Magnífica lição de desportivismo
Rafael Nadal, no adeus definitivo às competições de ténis após uma carreira inesquecível. Reconhecer o mérito dos adversários: eis outra forma de ser campeão.
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Rafael Nadal, no adeus definitivo às competições de ténis após uma carreira inesquecível. Reconhecer o mérito dos adversários: eis outra forma de ser campeão.
O programa, de que tenho sido um espectador muito irregular, é exibido na SIC Notícias e chama-se O Dia Seguinte. Dizem-me que é o "programa desportivo de maior audiência" na televisão portuguesa. Comecei a vê-lo na segunda à noite, julgando que faria jus ao título pondo em destaque dois jovens campeões portugueses: Rui Costa, recém-sagrado campeão mundial de ciclismo, proeza inédita do desporto nacional, e João Sousa, primeiro tenista luso a vencer um torneio ATP, em Kuala Lumpur.
Pensei que por uma vez a palavra "desporto" deixasse ali de ser um eufemismo como sinónimo exclusivo de futebol.
Nada disso: mais do mesmo, apenas mais do mesmo.
O programa - como de costume - foi dominado pelo representante do Benfica, que num tom ainda mais exaltado do que o habitual, se assumiu como o calimero de serviço, queixando-se de que o seu clube anda a ser espoliado pela arbitragem.
Por sinal o mesmo clube que na época passada foi beneficiado pela mais escandalosa arbitragem da temporada, logo rotulada de limpinha por aqueles que agora rasgam as vestes perante supostos erros dos donos do apito.
Assisti, quase sempre com o som desligado, a parte do referido programa. Ainda na esperança de que pusessem em foco as proezas de João Sousa e Rui Costa (o ciclista, não o outro). Mas em vão. Nem haveria tempo para o efeito, pois um só lance do Benfica-Belenenses mereceu meia hora de lamúria e gritaria, como ia constatando nas esporádicas ocasiões em que repunha o som.
Quando aquilo ia a meio, desisti de vez. Prometendo a mim próprio que tão cedo não voltam a apanhar-me como espectador. Quando quiser ver o Calimero, prefiro o original. O dos desenhos animados.
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