres, Pedro Gonçalves, Trincão

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Tondela, da Taça de Portugal, pelos três diários desportivos:

 

Gyökeres: 20

Pedro Gonçalves: 20

Trincão: 18

Israel: 17

Nuno Santos: 17

Morten: 16

Matheus Reis: 15

Daniel Bragança: 15

Gonçalo Inácio: 15

Esgaio: 15

Neto: 15

Coates: 14

Paulinho: 14

Afonso Moreira: 13

Dário: 13

Rafael Pontelo: 12

 

Os três jornais elegeram Gyökeres como melhor em campo.

O dia seguinte

Um jogo para a Taça de Portugal a meio da semana neste complicado mês de Janeiro obriga a muito mais do que pôr o melhor onze em campo. Foi esse o exercício que Rúben Amorim fez, dando treino a alguns, protagonismo a outros e motivação a terceiros. Sempre numa lógica de alargar o plantel efectivo, aquele com que pode mesmo contar para o resto da temporada.

Com o onze que definiu para enfrentar o Tondela, o Sporting conseguiu uma bela primeira parte. Equipa com tracção à frente pela locomotiva sueca e com um Bragança sempre a pôr carvão na caldeira, conseguindo abafar um adversário que tentou jogar futebol. O 3-0 ao intervalo apenas pecava por escasso, mesmo considerando a grande defesa de Israel num lance que nasceu dum passe de Nuno Santos para o "pé cego" do estreante Pontelo.

E a mesma locomotiva logo inventou mais um golo no início da 2.ª parte. Com 4-0 aos 60 minutos o desfecho da eliminatória estava mais do que definido, altura em que ele e Inácio sairam. Aí o jogo terminou. Quem ficou no estádio, como eu, foi assistindo a duas equipas a falhar, por cansaço de alguns e desispiração de outros, e um árbitro ainda a falhar mais porque mais do que aquilo não sabe. Quem tenha saido aos 60 minutos não perdeu nada.

 

Melhor em campo? Gyökeres, mais uma vez, um exemplo para todos. Grande exibição de Bragança na 1.ª parte, realmente cresceu nesta temporada duma forma incrível, isto após uma época perdida por uma lesão grave. Se calhar Varandas e Amorim tinham mesmo razão.

Sobre Pontelo, parece o irmão mais novo de Feddal. Claro que não é um Diomande, precisa também de ganhar outra compleição física, mas também está muito acima de defesas centrais com a sua idade que tenham passado pela nossa equipa B nos últimos tempos. Nem vale a pena comparar com o Chico Lamba ou com o Muniz. Excelente contratação ainda mais pelo valor do passe, que como Fresneda (e como Tanlongo, e como Sotiris e como Matheus Nunes e como outros) vai precisar de tempo para se impor.

Sobre os mais novos, Essugo e Moreira, foi apenas mais uma oportunidade para os dois. Essugo aos poucos parece lá ir, de jogo para jogo acrescenta qualquer coisa, mas talvez um empréstimo a equipas da 1.ª ou 2.ª Liga onde pudessem jogar com continuidade fosse benéfico para ambos.

Quaresma já parece ter passado essa fase, agora é dar seguimento quando chamado a jogo.

 

E agora? Ir ganhar ao Chaves e depois ao Vizela.

Dois jogos fora contra equipas pequenas cruciais neste mês de Janeiro, em relvado que podem ser verdadeiros pântanos e com arbitragens encomendadas pelos que sabemos quem são.

SL

Pódio: Paulinho, Nuno Santos, Morten, Neto

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Dumiense, da Taça de Portugal, pelos três diários desportivos:

 

Paulinho: 21

Nuno Santos: 20

Morten: 19

Neto: 19

Gyökeres: 18

Coates: 18

Trincão: 18

Geny: 16

Matheus Reis: 12

Daniel Bragança: 15

Dário: 14

Edwards: 14

Esgaio: 14

Israel: 12

Eduardo Quaresma: 7

 

Os três jornais elegeram Paulinho como melhor em campo.

Quente & frio

 

Gostei muito da goleada do Sporting, para a Taça de Portugal, no confronto com a simpática equipa amadora do Dumiense, do distrito de Braga. Não foi apenas a nossa maior goleada da época: há dez anos que não marcávamos tantos golos nesta competição - a última vez foi na vitória também em casa frente ao igualmente modesto Alba, por 8-1, em Outubro de 2013. E só há 35 anos conseguimos uma vantagem maior, quando cilindrámos o Alhandra por 11-0. Ontem os golos foram apontados por Neto (8'), Paulinho (28'), Trincão (46'), Coates (53'), Paulinho (58' e 70'), Nuno Santos (75') e Gyökeres (83'). Merecem destaque os de Neto, por estrear-se como artilheiro pelo Sporting, e de Trincão, por ser o primeiro que marca nesta temporada.

 

Gostei da exibição de Nuno Santos, para mim o melhor em campo. Está em metade dos nossos oito golos: três resultam de cantos marcados de forma exemplar por ele, além do que converteu de penálti, também de forma irrepreensível. Nota muito elevada para Paulinho: marcou três, o primeiro com nota artística (de calcanhar), e assistiu no de Trincão (igualmente de calcanhar). Destaque ainda para Gyökeres: entrou só aos 62', mas a tempo de assistir Paulinho no sexto golo, de sofrer o penálti do qual resultou o sétimo e ser ele a apontar o oitavo, em lance que construiu do princípio ao fim. Figuras da partida, tal como o capitão Coates, que ontem se tornou no estrangeiro com mais jogos disputados de Leão ao peito, igualando Polga: são já 342. Com uma diferença assinalável: o central uruguaio marcou até agora 33 golos pelo Sporting enquanto o internacional brasileiro apenas tem quatro no currículo leonino.

 

Gostei pouco que o treinador não tivesse proporcionado mais minutos a dois dos nossos jogadores menos utilizados: Dário e Eduardo Quaresma. O primeiro substituiu Daniel Bragança aos 62' (já vencíamos por 5-0), o segundo esperou pelo minuto 76 para render Coates (havia 7-0). Com pouco tempo, em qualquer dos casos, para se evidenciarem. Apesar de tudo, o jovem médio defensivo esteve muito bem na recuperação e no passe, protagonizando até lances de ruptura perante uma turma adversária já bastante desgastada. Eduardo, actuando como central à direita, não ultrapassou a mediana. Tudo indica que serão ambos emprestados em Janeiro.

 

Não gostei da ausência de Gonçalo Inácio, ausente por castigo deste encontro que nos coloca nos oitavos-de-final da Taça. Mas pelo menos isto permitiu-lhe estar pronto para o próximo confronto. Será nesta quinta-feira contra a Atalanta em Bérgamo. Entraremos segurmente com a máxima força, até porque Rúben Amorim decidiu poupar ontem vários jogadores nucleares: Adán (substituído por Israel), Diomande, Morita e Pedro Gonçalves não saíram do banco; Edwards só entrou aos 50'; e St. Juste nem foi convocado, devido a novos problemas físicos. Talvez recupere a tempo do importante desafio da Liga Europa.

 

Não gostei nada de ver menos de 19 mil espectadores em Alvalade, apesar de o desafio ter começado às 18 horas deste domingo, em claro contraste com os jogos do campeonato, sempre relegados para horários mais tardios. Valha a verdade que o facto de se tratar de uma partida contra um adversário do quarto escalão do futebol nacional - último classificado da série A do impropriamente chamado Campeonato de Portugal - não era grande chamariz, mas havia a expectativa de muitos golos, felizmente concretizada. Merece elogio a forte representação dos adeptos do Dumiense: havia cerca de 500, bastante efusivos, no topo norte do nosso estádio.

O dia seguinte

Bom jogo do Sporting hoje num Alvalade bem composto, mais de 18 mil espectadores para um jogo da Taça com uma equipa da 4.ª divisão nacional.

E com muitas famílias e miudagem, avós com filhos e netos, com todos incrivelmente a pagar desde tenra idade, o que deu um colorido completamente diferente a uma bancada central mais "histórica".

Bom jogo desde logo porque o Sporting respeitou público e adversário entrando em campo com um onze rotinado como entraria contra a Atalanta, com o habitual 3-4-3 um pouco assimétrico pela vagabundagem consentida de Nuno Santos, controlando o jogo, rodando a bola pelos corredores e desgastando o adversário que se focalizou na marcação apertada a Hjulmand e Bragança e dava espaço nas alas. Mas por más decisões no último passe ou remate no jogo corrido os golos só acabaram por aparecer na sequência de cantos muito bem marcados por Nuno Santos.

Na segunda parte obviamente que o Dumiense se iria ressentir pelo esforço de marcação realizado e foi só uma questão de acelerar o ritmo "pondo carvão na fornalha" com as entradas de Edwards e Gyökeres para a goleada acontecer. Foram oito, podiam ter sido menos ou mais. Umas entraram, outras não.

Até deu para Essugo e Quaresma terem minutos, e a verdade é que os mereceram, entraram concentrados, a jogar simples e também eles souberam contribuir para a goleada. Um e outro de toscos não têm nada, a capacidade técnica está lá, precisam é que a cabeça ajude o resto. Recordemo-nos que há quatro anos, quando Rúben Amorim chegou ao Sporting, a aposta primeira parecia ser Quaresma e não Inácio. Quanto valem um e outro hoje? E onde está a diferença? Mas ainda vai a tempo o Quaresma, assim ele queira. 

Já agora a mesma coisa mas noutro nível relativamente a Trincão. Um Porsche com rendimento de VW.

 

Melhor em campo? Paulinho: três bons golos e uma assistência para o golo de Trincão. Foram 13M€ mais o Borja? Uma das melhores decisões do presidente no que respeita ao futebol. As bancadas mais uma vez cantaram o seu nome, e com Gyökeres ao lado está nas suas "sete quintas".

Outros merecem referência:

- Coates passou a ser o estrangeiro com mais jogos no Sporting? O melhor central dos últimos 50 anos do Sporting, antes não faço ideia. E hoje com mais um golo "à ponta de lança".

- Neto marcou o primeiro golo ao serviço do Sporting? O "avô" do balneário já merecia e há muito. Hoje deu o corpo ao manifesto, cortando um remate que podia ter dado golo, acudindo prontamente ao lapso dum Bragança ainda combalido por uma situação anterior.

- Com um ou outro desperdício pelo meio, Nuno Santos marcou três cantos para golo e converteu impecavelmente o penálti.  

Arbitragem de categoria, oxalá o rapaz não se perca nas malhas mafiosas que dominam a arbitragem.

E agora? Ir ganhar a Bérgamo, vingando a derrota de Alvalade onde o poste impediu a reviravolta no marcador.

SL

Goleada em Alvalade

Hoje houve uma chuva de golos em Alvalade: vencemos o Dumiense por 8-0. Festival de futebol de ataque: estamos nos oitavos da Taça de Portugal.

Há dez anos que não marcávamos oito neste certame. Desde a vitória por 8-1 ao Alba em 20 de Outubro de 2013. Então com golos de Montero (3), Wilson Eduardo, Rojo, Capel, Vítor Silva e Slimani.

Os marcadores desta tarde vitoriosa no nosso estádio foram Paulinho (3), Neto, Trincão, Coates, Nuno Santos e Gyökeres. Sem espinhas.

Amanhã à tarde em Alvalade

Acabou o tempo das selecções e o tempo dos clubes está de volta. Tempo também de recuperação dos jogadores que partiram para lugares distantes para jogar muito ou pouco e de voltar a focalizar todos nos objectivos a alcançar.

Boa notícia é o regresso de Catamo após lesão. Boa notícia também é a moralização que Israel recebeu de Bielsa e da sua selecção. Interessante para mim é a ideia, pelos vistos ensaiada por Rúben Amorim no jogo treino com o Atlético, de Trincão alinhar a ala direito de pé trocado, assim a modos do que Cancelo faz na selecção. 

Eduardo Quaresma e Dário Essugo falharam as oportunidades que tiveram e não se vê ali capacidade para lutarem pela titularidade esta época. Devem seguir para empréstimo, o que faz todo o sentido. Apostar na formação é uma coisa, faz-se com tempo e com rendimento em campo. Não pôr em campo os melhores do momento para lutar pelas vitórias é outra coisa.

 

Partindo do princípio que eles estarão fora do onze inicial e que os seleccionados Inácio, Diomande, Morita, Hjulmand e Gyökeres também, prevejo que o mesmo seja o seguinte:

Israel; Neto, St.Juste e Matheus Reis; Esgaio, Bragança, Pedro Gonçalves e Nuno Santos; Edwards, Paulinho e Trincão.  

Como este jogo da Taça de Portugal contra o Dumiense é às 18h num domingo cheio de sol, Alvalade vai abarrotar certamente com todos aqueles que protestam contra os horários tardios. Ou então não, se calhar vai correr uma brisa e não se podem constipar.

Já agora aproveito para referir à data de ontem a utilização dos jovens do Sporting próximos da equipa A que estão fora nesta época, temporária ou definitivamente:

      Jogos Golos Minutos   V.Venda
               
Sotiris Olimpiakos Emprestado c/OC 16 1 740    
Fatawu Leicester  Emprestado c/OC 13 1 752    
Tiago Tomás Wolfsburgo Vendido 13 3 642   8M€
Geny Catamo Sporting   13 2 518    
Samuel Justo Casa Pia Emprestado   13 0 507    
Renato Veiga Basileia Vendido 11 1 990   4,6M€
Mateus Fernandes Estoril Emprestado   11 0 600    
Jovane Cabral Salernitana Emprestado c/OC 10 2 681    
Flávio Názinho Cercle Brugge Emprestado 9   431    
Chermiti Everton Vendido 7 1 165   12,5M€
Tanlongo Copenhaga Emprestado c/OC 2 0 135    
Dário Essugo Sporting   2 0 91    
Gonçalo Esteves Sporting   1 0 90 Sporting B
Eduardo Quaresma Sporting   1 0 29    
               
            Total 25,1M€
               

 

Sair pode ser óptimo para voltar mais forte ou para dar retorno financeiro no momento e no futuro, este via direitos de formação. O pior de tudo é ficar a aquecer o banco...

SL

Pódio: Geny, Edwards, Daniel Bragança

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Olivais e Moscavide-Sporting, da Taça de Portugal, pelos três diários desportivos:

 

Geny: 19

Edwards: 16

Daniel Bragança: 16

Trincão: 15

Israel: 14

Paulinho: 14

Nuno Santos: 13

St. Juste: 13

Matheus Reis: 13

Neto: 13

Pedro Gonçalves: 12

Dário: 11

Morten: 10

Fresneda: 9

Gonçalo Inácio: 7

Esgaio: 6

 

Os três jornais elegeram Geny como melhor em campo.

O dia seguinte

Rúben Amorim entendeu, e muito bem, numa semana marcada por duas saídas tremendamente complicadas â Polónia e ao Bessa, aproveitar esta eliminatória da Taça de Portugal com o Olivais e Moscavide, equipa dos distritais, para alargar o plantel e testar um sistema táctico alternativo, já aflorado na pré-temporada, o 4-2-3-1.

Assim, o Sporting entrou em campo com (S=Suplente pouco utilizado, L=Vindo de lesão):

Israel (S); Fresneda (S), St.Juste (L), Neto (S) e Matheus Reis; Essugo (S) e Bragança; Edwards, Trincáo (L) e Pedro Gonçalves; Paulinho.

 

O jogo começou e logo Fresneda fez um penálti de principiante, o que rapidamente tornou a equipa uma “galinha sem cabeça”. Corriam todos muito, metiam todos o pé, faziam tudo depressa, ninguém geria o ritmo de jogo, e tudo espremido era muito pouco para o resolver, muito por culpa também da novidade do sistema táctico.

Fresneda, Essugo, Trincão e Pedro Gonçalves foram na primeira parte os elementos mais fracos, pouco ou nada do que faziam saia bem. Foi preciso Edwards cavar um daqueles penáltis que ele consegue muito bem obter, furar em velocidade, adiantar-se ao defesa e sofrer a falta por entrada fora de tempo do mesmo.

Ao intervalo, empatados, a decisão óbvia para mim teria sido regressar ao 3-4-3, fazendo entrar Nuno Santos e retirando Pedro Gonçalves ou Trincão, mas Rúben resolveu insistir no 4-2-3-1, trocando o pior em campo, Fresneda, por Catamo.

Continuando no mesmo registo, deixando muito a desejar, não há dúvida que Catamo resolveu o jogo. Marcou o segundo e assistiu para o terceiro. Trata-se de alguém em quem Amorim e o seleccionador de Moçambique apostaram forte esta época, e não há dúvida que tem subido de desempenho de jogo para jogo.

Com o segundo golo, finalmente entrou Nuno Santos, voltámos a ter o 3-4-3 do costume, e as oportunidades foram aparecendo e sendo desperdiçadas em série. Já no período de descontos, Daniel Bragança lá marcou o golo que tanto tinha tentado e falhado.

 

Além do resultado e da exibição convincente de Catamo, o que ficou de mais assinalável desta ida à Reboleira?

  1. O regresso auspicioso dum St.Juste que sem lesões a atrapalhar será sempre titular do Sporting, seja a defesa seja a ala pelo lado direito, à imagem de Matheus Nunes do outro lado.
  2. Israel e Neto prontos para serem chamados se necessário. Claro que com Neto e St.Juste em condições, Quaresma fica sem espaço no plantel. O seu desempenho no jogo com o Arouca também nada ajudou.
  3. Entre Hjulmand/Morita e Essugo/Bragança a diferença é enorme. Se calhar Essugo (que tem como empresário uma agência espanhola), com a idade que tem, deveria ir rodar para equipas da 1.ª Liga como foram Mateus Fernandes e Samuel Justo, e vir outro médio como Palhinha ou Ugarte.
  4. Fresneda foi a terceira opção do Sporting para lateral direito. Talvez seja o melhor dos três, mas também é três ou quatro anos mais novo do que os outros dois considerados. Vai precisar de tempo.
  5. Trincão a jogar atrás do ponta de lança é sinónimo de confusão. Impossível alguém saber o que vai sair dali, nem ele sabe, embala e logo se vê.
  6. Continua a ser preocupante, até escabroso, o número de lances que se perdem com um extremo em velocidade a entrar na área e ninguém oportunamente desmarcado atrás da linha de defesas adversários para receber o passe e encostar para o golo.

E agora? Ganhar quinta-feira na Polónia, em 3-4-3 e com toda a carne no assador.

 

E sobre o árbitro? Sem o auxílio do VAR que poderia dar um penálti a favor do Sporting por mão na bola, envergonhou os colegas que apitam na 1.ª Liga, a deixar jogar e não permitir palhaçadas. Uma mão na cara casual passou sem amarelo, como deveria sempre acontecer. Estou para ver a nota que lhe vai dar o DDT APAF Duarte Gomes...

SL

Quente & frio

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Daniel Bragança acaba de marcar o terceiro golo, confirmando vitória leonina na Taça

Foto. Rodrigo Antunes / Lusa

 

Gostei muito de Geny, o melhor jogador da terceira eliminatória da Taça de Portugal contra o Olivais e Moscavide que o Sporting foi hoje disputar ao estádio da Amadora. Após uma primeira parte medíocre, em que aquela equipa do quinto escalão do futebol português nos deu sempre boa réplica, o internacional moçambicano fez a diferença ao ser lançado por Rúben Amorim, para substituir Fresneda, logo no recomeço da partida. Uma troca que se impunha - e resultou sem a menor dúvida. Geny mexeu com o jogo, tornou enfim a nossa equipa dona e senhora do corredor direito. Domínio traduzido em golo aos 53': um grande remate de ressaca, indefensável, assinalando a estreia do jovem extremo como artilheiro da equipa A. E ainda foi ele a assistir no terceiro. Não custa prever que será uma das nossas estrelas da temporada em curso. Tem de jogar mais.

 

Gostei de ver o Sporting seguir em frente, para a eliminatória seguinte da Taça de Portugal: já estamos melhor do que há um ano, quando fomos varridos nesta fase pelo modesto Varzim, do terceiro escalão. Também gostei do penálti cavado por Edwards, que ele próprio converteu, empatando o jogo aos 44'. E de ver Daniel Bragança estrear-se como goleador esta época ao converter o terceiro, emendando à boca da baliza aos 90'+4 e fixando o resultado: 1-3. Trincão também merece destaque: jogou e fez jogar, servindo Edwards (63'), Geny (69') e Nuno Santos (72'). O terceiro golo começa a ser construído por ele. Gostei igualmente do Olivais e Moscavide, que disputa o campeonato distrital de Lisboa: equipa muito bem orientada por Ricardo Barão, assumido sportinguista e filho de Francisco Barão, antigo campeão nacional com as nossas cores.

 

Gostei pouco de ver tanto desperdício na zona de finalização. É inacreditável como a baliza parece crescer, em certos momentos, para a linha avançada leonina mesmo defrontando uma equipa não-profissional. Acertámos três vezes na barra - por Trincão (13'), Pedro Gonçalves (20') e Edwards (53'). Na segunda parte, o perdulário Paulinho destacou-se como rei dos golos falhados: apanhado em fora-de-jogo aos 80', cabeceando à figura do guarda-redes Ruben (85'), inutilizando um excelente centro de Geny (86'), incapaz de acertar na bola (89'). Fez-nos sentir saudades de Gyökeres, que desta vez permaneceu no banco de suplentes.

 

Não gostei de Fresneda: falhou por completo na missão que o técnico lhe confiou. Incapaz de acertar movimentos com Edwards, precipitado, desposicionou-se com facilidade, cometeu um penálti totalmente escusado que nos custou um golo do Olivais e Moscavide, marcado logo aos 8' pelo veterano Fabrício, motorista da Uber. Estivemos a perder até aos 44' e só aos 53' chegámos à vantagem mínima - ampliada no último minuto da partida. Amorim lançou no onze titular, já a pensar no jogo de quinta-feira para a Liga Europa na Polónia, sete jogadores que não têm actuado de início: Israel (no lugar de Adán), St. Juste (Diomande), Neto (Coates), Dário (Morten), Bragança (Morita) e Trincão (Gyökeres), além de Fresneda (que rendeu Esgaio). Alguns não corresponderam à confiança que neles depositou o treinador - com destaque para o jovem espanhol e para Dário, que acusa ainda muita inexperiência, apesar de ter vindo da selecção sub-21.

 

Não gostei nada que nesta fase da Taça de Portugal os jogos permaneçam sem vídeo-arbitragem. Só isto explica que tenha ficado por marcar um penálti claro cometido por João Varela por mão na bola, aos 36'. Percebe-se que o árbitro de campo e o assistente não tenham visto, mas impunha-se a tecnologia para preservar a verdade desportiva. Hoje é difícil compreender - e tolerar - que a chamada "prova rainha" do futebol português mantenha esta mácula, como se fosse algo imprestável. Isto tem de ser revisto com a máxima urgência. Para evitar que se repita no próximo ano.

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