Eles marcaram um golo daqueles que nem nos distritais se sofre, que o Marega era logo ceifado a meio daquela corrida toda. E deram a coisa como arrumada e encostaram-se lá atrás.
O Amorim demorou meia parte para tirar o João Mário, que parece que tem cola nas pantufas ultimamente e desta vez meteu o Jovane Cabral, que rima com... festival, que foi aquele primeiro golo, a passar por um carreiro deixado limpo pela defesa e se virem, até parece ter sido desenhado a régua e compasso e foi executado com tal maestria que me fez lembrar o grande tomarense Fernando Lopes-Graça, a dirigir uma qualquer orquestra, ou os seus cantores da Academia dos Amadores de Música, numa das Canções Heróicas, como herói foi ontem o nosso menino Jovane, como que a cantar bem alto o "Acordai" para os colegas. Que bem lhe souberam, certamente, aquelas lágrimas no final do jogo. Houvesse público e a ovação teria sido de pé.
E depois, logo a seguir, ainda o Ceição estava a guardar o primeiro melão, o Jovane deu-lhe cabo do coração!
A gente não jogou grande coisa, é certo, mas o que conta são as que batem lá dentro e assim sendo, Ceição, toma Kompensan que isso ajuda. Ou ouve Lopes-Graça, que relaxa.
... a "taça da carica", mas, na verdade, todos a querem ganhar!
O F.C. Porto saiu do campo antes do tempo e mal-disposto. O Benfica, se lá estivesse, também lutaria pela vitória e festejaria, se ganhasse (e que bem lhes saberia). E o Braga bem mal-disposto ficou, por perder a meia-final.
A vitória do Sporting e passagem à final não aumenta o prestígio da competição e mantenho tudo o que escrevi anteriormente.
Mas lá que deu gozo ver e ouvir a azia do trolha, a raiva espelhada na face do treinador adversário, incapaz de disfarçar o mau-perder, curiosamente quando perdem para outro clube de Lisboa até costumam estender a passadeira vermelha, olha, estou como o outro, temos pena, mas não muita...
Por fim ver o presidente Frederico Varandas vir à comunicação social dizer e bem, que ontem um dirigente afirmou que determinado árbitro não deveria arbitrar, para hoje o árbitro em causa pedir licença por tempo indeterminado, também defendendo o VAR, que por mais erros ou críticas que se lhe possam apontar, inegavelmente melhorou a credibilidade do futebol, face a um tempo em que se ordenavam padres e encomendavam missas.
Acabou por ser uma excelente noite de futebol. Mas não há como negar, a equipa está demasiado fatigada, precisamos urgentemente de rodar jogadores promovendo algum descanso aos mais utilizados.
Ou como a reunião do conselho de arbitragem serviu apenas e definitivamente para gozar com o Sporting.
O Vitória sofreu um penalti no Algarve por mão na bola de Venâncio.
Precisamento num lance em que o CA diz não ser penalti.
Recorda-se o boneco apresentado naquela reunião que se pode chamar da treta.
Situação na quarta hipótese.
Entretanto soube, pelos "especialistas" em narração da RTP, que o video-árbitro "estava" lá, em regime experimental.
Adivinhem quem estava a tomar conta daquilo. Duarte Gomes, ele mesmo, o compadre do presidente da Liga e companheiro de passeios. Caso para dizer que entregaram o ouro ao bandido. Se for para ser assim, basta assim.
Abaixo transcreve-se o relato do jogo de ontem, em Setúbal.
Alvíssaras a quem descobrir de onde foi retirado:
"Penálti assinalado por Rui Oliveira no último minuto de jogo selou a derrota do Sporting CP no Bonfim
O Sporting CP foi esta quarta-feira derrotado pelo Vitória de Setúbal no Bonfim (2-1), num jogo em que o árbitro Rui Oliveira decidiu ser o protagonista do encontro, mas pelas piores razões, ao assinalar um penálti no último minuto de jogo que sentenciou o afastamento dos leões da Taça da Liga.
Polémico, no mínimo, uma vez que nem as imagens televisivas permitem perceber o que se passou na cabeça do juiz da partida, ao assinalar uma falta inexistente dentro da área leonina já perto do apito final. Na conversão da grande penalidade, numa altura em que o último e decisivo duelo do Grupo A estava empatado (1-1), Edinho aproveitou para fazer a festa sadina (2-1).
Em contraste, a desilusão leonina era total. E com razão: a igualdade no marcador servia na perfeição as ambições do Sporting CP, líder na tabela antes da deslocação a Setúbal, uma vez que apenas um ponto era suficiente para carimbar o apuramento para a próxima fase da competição.
Os comandados de Jorge Jesus até nem começaram o jogo da melhor maneira, já que Frederico Venâncio abriu o marcador para o Vitória logo aos 19', mas conseguiram equilibrar a balança no segundo tempo, após um golo de Elias aos 79'. Oportunidades não faltaram até ao final para os leões sentenciarem a partida, mas André revelou-se sempre pouco pragmático em zonas de finalização.
Como quem não marca sofre, o Sporting CP acabou por ver fugir o bilhete para a final-four da Taça da Liga no último suspiro, como já aqui referimos. Fora daquilo que se passou dentro das quatro linhas, a explicação é simples: em igualdade pontual no topo do Grupo A, com seis pontos em três jogos, a diferença na média de idades (critério de desempate) sorriu à formação de Setúbal.
Um sorriso amarelo, diga-se."
Os sublinhados são meus, bem como a cara de espanto, que os caros leitores não podem ver, felizmente.
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