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És a nossa Fé!

Vamos ter saudades dele

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William Carvalho é o jogador mais difícil de substituir no Sporting. E aquele que tem mais influência no desempenho da equipa. Hoje estará entre os dez melhores médios defensivos europeus. Joga quase de olhos fechados.

Dizem que é "lento". Mas é um falso lento: ele controla como ninguém o tempo do processo de decisão. Não perde uma bola em lances disputados e nenhum adversário consegue roubar-lha - como bem se viu no jogo contra a Fiorentina da pré-temporada e na partida frente ao Chile na Taça das Confederações, só para citar dois exemplos.

 

Visão de jogo, antecipação sagaz da manobra adversária, colocação milimétrica da bola à distância, capacidade de variação de flancos, habilidade natural para recuperar e reter a bola: ele oferece tudo isto em doses generosas.

É muito bom no momento defensivo, patrulhando com rigor a vasta zona que lhe é confiada, e é ainda melhor no momento ofensivo, ao desenhar linhas de passe que por vezes só ele vislumbra e ao colocar com precisão de relojoeiro a bola nos pés dos companheiros em movimentos de inegável classe, sobretudo na meia distância ou na distância longa.

Não é um transportador da bola: é um artista do passe. Os primeiros são os que cativam com mais facilidade as bancadas de Alvalade. Mas os segundos, quando  atingem o patamar de William Carvalho, têm um grau de eficácia muito superior no futebol moderno.

 

Vai fazer-nos muita falta.

Dos que ficam, apenas Palhinha tem características que podem assemelhar-se. Mas Palhinha, comparado com o colega prestes a rumar a Inglaterra, é ainda apenas um projecto de jogador. Falta-lhe aprimorar muitos processos. E falta-lhe sobretudo ganhar confiança no seu talento - espécie de diamante por lapidar.

Vamos ter imensas saudades do William. Eu já tenho.

Campeão Rui Patrício

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«Exibiu-se ao nível do que fez durante o glorioso Europeu de 2016, vencido por Portugal em França. O desfecho não foi tão espectacular, mas individualmente Rui Patrício voltou a estar à altura. Começou a mostrar-se aos 27', atento a uma bola perdida entre Pepe e Rafa Márquez que ficara ali, na zona de golo, à espera de ser empurrada. Mas foi engolido por Patrício. Depois, fez impressionantes defesas a remate de Javier Hernández (31'), desviando a bola com a mão direita para canto. Aos 83', saiu aos pés do mesmo Javier Hernández, e aos 93' e 118', no prolongamento, parou com mestria tentativas de Lozano e Herrera. Sempre lá.»

A Bola, ao eleger Rui Patrício como homem do jogo Portugal-México

 

«Da mesma forma que os dias parecem não acabar na Rússia por esta altura do ano, reflexo do solstício de Verão, também Rui Patrício tinha sempre algo a dizer quando os remates do México levavam o selo do golo. Elástico, felino a reagir e sempre bem colocado entre os postes, respondeu com defesas sensacionais às tentativas de Rafa Márquez (26'), Chicharito (31' e 83'), Herrera (56' e 117') e Lozano (94') e fechou a sete chaves a vantagem conquistada por Portugal no prolongamento, chegando mesmo a replicar aquele "instantâneo" em bronze que pode ser contemplado em Leiria, a sua terra natal. Fizeram-lhe uma estátua em vida e não foi exagero nenhum, porque este guarda-redes é mesmo especial: não treme, mantém a cabeça fria e vai a todas com uma segurança incrível. O autogolo de Neto foi, por isso, um pormenor.»

O Jogo, ao eleger Rui Patrício como homem do jogo Portugal-México

 

«Quando, pela primeira vez, negou o golo a Chicharito Hernández (31'), foi felicitado pelo dianteiro mexicano. O duelo manteve-se até final, detendo remates perigosos de Chicharito (83'), Carlos Vela (84'), Lozano (93') e Herrera (117'). Só mesmo no autogolo de Neto o guardião acabou por ceder. No resto, Rui Patrício foi enorme, viabilizando uma reviravolta que Portugal fez por merecer.»

Record, ao eleger Rui Patrício como homem do jogo Portugal-México

O bruxo está de férias

«Dois jogadores do Benfica expulsos no mesmo jogo de duas selecções diferentes - a piada fácil é que o bruxo pelos vistos está de férias... Mas dá para ver o que são jogadores profissionais: Jiménez viu bem o segundo amarelo, porque levantou muito a perna e acertou em Eliseu, só que acertou no corpo, não na cara, que foi de onde se queixou logo o seu colega de clube. Nelson Semedo também viu o segundo amarelo por falta idêntica, mas acertando mesmo na cara de Chucky Lozano.»

Manuel Queiroz, hoje, n' O Jogo

No fim, ganhou a Alemanha

No fim, ganhou a Alemanha. Estava escrito nas estrelas, mesmo sem necessidade de bruxedos ou macumbas. O Chile, que subiu ao segundo lugar no pódio da Taça das Confederações entre rasgados elogios do comentário futebolístico cá do burgo, venceu apenas um dos cinco jogos que disputou lá pela Rússia. Na final de ontem, nem um golito para amostra: a "fúria chilena", confirma-se, é de manga curta.

Pouco admira: já tinham vencido a Copa América derrotando a Argentina nos penáltis ao fim de 120 minutos sem golos.

Parabéns aos alemães, que se deram ao luxo de rumar à Rússia com as reservas. Candidatos desde já a vencer o Mundial de 2018.

Enorme Adrien

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Em cinco penáltis nestes dois últimos jogos, na selecção nacional, só acertámos num: dá que pensar. Contra o Chile, na hora da verdade, falharam Quaresma, Moutinho e Nani. Hoje, contra o México, falhou André Silva.

Valeu-nos o quinto penálti. O decisivo. Hoje marcado ao minuto 104', por Adrien Silva. Que não vacilou. O penálti da vitória, que nos permitiu ascender ao pódio da Taça das Confederações - certame em que nos estreamos com este terceiro lugar, confirmando uma trajectória positiva sob o comando de Fernando Santos.

 

Vale a pena rever o lance que esteve na origem desta grande penalidade. Um lance protagonizado por três jogadores do Sporting. William Carvalho (que substituiu Pizzi aos 91') faz um passe longo, para a ala direita, para Adrien (que entrara para o lugar de Danilo aos 82'), que conduz a bola. Já após o centro, Gelson Martins comanda as operações na grande área, levando Layún a meter a mão na "redondinha". Chamado a converter o castigo máximo, o nosso capitão cumpriu o seu dever.

Tal como Rui Patrício, que fez três grandes defesas nesta partida. Somada a outras três durante esta prova. Não por acaso, saímos da Rússia como a selecção com menos golos sofridos.

 

Os quatro jogadores leoninos valorizaram-se nesta Taça das Confederações - troféu que disputámos na condição de detentores do título de campeões europeus. Novamente no pódio e sem perdermos um só jogo no tempo regulamentar (com Fernando Santos ao leme da selecção, em quase dois anos, só fomos uma vez derrotados aos 90 minutos, fora de casa, pela Suíça).

E desta vez nem contámos com o talismã Ronaldo, autorizado pela Federação Portuguesa de Futebol a abandonar a prova antes dos colegas. Tivéssemos nós o Adrien a marcar o primeiro penálti naquela ronda frente ao Chile e talvez entrássemos  hoje em campo a disputar a final contra a Alemanha. Mas a selecção está de parabéns: quase todos foram bons.

Dos medíocres não reza a história: nem vale a pena escrever aqui o nome deles.

À vista de todos

Este joguito de fim-de-festa com o México acabou por dar azo a curiosas ilações.

Nele apresentou-se em todo o seu esplendor a nata dos selecionados lampiónicos e o resultado foi exemplar. O magyar Pizzi (na imortal frase de Ribeiro Cristóvão) substitui André Gomes sem que se notasse a diferença, o que não é curriculum mas cadastro. 

Já Nelson Semedo fez toda a diferença em relação a Cedric. Foi ele que ofereceu o golo ao México e no fim exibiu cândido espanto quando lerpou o segundo amarelo ao chutar a cara de um adversário. Para compensar, o seu colega de equipa Jimenez, que no caso alinhava com as cores mexicanas, também foi para a rua exactamente pelos mesmos motivos. Um hábito de impunidade é difícil de alterar, está bem de ver.

A outra molécula lampiónica foi Eliseu, habitual esfregador de bancos, elevado a titular graças ao horror da natureza ao vazio, cujo melhor feito foi marcar um livre a jardas do travessão para aplauso sincero de Fernando Santos e gáudio dos comentadores.

Até uma criança - desde que não infectada pelo sectarismo púrpura - verificou que Danilo e André Silva, pelo Porto, Patrício, Adrien, William e Gelson, pelo Sporting, (e, do lado mexicano, Herrera e Layun) estão a anos luz da fancaria lampiónica, cujo valor de mercado tende a ser residual, por mais "mendices" que se artimanhem.

Logo, a pergunta que ressalta com este jogo é: como pode ganhar campeonatos uma equipa cujas melhores jóias são estes pechisbeques?  Pelo que se viu, no campo não foi, portanto, ficou à vista que outros agentes hão-de ter mostrado a sua influência.

O vazio e o nada

O futebol é um jogo desmedidamente complexo, com insondáveis dificuldades metafísicas. Por isso só um espírito catedrático e de apurada sofisticação conceptual alcançará as subtilíssimas razões que levaram o abstracto André Gomes a permanecer em campo 115', todas elas, como é obvio, incompreensíveis à mente dos gentios que hesitam entre achá-lo uma inutilidade ou um trambolho.  Quem sabe se um dia se comprenderá o que faz ele na vida.  

Cristiano, sempre ele

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O melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, garantiu mais três pontos à selecção nacional. Na vitória de hoje frente à Rússia - turma anfitriã do torneio - na Taça das Confederações. Portugal, com três jogadores do Sporting no onze titular, venceu e convenceu. Um golo solitário bastou para nos garantir os três pontos. Assinado pelo suspeito do costume, que marcou 14 golos nos últimos dez desafios disputados ao serviço da equipa das quinas.

Fica à atenção dos fãs domésticos de Lionel Messi, o segundo melhor jogador do futebol actual. Até eles já devem estar rendidos.

O Sporting à frente

Uma vez mais, o Sporting à frente: cinco jogadores do plantel leonino e outros sete formados na Academia de Alcochete integram a convocatória hoje anunciada por Fernando Santos para os próximos desafios da selecção, incluindo a inédita participação portuguesa na Taça das Confederações, que decorre na Rússia entre 17 de Junho e 2 de Julho.

Doze, portanto.

 

São estes, por ordem alfabética:

Adrien

Beto

Cédric

Cristiano Ronaldo

Gelson Martins

João Mário

João Moutinho

José Fonte

Nani

Quaresma

Rui Patrício

William Carvalho

 

Esta convocatória da selecção A - que deixa de fora Éder, Fábio Coentrão, Rafa Silva e Renato Sanches, entre outros jogadores - augura uma boa campanha da equipa das quinas para os jogos que vão seguir-se.

Mais um troféu para Scolari

 

Houve quem os considerasse imbatíveis, com manifesto exagero. Imbatíveis, os jogadores espanhóis? Pelo contrário, foram vulgarizados pela excelente selecção brasileira, que hoje (hora portuguesa) se sagrou vencedora da Taça das Confederações, no mítico palco do Maracanã. A tal ponto que no último quarto de hora já se arrastavam em campo, aguardando penosamente o apito final.

Para mim, que torcia pelos brasileiros, foi uma excelente forma de começar a semana. Neymar, Paulinho, Fred, Óscar, Júlio César, David Luiz e tutti quanti deram a quem os acompanhava em todo o mundo uma lição de futebol. E desde logo uma lição táctica, no confronto entre os dois técnicos - Luiz Felipe Scolari e Vicente del Bosque: enquanto o espanhol insistia no esquema de sempre, concentrando jogadores no centro do relvado, o brasileiro ordenava aos seus pupilos o preenchimento constante das alas, onde dominaram do princípio ao fim, faziam movimentar a bola a uma velocidade estonteante e subiam em bloco cada vez que os campeões do mundo cediam um só palmo de terreno.

Ao ver este concludente triunfo, que coloca o Brasil na pole position dos vencedores do próximo Mundial, lembrei-me de um passado recente. Em Outubro, circulou na imprensa a hipótese de Godinho Lopes contratar Scolari para treinador do Sporting. Logo surgiram dezenas de sportinguistas a insurgir-se contra este cenário, alegando que o campeão do mundo de 2002, seminafinalista do Europeu de 2004 e semifinalista do Mundial de 2006 não tinha qualidade nem categoria para treinar o nosso clube. Aconteceu tantas vezes no passado, continua a acontecer: teimamos em recusar alguns dos melhores profissionais do futebol com argumentos que não resistem a dois segundos da mais elementar lógica.

Claro que tudo não passou de cenário. Scolari, talvez o mais popular treinador de sempre em Portugal, custava demasiado aos cofres leoninos para ser encarado como hipótese séria. Quem lucrou com isso foi a selecção brasileira, para onde entrou como sucessor do contestado Mano Menezes.

E logo se viu a diferença.

Quando começaremos finalmente a conceder mérito a quem merece?

Letras na bola

Benjamín Prado, no El Mundo, hoje: «No existen los equipos invencibles pero ninguno está más cerca de serlo que aquel que logra ganar a sus rivales incluso cuando juega peor que ellos. Y eso es, exactamente, lo que hizo España en su semifinal del otro día contra Italia. Así que ahora ya sólo nos queda lograr el otro cincuenta por ciento de la hazaña, que es vencer a los jugadores de Brasil y, sobre todo, a su uniforme: en el mundo del fútbol, ningún color pesa tanto ni es tan difícil de borrar como el amarillo bossa nova de esa camiseta. (...) O sea, que con todos esos ingredientes en la mesa de la cocina, quien se pierda el partido de esta noche sólo puede hacerlo porque tenga algún plan mucho peor.»

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