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És a nossa Fé!

Pódio: Harder, Gyökeres, João Simões

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Santa Clara, da Taça de Portugal, por quatro diários desportivos:

 

Harder: 24

Gyökeres: 23

João Simões: 23

Debast: 22

Morten: 22

Geny: 21

Israel: 21

Diomande: 19

Quenda: 19

Eduardo Quaresma: 19

Matheus Reis: 18

Maxi Araújo: 17

Fresneda: 16

Trincão: 16

St. Juste: 12

Mauro Couto: 11

 

Três jornais elegeram Gyökeres como melhor em campo. O ZeroZero escolheu Harder.

Prova de vida

O jogo de ontem foi enorme prova de vida. Acredito que é daquelas vitórias que podem levar a viragem definitivamente ganhadora. Não é só o meu avassalador optimismo que o diz. São os factos. Ganhámos contra tudo e todos (até contra nós, e falo dos jogadores, não dos adeptos). Sublinho isto porque as minhas expectativas nunca as confirmei e a equipa, jogo a jogo, foi dando mostras da orfandade provocada pela partida de Amorim. Desde a primeira hora que esperei dos jogadores resistência, sabedoria e maturidade necessárias para superarem a perda de um norte que os guiou a tantas glórias. Não tem sido assim. Ontem, finalmente, foi. Fomos justíssimos vencedores. Contra tudo e todos.

Até aqui e daqui para a frente, as lesões são para mim o maior dos obstáculos. Faltam-nos peças-chave para a segurança, controlo e domínio dos jogos. E isso não há novo treinador que resolva.

Ontem batemos com toda a justiça a quarta melhor equipa do campeonato que 15 dias antes nos tinha batido em casa. Ainda que tímida e periclitante, a curva da equipa JP tem sido de ascensão. Melhoramos de jogo para jogo. A ida a Barcelos vai confirmá-lo. Depois venha o Benfica, que connosco líderes treme. E Alvalade é fortaleza! Vivó Sporting

Malhar. E vão dois! Quatro.

Verbo transitivo.

Bater com malho ou instrumento análogo.


São também as duas primeiras sílabas do nome do palhaço de serviço hoje em Alvalade, Malheiro de seu nome.
Para a colecção, vão mais dois penaltis gamados.
 
Diz o meu pai aqui ao lado à lareira, com uma água-pé porreira que nos acompanhou o jogo, que filhos-da-puta é o que mais há por aí, mas alguns abusam. Desculpem a verve do meu pai, mas ele tem "otxenta y otxo" e já diz aquilo que lhe apetece, mas que malhou no filho-da-puta (palavras dele, palavras dele) ai isso malhou.
 
A bem dizer a gente continua sobre brasas, mas caramba, se os denominados pelo meu pai como filhos da sua excelentíssima mãe, fizessem a sua obrigação, i.e. fossem isentos e competentes, a incompetência da equipa técnica do Sporting passava pelos pingos da chuva e talvez daqui a meia dúzia de jogos a gente começasse a engrenar.
 
Passámos, siga a banda. Mas que não nos comam por tolos, a gente sabe que eles estão a carregar para baixo.
 
Olhem, só posso dizer que estou de acordo com o meu pai. A água-pé é boa e o Malheiro está azedo.

O dia seguinte

The Good, the Bad and the Ugly é um dos meus filmes preferidos de Clint Eastwood, na fase do Western Spaghetti de Sergio Leone, filmado algures em Espanha em 1966.

E foi com um italo/argentino que estive em Alvalade a ver este jogo, que por acaso acabou bem. Podia ter acabado muito mal. O mesmo que levei na época passada a ver uns jogos com Rúben Amorim.

Que ao longo do jogo me foi perguntando que Sporting era este, como é que tínhamos chegado a este ponto. Não soube que responder, quem se sentava próximo também pouco ajudava.

Recordando o filme, o Ugly vai para Vasco Matos. A canalhice tem limites, o aproveitamento das regras do jogo e da estupidez arbitral, para deitar guarda-redes e jogadores para quebrar o ritmo ao adversário e gastar tempo de jogo tem limites. Um ex-jogador do Sporting ser mais rafeiro que o rafeiro Conceição, é inadmissível. E fico-me por aqui, podia dizer pior.

O Bad é mesmo o idiota do Malheiro. Como um idiota destes, não merece a pena ofender a mãe e o pai porque a estupidez vem mesmo da criatura, incapaz de perceber a diferença entre quem quer destruir jogo e quem quer criar, e pensar que afundando o Sporting em Alvalade vai ter uma medalha da APAF, é escolhido para um jogo destes, realmente aqueles apitos dourados / polvos encarnados continuam a pensar que fazem o que querem no CA.

O Good gostava que existisse mas não, quem brinca com o fogo acaba queimado, ou então tem a sorte que o João Pereira teve hoje em Alvalade.

 

Este Sporting de João Pereira pouco tem a ver com o Sporting do Rúben Amorim: onze inicial, forma de jogar, ritmo de jogo, transições, substituições, tudo. Quem tiver alguma dúvida reveja um jogo da época passada de que o meu parceiro se lembrava. Pouco que ver. É outra coisa qualquer que ainda nem eu nem os jogadores perceberam bem de que se trata.

Na Sport TV ouvi que o Sporting ganhou ao Santa Clara nas oportunidades de golo por 4-3. Porreiro. Para quem ganhou por 4-1 ao Man.City não está mal...

Enfim, não vou dizer mais nada. O mais importante são os resultados, ainda mais nesta fase de enorme desgaste dos jogadores, passámos à fase seguinte da Taça de Portugal.

 

Hip Hip Hurra !!! 

Viva o Sporting !!!

E vivam os enormes jogadores que hoje entraram em campo em Alvalade. Que valem muito mais do que demonstraram, mas a culpa não é deles.

SL

Taça de Portugal, inconfundível

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"Lá vai Paneira com o seu estilo inconfundível, afinal não, é Veloso" *

A frase é do inconfundível Freitas Lobo, afinal não, é de Gabriel Alves, o tal que dizia que Juskowiak tinha a vantagem de ter duas pernas.

Ontem em Varzim, a grande surpresa desta jornada, o clube local, treinado por Paneira, foi eliminado pel' O Elvas. Ó Elvas, ó Elvas oitavos de final à vista.

Também foi eliminado o clube de Zubizarreta e Jorge, "Jorge enCosta em Moreira de Cónegos" podia ser um bom título mas o ex-zagueiro (e zangado também) ainda não foi oficializado como novo treinador da agremiação.

Aqui ficam todos os resultados desta eliminatória:

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* Algumas frases "imortais" relacionadas com futebol e não só (bom proveito) 

Pódio: Trincão, Daniel Bragança, Edwards

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Amarante, da Taça de Portugal, por quatro diários desportivos:

 

Trincão: 27

Daniel Bragança: 27

Edwards: 25

Esgaio: 24

Gyökeres: 23

Harder: 23

Matheus Reis: 23

Fresneda: 22

Morten: 21

Gonçalo Inácio: 21

João Simões: 20

Morita: 20

Quenda: 20

St. Juste: 19

Vladan: 19

Arreiol: 17

 

Três jornais elegeram Trincão como melhor em campo. O ZeroZero escolheu Daniel Bragança.

Quente & frio

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Edwards, com dois golos, demonstrou a João Pereira que pode contar com ele

Foto: José Sena Goulão / Lusa

 

Gostei muito da estreia de João Pereira como novo técnico da equipa principal do Sporting. Foi, de facto, uma estreia de sonho: não poderia ter desejado melhor. Goleada (mais uma, nesta época que tem sido fértil nelas) da nossa equipa na recepção ao brioso mas muito inferior Amarante, da Liga 3. Terminou 6-0, mas o resultado poderia ter sido mais volumoso: Harder, Trincão e Gyökeres - este duas vezes, ambas de livre direcro - enviaram quatro bolas aos ferros. Ao intervalo já vencíamos por 4-0. Destaque para as exibições de Edwards (assinou um golaço logo aos 10' evoluindo velozmente no corredor central com a bola dominada, sentou três adversários e finalizou de pé direito; bisou aos 45' encostando com a biqueira quase na linha de golo), Daniel Bragança (passes para o primeiro, segundo e quarto golos, neste dando até a impressão de que a bola já se encaminhava para o fundo das redes sem o desvio do inglês) e Trincão (protagonizou futebol de excelência em Alvalade aos 23' e aos 27', acabando por a meter lá dentro noutro lance sublime, aos 57': era o quinto golo). O minhoto foi o melhor em campo: aplaudido em pé ao dar lugar a Gyökeres, no minuto 66.

 

Gostei de Esgaio (aposta inicial de João Pereira para ala direito, central à direita no segundo tempo, quando St. Juste cedeu lugar a Quenda): voltou aos golos apontando o segundo, aos 15', e foi dele a pré-assistência no quarto. Nota muito positiva também para Matheus Reis: começou como central à esquerda, acabou como central à direita, fez pré-assistência no segundo golo e cortes preciosos aos 18' e aos 29', neste compensando má colocação de Vladan. Merecidos elogios igualmente para Harder, autor do terceiro golo (27') e do passe para o quinto em tabelinha com Trincão, e para o inevitável Gyökeres, que voltou a fazer o gosto ao pé: entrou só aos 66', mas ainda a tempo de ter sido carregado em falta para penálti e de o ter concretizado com êxito aos 90'. Melhor marcador mundial neste ano de 2024: já soma 59 golos, entre o Sporting e a selecção sueca. Um fenómeno.

 

Gostei pouco que Eduardo Quaresma tivesse permanecido no banco: não calçou. Estará a ser poupado para a recepção ao Arsenal, em partida da Liga dos Campeões na próxima terça-feira? Em compensação, polegar levantado ao novo técnico por apostar em dois jogadores da Academia Cristiano Ronaldo, lançados ontem em estreia absoluta na equipa principal: o algarvio João Simões (médio ofensivo esquerdino, 17 anos, substituiu Esgaio aos 66') e o madeirense Henrique Arreiol (médio central, 19 anos, rendeu Daniel Bragança aos 73'). Ambos já se destacaram ao serviço do Sporting na Liga Jovem e na Liga 3, aqui sob o comando de João Pereira, que bem os conhece. 

 

Não gostei que o Amarante, equipa amadora, tivesse ficado em branco: merecia um golo de honra para alegrar os mais de mil adeptos que trouxe a Alvalade, mas não chegou a fazer um só remate enquadrado nesta partida que qualificou o Sporting para os oitavos-de-final da Taça - a disputar com Famalicão ou Santa Clara no dia 18 de Dezembro. Nota menos positiva também para Vladan (voltou a não convencer como titular da baliza, saindo mal dos postes aos 29') e Fresneda (peixe fora de água como ala esquerdo, recuou aos 66' para central). 

 

Não gostei nada que disputássemos outra eliminatória da Taça (a nossa segunda esta época, após a vitória por 2-1 em Portimão) sem vídeo-arbitragem. Não faz o menor sentido esta ausência do VAR naquilo a que chamam «prova rainha do futebol em Portugal». Só se for como a rainha madrasta da Branca de Neve...

O dia seguinte

Saiu Rúben Amorim, entrou João Pereira, e a equipa jogou e ganhou como de costume. Do onze inicial, ao modelo de jogo, aos momentos e intenções das substituições, foi tudo muito Amorim, o que só demonstra que, para já, quer a gestão do processo de saída do primeiro, quer a escolha do segundo, foram decisões excelentes do nosso presidente.

Repetindo o que escrevi depois do jogo de Portimão, estes jogos da Taça de Portugal contra equipas de escalões inferiores são primeiro para ganhar e depois para alargar o plantel, dando oportunidades e minutos de jogo a jogadores menos utilizados. O Sporting ganhou tranquilamente por 6-0 e deu minutos a Fresneda, Esgaio (1 golo), Edwards (2 golos), João Simões e Arreiol. Tempo ainda para Gyökeres marcar um golo e atirar dois petardos ao poste. Enquanto isso o Amarante não teve direito a nada, nem cantos nem remates. Se em vez do Kovacevic estivesse lá eu, dava igual.

 

Mas se formos mais ao detalhe podemos encontrar algumas ideias novas. Mais intencionalidade atacante, com passes a rasgar em zonas interiores, centros atrasados a solicitar remates frontais, Harder a fazer bem de pivot ofensivo, digamos que até o meu vizinho da frente da bancada de Alvalade terá ficado satisfeito, ele que tanto protestava contra os vagares do futebol do Amorim.

Se as ideias são boas, temos de ver agora como resultam contra clubes de outra dimensão. Já a começar pelo Arsenal, embora seja um jogo com muito mais para ganhar do que para perder, mas muito mais pelos jogos que se seguem para a Liga.

Como sempre tenho dito, atacar depressa significa ter de defender ainda mais depressa a seguir. Controlar o jogo é fundamental, atacar sem deixar o adversário atacar. Se Rúben Amorim foi evoluindo até conseguir fazer isso, muito bem. João Pereira forçosamente evoluirá também, as coisas poderão não funcionar muito bem no curto prazo. Ganhar sem sofrer golos é óptimo.

 

Melhor em campo? Trincão. Como é que um jogador destes não tem minutos na selecção só o espanhol poderá explicar. Ou melhor, se calhar a explicação é simples. Inglaterra, Espanha, Arábia Saudita, o espanhol salvaguarda o seu futuro à conta dos otários, que somos nós.

Arbitragem? Impecável.

E agora? Jogo a jogo. A máquina está oleada, o maquinista não inventa, que a sorte o acompanhe e a nós também.

 

PS: Geovany Quenda já explodiu, João Simões e Henrique Arreiol já tiveram minutos, o Bruno Ramos e o Taibo já tiveram alguns, não tarda muito o Felicíssimo e um ou outro mais vão ter também. É a perder muitas vezes contra equipas mais velhas e a ganhar algumas que se formam os campeões.

SL

Estreia de sonho

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João Pereira não poderia desejar melhor começo como sucessor de Ruben Amorim à frente da equipa principal do Sporting: goleámos o Amarante em casa, por 6-0, rumando aos oitavos da Taça de Portugal. Golos aos 10' (Edwards), 15' (Esgaio), 27' (Harder), 45' (Edwards), 57' (Trincão) e 90' (Gyökeres).

Nem de encomenda: estreia de sonho. Como se tivesse sido Natal antecipado, esta noite, para o novo técnico principal leonino. Mas o teste principal será na terça, contra o Arsenal, para a Liga dos Campeões.

Hoje joga a selecção nacional

Mais logo, às 20.45 horas, joga a minha selecção nacional.

A selecção dos melhores de alguns países, do Japão ao Uruguai, de Portugal à Dinamarca, da Suécia à Bélgica.

Por esta selecção eu sofro e roo as unhas. E rejubilo, nos últimos tempos,  quase sempre que eles entram em campo.

Na estreia de um novo treinador nesta brilhante selecção, ouvi as declarações do treinador da equipa da federação de futebol dizer, a propósito do sorteio daquele torneio onde ele vai coleccionando disparates, em que lhes calhou a Dinamarca na próxima fase, que aprecia muito um rapaz que vai pontuando a alto nível na minha selecção, Morten de seu nome. E não houve um único jornalista que lhe perguntasse se o rapaz fosse português, ele o convocaria. Eu penso até que os homens da imprensa, como só tinham direito a uma pergunta, ignoraram a que se impunha, porque em seguida teriam que lhe perguntar se o levava a jogo. Melhor assim.

Mais logo, um quarto para as nove da noite, a selecção verde e branca vai disputar mais um jogo para a Taça de Portugal.

Tenho poucas dúvidas de que nesta selecção o Quenda não jogue.

Prognósticos antes do jogo

Mais logo, às 20.45, o Sporting recebe o modesto Amarante Futebol Clube, do terceiro escalão do futebol português, para a Taça de Portugal.

É a nossa segunda participação na prova esta temporada após termos vencido (2-1) o Portimonense no Algarve.

A equipa de Amarante, por sua vez, já afastou Fafe (4-1), Eléctrico (2-0) e Lajense (6-1).

Costumo reservar esta série dos prognósticos para os nossos desafios do campeonato nacional. No entanto, abro hoje uma excepção por se tratar do jogo de estreia de João Pereira - sucessor de Ruben Amorim - como técnico da nossa equipa principal, vindo do Sporting B.

Pergunto-vos, portanto, quais os vossos vaticínios para o desfecho deste jogo, indicando não apenas o resultado mas os nomes dos marcadores dos golos.

Abro outra excepção: por se tratar do desafio inaugural de João Pereira nas novas funções, desta vez admito dois palpites por leitor. Mas atenção: cada um terá de ser feito em comentário autónomo. Não vale indicar os dois prognósticos no mesmo comentário. 

Aguardo com expectativa a vossa participação.

Fazer a ponte com o Amarante

Desafio pairando sobre o frio/O jogo é uma viagem/Nas "rulotes" decoradas/ Curte-se o chique burguês/ Bebem-se umas rodadas/Ostenta-se a embriaguez* 

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Amanhã à noite em Alvalade quando faltar um quarto de hora para as nove da noite (dez da noite na hora antiga) inicia-se em Alvalade um dos jogos mais importantes desta época.

O futebol é poesia e assim/ O Sporting não tem patrões/ Não havia Amorim/ Nos poemas de Camões.**

Amanhã, provavelmente, será necessário mais pragmatismo, mais assim e menos poesia, haverá tempo para a poesia.

Respeito pelo adversário, pelo Amarante, respeito pelos milhares que vão estar no estádio, pelos milhões que vão estar em frente à televisão e, principalmente, respeito pelo leão rampante que ostentarão no peito.

* "Ribeira", Jafumega, poesia de José Carlos Martins (inspirado em)

** "As portas que Abril abriu", poesia de José Carlos Ary dos Santos (inspirado em)

 

Pódio: Harder, Trincão, Gyökeres

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Portimonense-Sporting, da Taça de Portugal, por quatro diários desportivos:

 

Harder: 27

Trincão: 22

Gyökeres: 21

Quenda: 21

Nuno Santos: 21

Bruno Ramos: 20

Debast: 20

Daniel Bragança: 20

Morten: 20

Esgaio: 19

Gonçalo Inácio: 18

Vladan: 18

Geny: 17

Fresneda: 13

Taibo: 1 *

 

Todos os jornais elegeram Harder como melhor em campo.

 

* Taibo esteve em campo poucos segundos, sem tocar na bola. O Record, mesmo assim, atribui-lhe classificação. Opção ridícula: nenhum outro jornal fez o mesmo.

Quente & frio

 

Gostei muito do bis de Harder, ontem à noite, no estadio de Portimão. São exibições como esta que definem a qualidade de um jogador. O jovem dinamarquês, internacional sub-21, fez a diferença perante o conjunto que regista mais golos sofridos da Liga 2 ao marcar duas vezes, ambas em momentos decisivos: primeiro aos 40', com Nuno Santos a assistir de trivela, desbloqueando o empate a zero que persistia perante a dupla muralha do onze anfitrião; depois a três segundos do fim do tempo extra, aos 90'+4, dando a melhor sequência a um passe de Gyökeres. Assim fixou o resultado (1-2), conduzindo o Sporting à quarta eliminatória da Taça de Portugal e evitando um desgastante prolongamento de meia hora com desfecho imprevisivel. Seguimos em frente graças a ele, o melhor em campo.

 

Gostei da aposta de Rúben Amorim em mais dois jovens da formação lançados na equipa principal, embora só possa pronunciar-me sobre um. Refiro-me ao brasileiro Bruno Ramos, de 19 anos, que apenas com 2 minutos de actuação no Sporting B foi ontem titular como central à direita (com Debast ao meio e Gonçalo Inácio à esquerda). Sem inventar, cumpriu. Sem brilhar, foi útil. Sem dar muito nas vistas, transmitiu segurança à equipa. O outro foi o galego Lucas Taibo, também defesa, que aos 18 anos tem-se destacado na B. Este entrou após o segundo golo, trocando com Debast só para queimar tempo: nem chegou a tocar na bola.

 

Gostei pouco das dificuldades registadas para derrubarmos o autocarro estacionado nos 25 metros defronte da baliza da turma algarvia - que mais parece escola de samba de série B. Incapacidade de penetrar nas linhas (saudades do lesionado Pedro Gonçalves...) e de criar movimentos de ruptura. A lentidão de processos, a falta de domínio no jogo aéreo e a incapacidade de aproveitar cantos e livres ajudaram pouco ou nada. Quando finalmente conseguimos criar perigo, o guardião portimonense, Vinicius, resolveu com um par de boas defesas, negando golos a Harder (3') e Morten (30'). Valha a verdade que vários jogadores vinham de desgastantes participações em desafios das respectivas selecções - de tal maneira que alguns, como Geny e Gyökeres, começaram no banco, e outros, como Morita e Maxi Araújo, nem entraram. Foram poupados pelo treinador - ou foram poupando esforços por livre iniciativa - já a pensar no confronto da próxima terça-feira contra o Sturm Graz, na Áustria, para a Liga dos Campeões.

 

Não gostei de algumas exibições. Sobretudo de Gonçalo Inácio, muito intranquilo, perdendo a bola e falhando passes: anda irreconhecível. Também de Esgaio, em estreia como titular esta época: ala direito, nunca fez a diferença em missão ofensiva, preferindo tocar para o lado ou para trás. Sem esquecer Vladan, que ontem regressou à baliza após lesão. Num jogo em que teve pouco trabalho, atrapalhou-se numa reposição de bola, aos 83', desmentindo aquele que diziam ser o seu principal atributo: jogar com os pés. E voltou a encaixar mais um golo (o terceiro de leão ao peito), embora obtido de forma irregular. 

 

Não gostei nada de confirmar que nesta fase da Taça de Portugal a vídeo-arbitragem continua ausente dos estádios. Com ela, nunca o golo algarvio validado por Helder Malheiro e o seu árbitro auxiliar aos 87', teria sido considerado legal. Chico Banza está em fora-de-jogo posicional interferindo claramente na jogada. Por aqui se percebe, ainda com maior nitidez, como a introdução  do VAR foi uma conquista imprescindível para a verdade desportiva nos estádios de futebol. 

O dia seguinte

Nestes jogos com equipas de divisões inferiores para a Taça de Portugal o objectivo será sempre passar a eliminatória alargando o plantel.

Foi isso que aconteceu ontem à noite num.estadio de Portimão repleto de Sportinguistas e com talvez o melhor relvado da Liga.

A eliminatória foi ganha nos 90 minutos. O plantel foi alargado com Bruno Ramos, Esgaio e Fresneda que precisavam demonstrar que podem ser úteis nesta temporada.

No resto, primeira parte de domínio total. Um golo marcado, dois ou três por marcar, sem qualquer oportunidade do adversário.

A segunda parte foi muito mais dividida. O Portimonense arriscou e o Sporting foi atrás. O jogo ficou muito mais perigoso.

Continuando a falhar oportunidades, o Sporting colocou-se a jeito. O Portimonense empatou da única forma que tinha para empatar, o Sporting repôs a justiça com uma combinação viking de luxo.

O pior do jogo foi a incapacidade nas bolas paradas ofensivas e defensivas que a equipa demonstrou com o patrão Diomande ausente. Mais um jogo passou sem o Sporting conseguir marcar de livre directo, já nem me recordo quando foi o último. Terá sido com Porro em Famalicão há 5 anos.

Melhor em.campo? Harder, um outro Gyökeres.

Arbitragem? Uma falta sobre Trincão por marcar que podia ser penálti, um fora de jogo por marcar que teria invalidado o golo do Potimonense, sem VAR e com licença para roubar. Um árbitro medíocre em mais uma medíocre arbitragem. Não se podia reformar como fez o Soares a Dias?

E agora? Rezar para que Hjulmand, Morita e Bragança não se lesionem. No resto a coisa está boa.

SL

O pecado original is Harder to find

A língua portuguesa atravessa um período complicado. Cada vez é mais normal haver termos, palavras, expressões, em inglês numa conversa ou na escrita em português. Como, também, quero ser "moderno" o título deste texto ficou assim à Fernando Pessoa / Alexander Search.

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Já tinha ouvido falar em muitas formas de pecar. 

Nunca tinha ouvido falar no pecado d' A Bola nem na frieza que é necessária para pecar uma bola.

Ainda bem que Harder pecou.

Pódio: Eduardo, Coates, Gonçalo Inácio

Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-FC Porto, da final da Taça de Portugal, pelos três diários desportivos:

 

Eduardo Quaresma: 17

Coates: 17

Gonçalo Inácio: 16

Pedro Gonçalves: 15

Morten: 15

Nuno Santos: 14

Daniel Bragança: 13

Diomande: 12

Morita: 12

Gyökeres: 12

Trincão: 11

Diogo Pinto: 11

St. Juste: 10

Koba: 10

Esgaio: 10

Geny: 9

Paulinho: 6

 

A Bola elegeu Gonçalo Inácio como melhor Leão em campo. O Jogo optou por Coates. O Record escolheu Eduardo Quaresma.

O 28 de Maio e a ditamole

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Hoje é um dia especial para o FC Porto.

Jorge Nuno Pinto da Costa vai embora, finalmente, presidiu o clube durante mais tempo que o seu amigo António Salazar presidiu o conselho de ministros.

A inauguração do estádio das Antas ocorreu neste dia, completam-se hoje 72 anos.

Foi um dia feliz, o FC Porto convidou o clube de Salazar em Lisboa, o Sport Lisboa e Benfica, os benficas viajaram, todos contentes, para norte, com o braço direito esticado a saudarem um César imaginário e lá foram para a inauguração.

Era um dia de amigos, um dia entre amigos e o resultado, provavelmente, nada teve a ver com a verdade desportiva [no futuro os dois clubes martelariam muitas vezes os resultados] tratava-se de homenagear o número 28 e assim se fez; 2-8.

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O 28 de Maio de 1926 fez-se para inaugurar o estádio das Antas e o estádio Nacional (e muitos, muitos estádios de futebol por todo o país).

O 26 de Maio de 2024 fez-se para homenagear o FC Porto, abrilhantar as despedidas de Pinto da Costa e de Marceneiro da Conceição e para honrar as escolhas de Roberto Martinez.

O cenário estava montado no tal estádio nacional sonhado por Salazar, a equipa de arbitragem e a equipa de VARagem escolhidas a dedo estava tudo preparado.

Começa o jogo e o Sporting Clube de Portugal marca golo.

Pára tudo.

Será que o autor do golo teria de ser expulso pela ousadia?

Será que a bola entraria dentro da baliza do FC Porto mas seria assinalado um fora-de-jogo fantasma para abafar a situação?

Será que um tal Varela começaria um festival de porrada mas sem ser expulso?

Será que Otávio faz um movimento com o braço na direcção da bola mas coitado foi sem querer, foi uma estupidez, ele não queria fazer aquilo, pois não?

Será que Diomonde é empurrado dentro da área, as costas comprimidas por duas mãos que lhe esmagam as costeletas mas não foi nada?

Será que o treinador do FC Porto foi expulso mas ficou, alegremente, a dar instruções ao rebanho azul e branco?

Felizmente nada do que escrevi acima aconteceu.

Felizmente que eu não queria estar com queixinhas e a fazer-me de pintainho coberto de lama antes de ser lavado com o sabão AVA (AVA, VAR os produtos branqueadores têm siglas parecidas).

Felizmente o FC Porto fez um jogo brilhante, maravilhoso, parecia que estávamos em 1982, um misto do encanto da selecção brasileira com o pragmatismo e a eficácia da selecção italiana.

Já o Sporting, enfim, erros nossos, má fortuna e bola ardente (parecia que queimava)

Pronto, parece que apesar dos receios iniciais, a convocatória da selecção não teve influência, os árbitros não tiveram influência, o VAR não teve influência, os jogadores do FC Porto foram briosos e leais, não queimaram tempo, jogaram sempre o jogo pelo jogo, o treinador do FC Porto foi um miminho, viu vermelho e desapareceu, ninguém mais o viu no estádio; enfim correu tudo, maravilhosamente, excepto os erros próprios do Sporting que nos fizeram perder o jogo.

{ Blogue fundado em 2012. }

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