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És a nossa Fé!

Lembrando um debate de ideias no blogue

25 textos aqui publicados no Verão de 2018

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Em Agosto e Setembro de 2018, durante a mais disputada e concorrida campanha eleitoral de sempre no Sporting, dedicámos quase um mês ao debate de ideias no És a Nossa Fé com a publicação de 25 textos de leitores, todos sócios do Clube. 

Na nossa parte a abertura foi tanta, devo confessar, que apenas conheço pessoalmente um destes signatários. A escolha para publicação deveu-se em exclusivo ao mérito do que escreveram.

Seis anos depois, vale a pena recordar aqui esses textos que contribuíram para a elevação da campanha e para tornar ainda mais influente o nosso blogue no universo leonino:

 

A ver passar os campeonatos. De João Gil.

«O Sporting não existe para formar homenzinhos. A Academia existe para formar jogadores e para os rentabilizar. Acontece que a Academia do Sporting o que tem feito é formar jogadores para os adversários se aproveitarem deles na plenitude deixando o Sporting a arder e a ver passar os campeonatos.»

 

Recuperar a alma leonina. De Luís Barros.

«Como se pode passar a tão famosa "mística" sem haver um ídolo ou um farol que incentive e crie a ilusão em futuros e jovens craques? Não se pode. Por isso, o Sporting vive com a "mística" da formação e da "criação" de dois craques planetários que o foram mas com as camisolas de outros clubes. Isto tem de mudar: o futuro Presidente terá de tomar isso em conta.»

 

Mecanismos de consulta aos sócios. De Sol Carvalho.

«Deixo já daqui o repto para que no futuro se adopte com mais frequência mecanismos de consultas que não têm necessariamente de ser Assembleias Gerais. Consultas propriamente ditas, referendos e outros mecanismos podem ser estabelecidos, de uma forma simples e directa (inquéritos, por exemplo), ou usando tecnologias modernas (informatização de consultas que podem atingir os sócios em todo o mundo).»

 

Aposta inequívoca na formação. De Luís Cunha Miranda.

«Não só maltratamos e cobramos mais aos jogadores saídos da Academia como não exigimos às direcções que, para comprarem o que se compra, mais vale termos profissionais a custo quase zero vindos de Alcochete. Permitimos esta suspeição de negociatas que não beneficiam o clube com a rotação de dezenas de jogadores de qualidade duvidosa.»

 

Cartilha para a formação da Academia do Sporting. De António Cruz.

«Todos os jovens atletas a ingressarem no clube deverão invariavelmente ter uma integração adequada à sua idade e gradual à medida que progridem de escalão como se fosse um plano de estudo com vista à aquisição dos saberes sportinguistas.»

 

Clube deve ser reconstruído por todos. De Ricardo Andrade.

«É costume dizer-se que "a história é feita pelos vencedores". Mas, independentemente do futuro próximo do clube do nosso coração, devemos ter atenção para não incorrer neste erro. O processo de cura do nosso clube não pode ser feito com divisões ou exílios. Tem que haver uma força unificadora entre os sportinguistas.»

 

As modalidades, o seu "prejuízo" e o "jornalixo". De Francisco Manuel Figueiredo.

«Desde que me lembro (e vão lá mais de cinco décadas), o Sporting é o clube das modalidades: do futebol como do ciclismo, do andebol como do ténis de mesa, da natação como do voleibol, do futsal como do bilhar… do Joaquim Agostinho, do Carlos Lopes, do Bessone, do Damas, (...) tantas e tantos que ostentaram e ostentam o mesmo emblema que Peyroteo e Francisco Stromp, Luís Figo e Cristiano Ronaldo.»

 

Do Marketing 1.0 para o Marketing 4.0. De Martim Bustorff.

«Caso eu tivesse a oportunidade de implementar uma medida, a primeira coisa que fazia era investir numa app única do Sporting para aproximar o clube dos sócios, com incorporação de novas formas de pagamento de bilhetes/Loja Verde (MBWay,etc.); informação com resultados em directo das várias modalidades; informação actualizada sobre os jogos nomeadamente trânsito, tempo esperado para entrada no Estádio, etc.»

 

Elogios despropositados a Bruno de Carvalho. De Eduardo Gradiz.

«Quando BdC entrou no Sporting teve logo à cabeça aquilo de que mais nenhum outro presidente do clube usufruiu: 18 milhões do Rojo mais 12 milhões do Bruma. Arrancou com 30 milhões: nunca nenhum presidente leonino dispôs desta tesouraria. De todos os exercícios de Bruno de Carvalho, ao longo dos últimos cinco anos, apenas um foi positivo, em cerca de 30 milhões de euros.»

 

Sem rótulos nem preconceitos. De Luís Ferreira.

«Em quem votará Bettencourt? Em quem votará Dias da Cunha? Em quem votará Roquette? E em quem votará Santana Lopes? E em quem votará Sousa Cintra? Destes ex-presidentes importa alguma coisa porque são sócios de plenos direitos. (Soares Franco, sabemos que vota em Ricciardi).»

 

Gestão desportiva fracassada. De Jorge Santos.

«Deixem lá de uma vez por todas de elogiar uma "brilhante" gestão desportiva que, na verdade, provou ao longo de cinco anos ser um verdadeiro fiasco. As maiores vendas que realizou, excepção feita a Slimani, foram as dos jogadores da formação e não jogadores contratados que tenham sido valorizados nos seus mandatos.»

 

Poder mandar e saber mandar. De Luís Morais.

«Quem trabalha na academia faz o seu trabalho e continuamos a formar e fornecer jogadores de altíssima qualidade. O problema acontece quando chegam aos seniores. Mas aqui já não é um problema da formação: passa a ser da estrutura profissional da SAD - e também dos adeptos. Sim, dos adeptos, que não perdoam a mínima falha a um jogador da casa.»

 

Voto por gestão desportiva ou voto por gestão financeira? De David Gorjão.

«A nossa margem de erro é mínima. Não devemos errar, pelo que devemos escolher um Presidente que nos lidere à glória, que viva e respire futebol, mas que saiba construir uma equipa capaz de gerir esta tão grande instituição, que é o Sporting Clube de Portugal, a nossa grande paixão.»

 

É hora de ser Sporting novamente. De Filipe Costa e Silva.

«Vamos apostar na criação clara e definitiva de um organograma de gestão para o futebol do Sporting, que permitirá ao futebol profissional e de formação reduzir significativamente toda e qualquer falha, agilizando todo o futebol.»

 

Por um corte com o passado. De Gonçalo Tomaz.

«Não quero Velhos do Restelo, truculentos engravatados ou viajantes espaciais. É altura de olhar com seriedade para quem de facto se preocupa com o nosso Sporting. Muito embora o ecletismo seja o nosso estandarte, tudo se resume ao futebol. Ganhámos tudo nas amadoras, estamos saciados? Não, não chega: queremos o futebol!»

 

Entre a razão e a emoção. De Manuel da Costa Cabral.

«Ao próximo Presidente e à sua equipa será exigida uma gestão profissional do Clube, nas mais diferentes áreas, desde logo na desportiva, mas também na vertente financeira, na comunicacional, nas áreas do marketing e comerciais, na gestão patrimonial. Uma gestão que tire o melhor partido do Digital, ou mesmo do Virtual (...), e aumente também a receita por essa via.»

 

Reconciliar, reformar, reconquistar. De Leonardo Ralha.

«A construção do plantel principal não mais poderá ser feita em cima do joelho ou a comando dos interesses deste ou daquele agente FIFA. Claro que nem todas as contratações resultam, e isto é válido para qualquer clube do mundo, mas no Sporting o scouting anda muito atrás dos rivais, capazes de potenciar jovens estrangeiros enquanto em Alvalade se tenta tapar os Doumbia com a excepção Slimani.»

 

A importância do lirismo. De Nelson Nogueira.

«Se as candidaturas à presidência do Sporting funcionarem apenas em prol de alguns bolsos, em interesse próprio, jogando com palavras ambíguas enquanto se afirmam em defesa do nosso clube, então serei um opositor em primeira linha. Pelo contrário, se existir alguém que o faça com um certo lirismo, pondo o Sporting acima de tudo, então estarei na primeira linha de defesa desse mesmo projecto.»

 

Seis sugestões. De Eugénia Martins.

«Gostaria que fossem revistas as situações dos sócios com quotas de reformados que perderam o direito ao voto pela antiguidade que tinham. Há sócios com 50 anos de filiação só com três votos porque há dez ou vinte anos passaram a usufruir de reformas abaixo do ordenado mínimo nacional.»

 

Aprender a viver uns com os outros. De Margarida Caldeira.

«Dá-me confiança ver toda uma nova geração de leões a quererem liderar o Clube, principalmente quando essa nova geração defende princípios de ética e de rigor. São os princípios do Sporting - e estes nunca mudam. Temos, finalmente, de aprender a viver uns com os outros. Com ideias diferentes, escolhas diferentes, mas garantindo o nosso ADN e querendo todos o mesmo: a glória do nosso Sporting.»

 

Não há voto útil nestas eleições. De Pedro Guerreiro Cavaco.

«Aplauso para todas as candidaturas que pretendem que a formação do clube volte a ser o que foi vários anos atrás, sem o desinvestimento verificado recentemente. E, por outro lado, aplauso para todos quantos pretendem que as modalidades se mantenham na senda vencedora e com o investimento necessário mas racional.»

 

O futuro do Sporting. De Augusto Faustino.

[O Sporting] precisa do tal Presidente com cultura e ADN do Sporting, com conhecimento profundo do Clube, mas com a coragem e a resiliência de ser capaz de, com coerência, frontalidade e isenção, enfrentar as duras batalhas internas, mas sobretudo externas, que o futuro nos reservará decerto.»

 

Conselho Consultivo Leonino. De Luís Francisco.

«Considero uma enorme mais valia, a todos os níveis, que o universo sportinguista possa pronunciar-se através de opiniões e sugestões, mesmo sem carácter vinculativo e que este mesmo universo possa ser representado num órgão consultivo do presidente e da sua direcção mas nunca num órgão electivo e sempre com elevado sentido de confidencialidade.»

 

Marketing como fonte geradora de receita. De André Granado.

«A própria dinamização do site do Sporting com conteúdos atractivos, jogos (tipo liga fantasy) pode incrementar substancialmente o tráfego orgânico do site e incrementar também as receitas, uma vez que podemos ter uma plataforma de publicidade para outras marcas que queiram publicitar os seus produtos, estabelecendo novas formas de receitas e de parcerias comerciais.»

 

Eleições justas: proposta de novo modelo. De Carlos Correia.

«Uma segunda volta traz problemas logísticos, de custos e de mobilização, dado necessitarmos no mínimo de marcar eleições em dois fins de semana consecutivos. (...) Os resultados podem não ser justos. O problema neste tipo de democracia é que, ao votarmos numa lista, estamos a tratar da mesma forma as listas em que não votamos. E não é tudo igual!»

O rumo certo

O Sporting Clube de Portugal, fundado a 1 de Julho de 1906, tem as suas origens no Campo Grande Football Club, que por sua vez teve a sua origem no Bellas Football Club. Tem como desígnio, tal como o formulou José Alvalade (José Alfredo Holtreman Roquette) ser um "grande clube, tão grande como os maiores da Europa"  através do "esforço, dedicação, devoção e glória" .

Assim, o Sporting nasceu no seio duma elite "endinheirada" lisboeta, não foi numa farmácia nem numa tasca, nem os seus presidentes anos a fio foram exactamente "gente do povo", nunca foi um clube popular no pior sentido do termo, de seguir o caminho da turba, de ganhar a todo o custo e em que os fins justificam os meios, de berrar contra os poderes instalados. Nunca o Sporting jogou em campo cedido pelo grande rival de Lisboa, mas o contrário até aconteceu. O grupo Stromp, formado por ex-dirigentes e/ou ex-atletas cooptados ao longo dos anos, representa bem esse Sporting dos fundadores. 

Mas esse Sporting dos princípios e dos valores, traduzidos depois nas camisolas vitoriosas nas competições e nas personalidades dos grandes campeões, atraiu ao longo dos anos homens e mulheres, ricos e pobres, de todas as raças e de todos os cantos do país e fora dele, pessoas como eu que lia pelo jornal emprestado e entrava em Alvalade pela mão dum sócio adulto cooptado na porta da entrada. Ainda agora na festa do título vimos a explosão de alegria de muitos moçambicanos anónimos pelas ruas daquele país onde foi criado o Sporting de Lourenço Marques.

Passada a festa do Jamor de 74, o Sporting teve de enfrentar as consequências económicas e sociais do 25 de Abril, que impediram que João Rocha, um empresário em ascensão na primavera marcelista, levasse a cabo o seu projecto SCP de tornar o clube financeiramente sólido e resiliente aos percalços desportivos. As relações contratuais dos clubes com os jogadores e as relações de poder nas instituições que comandavam o futebol foram quebradas. O que logo foi aproveitado por Pinto da Costa para corromper a arbitragem (quem quiser perceber como basta ler o livro "Golpe de Estádio" de Marinho Neves) e pilhar o nosso clube. Os primeiros a trocar de camisola foram os campeões de 73/74 Alhinho e Dinis, muitos outros se seguiram, entre eles Futre, Inácio e Eurico.

Manuel Fernandes e Vítor Damas souberam dizer não. E foi muito pelo grande capitão Manuel Fernandes que o futebol do Sporting continuou a ganhar campeonatos sob a presidência de João Rocha.

 

Chegados ao 118º aniversário do clube, podemos dizer que:

1) Ao longo dos últimos 50 anos tivemos dois tipos de presidentes,

- Os que se reviam no legado dos fundadores e nos valores diferenciadores que nos deixaram. 

-  E os outros.

2) Ao longo dos últimos 50 anos tivemos dois tipos de presidentes,

- Os que sempre consideraram Pinto da Costa como o grande inimigo do Sporting.

- E os outros.

3) Ao longo dos últimos 50 anos tivemos dois tipos de presidentes,

- Os que ganharam campeonatos nacionais de futebol.

- E os outros.

 

João Rocha, José Roquette (José Alfredo Parreira Holtreman Roquette), Dias da Cunha e Frederico Varandas foram/são uns. Depois existiram os outros.

Então, à luz da história, qual será o rumo certo para o Sporting Clube de Portugal? 

Ser fiel ao legado dos fundadores, ser competente na gestão do bem comum, combater todos aqueles que se queiram aproveitar do clube para as suas vaidades e projectos pessoais, recusar todas as formas de ganhar no campo ou de estar no clube por processos mafiosos (e no FC Porto percebemos bem quanto uma coisa e outra estão ligadas), privilegiar a antiguidade e a assiduidade, fazer do estádio, do pavilhão e de todo o local onde jogue o Sporting uma festa Sportinguista.

SL

Sem igual

Dos 50 anos de existência que tenho, terei 48 de Sporting. Faço a conta a partir do momento em que comecei a dizer palavras intencionalmente e Sporting foi seguramente uma delas. Primeiro por identidade paterna, depois porque associada a grandeza acumulada de vitórias e campeonatos conquistados pelo emblema que nos move.

Dito isto, acrescento que - e é essa a partilha que hoje aqui me traz - nestes 48 anos não me lembro de ver uma equipa do Sporting tão boa. Tão equipa. Tão equipa grande. Grande. Temos a maior e melhor de todas as equipas que compõem as competições nacionais, com o destaque para a Liga. E têmo-lo de longe. As manifestações dessa dimensão têm sido dadas desde o arranque da época. Uma equipa fantástica, como nenhuma outra do Sporting me fez vibrar, festejar, ter orgulho e tanto gostar de ver jogar, até hoje. Admito que tenha havido outras. Falo por mim. Como esta força leonina comandada por Rúben Amorim eu nunca vi.  

Uma equipa tão fantástica como a época que estamos a fazer e faremos até ao fim, campeões.

Não sou isento!

Fico sempre desconfiado quando leio algures ou alguém se declara adepto de um qualquer clube e jura a pés juntos que é… isento.

Isso é coisa que se diga? Um adepto ser isento? Não acredito!

Bem por acaso eu até conheço um que é isento, mas apenas por ter nascido na simpática aldeia da Póvoa da Isenta ali bem perto da cidade escalabitana. Fora isso…

Nem os árbitros de futebol são isentos quanto mais os adeptos. Por mim comunico já que não o sou, nem tenho de ser. Sempre que o Sporting perde a culpa é sempre dos árbitros, mas quando ganha o mérito é de toda a equipa e nunca dos juízes de campo. Era o que mais faltava dar valor a essa maltinha.

No passado dérbi em Alvalade para a primeira mão da Taça de Portugal surgiram diversos casos e que cada lado de adeptos interpretou à sua maneira… Conforme lhe convinha. Faz parte!

Mas em prol da verdade nem me parece mal pois o amor e a paixão clubística quase que a isso obriga. O que mais me faltava era dizer que aquela obra de arte de Nuno Santos e que daria o terceiro golo do Sporting fora bem invalidado. Nem pensem nisso.

Repito o que escrevi atrás: eu adepto sportinguista assumo que não sou nem nunca serei... isento!

Rivais sim, inimigos não

Nuno Santos esteve na formação do FC Porto, chegou a jogar na equipa principal do Benfica. Aplaudo-o no Sporting como faço com os outros profissionais do meu clube.

Rúben Amorim é benfiquista. Jogou vários anos na equipa encarnada.

É um princípio geral que mantenho. Interessa-me que os jogadores e os treinadores tenham bom desempenho de Leão ao peito. Venham de onde vierem, vão para onde forem.

Não tenho ódio a emblema algum.

Para mim o futebol é competição, não é guerra.

Há rivais, não há inimigos.

Fica a minha declaração de interesse pelo desporto. E de total desinteresse pelo ambiente bélico, antítese do espírito desportivo.

Repetição

Antes de repetir a repetição feita nas últimas horas, semanas, meses, e ad nauseam; não começo o postal por bater no ceguinho, não repito que nos falta um matador, um gajo que precise de meia oportunidade para marcar dois golos. Tantos o repetiram, já: equipas tivemos com avançados assim.

Repito, sim, aquilo que sempre aqui me traz e que é, simplesmente, repetir os votos de devoção ao Sporting.

Na bancada, ontem, fi-lo do princípio ao fim do desafio. Alvalade estava estrondoso. A rebentar de alma leonina. Uma moldura humana que destruía as repetidas e estafadas previsões derrotistas.

E isto, a par da aposta no enorme Amorim, é aquilo que temos de repetir na próxima época. E sempre.

As análises às fraquezas e falhas do plantel estão feitas, repetidamente feitas, as exigências declaradas, mas, meus caros, mais do que isso, o nosso papel, grandioso papel, diga-se, é o de puxar pelos nossos. Querer ganhar sempre, claro, mas acreditando, alimentando a nossa grandeza. 
Alvalade, ontem, foi esse castelo. E as muralhas mantêm-se intactas, mesmo que nas "guerras"  desta temporada tenhamos levado mais que dado.

Todos o sabemos - antes dos erros e más escolhas de quem decide os destinos das nossas cores -, a repetição maior de todas será sempre o nosso sportinguismo.

Conto já os dias para repetir a presença no nosso estádio electrizante, repleto de sportinguistas convictos de que podemos ganhar, esteja quem estiver do outro lado. 

Agora é mesmo assim

Os nossos adversários, "purinhos" ou impuros, que não se enganem: nesta recta final da temporada, vamos estar ainda mais firmes na defesa do nosso clube e no incentivo aos nossos jogadores e à nossa equipa técnica.

Quanto mais tentarem prejudicar-nos, mais cerraremos fileiras com eles. Quanto mais golpes baixos empregarem, mais resistiremos. Quanto mais tentarem combater-nos, mais unidos nos encontrarão.

Onde vai um, vão todos. Não tenham ilusões: agora é mesmo assim.

Verde e branco

 

- Alguma vez foi convidado por outro grande?

- Enquanto treinador, não, mas quando era jogador estive duas vezes para ir para o Sporting. E tê-lo-ia feito com muito gosto.

- Até porque o Sérgio nasceu e cresceu sportinguista.

- Sim, o clube da minha aldeia é o Ribeirense, que é uma filial do Sporting. Está a ver, não está? Verde e branco, Sporting, era tudo do Sporting ali.

 

Excerto de entrevista a Sérgio Conceição, publicada a 19 de Setembro na revista do Expresso

Quem foi o presidente que trouxe Yazalde?

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Muitos adeptos do Sporting gastam imenso tempo nas redes sociais a falar de dirigentes e ex-dirigentes. Em comparação, pouco falam dos jogadores, o que me espanta. Em qualquer clube do mundo, só os jogadores são ídolos da massa adepta.

Mas o Sporting é diferente. Também nisto.

Não falta gente elogiando o jogador K e denegrindo o jogador W não pelo mérito ou demérito desses profissionais de futebol e do seu desempenho em campo, mas em função do nome do presidente que os trouxe para o Sporting.

Se vieram com X, só podem ser óptimos. Se vieram com Y, só podem ser péssimos. E vice-versa.

 

Tanta energia consumida com estas questiúnculas intestinas: dispara-se só para dentro e nunca para fora. Como se o inimigo estivesse dentro de casa. Como se todos os jogadores não fizessem parte do mesmo plantel e não trouxessem o mesmo emblema ao peito. 

A crise do Sporting é também uma crise de valores, bem simbolizada nestas discussões sem qualquer sentido. 

 

Alguém imagina, quando Héctor Yazalde chegou a Alvalade, que os adeptos perdessem um minuto sequer a debater os defeitos ou as virtudes de Brás Medeiros, o presidente que trouxe o saudoso craque argentino para o Sporting, ou a comparar esse dirigente com Homem de Figueiredo, seu antecessor na Direcção leonina?

Niinguém. O nosso interesse estava todo centrado nos jogadores, não nos presidentes ou nos vice-presidentes ou nos presidentes das assembleias gerais ou nos presidentes dos conseselhos fiscais ou nos anteriores dirigentes ou em putativos dirigentes que ansiassem ocupar futuros lugares nos órgãos sociais leoninos.

Felizmente a minha cultura clubística começou a ser forjada nessa época. Não queríamos saber quem fora o presidente responsável pela vinda do Yazalde: queríamos, isso sim, ver o argentino marcar golos. E aplaudi-lo sem reservas. 

Um tempo em que o Sporting Clube de Portugal era verdadeiramente um clube desportivo (e assim ganhava campeonatos) em vez de se parecer cada vez mais com um partido político (e assim continuará sem ganhar campeonatos no futebol, esteja quem estiver ao leme).

 

Problema dos dirigentes, dos técnicos e dos jogadores?

Em certa medida sim, mas este é sobretudo um problema de cada um de nós. Quanto mais deixarmos o pior da política infiltrar-se no clube, mais distante ficará o sonho de um dia voltarmos a festejar o título máximo no futebol.

Uma selva, a casa verde

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Postas de pescada no "És a nossa Fé!" após termos esmagado o Aberdeen:

1. UEFA c/ covid-19; AntónioF

2. Contrastes; Pedro Correia

3. Quente & Frio; Pedro Correia

4. A rede; Luís Lisboa

5. Vencemos uns padeiros escoceses; José Cruz

6. Pódio: Tiago Tomás, Coates, Porro; Pedro Correia

Postas de pescada no "És a nossa Fé!" após termos sido esmagados pela arbitragem e pela "invulgar" condição física do Lask (até agora 2020.10.03; 16H40):

1. Um problema escondido à vista de todos; José Navarro de Andrade

2. Ensaio sobre a cegueira; Edmundo Gonçalves

3. Salvar a honra e o bom nome do Sporting; Francisco Almeida Leite

4. Francisco Geraldes e Gelson Dala; Pedro Correia

5. G'anda barraca!; jpt

6. O único sofrimento desta noite; Leonardo Ralha

7. Imaturidade total; José Cruz

8. Uma derrota humilhante; Luís Lisboa

9. Há décadas que não temos glória no futebol; Pedro Bello Moraes

10. Vamos lá cambada; Pedro Boucherie Mendes

11. Pódio: Tiago Tomás, Nuno Santos, Wendel, Pedro Correia

12. Calma de morte; Francisco Almeida Leite

13. Bem-vindos ao "novo" Sporting; Paulo Guilherme Figueiredo 

 

Dezanove "posts", seis, quando ganhámos, o dobro e mais um quando perdemos.

Neste "blog" não há conformismo, não há pensamento único mas há sportinguismo, "vivaosporting" (tudo junto) como escrevi num postal anterior.

Sporting em todo o lado!

Não obstante as tristes figuras que o nosso clube vai fazendo, seja dentro ou fora de campo, certo é que os adeptos leoninos jamais se escondem ou olvidam o seu amor pelo clube.

Há uns dias andei, mais uma vez, por algumas ilhas açorianas. E a exemplo do que vi o ano passado quer no Faial quer em S. Jorge, também este ano tive a oportunidade de sentir o Sporting naquele arquipélago.

Primeiro na bela ilha Amarela de Santa Maria onde existe um núcleo do Sporting ali na rua principal da Vila do Porto.

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Depois e já na Ribeira Grande na inolvidável ilha verde de S. Miguel e no restaurante “Esgalha” dei também conta da paixão leonina.

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Exemplos destes precisam-se e cada vez mais!

O pai, o pesa-almas e o Sporting

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Assisti a tanta conferência de imprensa, a tantas falas, de malta do futebol, escritas pelo mesmo guionista, que só me ocorre; "hoje chorou muito, amanhã pode ser melhor".

faz parte de ser sportinguista, ser resistente (odeio os neologismos; resiliente, proactivo e outras importações manhosas para a nossa Língua), ser esforçado, ser dedicado e acima de tudo ter esperança, é a essência do sportinguismo.

Texto completo: neste encruzilhamento

Textos relacionados: este do Francisco, este do José, este meu (principalmente os comentários) e este, delituoso.

Correu tudo bem, felizmente.

As minhas memórias

Comecei a ver futebol pela mão do meu pai, na época 1973/74. Não tenho a certeza qual o primeiro jogo a que assisti, mas o Sporting-Benfica disputado em Alvalade, em Março de 1974, foi seguramente o meu primeiro derby. Indiferente à situação política que o país vivia, saí triste do estádio no final do jogo e tive de aturar alguns colegas da escola primária no dia seguinte. Isso sim, marcou-me e não mais deixei de sorrir quando as águias sofrem uma derrota. 

Lembro-me perfeitamente de ter visto o Sporting C.P. golear o S.C. Olhanense por 5-0 na penúltima jornada, que terminou com invasão pacífica de campo, cheirava a título, que seria alcançado na semana seguinte no Barreiro. Algumas breves considerações que vale a pena reflectirem, o empate teria bastado a ambos, ao Sporting para ser campeão, ao Barreirense para permanecer na 1.ª divisão. Num jogo condicionado pela lotação ter sido largamente ultrapassada, como comprovam as imagens, vencemos 0-3 no campo adversário. Os jogadores disputaram os lances junto ao público, sem que se tenham registado agressões. Talvez porque em 1974 ainda não tinham surgido os ultra-imbecis e piro-javardos nos estádios de futebol. Era permitido que pessoas simples, como o meu pai, levassem um miúdo de 8 anos pela mão sem correrem qualquer risco. 

Para terminar a época em beleza, disputámos no Jamor a final da taça diante do arqui-rival. Fiquei triste porque não me levaram ao Estádio Nacional, acabei assistindo ao jogo na casa dos meus tios benfiquistas. Não tinham sido os culpados do gozo que sofri na escola alguns meses antes, mas festejei ali mesmo. Mais tarde, à medida que fui crescendo, percebi que a rivalidade é uma never ending story. Mas 1973/74 foi a minha primeira época de fervor sportinguista. 

{ Blogue fundado em 2012. }

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