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És a nossa Fé!

O primeiro troféu da temporada

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Telma Encarnação: um golo e uma assistência. Melhor reforço do mercado de Verão

 

Com toda a justiça, vencemos a Supertaça em futebol feminino. Contra o Benfica, no estádio do Restelo. 

Grande reviravolta das Leoas na segunda parte, quando perdiam 0-1 ao intervalo. Telma Encarnação fez a diferença ao empatar com um forte pontapé de meia distância (75') e oferecer o golo a Cláudia Neto com centro milimétrico (85'), fixando o resultado. Celebrou à Gyökeres, fazendo o gesto da máscara. E confirma-se como a maior contratação do futebol feminino para a nova época já em curso.

Estivemos sempre mais perto do 3-1 do que o Benfica do empate. No decurso dos nove minutos de tempo extra, Ana Capeta atirou ao poste (90'+5). E Maísa Correia desperdiçou golo, com a baliza aberta, no último lance do desafio.

Primeiro troféu leonino da temporada 2024/2025 - a nossa terceira Supertaça feminina. Parabéns às meninas por esta alegria que acabam de dar à massa adepta. E um abraço grato à Mariana Cabral, treinadora de que muito gosto. Leoa cem por cento.

 

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Uma questão de equilíbrio

Quem seja dos tempos de Malcolm Allison, com certeza se recorda bem de Manuel Fernandes, de Jordão e de António Oliveira, mas dos outros terão dificuldade em dizer os nomes. 

Nem farão ideia de quem era um Eurico, um Barão, um Virgílio ou um Nogueira. O Esgaio ao pé deles é um predestinado do futebol.

Numa equipa de futebol nem todos podem ser estrelas, para alguns poucos tocarem piano todos os outros o terão de carregar.

Por isso aplaudo a azia de Gyökeres no final da Supertaça. Os pianistas Gyökeres e Pedro Gonçalves estiveram lá. 

Por onde andaram os carregadores de piano? 

Alguns não aguentaram o peso e andaram por lá, outros deixaram-no cair com estrondo aos 60 minutos.

 

Não há lugar para cinco Braganças/Mateus/Catamos/Quendas/Trincões/Ribeiros/Nuno Santos. Muito menos para oito.

Com a saída de Coates e Paulinho, dois carregadores de piano de excelência, o equilíbrio do plantel ficou comprometido. 

E quando adicionamos às características físicas a resistência, a maturidade e a liderança, então não se fala.

Sou um fervoroso apoiante da formação, mas não sou irrealista. Os jovens têm de ser complementados com jogadores experientes e fisicamente diferenciados. Mais altos, mais fortes, mais intensos.

Foi exactamente dentro desses princípios que ganhámos dois títulos nacionais. Enquanto as hienas berravam contra os Feddais e os Paulinhos, íamos ganhando.

 

A pré-época terminou mal.

O Sporting parte para a época com um plantel falho de equilíbrio, fisico e emocional. Os jogos podem facilmente tornar-se numa roleta russa com resultados que poderão ser problemáticos.

A solução? Não é agora que vão encontrar um Palhinha ou um Oceano algures. A solução só pode ser pôr no onze os mais altos e fortes e deixar os dois pianistas tratar do resto.

SL

Eficaz só durante escassos 30 minutos

Análise técnica à prestação leonina na Supertaça

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Foto: Estela Silva / Lusa

 

«Com toda a informação disponível hoje em dia, torna-se possível despistar essas simplificações, sobretudo quando existem padrões e indícios que demonstram que uma hecatombe memorável como a que sucedeu ao campeão nacional [na Supertaça] não caiu do céu nem foi somatório de três ou quatro erros individuais.

O Sporting foi frágil com posse e permeável à transição portista, criando as falhas que haveriam de ditar o seu destino. No plano ofensivo o leão também não esteve bem, sendo apenas tipicamente eficaz durante escassos 30 minutos, o suficiente para iludir adeptos e provavelmente jogadores e até o timoneiro, ou não tivesse Rúben Amorim guardado a sua primeira tentativa de mexer no xadrez para bem tarde: o minuto 83.»

 

Análise da Supertaça no Goalpoint. Vale a pena ler na íntegra aqui.

Arranjem outra desculpa

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Nestas alturas há quem arranje desculpas para tudo.

 

Após sofrermos uma das mais inexplicáveis derrotas deste século, quando vencíamos por 3-0 aos 24', moralizando assim muito um adversário directo, logo apareceram diversas justificações para tão duro desaire numa final.

Algumas tão mirabolantes que nem é possível encontrar réplica racional para elas.

Mas uma das que merecem ponderação aponta para a extrema juventude e inexperiência dos nossos jogadores, confrontados com os rivais. 

Não me parece que este argumento seja válido.

 

Fui fazer as contas, registando as idades dos jogadores que integraram os onze iniciais do Sporting e do FC Porto.

Lamento contrariar os arautos de tal teoria, mas as idades - em termos médios - são muito aproximadas: 24,5 para os portistas, 23,6 para os nossos jogadores.

Haverá uma diferença assim tão decisiva entre os dois plantéis que compareceram nesta Supertaça?

Claro que não.

 

Vejamos.

Quais os três jogadores portistas mais jovens deste onze inicial na Supertaça disputada no estádio municipal de Aveiro?

Martim Fernandes, 18 anos.

Otávio Ataíde, 22 anos.

Nico González, 22 anos.

E o mais velho?

Grujic, 28 anos.

 

Vejamos agora, para comparar.

Quais os três jogadores leoninos mais jovens deste onze inicial numa partida que perdemos por 3-4?

Quenda, 17 anos.

Debast, 20 anos.

Eduardo Quaresma, 22 anos.

E o mais velho?

Morita, 29 anos.

 

Arranjem outra desculpa, meus amigos. Essa não serve.

Um desastre anunciado

De férias por terras da Galiza e com uma agenda ocupada, nem até agora vi o jogo nem sequer os lances capitais, e a verdade é que a vontade não é muita.

Fiquei-me pela A Bola que fui comprar a Monção e aquilo que aqui fui lendo.

 

A conclusão que tiro é que a festa do Marquês fez mal a muita gente. Em vez de focar e motivar para novas conquistas, serviu para cada um fazer contas à sua vida. E depois da festa foram duas derrotas estúpidas pelas decisões erradas de Rúben Amorim e dos jogadores contra uma equipa inferior ainda que ajudada pelos apitadores Apaf e pela escumalha das tochas.

Do que li parece que houve Sporting enquanto houve Hjulmand e Morita, ou seja 60 minutos. Depois, muito pouco ou quase nada. Sem motor o carro não anda. 

Parece também que na defesa Debast falhou em toda a linha no meio com Diomande no banco. 

Com tudo isto o onze final do Sporting com Quaresma, Catamo, Bragança, Mateus, Edwards, Rodrigo Ribeiro e Fresneda era pouco mais que inofensivo mas o Mateus ainda conseguiu a meias com Kovacevic oferecer o golo da vitória ao adversário. 

 

Enfim. Se perder por 3-4 depois de estar a ganhar por 3-0 com este adversário é péssimo, a gestão do plantel post Coates é tipo kamikaze. Daqui a nada estamos a disputar a Champions com a equipa B. Não dá...

Os ataques ganham jogos, as defesas campeonatos. Com uma defesa sem patrão, dois extremos nas alas que não defendem e dois médios que duram 60 minutos, não vamos a lado nenhum.

Vamos ver o que nos traz o arranque do campeonato.

SL

Percepção e realidade

Ia comentar o texto anterior do Edmundo Gonçalves, mas como o comentário já ia demasiado longo, penso que ficará mais legível aqui.

O texto entre aspas refere-se extractos que retirei do texto do Edmundo.

"Esta equipa do Porto que deixou os mais experientes na bancada"

Vamos comparar os onzes do Sporting e Porto que jogaram no sábado com os onzes que jogaram no Dragão em 28 de Abril de 2024 para o campeonato.

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O FC Porto joga, praticamente, com a mesma equipa, apenas com quatro alterações Wendell/João Mário, Pepê/Grujic, F. Conceição/G. Borges e Loader em vez de Evanilson.

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O Sporting joga com guarda-redes e com toda a defesa diferente, com Gonçalo I., Geny e Morten em posições diferentes ou seja dos onze titulares desse jogo, apenas, Pedro G. e Francisco T. jogaram nas mesmas posições.

Culpa do treinador?

Basta recordarmos o jogo do Dragão, o FC Porto estava, confortavelmente, a vencer dois zero, com o Sporting a marcar dois golos perto do minuto 90. Puxando pela memória recordamo-nos que numa altura em que o mais provável era o terceiro golo do Sporting, Nuno Almeida, o apitador de serviço, expulsou Edwards, reviravoltas, remontadas, acontecem desde que os árbitros as permitam e as promovam como aconteceu no sábado.

"Alguns falam de um erro arbitral"

Eu falo Edmundo, até que a voz me doa. O fora-de-jogo é óbvio tem de ser assinalado é para isso que estão lá o bandeirinha e o VAR, o segundo golo do FC Porto é ilegal, ponto, portanto nem devia ter existido prolongamento.

"Debast e Vladan confirmaram o meu receio"

Não gosto desta pessoalização do (suposto) erro quando o mesmo não é feito para o mérito. Vladan ao contrário de Diogo Costa não fez nenhum passe para golo (já lá vamos) e no golo ocorrido no prolongamento que, como vimos antes, não devia ter existido, a culpa é de Mateus Fernandes que prensa a bola e lhe dá um efeito que a torna indefensável, o remate de Iván Jaime, provavelmente, nem acertava na baliza, que culpa tem Vladan do auto-golo do colega?

Quanto a Zeno concordo com a apreciação de Rúben Amorim, é um craque. Basta ver como foram obtidos os três golos do Sporting saem todos doo pés do central belga. No primeiro é Zeno que faz o passe teleguiado desde o grande círculo para Geny, o moçambicano perde a bola pela linha de fundo, é canto e o resto é história. O segundo golo nasceu duma recuperação de Zeno a meio campo descaído para o lado direito, a bola ressalta em Grujic, depois em Morita e pouco depois está no fundo da baliza. O terceiro golo é uma jogada magistral iniciada pelo melhor guarda-redes do mundo (espero que Martinez tenha estado atento) Debast intercepta a bola, coloca em Morten, Morten para Eduardo Q., Edu para Zeno que domina e de cabeça levantada, dá para Gonçalo, daí vai para Geny, depois para Pedro G., este toca para Viktor e depois é história, o melhor guarda-redes do mundo não consegue defender o remate dum miúdo de 17 anos que com a atrapalhção em vez de chutar para a baliza, remata contra o chão (modo irónico ligado). Parece que houve um guarda-redes que esteve mal neste jogo mas não foi o do Sporting.

O jogo de sábado já acabou, agora é limpar as lágrimas e seguir em frente, há muitos jogos e muitas competições para vencer.

Já Bast(a)

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Isto nada como escrever sobre um jogo quase 48 depois de ele se ter realizado.

A fúria e a vergonha, que num jogo qualquer devem ser efémeras, até no jogo da vida, passam, o estado depressivo já lá vai e o que conta é o próximo jogo, que é já neste fim de semana, para abrir as contas que interessam.

O facto de ser sportinguista desde que me conheço por gente, já lá vão mais de 60 anos, leva-me a estar sempre de pé atrás até ao lavar dos cestos, que eu vindimas também fiz muitas e no rabisco às vezes é que se apanham os melhores cachos e os mais doces, aqueles que dão vida depois no tonel. Ora este facto, o de ser sportinguista, avisa-me para não dar nada por adquirido antes que um qualquer pinheiro apite para o final das hostilidades. E aquele 3-0 aos vinte minutos, ao contrário de alguns convivas que já anteviam uma goleada das antigas, levou-me a conter o meu entusiasmo. Debast e Vladan (que bela forma de nos empalar, rapaz) confirmaram o meu receio.

É lamentável perder um jogo que se tem na mão. Com esta equipa do Porto, que deixou os mais experientes na bancada, arrisco-me a dizer que nenhuma equipa da primeira liga perderia este jogo. Pior, restam-me poucas dúvidas que em situação semelhante conseguíssemos fazer o mesmo que eles.

Houve uma enorme diferença de atitude em campo e jogadores que são pouco mais que banais, rasgaram-se todos para dar a volta a um resultado que os tinha atirado para um poço que até parecia sem fundo e tenho que ser justo, nós marcámos três golos sem fazer grande esforço, porque somos claramente melhores que eles, mas eles tiveram aquilo que nós raramente temos: Garra. Alguns falam de um erro arbitral, mas eu não vou por aí, não foi pelo Pinheiro que fomos claramente derrotados, foi por culpa própria e se há que assacar culpas, apesar das três fífias de Debast e do peru com direito a recheio de Vladan, elas têm de ser assacadas a Amorim, que perde dois jogos seguidos contra o Porto que nos custaram dois títulos, ou um título e um troféu, ou lá como lhe queiram chamar, e pior que isso, em ambos a vitória dos portistas é inteiramente justa.

Alguém terá que dizer ao nosso treinador que as finais são para ganhar e não para inventar e que a época só termina depois do jogo da taça de Portugal e que a pré-época termina antes do jogo da Supertaça.

Do outro lado, vimos uma equipa e um clube que estão de rastos, que herdaram uma situação de falência, que se perdessem este jogo pelos números a que chegou o marcador levariam uma "porrada" enorme na sua auto-confiança e o que vimos? Raça, querer, entrega... E normalmente quem porfia, consegue alcançar e eles conseguiram. Sairam deste jogo com uma confiança enorme para o campeonato, com a moral lá no alto. Já nós, bom, nós, o nosso treinador pede-nos para continuarmos a acreditar neles. Ó Amorim, nós somos sportinguistas, se há alguém que nunca deixa de acreditar somos nós, prega mas é lá o teu discurso na academia para os teus jogadores, que a mim me parece que há por lá alguns que ou andam com má vontade ou acreditam pouco. 

No que diz respeito ao plantel, este jogo deixou claras as deficiências que tem. Anda-se há dois meses atrás de um grego e eu temo que a gente se veja gregos para marcar golos, sem um rapaz para ajudar o Gyökeres lá na frente, porque este parece que não sai de Atenas. Este rapaz Debast, teria sido avisado deixá-lo no banco, que as rotinas se fazem nos treinos, não numa final, ainda por cima contra o Porto. Diomande é, até prova em contrário, o dono daquele lugar. Tal como me parece que Franco é o dono da baliza, por alguma razão tem o n.º 1 na camisola. Este Vladan já cometeu erros suficientes e não por culpa dos colegas da defesa, que denotam falta de técnica, nos jogos da pré-época. Isso resolve-se com treino, tem a palavra o meu amigo Vital, mas até que seja inequívoca a diferença, deixem lá estar o Franco Israel, que tão boa conta deu da nossa baliza até se lesionar na época passada. Falta-nos um defesa direito, ou um central do lado direito, como queiram, que Geny quando joga por ali não defende e temo que se o lugar tocar a Quenda, o mesmo venha a acontecer. Precisamos de um 10 que faça explodir o jogo, não de um que se perca em rodriguinhos e como a época vai ser dura e esperemos que longa, falta não só qualidade, mas qualidade e quantidade, que eles não são de ferro.

A procissão está no adro. Os santos, os anjinhos, o vigário e o pálio e o povo, ainda não sairam, mas os sinos já repicam e a procissão ainda não está completa, falta gente para carregar o andor. Isso preocupa-me mais que as fífias do Debast e o pior dos pecados é que a procissão vai sair e se sai sem andor, ou com pouca gente para o levar a ombros, inevitavelmente ele vai tombar. E se tomba, adeus Amorim.

De equipa grande a pequena num jogo só

Sporting, 3 - FC Porto, 4 (Supertaça)

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Quenda marcou um grande golo na estreia como jogador da equipa principal do Sporting

Foto: Estela Silva / Lusa

 

Nunca tinha visto um jogo assim. Montanha-russa em que o Sporting parecia embalado para a glória quando se havia cumprido apenas meia hora da partida contra o FC Porto nesta Supertaça que opôs o campeão nacional (nós) ao vencedor da Taça de Portugal (eles). Fomos do cume ao precipício numa das mais desastradas segundas partes de que me recordo. Estávamos a vencer por 3-0 aos 24', chegámos ao intervalo com um resultado muito confortável (3-1) e em dois minutos fatais (64' e 66'), quando eles já tinham refrescado a equipa e nós ainda não, deixámo-nos empatar. No prolongamento, a estocada final: um golaço de Ivan Jaime sentenciou a partida, deu a primeira Supertaça conquistada pela turma portista contra nós e mergulhou a nação leonina na estupefacção. 

Como foi possível tão desastrada reviravolta?

 

As culpas devem ser apontadas, sem negarmos as evidências. E distribuídas. Desde logo incluindo o treinador: Rúben Amorim (sabemos agora) escalou mal o onze, ao apostar tudo no estreante Debast, que esteve muito longe de corresponder, enquanto deixava Diomande no banco para o importante posto de sucessor de Coates. E é duvidosa a sua confiança cega no recém-chegado Vladan, sentando no banco Israel, guarda-redes internacional pelo Uruguai que tão boas provas deu no terço final da época passada.

Mas houve também responsabilidades directas de jogadores. Começando pelos dois já mencionados. O jovem central belga, numa rosca disparatada, ofereceu de bandeja o primeiro golo à equipa que estreava Vítor Bruno como técnico principal. Podia ter feito muito melhor nos dois golos que sofremos na segunda parte, falhando cortes na grande área. E o guardião é muito mal batido no lance decisivo, o último, já no prolongamento: mal posicionado, muito para além da linha de golo, confiou no seu golpe de vista e... falhou.

Estrondosamente batido, enquanto os adeptos portistas explodiam em júbilo.

 

Claro que a história do jogo poderia ter sido bem diferente.

Aos 6', Gonçalo Inácio superou os centrais adversários no jogo aéreo, cabeceando com sucesso para as redes rivais. Aos 10', uma extraordinária arrancada de Gyökeres na ala esquerda foi coroada com um cruzamento recuado para Pedro Gonçalves a meter lá dentro. Aos 24', o momento áureo para as nossas cores: outro excelente trabalho do craque sueco na meia-esquerda com a bola a sobrar para o estreante Quenda, num remate acrobático de primeira, ampliar a vantagem. Que já parecia insuperável.

Mas não era.

 

Houve excesso de euforia, no campo e nas bancadas. Com arremesso de múltiplas tochas do sector do estádio municipal de Aveiro onde anteontem se concentravam as claques leoninas - uma das quais quase acertou em Vladan. Gestos que justificam severa punição da justiça desportiva.

Estes idiotas fizeram a festa cedo de mais.

De algum modo contagiaram os nossos jogadores. Que passaram a actuar com alguma sobranceria, roçando por vezes a displicência. Percebia-se que já consideravam favas contadas aquela Supertaça que nos foge há três anos. 

Estavam enganados. Menosprezaram o rival. Mesmo com um onze muito recauchutado e ausência de pedras nucleares da época passada (Pepe, Taremi, Evanilson, Wendell, Pepê, Francisco Conceição) a turma portista nunca deve ser desvalorizada.

Assim perdemos o primeiro troféu da época - por absurdo excesso de confiança, precisamente com o pensamento (profundamente errado), já expresso por alguns leitores do És a Nossa Fé, que este é «o pior FC Porto dos últimos 50 anos».

Não é. Como se viu.

 

Fica a lição. Para todos - incluindo nós, adeptos.

Mas sobretudo para os jogadores. E antes de mais ninguém para Rúben Amorim. Todas as cautelas são poucas, o plantel tem ainda carências: falta-nos um ala e um avançado, a poucos dias de começar o campeonato.

Uma andorinha não faz a Primavera. Uma derrota no primeiro jogo oficial da temporada não a condena ao fracasso, longe disso.

Eu acredito, claro.

Mas também não sou daqueles que transformam derrotas em "vitórias morais", tapando o sol com a peneira. Não contem nunca comigo para isso. Esta derrota aconteceu no sábado, hoje é segunda-feira e ainda me sinto incrédulo.

Como foi possível termos derrapado tanto quando havíamos conseguido o mais difícil?

 

Breve análise dos jogadores:

Vladan - Incapaz de travar o primeiro golo, que o apanhou desposicionado, falha por completo a abordagem no quarto (101'). Estreia infeliz, apesar da grande defesa que fez aos 87'.

Eduardo Quaresma - Cumpriu no essencial, sempre muito combativo. Passou a central à esquerda depois de Gonçalo sair. Aos 72' viu o cartão amarelo por protestos: é a nova regra.

Debast - Prestação calamitosa na estreia, como "sucessor" de Coates. Logo aos 4', quase fez uma assistência para o FCP. E aos 28' assistiu mesmo. Galeno deve-lhe a construção deste golo.

Gonçalo Inácio - Substituiu Coates no domínio do jogo aéreo ofensivo ao marcar de modo exemplar o primeiro golo, de cabeça, após um canto. Tentou repetir aos 90'+2, sem sucesso.

Quenda - Marcou um golo fantástico nesta estreia na equipa principal do Sporting só com 17 anos. Aos 42', ofereceu outro a Pedro Gonçalves, desperdiçado. O melhor Leão.

Morten - Sem o brilhantismo a que nos habituou na época anterior. Agora como capitão da equipa, pareceu nervoso e sem capacidade para desequilibrar.

Morita - Recuou para missões defensivas enquanto não lhe faltou o fôlego. Aos 86' ainda fez um corte precioso após canto portista. Não foi por ele que a equipa quebrou.

Geny - Sem Nuno Santos nem Matheus Reis, o treinador confiou-lhe a ala esquerda. E ele cumpriu a sua parte. Excelentes centros a servir Gyökeres (16' e 54') e Quenda (112').

Trincão - Rúben Amorim recomendou-lhe que jogasse mais perto de Gyökeres, como segundo avançado. Mas a parceria, manifestamente, não resultou. Muito apagado.

Pedro Gonçalves - Útil, no seu estilo inconfundível: por vezes não se dá por ele. Fez a assistência para o primeiro golo e marcou o segundo, num remate bem colocado. 

Gyökeres - Locomotiva até ao intervalo. É ele quem fabrica os dois primeiros golos, assistindo Pedro Gonçalves e Quenda. Podia ter marcado aos 16'. Quebrou fisicamente na segunda parte.

Edwards - Substituiu Trincão aos 83'. Conduziu bem um ataque rápido aos 96'. Sacou um livre aos 99'. Quase mais nada fez.

Daniel Bragança - Entrou aos 89', rendendo Morita. Demasiado discreto: nunca foi o médio ofensivo que aquele período do jogo exigia. Rematou ao lado (118').

Diomande - Tardiamente chamado a render Debast, só aos 90'+1, revelou alguma intranquilidade. A defesa melhorou, mas não muito.

Mateus Fernandes - Entrou aos 101' (saindo Pedro Gonçalves) e logo a seguir viu a bola tocar nele antes de entrar, selando o resultado. Um azar que não merecia.

Fresneda - Substituiu Gonçalo Inácio aos 101', alinhando como central à direita. Nervoso, trapalhão. Deixou a bola sair pela linha de fundo, incapaz de a dominar (120').

Rodrigo Ribeiro - Quase em desespero, Amorim mandou-o entrar, saindo Morten. Ao minuto 103. Ele queria a bola, mas quase nunca a recebeu.

Absurdo

Entre as coisas mais absurdas que tenho ouvido e lido desde ontem à noite, uma das principais é esta: o Sporting «foi prejudicado» na Supertaça por não ter contado com Paulinho lá na frente e Coates lá atrás. 

Curiosamente, alguns dos que agora dizem e escrevem isto nunca se coibiram de criticar Paulinho e Coates quando eles estavam no Sporting.

Lamento, mas não têm razão alguma. Tal como não teriam os portistas se apontassem para as ausências dos já excluídos Pepe e Taremi como eventual justificação de uma derrota que esteve quase a acontecer.

Há outras causas, mas essas não.

Absolutamente inaceitável

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Gyökeres, com dois passes para golo: esforço do craque sueco foi insuficiente para vencer

 

À quinta tentativa, o FC Porto conseguiu: venceu esta noite o Sporting, conquistando a Supertaça no estádio municipal de Aveiro.

Primeira vitória oficial de Vítor Bruno, novo técnico portista.

 

Vista do nosso lado, é uma derrota que soa a pesadelo. Chegámos a vencer por 3-0 e deixámos que o FCP conseguisse a reviravolta, triunfando por 4-3 no prolongamento. 

Marcámos o primeiro logo aos 6', por Gonçalo Inácio.

O segundo surgiu aos 9', por Pedro Gonçalves.

O terceiro - fantástico golo - aconteceu aos 24', pelo jovem Quenda, em estreia simultânea como titular e artilheiro da equipa principal. Merece elogio, tal como Gyökeres: o sueco não marcou, mas fez duas assistências.

Aos 28', Galeno reduziu. Fixando o resultado ao intervalo: 3-1.

 

E depois? Acentuou-se o naufrágio defensivo do onze leonino, que se estreia da pior maneira na temporada oficial 2024/2025. Sofremos dois outros golos, aos 64' e aos 66'. Aos 101', consumou-se o descalabro.

Com o nosso treinador inexplicavelmente passivo. Rúben Amorim só se dignou fazer a primeira substituição aos 83': mandou sair Trincão, mandou entrar Edwards. Mera troca posicional, que nada alterou para melhor.

Alinhámos com dois reforços: Vladan e Debast. Nenhum deles me convenceu. O quase-desaparecido Fresneda, desta vez em campo nos 20 minutos finais, continua sem demonstrar qualidade para integrar o plantel leonino.

 

Passámos do oitenta para o oito. Nunca tinha visto nada semelhante num desafio desta relevância, que garantiu o primeiro troféu da época. Vai para o museu do Dragão.

Resumo tudo nestas duas palavras: absolutamente inaceitável.

Resumo da Supertaça em meia dúzia de linhas

Nos últimos dois jogos com o Porto, em que basicamente lhe oferecemos dois troféus, tivemos sempre condicionantes de jogadores (castigos ou lesões), tivemos sempre erros individuais de vários dos nossos atletas, tivemos sempre más abordagens tácticas de Rúben Amorim e tivemos sempre arbitragens habilidosas.

Se dois dos factores fogem do nosso controlo, os outros dois têm de ser corrigidos. Há um excesso de displicência e/ou nervos dos jogadores que não se admite a este nível e algum sentimento do treinador de que já se ganhou o jogo antes dele começar e que por isso se pode inventar um bocado e brilhar na mesma.

Se é verdade que este jogadores do Porto, um plantel cada vez mais fraco a cada ano que passa, se jogassem no Estrela da Amadora alcançariam a posição habitual do Estrela da Amadora, o facto é que jogam com a camisola azul e branca com tudo o que isso acarreta a nível de mística, de massa adepta e de arbitragem amiga. Mesmo sendo fracos têm de ser respeitados e parece-me que isso não tem acontecido totalmente.

Na Pressão

Já é um lugar comum dizer-se que Rúben Amorim alterou radicalmente o discurso do treinador português - particularmente do Sporting, mas não só. Com as suas declarações antes do jogo da supertaça essa alteração radical manifestou-se mais uma vez.

Durante anos habituei-me a ouvir os treinadores empurrarem sempre a pressão para o adversário. Manuel José, então, era perito nesse tipo de discurso. Era mesmo a "cassete" do treinador algarvio. Fosse qual fosse a equipa que ele treinasse, a responsabilidade de ganhar era sempre do adversário.
Foi a primeira vez que eu me lembro que ouvi claramente um treinador do Sporting admitir que a reponsabilidade de ganhar está mais do seu lado. Ou seja, a ter um discurso de equipa grande. Espero que essa pressão e essa responsabilidade se mantenham ao longo de toda esta época que agora se inicia. A começar pelo jogo de hoje.

Sábado, pelas 20.15 horas

Começa a época a sério, como de costume com a disputa do primeiro título, enfrentando-se os vencedores do campeonato e da taça de Portugal.

Calhou-nos em sorte o fêquêpê, agora liderado por um homem aparentemente de Boas palavras e Boas maneiras, que se tem visto grego para arranjar uma boa equipa, tal o desarranjo em que o velho crocodilo e sua pandilha deixaram a agremiação.

Também nós, com a saída de el capitán Coates e de Paulinho e a situação estável de Ste Juste (estável, porque está sempre no estaleiro), apesar do despontar dos miúdos Ribeiro e Quenda e não nos faltarem opções para formar um onze para ganhar, mesmo com Esgaio, temos ainda assim algumas indefinições. Ora para ajudar o nosso treinador, não precisa eu sei, dou aqui uma dica de gente que estará sempre disponível para entrar em campo e suar o equipamento até cair para o lado, com uma condição: Que não lhes tapem a boca pelo menos até à manhã de Domingo.

Assim, com a melhor das intenções, cá vai um onze que nos dará garantia de levarmos de vencida qualquer morcão que nos apareça pela frente.

 

Na baliza:

Eu, que por causa dos joelhos e da coluna não me dá para correr muito e frente a uma equipa de coxos, basta deixar-me cair e agarrar a bola;

 

Os três defesas:

José da Xã, que tem um jogo de cintura que deixa qualquer adversário pregado ao chão (pregado não confundir com o peixe do mesmo nome, primo do linguado);

Francisco Almeida Leite, porque é alto! (mas não é tosco).

Tiago Cabral, porque é da esquerda e aposta sempre em cinco golos e não marca nenhum, portanto teremos duas certezas, não marca, mas também não deixa marcar!

 

Os quatro do meio:

Luís Lisboa, que fará bem de Palhinha e como é de convicções fortes, não há andrade nenhum que passe por ele;

Eduardo Hilário, que pode muito bem fazer o lugar de Nuno Santos, pela sua eloquência no tratamento da bola (queria a todo o custo fazer de Pote, mas não lhe posso dar essa missão, que ele deslumbrava-se );

Vítor Hugo Vieira, pela sua capacidade de análise aos momentos de jogo, não vá o Amorim estar distraído;

Ricardo Roque, que desce bem, nem que seja copos de imperial...

 

Os três da frente:

Pedro Oliveira na direita, para dar cabo da cabeça ao fiscal de linha!

José Navarro de Andrade por onde ele quiser porque nem precisa de jogar, basta-lhe aquele ar mordaz e depois é saltar por cima deles;

Pedro Correia na ponta, não na esquecida mas a nove mesmo e capitão. Tal como FAL é alto e isso é predicado mais do que suficiente, já que técnica a gente desconfia que... Mas naquela posição não precisa de se mexer muito, até porque os joelhos não lho permitem. Não é um pinheiro, mas é um beirão robusto e nem que venha o Pepe...

 

No banco, como adjunto exclusivo estará João Goulão (precisamos de um prufessô que nos compreenda) e estarão todos os outros que completam esta equipa com Fé e tenho para mim que serão poucos para as substituições, as normais e as de emergência, havendo talvez até que recorrer à ajuda preciosa do nosso excelente sector feminino e apelar ao seu sentimento de sportinguismo solidário e antevejo que terminaremos com uma equipa mista para se conseguir chegar ao fim e comemorar a conquista de mais um título.

 

Nota 1 - Não começamos com uma equipa mista porque os regulamentos não o permitem, mas para as substituições arranjei uma solução: Já encomendei no chinês umas mascarilhas do Ronaldo à maneira e as nossas colegas... Estão a ver, né? Ainda não consegui arranjar solução para o facto de o 7 estar sempre a substituir o 7 e de possivelmente haver vários 7 em campo ao mesmo tempo, mas até sábado ainda muitas medalhas serão conquistadas nos Jogos Olímpicos, sem stress e se houver problemas com o árbitro, entregamo-lo ao Pedro Oliveira;

Nota 2 - De prevenção estará Frederico Varandas, que como médico especialista em medicina desportiva, terá mais trabalho, felizmente para quem lá esteve com ele, do que o que teve no Afeganistão.

É pa ganhar!

Campeões, campeões, nós somos campeões!

E agora?

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Nuno Santos com a perna esquerda imobilizada - no fundo, a única que conta neste talentoso jogador a quem já tanto devemos. Está confirmado: não contaremos com ele na Supertaça, agendada para 3 de Agosto em Aveiro. Quanto tempo ficará de fora?

 

Matheus Reis e St. Juste (este último também com queixas físicas após o particular Sporting-Sevilha) irão falhar também a Supertaça, por castigo. 

 

Diomande, expulso após o desafio contra a turma andaluza, pode igualmente falhar por este motivo disciplinar a presença no desafio da Supertaça. Irá mesmo acontecer? Nesta matéria, a doutrina divide-se. *

 

Sendo assim, pergunto-vos: admitindo que todos estes futebolistas ficarão impedidos de actuar contra o FCP, qual deverá ser o nosso onze titular no primeiro embate da nova temporada?

 

* ADENDA: Diomande joga na Supertaça. Cumprirá castigo sábado, ausente do Troféu Cinco Violinos.

Orgulho

Na nossa equipa de andebol que conquistou a Supertaça da modalidade em Santo Tirso, derrotando FC Porto e Benfica.

Num fim de semana em que derrotámos o FC Porto em andebol, basquetebol e futebol, e o Benfica em andebol. Perdemos e por 15-13 no 3º set no Dragão Arena em voleibol feminino. É obra. 

Mas voltando ao andebol, devemos lembrar que esta nossa equipa resulta dum contra-ataque demolidor de Frederico Varandas a um ataque ao melhor jeito mafioso do grande amigo do nosso ex-presidente,  Pinto da Costa, que seduziu o então nosso capitão Pedro Valdez e tentou Salvador Salvador, tentando repetir o tempo em que roubou o Augusto Inácio e o Eurico ao João Rocha, e antes disso o Alhinho e o Dinis. O Valdez realmente foi, mas o Salvador fez de Manuel Fernandes e disse não, e vieram Ricardo Costa e os seus dois filhos, Francisco e Martim Costa, e com eles foi possivel recuperar do desmantelamento via Covid da equipa de Anti e Frankis Carol e construir as bases duma equipa que dá tudo dentro do campo.

Uma equipa em que quem não joga no momento, como o pivot Vag, faz de tudo no banco para apoiar aqueles que lá dentro suam a camisola, a marcar golos e a evitá-los.

Uma equipa de andebol de ADN Sporting como a do futebol de Amorim. E como as que Pedro Nuno Monteiro, Mariana Cabral, Rui Pedro Costa, Alejandro Domínguez e João Coelho estão a procurar construir nas modalidades respectivas.

SL

Uma pergunta

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Imaginam possível nos tempos que correm um jogo assim como a Supertaça de ontem em Aveiro entre o Sporting e o Porto, com o Luís Godinho, depois dum festival de apito com amarelos para todos os gostos, uns mal dados a começar por um originado por mais uma canalhice do Otávio, outros por dar, alertado pelo João Pinheiro, a expulsar o arruaceiro Pepe e depois o Conceição?

Eu não consigo. Nunca aconteceu, e enquanto esta arbitragem APAF se mantiver ao serviço de Porto e Benfica não vai acontecer. 

SL

Do futsal ao futebol

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O Sporting conquistou ontem em Matosinhos mais uma Supertaça de Futsal sob o comando do Nuno Dias, que já na 11.ª época como treinador do Sporting conta como conquistas 2 Ligas dos Campeões, 7 Campeonatos Nacionais, 6 Taças de Portugal, 7 Supertaças, 4 Taças da Liga e 4 Taças de Honra da AFL.

Conquistou esta Supertaça não com uma legião estrangeira, nem com jacarés e crocodilos habituados a acabar expulsos nas bancadas, mas com uma mistura muito bem conseguida ao longo do tempo entre uma base de jogadores da formação e estrangeiros de topo, alguns já com vários anos de clube, que formam uma grande equipa dentro e fora da quadra, ganham a equipas com outros orçamentos e são a base da também ela vencedora selecção nacional. 

Esta vitória na Supertaça vem na sequência de dois excelentes desempenhos das equipas de basquetebol, sob o comando de Pedro Nuno Monteiro, e de andebol, sob o comando de Ricardo Costa, que resultou na conquista da Supertaça no basquetebol e em morrer na praia no segundo prolongamento da Supertaça do andebol, depois dum erro factual da equipa de arbitragem (reposição incorrecta da bola em jogo pelo Benfica nos ultimos segundos do primeiro prolongamento quando estávamos em vantagem) que poderia ter-nos dado a vitória também. Podia falar aqui também do futebol feminino sob o comando de Mariana Cabral, que na Supertaça com uma superequipa do Benfica apenas sucumbiu no prolongamento.

São quatro equipas em diferentes estados de maturação e peso da formação, mas onde se sente o ADN Sporting, aquilo que faz o Sporting em qualquer modalidade um candidato a vencer, sempre sem recurso a processos mafiosos de condicionamento dos resultados dentro do campo e em luta directa com rivais que gastam muito mais e por isso tem as contas no estado em que estão. 

 

Já no futebol profissional o Sporting não conseguiu este ano estar na Supertaça de Futebol, mas sob o comando de Rúben Amorim,  já na 4.ª época como treinador, conta com 1 Campeonato Nacional, 2 Taças da Liga, 1 Supertaça, 1 passagem aos oitavos de final da Champions. E conseguiu isso tudo também com a tal mistura atrás referida, ainda nesta última grande vitória contra o Tottenham foram a jogo muitos com bons anos passados em Alcochete, desde os nados e criados lá, como Inácio e Esgaio, a um Coates que já vai na sexta temporada, e vários outros que vão na terceira, como Adán, Porro e Pedro Gonçalves.

Do futsal ao futebol vão muitos milhões de euros de distância. Estamos a falar de realidades completamente diferentes, é o futebol que directa ou indirectamente sustenta o clube e consequentemente o futsal, os sucessos ou insucessos do primeiro reflectem-se rapidamente no percurso do segundo.

Mas o que importa agora referir é o magnífico exemplo a seguir que o futsal constitui para o futebol. Um exemplo de estabilidade técnica, um exemplo de competência, um exemplo de formação, um exemplo de mentalidade vencedora, no fundo um exemplo do nosso lema "Esforço, dedicação, devoção e glória!"

O que falta para o futebol do Sporting ser também tudo isso? Bom, competência não falta, qualidade na formação também não, mentalidade vencedora já deram provas que a têm nos ultimos anos com Amorim e Keizer. Falta o quê exactamente?

Se calhar faltam mais sete anos de Rúben Amorim como treinador do Sporting, capacidade financeira para reter os melhores e contratar verdadeiros reforços, e poderes (arbitragem, disciplina, selecções, controlo médico, etc) libertos das máfias dos rivais, muito especialmente a do clube do Pinto da Costa. Simples de dizer, bem mais difícil de acontecer. Como muito bem referiu ontem o Miguel Afonso, no caso do futsal  "estamos a falar duma modalidade em que, ao contrário de outras, o unico critério de escolha da selecção de jogadores é a qualidade".

Concluindo, muitos parabéns a Nuno Dias e à sua brilhante equipa pela conquista de mais uma Supertaça de Futsal.

SL

Taça Império, Supertaça e o Cavalheiro

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A primeira Supertaça foi disputada no dia 10 de Junho de 1944 na inauguração do estádio nacional do Jamor.

Sporting, vencedor do Campeonato e Benfica, vencedor da Taça de Portugal (vencedor e não finalista vencido, já lá iremos).

Essa primeira Supertaça foi conquistada pelo Sporting com dois golos de Peyroteo e um de Cavalheiro, Eliseu Cavalheiro.

Parece-me que, uma vez que a Supertaça é organizada pela Federação Portuguesa de Futebol, o vencedor da Taça de Portugal teria de estar sempre na disputa da Supertaça.

O representante da Liga seria o vencedor da Liga se fosse a mesma equipa a vencer a Liga e a Taça seria o vencedor da Taça da Liga e se fosse a mesma equipa a vencer a Taça, a Liga e a Taça da Liga, a Supertaça seria disputada entre o vencedor da Taça e o segundo classificado da Liga.

A mudança que preconizado evitaria dois FC Porto vs. Tondela, um a fechar uma época e outro a abrir outra, arriscando-se a equipa, teoricamente, mais fraca a perder ambos os jogos.

{ Blogue fundado em 2012. }

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