Mateus Fernandes e Tiago Tomás, abraçados, festejam um dos golos às Ilhas Faroé em Faro
Foto: Luís Forra / Lusa
Três jogadores ligados ao Sporting estiveram em evidência no desafio de quinta-feira da nossa selecção sub-21, frente à das Ilhas Faroé: Tiago Tomás, Chermiti e Mateus Fernandes. Os dois últimos marcaram (o terceiro e o quarto da nossa goleada por 4-0), o primeiro assistiu no golo inicial desta partida, apontado por Fábio Silva.
Amanhã temos outro embate nesta fase de apuramento para o Europeu sub-21 de 2025: vamos receber a selecção da Croácia, também em Faro. Lideramos o Grupo G, com 15 pontos em seis jogos. Muito bem encaminhados, portanto.
Os nossos "miúdos" estão naturalmente de parabéns. Vale a pena sublinhar que Chermiti, agora já longe de Alvalade, foi muito feliz nesta sua estreia pela selecção ao apontar o golo. Mas o destaque maior vai para Mateus, considerado o melhor em campo.
Este sim, ao contrário do antigo colega da formação que está hoje no Everton e de TT, que integra o plantel do Wolfsburgo, pode - e deve - regressar ao Sporting. Já na próxima época. É o que eu penso, é o que desejo.
Gostaria de saber se concordam comigo. E também se consideram que ele tem condições para vir a ser titular na nossa equipa principal. Se for o caso, poderá ocupar o lugar de quem?
Muito Sporting ontem em Guimarães contra a Suécia. Com Inácio no banco, Gyokeres a jogar e a marcar, e depois Rui Patrício, Nuno Mendes, Matheus Nunes, Palhinha, Bruno Fernandes, Rafael Leão e Bruma.
Muito Sporting ontem também em Faro, com Mateus Fernandes o melhor em campo na selecção sub-21 contra a selecção das Ilhas Faroé. E também Renato Veiga, Chermiti e Tiago Tomás.
Mais ainda podia ser se não fossem as lesões de Pedro Gonçalves e Trincão.
Muito bom Sporting, jogadores que passaram vários anos em Alvalade, deram rendimento desportivo e proporcionaram vendas no total de algumas centenas de milhões de euros. Alguns deles são visitas frequentes na tribuna de Alvalade.
Algum mau Sporting, jogadores que sairam pela porta dos fundos depois do assalto a Alcochete e muito pela incapacidade do presidente de então assumir as suas responsabilidades e estancar ali mesmo o problema. Rafael Leão deu zero de rendimento desportivo na 1.ª equipa e passados quase seis anos do assalto a Alcochete o melhor que o Sporting conseguiu por ele depois de muita litigância foram 20 M€.
Foi então com lentes verdes que vi o jogo de ontem, mas de qualquer maneira acho que a selecção de Martinez está no caminho certo.
E melhor estará se terminarem de vez as naturalizações a martelo dos brasileiros vendáveis do Pinto da Costa. Já basta o que basta com um Pepe que não tem dignidade desportiva para lá estar e um Otávio que o Porto fidelizou com a ida à selecção e depois encaixou milhões . Como disse e bem o Fernando Mendes: "Isto não é a selecção de futsal do Azerbaijão."
Aconteceu no Estádio José Alvalade, há cinco dias, embora não por culpa da SAD do Sporting. Toda a responsabilidade deve ser imputada à Federação Portuguesa de Futebol, "inquilina" do nosso recinto para o jogo particular Portugal-Nigéria, de preparação para o Mundial (vitória portuguesa por 4-0).
Centenas de espectadores que pretendiam assistir ao jogo foram impedidos de entrar pelos assistentes de recinto desportivo só por usarem camisolas distribuídas pela Amnistia Internacional, semelhantes a coletes de trabalhadores da construção civil, com alusões críticas às violações dos direitos humanos no Catar e às mortes de centenas de operários imigrantes que sucumbiram em condições desumanas na construção dos estádios.
É totalmente inaceitável. Algo próprio de um Estado totalitário. E dói-me ainda mais por ter ocorrido no nosso estádio, embora à revelia da estrutura leonina. A FPF - instituição de utilidade pública, como lhe é reconhecido por diploma legal - não pode colocar-se à margem das normas constitucionais portuguesas.
Temos de dizer-lhes sem margem para dúvida: Portugal não é o Catar. E Alvalade não é coutada da FPF, mesmo em dias de jogos das selecções.
Foi uma das melhores exibições de sempre da selecção sub-21. Acabo de ver o jogo, transmitido pelo canal 11: uma lição de futebol. Com desenvoltura, compromisso e alegria.
Vencemos Chipre 6-0 nesta partida, disputada em Faro. Estivemos mais perto de fazer o sétimo do que os cipriotas de conseguirem o primeiro.
Vamos muito bem lançados para carimbar o apuramento para o Europeu sub-21. Cem por cento vitoriosos até agora: cinco jogos, cinco triunfos, nem um golo sofrido.
Parabéns ao técnico Rui Jorge (hoje ausente do banco, por ter Covid-19), parabéns a todos os jogadores. Em especial aos nossos meninos: Eduardo Quaresma e Gonçalo Inácio, defesas centrais titulares. Eduardo inicia o lance de que resulta o quarto golo e Gonçalo marcou o segundo, de cabeça, à Coates, na sequência de um canto. O seu primeiro golo pelos sub-21, logo à segunda internacionalização.
Recomendo a todos os leitores: se puderem, vejam todo o lance do nosso sexto golo. Antecedido de 30 passes seguidos sempre com posse de bola do nosso lado. Digno de antologia.
Eis a diferença entre uma selecção e uma equipa. Estes sub--21 formam uma verdadeira equipa.
Porque a grandeza do Sporting não está apenas no futebol sénior masculino, neste fim de semana a equipa feminina vulgarizou a equipa milionária de Carnide com um contudente 3-0, mesmo com uma arbitragem ligeiramente caseira. Um verdadeiro regalo.
Mas não bastou: as nossas meninas do râguebi também levaram de vencida as moças de Carnide.
Futsal e basquetebol continuam a ganhar e a manter o primeiro lugar invictos, mesmo contra arbitragens de critérios duvidosos, como foi o caso do jogo da Liga de Basquetebol. O voleibol continua a ganhar, depois de um início de época também penalizado devido ao Covid. O hóquei, embora tenha ido empatar a Viana, continua em primeiro. Como se vê, para um Clube "morto", estamos bem vivos.
Agora vamos falar um pouquinho de futebol.
Depois de mais uma jornada para as selecções, senti ontem [anteontem], depois do jogo dos sub-21, uma saudade imensa de ver os jogos do Sporting.
Estas selecções do Mendes metem dó a jogar: sem ligação entre sectores, sem linha de jogo, no fundo sem qualquer qualidade a que dê prazer assistir. Não consigo perceber como é que uma selecção que tem jogadores das melhores equipas do mundo consegue ser tão medíocre e inócua a jogar.
Algo vai mal no reino das selecções. Ao contrário do que muitos dizem, Fernando Santos não tem, nem nunca teve, o condão de colocar a selecção a praticar bom futebol. As vitórias que foi conseguindo foram mais por mérito e qualidade individual dos jogadores do que por estratégia e dinâmica da equipa. Mas o tempo vai passando e alguns jogadores vão perdendo capacidade para fazerem a diferença, mostrando as fragilidades do colectivo. Mais uma vez foi notório que a selecção não é preparada para ganhar, mas sim para encher egos e servir de montra.
Infelizmente, o que se passa na selecção A também se estende à sub-21. Rui Jorge parece já se ter adaptado ao estado da nação das selecções. Num jogo contra uma selecção como a de Chipre, não consigo aceitar também a falta de qualidade e atabalhoamento em quase toda a partida, em que o desbloquear do resultado negativo, que tínhamos desde os três minutos de jogo, foi conseguido através de uma grande penalidade marcada de forma deficiente, mas com o selo da sorte.
No meio disto tudo, e como sportinguista, só espero que os jogadores do Sporting joguem pouco pelas selecções de forma a não se lesionarem, como aconteceu com o Nuno Mendes e o Pedro Gonçalves. As selecções não precisam deles, mas o Sporting sim.
Texto do leitor Luís Barros, publicado originalmente aqui.
Pedro Gonçalves: dois golos na estreia como artilheiro da selecção sub-21
Foi bom ver ontem o jogo Gilbraltar-Portugal, da selecção nacional sub-21. Para termos mais uma oportunidade de assistir ao desempenho de quatro dos nossos: Luís Maximiano, Pedro Gonçalves, Daniel Bragança e Joelson Fernandes.
Max, como era de esperar, teve muito pouco trabalho. Mas à frente os jovens Leões destacaram-se pela positiva - Daniel no centro do terreno e Joelson, que só entrou na segunda parte, encostado sobretudo à ala esquerda. O primeiro golo nasce de um passe longo do primeiro, que vai confirmando o seu talento em cada oportunidade que lhe dão, seja no Sporting seja com a camisola das quinas.
Mas o destaque vai para Pedro Gonçalves: estreia a marcar na selecção nacional. E logo bisando: são dele o segundo e o terceiro golo dos sub-21. O segundo (primeiro dele) é um golão que merece ser revisto. Conclusão: temos não apenas um tecnicista e criativo no nosso meio-campo ofensivo, mas também alguém que busca a baliza e revela faro de golo. Boa notícia para o Sporting.
Gostei da convocatória de Rui Jorge para os próximos jogos da selecção sub-21. Uma lista em que o Sporting surge como o clube mais representado, fruto da reforçada aposta na formação e da redução da idade média do plantel leonino.
Seis dos nossos jogadores foram chamados:
- Luís Maximiano
- Eduardo Quaresma
- Nuno Mendes
- Daniel Bragança
- Miguel Luís
- Pedro Gonçalves
FC Porto e Benfica, por sua vez, estão representados por cinco jogadores cada. Casos de Diogo Costa, Diogo Leite, Diogo Queirós, Vítor Ferreira e Fábio Vieira, entre os portistas, e de Tomás Tavares, Pedro Pereira, Florentino, Jota e Embaló, pelos encarnados.
Vale a pena sublinhar que os nossos Eduardo, Nuno e Pedro figuram pela primeira vez entre os eleitos de Rui Jorge. Justa aposta neste trio em função do valor já revelado por qualquer destes jovens jogadores.
Aproveito para perguntar aos leitores se concordam com esta convocatória e se gostariam de ver algum outro jogador do Sporting nela incluído.
Ou a capitulação do último "moicano" à ditadura do polvo e aos mendilhões?
Até este último europeu de sub-21, as equipas de Rui Jorge, que detinham um enorme record de jogos sem perder, mais de cinco anos e meio, sentiram pela primeira vez o sabor da derrota. E por causa disso mesmo, ficaram pelo caminho na fase final do recente Euro-2017.
No jogo que ditou a derrota com a Espanha e que está na génese dessa eliminação, Rui Jorge recorreu a uma equipa maioritariamente oriunda da maior academia do Mundo e do Dubai. O rapaz com maior experiência de banco da bundesliga foi, só, o pior jogador de entre os portugueses e tudo leva a crer que a sua inclusão terá sido uma imposição, ainda que por interposta convocatória (ao não ser convocado para a "Confederações", era quase obrigatório que o moço fosse titular nos sub-21 e Rui Jorge foi permeável à pressão). Nesse jogo que quebrou a invencibilidade da turma portuguesa, estiveram ainda João Carvalho, que fez parelha no meio-campo com Renato Sanches, sendo tal como o colega uma das asas do passador que foi aquela zona do terreno, João Cancelo, que perdeu tantas bolas que o delegado da FPF teve que ir ao supermercado comprar uma vintena delas para que se continuasse o jogo, Bruno Varela e Guedes. Ou seja, com cinco pérolas do Seixal em campo e pela primeira vez com uma minoria de rapazes de Alcochete, apenas três (Ié, Semedo e Podence), toma lá bolachas, Rui! A primeira derrota em cinco anos e oito meses.
Quando precisava de golear, lá recorreu aos do costume. A coisa até estava a correr bem, quando lhe passsou pela cabeça trocar Podence por Diogo Jota, que nada acrescentou e até acabou expulso e num rasgo de revolta (deduzo eu) lá tirou o rastafari, trocando-o pelo Ricardo Horta que para que o colega não ficasse ofendido, foi ainda um bocadinho menos eficaz que ele.
Por último e para colocar a cereja no topo desta açorda (que como se sabe não casa), nem deu um minuto sequer a Francisco Geraldes.
Era este senhor com que alguns andavam a sonhar para ocupar o posto numa eventual saída de Jesus?
Quatro golos da cantera leonina contra a Macedónia no Europeu de sub-21: Bruma (2), Edgar Ié e Podence - este com uma soberba assistência de Iuri Medeiros. A selecção venceu 4-2, resultado no entanto insuficiente para transitar para as meias-finais, na sequência da anterior derrota frente à Espanha (1-3).
O pior em campo - a larga distância de qualquer outro - foi um tal Renato Sanches, que o treinador mandou retirar de campo aos 55 minutos. Uma nulidade.
Boa vitória da nossa selecção sub-21 hoje frente à Noruega. Por 3-1. Com o nosso Rúben Semedo a marcar o segundo golo. Os outros foram apontados por Gonçalo Paciência (Rio Ave) e Diogo Jota (FC Porto).
Vale a pena sublinhar: a selecção sub-21 não perde há quase seis anos, desde Outubro de 2011. De então para cá averbou 24 vitórias e apenas sete empates. Estão de parabéns os jogadores e o treinador Rui Jorge.
Parabéns ao Daniel Podence e ao Rúben Semedo, dois bravos leões que ontem participaram na goleada da selecção nacional sub-21 frente ao onze do Liechtenstein por 7-1 - a mais expressiva vitória de sempre da equipa das quinas fora de casa neste escalão.
Podence marcou o segundo golo, Rúben Semedo fechou a conta - ambos com exibições muito positivas. Apostas do seleccionador Rui Jorge, cuja competência é comprovada pelos números: há cinco anos que os nossos sub-21 não perdem em confrontos com outras selecções.
Este é o futebol que vale a pena enaltecer. Hoje, amanhã e em qualquer dia.
Balanço positivo: um golo e uma assistência primorosa na vitória por 4-0 da nossa selecção sub-21 contra a Albânia.
Foste considerado muito justamente o melhor em campo pela imprensa desportiva. "Determinante", escreveu A Bola.
Estiveste bem, miúdo. Agora quero ver-te jogar na nossa equipa com a mesma alegria, a mesma vivacidade e o mesmo talento. Não esperes que a inspiração te visite: trabalha sempre. Porque a sorte só sorri a quem a conquista com muito trabalho.
Carrillo, depois de cinco anos em Alvalade, decidiu cuspir no prato. É lá com ele se prefere dar ouvidos ao "empresário" que o acolita: o maior prejudicado acaba por ser ele próprio.
Mas há males que vêm por bem. Com ele de fora, Gelson Martins joga mais e tem oportunidade de brilhar na equipa principal, com reflexos a vários níveis. Ainda agora, ao serviço da selecção nacional sub-21, marcou um golo e deu outro a marcar na Grécia.
Bernardo Silva confirmou aquilo que muitos suspeitavam. Não se sentiu confiante para marcar um penálti na final do Euro Sub-21.
Cherba resume o acontecimento com um muito sugestivo: o craque borrado. Pessoalmente, acho que essa etiqueta não cola ao jogador.
Não deve ser nada fácil assumir a responsabilidade de marcar um penálti numa final com a importância que teve a final do Euro Sub-21. Não basta ter o jeito para marcar, é preciso ter a "confiança" para bater a bola imune à pressão vinda do público ou ao guarda-redes adversário que se agiganta e faz a baliza parecer muito pequenina.
Bernardo Silva, uma das estrelas maiores da Selecção, não se sentiu com confiança e disso deu conta ao treinador. Foi humilde. Não se pode exigir a um jogador, por muito estrela da equipa que seja, que marque um penálti quando, garantidamente, não se sente em condições para tal, sejam físicas ou psicológicas.
Marcar penáltis não é apenas uma questão de coragem. É, também, uma questão de «grupo». Nenhum jogador deve colocar o seu capricho ou interesse pessoal à frente do interesse do grupo. Se não se sente em condições, pois que seja outro colega a marcar. O contrário é que seria borrar a pintura.
Não conquistámos o Campeonato da Europa por uma unha negra. Tal como em 1994 tinha acontecido com uma selecção onde pontificavam Luís Figo, João Vieira Pinto, Rui Costa, Sá Pinto, Rui Bento, Abel Xavier, Jorge Costa e Capucho, entre outros.
Mas conquistámos a admiração da Europa do futebol. E o reconhecimento do mérito dos nossos jogadores. Cinco deles foram incluídos no melhor onze eleito pela UEFA: José Sá, Raphael Guerreiro, William Carvalho, Ivan Cavaleiro e Bernardo Silva.
Entre estes, William recebeu a distinção mais elevada: ninguém foi melhor que ele - também segundo o exigente critério da UEFA. O médio defensivo leonino entra assim num restrito lote de craques que noutros campeonatos europeus da especialidade receberam idêntica menção: Rudi Voller, Laurent Blanc, Davor Suker, Luís Figo, Fabio Cannavaro, Andrea Pirlo, Petr Cech, Jan-Klaas Huntelaar, Marcus Berg e Thiago Alcântara.
Confesso que, primeiro, não percebi o signficado deste post do Pedro Oliveira. Mas depois vi os comentários, bem como os comentários a este post n'O Artista do Dia e percebi. Resumo: por incrível que pareça, para grande número de benfiquistas, o Portugal-Suécia em sub-21 de ontem não foi um Portugal-Suécia mas um Benfica-Sporting, porque na selecção da Suécia joga um tipo que anda há dois anos na equipa B do Benfica, e o Benfica ganhou ao Sporting. É retorcido? Não para a gloriosa imaginação destes petiscos.
Agora um conselho: meus amigos, a masturbarção é uma actividade nobre, sim senhor, mas há motivos melhores do que o Benfica (e o Sporting, na realidade) para a praticar em público.
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